952 resultados para Assistência Social Rio de Janeiro (RJ)


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Compreendido como um fenmeno da contemporaneidade, a partir da dcada de 80 o movimento feminista um exemplo do que se convencionou denominar por novos movimentos sociais. A partir desse momento, verifica-se uma tendncia de as demandas dos movimentos expandirem-se para lutas estruturadas em torno de opresses sofridas, principalmente identitrias, no lugar de militncias da esfera estritamente econmica. Neste contexto que o presente estudo insere-se. Este trabalho tem como objetivo verificar as motivaes de jovens brasileiras, de origens pobres, moradoras em reas de favelas ou bairros populares, em movimentos feministas no Rio de Janeiro. Foram analisadas suas motivaes iniciais e as que as manteriam militando, observando-se algumas tenses existentes nessas participaes polticas. Visando ao mapeamento da ambientao histrica e poltica dos movimentos sociais que se abriam como possibilidades a estas jovens, buscamos traar um breve histrico dos movimentos sociais na contemporaneidade e, em especial, nos contextos latino-americano e brasileiro, a partir da bibliografia disponvel sobre o tema. Para o caso especfico dos movimentos no Rio de Janeiro, foram realizadas entrevistas com antigas militantes. Tendo em vista que as entrevistadas advinham de famlias pobres, consideramos importante enveredar nas discusses sobre as excluses sociais, a partir de uma literatura crtica ao conceito, e procurando verificar os rebatimentos das teorias situao especial em estudo. A pesquisa de campo contou com entrevistas semi-estruturadas realizadas com cinco jovens, com idades entre 19 e 29 anos. Para efeitos analticos, compreendemos suas histrias a partir da metodologia da Histria Oral, a qual visa evidenciar a multiplicidade de vozes outrora desprezadas pelo saber cientfico, sublinhando o carter militante do entrevistador. Buscando conhecer as histrias de vida das entrevistadas, foram focalizados aspectos tais como: suas origens familiares, suas condies de jovens; situao de moradia e circulaes pela cidade; percursos escolares e trajetrias de trabalho. A partir desses dados abordarmos suas trajetrias militantes.

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O objeto do presente estudo so as prticas profissionais dos psiclogos na Sade, em especial na ateno bsica. Faz um mapeamento das atividades realizadas por essa categoria profissional na rede bsica de sade do Municpio do Rio de Janeiro. O estudo adota trs premissas: (1) a necessidade de construo de prticas nos servios pblicos de sade, que extrapolem a assistência psicoterpica individual (2) a inadequao da formao profissional do psiclogo para prepar-lo para atuar na rede pblica de sade e (3) o entendimento de que mudanas na formao e na prtica profissionais podem ser concomitantes. O desenho da pesquisa qualitativo e exploratrio. Os mtodos de pesquisa utilizados na coleta de dados foram: (1) observaes; (2) entrevistas individuais com roteiros semi-estruturados e (3) questionrio de caracterizao profissional. O estudo teve como cenrios os servios de Psicologia da rede bsica de sade do Municpio do Rio de Janeiro, os Fruns de Sade Mental e as Supervises de Territrio. Os sujeitos da pesquisa foram os gestores e os psiclogos de uma rea programtica (AP 5) escolhida para aprofundamento do estudo. Os dados foram analisados a partir da Anlise de Contedo de Bardin. Estipulou-se trs eixos analticos a partir da anlise do material coletado: (1) Desafios s prticas; (2) Relao formao-prtica profissional e (3) Iniciativas de Educao Permanente. Os resultados evidenciam que os desafios prtica na rede bsica de sade encontram-se intrinsecamente relacionados demanda de priorizar atendimentos casos graves, contexto da Reforma Psiquitrica; (2) a formao profissional do psiclogo precisa ser continuamente revista de modo a se adequar s necessidades do Sistema nico de Sade e (3) os Fruns de Sade Mental e as Supervises de Territrio caminham na direo das propostas de Educao Permanente, constituindo-se como espaos fundamentais para a discusso e a mudana do processo de trabalho do psiclogo na rede. Faz-se necessrio a continuidade das discusses sobre a prtica profissional do psiclogo na Sade de modo a auxiliar na resoluo das dificuldades encontradas no cotidiano de trabalho.

