797 resultados para Ensino fundamental - História - 1917-1945


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Esta dissertação apresenta dados e discussões oriundos de uma experiência coletiva de pesquisa cujo objetivo maior consistiu em articular as bases curriculares da alfabetização no ensino fundamental de nove anos. A partir da transição histórica e política ocorrida pela Lei 11.274/1996, na qual o ensino fundamental passou a ter um ano a mais de duração e a receber as crianças que anteriormente eram atendidas na educação infantil, uma nova configuração se fez necessária. Demonstramos ao longo do trabalho a necessidade de: 1. Um plano que considere as transições (seja entre anos ou entre ciclos) e que sustente as continuidades; 2. Assumir, a partir do ano de ingresso no ensino fundamental, a perspectiva do regime de ciclo, definindo responsabilidades, objetivos e estratégias articuladas a partir de um trabalho em equipe; 3. Aprofundar conhecimentos que permitam considerar os aspectos mais subjetivos da relação educativa, considerando sempre a infância em seu encantamento lúdico; 4. Estabelecer uma relação dinâmica e produtiva entre oralidade e escrita, entre língua e literatura; 5. Dar maior precisão ao manejo da heterogeneidade desde a série de ingresso enfatizando o acompanhamento de singularidades e diferenças como forma de resolver o problema dos desníveis em alfabetização. A perspectiva teórica parte da articulação de várias áreas e temas do conhecimento: a história da escrita; pesquisa sobre oralidade ou cultura oral em tensão com a escrita; a psicanálise e a educação. Pretendemos, a partir das experiências e reflexões apresentadas nesse trabalho, contribuir para as políticas públicas enfatizando a grande relevância do ensino da escrita e da leitura nas séries iniciais do ensino fundamental. Ao longo dessas experiências, constatamos que, para formar leitores e escritores de bom nível na escola pública brasileira, precisamos de um modelo de trabalho coletivo mais complexo, capaz de exercer um manejo pedagógico detalhado, e ampliamos nossa consciência de que nossas buscas metodológicas, nossas experiências e nossos esforços coletivos em torno da heterogeneidade, apesar de consistentes e relevantes, só poderão ser sustentados a partir de uma reorganização do trabalho escolar que insista em fazer da alfabetização e da leitura uma verdadeira prioridade.

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Buscamos investigar, neste trabalho, quais são os discursos sobre os gêneros discursivos que circulam entre sujeitos-professores que atuam nos anos finais (4º e 5º anos) do Ensino Fundamental I, em escolas públicas municipais. Buscamos compreender também, a maneira como esses sujeitos (se) significam, em suas relações com a língua e a história. O interesse pela temática investigada se dá, principalmente, porque observamos, ao longo de nossos anos de experiência no magistério, que, embora os gêneros discursivos conforme definidos por Bakhtin (1997) sejam considerados pelos Parâmetros Curriculares Nacionais e por outros documentos legais que fundamentam a Educação Básica, como um dos principais objetivos do ensino de língua portuguesa, o conceito ainda desperta muitas dúvidas nos docentes. Filiamo-nos à Análise de Discurso de matriz francesa, postulada por Pêcheux (2009), área do conhecimento basicamente constituída na intersecção entre o materialismo histórico, a psicanálise e a linguística, e que considera a língua como lugar de materialização do discurso que é a língua em movimento, em uso pelos sujeitos. Na construção de nosso referencial teórico, mobilizamos, ainda, a teoria bakhtiniana dos gêneros do discurso, e as contribuições de teóricos das ciências da educação, tais como Pimenta (2012), Tardif (2002), Giroux (1997), Sacristán (1998), entre outros. O corpus da pesquisa é representado por seis entrevistas semiestruturadas, realizadas com sujeitos-professores que atuam em classes de 4º e 5º ano do ensino fundamental, em escolas de rede pública municipal. A partir da transcrição das entrevistas, foram realizados recortes que constituíram o material analisado neste estudo. As análises realizadas aqui indiciam que os sujeitos-professores entrevistados circulam por formações discursivas e ideológicas cristalizadas, no que diz respeito à relação dos estudantes com a língua. Tais docentes buscam desenvolver um trabalho pedagógico mediado pelos critérios de suposta familiaridade, utilidade ou praticidade em relação aos usos sociais que os gêneros discursivos poderiam ter para os estudantes. Além disso, as análises discursivas de alguns recortes apontam para um equívoco na compreensão do conceito bakhtiniano de gêneros discursivos, compreendidos, no cotidiano escolar, como uma classificação tipológica e estanque, excluindo a dinamicidade e a plasticidade que envolvem o conceito, conforme proposto por Bakhtin (1997). A cristalização da definição do conceito de gêneros discursivos, na dimensão tipológica, favorece o cerceamento da prática pedagógica, colaborando para a difusão de práticas que visam o esgotamento dos gêneros discursivos, buscando apresentar o maior número possível de gêneros aos estudantes, sob a forma de modelos que deverão ser seguidos em suas produções textuais futuras, e que lhes serão cobrados em avaliações internas e externas.