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Evidncias cada vez mais consistentes tm subsidiado a definio de recomendaes acerca do consumo de frutas e hortalias (F&H) como um fator de proteo contra o desenvolvimento de doenas crnicas no-transmissveis. Essas recomendaes tm sido transformadas em iniciativas de promoo do consumo de F&H. A escassez de estudos sobre a efetividade de intervenes voltadas para mudanas no consumo de F&H motivou a concepo desta tese, que teve por objetivo avaliar a efetividade de uma estratgia que integra diversas aes de promoo do consumo de frutas e hortalias em mltiplos cenrios, desenvolvidas junto a famlias que vivem em comunidades de baixa renda no Rio de Janeiro, RJ, Brasil. O estudo foi realizado em trs comunidades cobertas pela Estratgia Sade da Famlia na Zona Oeste do municpio do Rio de Janeiro, no perodo de 2007 a 2010. Trata-se de um estudo de interveno comunitria tipo antes-e-depois. A coleta de dados incluiu duas avaliaes pr-interveno e uma avaliao ps-interveno sobre a disponibilidade intradomiciliar e consumo de F&H e outras prticas alimentares. A interveno mostrou-se efetiva para aumentar a disponibilidade intra-domiciliar de frutas e hortalias nas trs comunidades. Famlias mais expostas ao conjunto de elementos da interveno apresentaram um maior aumento na aquisio de F&H entre o perodo pr e ps-interveno. Mesmo em cenrios scio-demogrficos menos favorveis, quando as famlias foram mais expostas interveno, houve aumento pontual na disponibilidade intra-domiciliar de frutas e/ou hortalias, apesar de no estatisticamente significativo. Por outro lado, tambm foi demonstrado que aumentos na aquisio de refrigerantes e biscoitos atenuaram o efeito da interveno.

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Este trabalho analisa as perspectivas e limites das polticas pblicas voltadas coleta seletiva no que toca as cooperativas de catadores e sua eficcia socioeconmica, apontando oportunidades, dificuldades e possibilidades de mudanas. Analisamos especificamente a Poltica Nacional de Resduos Slidos (PNRS), Lei n. 12.305/2010. Para tal, primeiramente, apresentamos o esquema terico utilizado para interpretar e discutir as polticas pblicas e o policy-making process a partir de trabalhos de autores da rea da Cincia Poltica. Posteriormente procede-se anlise dos contextos social, econmico, poltico e histrico em que foram criadas as principais polticas pblicas ambientais no perodo 1930-2010, procurando demonstrar a passagem na construo de polticas pblicas ambientais, identificando aspectos bsicos que evoluram em cada poca pesquisada. Em seguida, realizamos uma anlise sobre a PNRS e de polticas de coleta seletiva, particularmente no mbito do municpio do Rio de Janeiro, por meio de indicadores estatsticos obtidos junto aos rgos governamentais e de associaes privadas especializadas, alm de documentos normativos e programas pblicos. Aps, realizamos pesquisa de campo junto aos gestores de cooperativas a fim de investigar a percepo dos mesmos sobre as polticas pblicas, o cenrio, as positividades e negatividades da coleta seletiva, e a interpretamos a partir da Anlise do Contedo. Enfim, apresentamos uma interpretao, que aponta a PNRS como uma poltica pblica que traz instrumentos que no so percebidos em sua totalidade pelos atores envolvidos, o que implica na sua no pactuao e, por consequncia, na no utilizao plena das vantagens induzidas pela poltica. A pesquisa de campo junto aos gestores indica que os mesmos tm pouco conhecimento sobre o contedo da PNRS, mas sabem todo o processo tcnico da coleta seletiva e da gesto dos resduos. O cenrio envolto s cooperativas compreende aspectos que dificultam o trabalho das cooperativas, a exemplo: o baixo valor de venda dos materiais; a falta de logstica adequada; a insuficincia de materiais bsicos e infraestrutura produo; a concorrncia com atravessadores; a dificuldade em manter e em aumentar o nmero de cooperados. Entretanto, h aspectos positivos como: a cultura da partilha e solidariedade; a preocupao com os cooperados; a melhora efetiva da renda; o aumento do volume de materiais para a produo, mas principalmente a visibilidade das cooperativas de catadores no sistema poltico da gesto pblica. O estudo traz sugestes para novas pesquisas, como categorias analticas novas como processo de pactuao de polticas pblicas e desamparo estrutural, assim como indaga os impactos da tecnologia, a burocracia e a participao pblica e poltica das cooperativas no sistema poltico e no processo decisrio. Por fim, situamos que, ainda que saibam a tecnicidade do processo, as cooperativas apresentam conjuntura de desamparo estrutural, que compreende aspectos socioeconmicos e poltico-institucionais, alm de que esto em um ambiente que mais dificulta do que facilita o desenvolvimento de seu trabalho. A PNRS, por efeito, no pactuada plenamente por todos os atores e, logo, perde a capacidade de incluso social, por ter o distanciamento entre os gabinetes dos formuladores da poltica e os galpes da cooperativa.