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O projeto propõe estabelecer um suporte teórico e metodológico para a utilização das HQs no ensino da História pelos professores de História que trabalham no ciclo 2 do ensino fundamental e no ensino médio. Através da análise do conteúdo das HQs, esta pesquisa fornecerá sugestões práticas de como as HQs tanto podem ser usadas como fonte documental para o estudo de determinada época quanto podem ser material de apoio para promover em sala de aula reflexões sobre a gênese dos anacronismos encontrados nas representações de culturas do passado. Pretende identificar avanços e também as principais dificuldades, obstáculos ou mesmo limites que ainda impedem um uso mais freqüente ou proveitoso desse recurso no ensino de História.

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Nos últimos anos, estudos sobre o ensino da linguagem escrita abordaram as práticas de leitura como uma produção cultural, que se originam nos contextos sociais de comunicação e se constituem em um instrumento de inclusão social e de participação política. Essas ideias foram apropriadas pelos discursos oficiais e amplamente divulgadas no meio educacional no Estado de São Paulo em diversos programas de formação continuada. Nesse contexto, esta pesquisa fundamentou-se na teoria das representações sociais, desenvolvida por Serge Moscovici, para investigar os sentidos atribuídos ao ato de ler por um grupo de professoras que leciona nos quatro primeiros anos do ensino fundamental. Para o desenvolvimento deste trabalho, foram consideradas as práticas e preferências leitoras das professoras, a história do ensino da leitura, as representações sociais sobre o ato de ler entre as mulheres e as suas relações com o processo de profissionalização do magistério. Por meio da metodologia da análise de conteúdo foi possível desvelar as representações da leitura presentes nos discursos das professoras, contribuindo para conhecer suas formas de conceber a prática de ler.(AU)

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Essa pesquisa bibliográfica e empírica teve como objetivo analisar livros didáticos de História elaborados para 6ªs séries do ensino fundamental utilizados em uma escola estadual de nome fictício Monte Alto, situada no Extremo Leste de São Paulo e uma escola municipal de nome fictício Morro da Cruz localizada em um bairro da Zona Leste de São Paulo. Durante a construção desse trabalho, pretendeu-se fazer uma leitura de manuais escolares de História, objetivando compreender como a invasão holandesa é abordada nos materiais didáticos. Além dos materiais das escolas estadual e municipal, foram analisados três compêndios do século XIX cujos autores são José Inácio de Abreu e Lima, Francisco Adolfo de Varnhagen e Joaquim Manoel de Macedo, também materiais didáticos de dois autores do século XX, Joaquim Silva e Sérgio Buarque de Holanda. Buscou-se, ainda, evidenciar qual trajetória o livro didático percorre da produção editorial até a distribuição aos destinatários finais, alunos e professores, a partir das contribuições de Circe Bittencourt, Kazumi Munakata e outros referenciais teóricos. Em suma, esse trabalho tencionou responder como os textos didáticos abordam a invasão holandesa e como esse tema é apropriado pelo alunado e docentes. Por meio de estudo de caso, foram analisadas as representações de dois grupos específicos alunos e professores da escola Monte Alto e da escola Morro da Cruz sobre a invasão holandesa, à luz das orientações teóricas de Roger Chartier.