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Esta tese trata da relao entre violncia, sofrimento, fotografia e memria, a partir do noticirio de violncia na cidade do Rio de Janeiro e da participao dos familiares de vtimas de casos noticiados em movimentos contra a violncia. Para compreender esse universo, descrevo e analiso os discursos textuais, visuais e emocionais dos familiares de vtimas e, tambm, dos fotojornalistas. As notcias de violncia, segundo Luc Boltanski, so uma forma de denncia e de converso dos casos individuais em causas coletivas. Essas so tomadas como um primeiro registro da violncia que se transforma em um lugar de memria desses acontecimentos na cidade. A partir de notcias e histrias narradas pelos entrevistados foram construdos pequenos quadros de memria que contam o processo vivido pelos familiares aps a violncia. Esse processo iniciado por uma violncia original se converte, ao longo do tempo, em lutas individuais e coletivas. O tempo torna-se um agente que trabalha nas relaes, nas emoes e na memria. Ele transforma os sentidos da experincia violenta e constri a identidade de familiar de vtima e as relaes entre eles, moldando comunidades emocionais. Essas comunidades apiam os familiares em seu restabelecimento emocional e social e na luta para conquistar o direito de justia. Diante da morte violenta, essas lutas agenciam o surgimento de novas violncias e a chegada de novos familiares de vtimas em meio s memrias individuais e coletivas.

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Este trabalho tem como objetivo interpretar o fenmeno poltico expressado por Tenrio Cavalcanti - poltico popular que atuou fundamentalmente em reas perifricas e pobres da cidade e do estado do Rio de Janeiro entre as dcadas de 1930 e 1960. Pretendo mostrar a narrativa, os smbolos e os cdigos culturais que construram a sua imagem pblica e como a sua atuao marcou a dinmica e a estruturao do campo poltico do Rio de Janeiro. A pesquisa baseia-se, fundamentalmente, no jornal Luta Democrtica, entre os anos de 1954 e 1964, e nos seus discursos pronunciados na Cmara dos Deputados, entre 1951 e 1964. A partir da anlise das fontes procuro mostrar de que maneira os elementos que constituem o fenmeno servem como ferramenta analtica para compreender melhor a construo de identidades sociais, os mecanismos de representao poltica, a forma como foram percebidos os processos de incluso e excluso social, assim como os conflitos sociais daquele perodo.

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O objetivo dessa pesquisa discutir o cenrio de uso de crack no municpio do Rio de Janeiro contextualizado com a condio de vulnerabilidade e risco social, atravs do mapeamento das controvrsias entre os atores dessa rede. As percepes e experincias relatadas neste trabalho dizem respeito aos diferentes espaos profissionais voltados ao atendimento e prestao de servio a este pblico. Inicialmente, trazida a trajetria terica e prtica que levaram a construo desta dissertao. Foram relatadas experincias vividas nas aes conjuntas de abordagem com a SMDS (Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social) e a prtica como entrevistadora de usurios de crack na Pesquisa Nacional do Crack pela FIOCRUZ. No segundo momento, feito um breve histrico da origem do crack e suas marcas pelo mundo. So trazidos tambm, dados sobre a droga no Brasil, em particular sua histria no Rio de Janeiro. Ainda nesta sequncia, apresentada a poltica de Reduo de Danos, mostrando de que maneira o sujeito significado a partir dessa perspectiva, e suas principais contribuies pelo mundo e tambm no pas. A dissertao construda pela perspectiva das prticas profissionais do psiclogo SMDS pensada atravs da Teoria Ator-rede. Foi importante destacar as principais aes de poltica pblica voltadas para essa temtica, considerando os avanos na discusso da temtica. Foram mapeadas e exploradas as relaes entre os atores envolvidos nesta temtica (usurios de crack, SMDS, SMS Secretaria Municipal de Sade, Segurana Pblica, Mdia, Sociedade), colocando em evidencia as controvrsias existentes nessas relaes, como recolhimento compulsrio. De maneira conclusiva, so trazidas as impresses tiradas ao final deste percurso, problematizando os papis do poder pblico e daqueles que atuam para garantir a populao que faz uso abusivo de crack e outras drogas o direito de acessar e exercia sua cidadania.