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O livro didático é um complexo objeto cultural, haja vista ser ao mesmo tempo elemento de intermediação nos processos de ensino e aprendizagem, produto comercializado que contém o conhecimento para a formação do aluno e objeto de compra, pelo Governo Federal, para ser distribuído para escolas em todo o Brasil. Configura-se, assim, como um produto cultural composto, híbrido, que se encontra no “cruzamento da cultura, da pedagogia, da produção editorial e da sociedade”. (STRAY,1993, p.77-78). Outrossim, o livro didático, tradicionalmente, é “um dos lugares formais do conhecimento escolar, pelo menos daquele saber julgado necessário à formação da sociedade e dos seus indivíduos” (MEDEIROS, 2006, p.34) e a materialização do seu uso pelo professor encontra-se interconectada pelas representações e conceitos construídos nas múltiplas transições na história de vida docente, tendo em vista que a práxis humana constrói-se numa perspectiva retroativa (do presente para o passado), numa hermenêutica social dos atos individuais. É nesse contexto que se situou a pesquisa, entendida como uma possibilidade de contribuição significativa ao debate da educação geográfica, ao propor a compreensão das concepções construídas nas múltiplas transições na narrativa de vida do docente com o livro didático de Geografia. A pesquisa se definiu como um estudo qualitativo, ancorado nas entrevistas narrativas, o qual abrangeu um levantamento de dados sobre as Histórias de vida de professores/professoras dos anos iniciais do Ensino Fundamental de uma escola da rede pública, no intuito de recorrermos às suas memórias escolares, acadêmica (formação inicial) e profissional para situarmos no espaço-tempo as suas concepções sobre o livro didático de Geografia. O livro didático de Geografia foi a área de interesse escolhida, sendo problematizada a partir do seguinte questionamento: quais as concepções atribuídas pelos professores do Ensino Fundamental aos livros didáticos de Geografia? As ideias dos professores expressas nas entrevistas narrativas da nossa pesquisa confirmam a conjuntura de indefinição e superficialidade teóricometodológica sobre o livro didático de Geografia, cujas concepções ficaram restritas aos seus aspectos descritivos, evidenciando a ausência de atribuições de significados pertinentes a uma reelaboração teórica do narrar produzido, como também, de questionamentos dos princípios organizadores das concepções sistematizadas. Desse modo, as ideias apontadas pelos professores em foco, restringiram-se à enumeração dos aspectos característicos do fenômeno em questão – o livro didático de Geografia – na sua superficialidade, isto é, não expressaram elementos que possibilitassem ver as concepções numa perspectiva macro, destacando-se mais as explicações das partes e das percepções isoladas, do que níveis mais abrangentes de generalidade do referido objeto de estudo. Enfatizamos, por fim, a necessária continuidade da pesquisa, e consequentemente, desse processo permanente de reflexão sobre as concepções do livro didático de Geografia, sendo mister explicitar, portanto, a razão histórica que as norteiam para que se possa buscar uma prática docente mais crítica e propositiva.

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This text presents developed in the Graduate Program in Science and Mathematics Education at the Federal University of Uberlândia, in which it was intended to answer the question: What are the pedagogical implications for the fractions concept learning for students of the 6th grade of elementary school that the teaching guide activities can provide? The objectives of this research were: a) analyze the possible pedagogical implications for the learning of the fraction's concept for students of the 6th grade of elementary school through guiding teaching activities; b) using the conceptual connections of the fraction to enable students to develop an abstract thought and c) investigate whether guiding teaching activities reflect on 'how to think' and 'how to do' of the student. Five teaching activities have been developed (MOURA, 2002) from the perspective of teaching guiding activity (TGA) and had as object of study the teaching of fractions for students in 6th year of elementary school. They have been prepared and proposed activities in which it was intended to investigate the use of history of mathematics as an aid in learning the conceptual fraction links (CARAÇA, 1951) by students. Such activities, for analysis, were organized into episodes and scenes (MOURA, 2004) and discussed how students deal with the measurement of whole quantity (all) and subunits (part); how they represent in verbal or written language. It is hoped that the research is set up as an important contribution to mathematics teaching area and may contribute to the initial and continuing training of mathematics teacher sand the formation of theoretical thinking of elementary school students.