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A pesquisa busca compreender a atuao no Twitter das campanhas s prefeituras de So Paulo e Rio de Janeiro em 2012, de modo a entender se houve de fato uma estratgia de ao que usou as possibilidades destes sites de redes sociais para a construo de uma forma inovadora de se fazer campanha eleitoral. A partir de uma reviso de literatura que abrange desde a importncia da circulao da informao poltica nos diferentes regimes informacionais e a midiatizao das campanhas eleitorais, procurou-se discutir a emergncia das campanhas online, suas principais estratgias e conceitos chave tais como a informao poltica no mediada, a interatividade e a mobilizao bem como a discusso de casos importantes sob o ponto de vista da aplicao de tcnicas de marketing comunicao poltica. A parte emprica do trabalho, considerando os aspectos levantados pela perspectiva de inovao, avalia a atuao dos candidatos a prefeito de So Paulo e Rio de Janeiro nos seus perfis oficiais dos candidatos no Twitter, alm das atualizaes dos perfis auxiliares criados por algumas campanhas. O objetivo foi chegar a um melhor entendimento de como se deu a utilizao dos sites de redes sociais por parte dos candidatos, e at que ponto tais atuaes esto relacionadas forma tradicional de se fazer campanhas eleitorais, sendo que para isso foi realizada uma anlise quantitativa e de contedo das publicaes. Os resultados apontam para assimetrias com relao utilizao do Twitter pelas campanhas com maior e menor volume de recursos, existente no ambiente tradicional das campanhas polticas. Alm disso, verificaram-se diferenas na atuao dos principais candidatos envolvidos no pleito, tendo os candidatos em maior vantagem junto ao eleitorado adotado posturas mais conservadoras. Na maioria dos candidatos, constatou-se o baixo ndice de mensagens destinadas mobilizao dos internautas. So ressaltadas as estratgias mais inovadoras, em especial aquelas adotadas pelo candidato Marcelo Freixo, bem sucedidas em termos de mobilizao de eleitores.

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A cidade do Rio de Janeiro, conhecida mundialmente por diversos atrativos culturais e paisagsticos, enfrenta graves problemas sociais, dentre os quais se destacam a violncia e falta de segurana com que moradores e turistas tm convivido. Grande parte do problema tem sido atribudo existncia do narcotrfico, geralmente sediado em favelas das diversas regies da cidade. No ano de 2008, a atual gesto da Secretaria de Estado de Segurana desenvolveu um modelo de segurana pblica que tem como objetivo recuperar territrios perdidos para o trfico e integr-los ao mbito da cidade, o que ocorre por meio da instalao de Unidades de Polcia Pacificadora (UPPs) nessas comunidades. Por acreditar que as mudanas que ocorreram nas localidades pacificadas vieram acompanhadas de transformaes na forma de pensar, sentir e agir dessas pessoas, o presente estudo objetivou investigar como moradores do bairro carioca Leme e das comunidades que fazem parte de seu territrio, localizadas na encosta do morro, tm representado socialmente as modificaes ocorridas na dinmica da vida local aps a ocupao do morro pela Unidade de Polcia Pacificadora, no ano de 2009. Em um segundo momento, as representaes formadas por moradores das duas pores do territrio do bairro foram analisadas de forma comparativa. Para tanto, respaldou-se na Teoria das Representaes sociais, bem como em sua abordagem estrutural.A amostra desta pesquisa foi composta por 200 participantes, sendo 100 da parte plana do bairro e 100 das comunidades localizadas no morro. O instrumento utilizado foi um questionrio nico contendo, inicialmente, tarefa de evocao livre de palavras ao termo indutor Unidade de Polcia Pacificadora e cinco questes referentes a possveis mudanas acarretadas pela implantao do projeto e expectativas quanto a seu futuro. As evocaes foram analisadas com ajuda do SoftwareEVOC, desenvolvido por Vergs(2003), e o material levantado por meio dos questionrios foi analisado com base na distribuio de frequncia, com auxlio do Software SPSS. Foi possvel constatar que a representao formada pelos moradores do bairro do Leme e suas comunidades acerca da UPP possui caractersticas bastante positivas relacionadas a mudanas observadas no cotidiano dessas pessoas, representadas pelas palavras segurana, tranquilidade, paz e melhorias. A comparao possibilitada pela identificao das representaes parciais, referentes a cada grupo de participantes, mostrou que se trata da mesma representao, com elementos diferentemente ativados em funo da distncia do grupo em relao ao objeto e ao contexto em que se encontram inseridos.