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A presente investigação se insere na linha de pesquisa História, pesquisa e vivências de ensino aprendizagem. Buscamos defender a ideia de que o estudo da Educação Patrimonial através da arquitetura se constitui como campo de possibilidades para a (re) significação do ensino de História e da compreensão da história local e, por conseguinte da história de cada indivíduo. A pesquisa justifica-se em virtude da relevância que os bens arquitetônicos têm a contribuir no ensino de História, no entendimento dos processos de mudanças e transformações pelos quais passa o local que esta se encontra. Suas modificações estruturais, usos e desusos são como páginas escritas e expostas a céu aberto, para todo aquele que queira observar e investigar o possa e o faça. Ressaltamos a utilização da abordagem de cunho qualitativo, com foco nos processos apresentados na metodologia da Educação Patrimonial, difundida no Brasil por Horta, sendo a presente investigação uma possibilidade que se integra aos já conhecidos caminhos que percorrem as atividades de Educação Patrimonial nas escolas. A partir da pesquisa histórica acerca da Igreja do Carmo, bem arquitetônico do Rio Grande, desenvolveram-se oficinas patrimonias com 35 alunos do Ensino Fundamental II, a fim de que os objetivos propostos através da educação patrimonial fossem alcançados e por fim disponibilizar a educadores e pesquisadores da área, os resultados, a pesquisa e o material paradidático elaborado a partir das ações da pesquisa.

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O presente artigo apresenta reflexões sobre alguns aspectos do currículo de Geografia elaborado pela Secretaria de Educação do Tocantins e destinado às escolas públicas estaduais. É parte de uma pesquisa de mestrado defendida em 2010. Esse texto, particularmente, foca, sobretudo, na abordagem inapropriada da história da Geografia Escolar e na ocorrência de plágios de textos presentes nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN). Para tanto, o texto lançará mão da comparação entre o que os documentos curriculares propõem e a discussão estabelecida na literatura geográfica. As impropriedades encontradas influenciam diretamente na identidade da Geografia Escolar, uma vez que fornece uma urdidura teórica pouco consistente. Essa pouca consistência, por sua vez, redunda em pouca utilidade do documento, para o professor, no auxílio a sua pratica pedagógica. Por fim, ressalta a importância de pensar o conceito de geograficidade para a identidade da Geografia Escolar.

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This dissertation deals with the notions of sacrifice and violence in connection with the Fin¬nish flag struggles between 1917 and 1945. The study begins with the basic idea that sacrificial thinking is a key element in nationalism and the social cohesion of large groups. The method used in the study combines anthropological notions of totemism with psychoanalytical object relation theory. The aim is to explore the social and psychological elements of the Finnish national flag and the workers flags during the times of crisis and nation building. The phenomena and concepts addressed include self-sacrifice, scapegoating, remembrance of war, inclusion, and exclusion. The research is located at the intersection of nationalism studies and the cultural history of war. The analysis is based primarily on the press debates, public speeches and archival sources of the civic organizations that promoted the Finnish flag. The study is empirically divided into three sections: 1) the years of the Revolution and the Civil War (1917 1918), 2) the interwar period (1919 1938), and 3) the Second World War (1939 1945). The research demonstrates that the modern national flags and workers flags in Finland maintain certain characteristics of primitive totems. When referred to as a totem the flag means an emotionally charged symbol, a reservoir of the collective ideals of a large group. Thus the flag issue offers a path to explore the perceptions and memory of sacrifice and violence in the making of the First Republic . Any given large group, for example a nation, must conceptually pursue a consensus on its past sacrifices. Without productive interpretation sacrifice represents only meaningless violence. By looking at the passions associated with the flag the study also illuminates various group identities, boundaries and crossings of borders within the Finnish society at the same time. The study shows further that the divisive violence of the Civil War was first overcome in the late 1930s when the social democrats adopted a new perception of the Red victims of 1918 they were seen as part of the birth pains of the nation, and not only the martyrs of class struggle. At the same time the radical Right became marginalized. The study also illuminates how this development made the Spirit of the Winter War possible, a genuine albeit brief experience of horizontal brother and sisterhood, and how this spirit was reflected in the popular adoption of the Finnish flag. The experience was not based only on the external and unifying threat posed by the Soviet Union: it was grounded in a sense of unifying sacrifice which reflected a novel way of understanding the nation and its past sacrifices. Paradoxically, the newly forged consensus over the necessity and the rewards of the common sacrifices of the Winter War (1939 1940) made new sacrifices possible during the Continuation War (1941 1944). In spite of political discord and war weariness, the concept of a unified nation under the national flag survived even the absurdity of the stationary war phase. It can be said that the conflict between the idea of a national community and parliamentary party politics dissolved as a result of the collective experience of the Second World War.

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Esboça estratégias didáticas para a elaboração de planos de ensino e intervenções pedagógicas na área de Ciência Política. Nosso objetivo específico será o de fornecer instrumentos que auxiliem no planejamento de aulas de história política brasileira para cursos de formação política.

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Consultoria Legislativa - Área XV - Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia.

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Objetiva identificar os fatores que dificultam o avanço das propostas de educação para a cidadania fiscal apresentadas pelo Programa Nacional de Educação Fiscal(PNEF) para o ensino fundamental e médio e as possíveis razões que explicam esses dificultadores.

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A formação é necessária a todos os profissionais da educação, visto que o ser humano nunca está pronto ou acabado. No contexto das constantes transformações sociais, a formação continuada ganha nova força na atual conjuntura social, cultural e econômica do país e a escola passa a ser entendida como um locus privilegiado para essa formação. Contudo, para que essa formação ocorra no sentido proposto por Vera Candau, a escola necessita ser de fato um lugar de reflexão, capaz de identificar os problemas, discuti-los e, coletivamente, resolvê-los. Paralelamente à discussão sobre formação continuada, nos deparamos com os resultados da avaliação nacional, que insistem em evidenciar os baixos desempenhos dos estudantes das escolas públicas. A Prova Brasil, em especial, tem divulgado os resultados para cada escola com o objetivo de envolver os professores e demais funcionários na reflexão sobre a qualidade da educação e da aprendizagem de seus alunos. Com a finalidade de buscar compreender como a escola interpreta os resultados da Prova Brasil, favorecendo a formação continuada de seus docentes, foi feita a análise das ações de uma escola pública situada no município de Nova Iguaçu, que atende alunos do primeiro segmento do Ensino Fundamental. A pesquisa, portanto, é de natureza qualitativa, envolvendo observações participantes, questionários com os sujeitos escolhidos: professores, coordenação pedagógica, direção e coleta de dados na Secretaria Municipal de Educação. O referencial teórico desta discussão está embasado nas discussões acerca da valorização da escola e da importância desta como locus privilegiado de formação continuada. Assim, autores como Candau, Imbernón, dentre outros, são fundamentais. Os resultados dos levantamentos educacionais podem ser excelentes instrumentos para fomentar a discussão sobre o ensino e a aprendizagem dos estudantes na escola.

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Este estudo se insere em uma abordagem Pós-estruturalista. Nele, o conceito de discurso desenvolvido por Laclau é utilizado como categoria de análise para investigar o processo de legitimação do saber científico. O conceito de recontextualização por hibridismo proposto por Lopes (2005; 2006a) orienta a análise dos discursos produzidos nos diferentes contextos de produção curricular, a partir da abordagem do ciclo de políticas desenvolvida por Bowe, Ball e Gold (1992)e Ball (1994). No trabalho, são identificadas as demandas articuladas nos discursos de uma comunidade de pesquisadores que têm investigado o ensino de ciências nos anos iniciais do Ensino Fundamental. O estudo também apresenta uma reflexão produzida a partir de dados reunidos em uma pesquisa de cunho etnográfico,realizada em duas escolas da rede municipal de ensino do município do Rio de Janeiro. As análises indicam que o discurso educacional sobre o ensino de ciências expressa sentidos em disputa que oscilam entre a incorporação de novos paradigmas de ciência e de currículo e a manutenção de marcas que procuram preservar a ciência como conhecimento superior, contribuindo para a reafirmação dos princípios racionais que estão na base de constituição da escola como instituição da modernidade e associadas ao processo de hegemonização desse saber.