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O estudo que se apresenta tem como objeto a Poltica de Transplante do Estado do Rio de Janeiro e as suas particularidades, visando captar as transformaes que este vem sofrendo, especialmente na atualidade, quando se observa importantes transformaes na Poltica de Sade Brasileira e Estadual. As disputas entre os diferentes projetos de sade na atualidade o Projeto Privatista e o Projeto de Reforma Sanitria - vem impactando na configurao da poltica pblica de transplante. No caso do Rio de Janeiro, observa-se uma forte tendncia de fortalecimento do Projeto Privatista com a criao do Programa Estadual de Transplantes. Repasse maior de recursos financeiros pblicos em unidades privadas, a ampliao da oferta de transplantes atravs de parcerias privadas e a contratao de funcionrios por contratos e outros vnculos que no garantem os direitos dos trabalhadores so as principais estratgias que foram adotadas pelo Estado do Rio. Identificar essas estratgias de privatizao se torna essencial para a construo de respostas democrticas para combat-las e fortalecer o SUS.

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Em junho de 2009, deflagrou-se oficialmente o processo de formulao da Poltica Municipal de Alimentao e Nutrio (PMAN) do Rio de Janeiro. Liderada pelo Instituto de Nutrio Annes Dias (INAD), rgo da Secretaria Municipal de Sade (SMS) e rea Tcnica de Alimentao e Nutrio desse municpio, o documento foi finalizado em dezembro de 2011. Foi ento encaminhado aprovao pela SMS, o que ainda no ocorreu. Este trabalho analisou o processo de formulao da PMAN, buscando caracterizar o contexto poltico-institucional de sua elaborao. Partindo de uma viso construcionista sobre cincia, foram realizadas anlise documental e entrevistas com atores inseridos nesta trajetria. Os documentos analisados foram dirios de campo, advindos da participao da pesquisadora como colaboradora deste processo; registros de reunies; verses do documento nas diversas fases de sua elaborao; entre outros. As entrevistas incluram gestores do INAD e da SMS, profissionais de diversas reas e representantes da sociedade civil e dos Conselhos Municipais de Sade e de Segurana Alimentar e Nutricional (SAN). A anlise revela o reconhecimento da singularidade do INAD como rea tcnica e de sua consolidada trajetria na rea de alimentao e nutrio, protagonizando ricos processos de discusso no municpio. Aponta, ainda, uma relativa autonomia decisria para implementao de suas aes. No entanto, paralelamente, as entrevistas revelaram que o INAD parece enfrentar, especialmente na gesto atual da SMS, certa fragilidade institucional, expressa por possveis mudanas em sua insero formal no arranjo institucional da Prefeitura; pela atual posio no organograma da SMS, aqum de suas atribuies, e tambm pela morosidade na aprovao da PMAN. Este contexto poltico-institucional no foi um fator determinante para a formulao da PMAN, embora as entrevistas sugiram que foi considerado para pensar o processo de construo no sentido de fortalecer uma rede de apoio poltico. Apesar de a opo inicial do INAD ter sido por um processo coletivo de participao, as entrevistas revelaram baixo nvel de informao sobre o documento final da PMAN e sobre o andamento de sua aprovao, o que parece sinalizar que o processo decisrio sobre as propostas apresentadas pelos atores centralizou-se no INAD no decorrer do tempo. Apesar da demora na aprovao da PMAN, no parece haver uma rede de presso pela sua assinatura por parte dos atores envolvidos, dependendo exclusivamente das mediaes internas do INAD na SMS. A anlise desta experincia permite identificar dificuldades e tenses que instituies com carter intersetorial podem enfrentar, tendo em vista o limite setorial no qual esto inseridas, num dado contexto poltico-institucional. Alm disso, aponta as estratgias polticas que atores sustentam nos processos de militncia e os desafios para fomentar a participao social.

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A trajetria da professora Maria Therezinha Machado protagoniza a histria da Educao Especial no sistema educacional da cidade do Rio de Janeiro. Este estudo tem o objetivo de contribuir, por meio de narrativas e memrias desta biografia, para anlise e reflexo sobre as preocupaes com a formao, a docncia e a Educao Especial. O recorte temporal escolhido tem como marco inicial a criao da Seo de Educao Especial da Secretaria de Educao e Cultura do estado da Guanabara em 1961 e se estende at 1983. A coleo de entrevistas autobiogrficas de antigas professoras que participaram da implantao da educao especial no antigo estado da Guanabara foram as fontes privilegiadas para construo dos dados. O estudo das memrias como perspectiva que legitima as vozes que contam de si e de outros favoreceu a compreenso do perodo, permitindo problematizar aspectos naturalizados dessa histria escolar. Foi necessrio o dilogo com autores que discutem a representao da educao especial na histria poltica e social e com aqueles que teorizam sobre docncia e formao. Algumas publicaes de Therezinha Machado foram incorporadas ao estudo pelo aspecto formativo que apresentam. Esse trabalho, portanto, representa a tentativa de buscar, na histria desta professora, a histria de muitos. Dessa forma, busca compreender a educao especial da cidade do Rio de Janeiro e as marcas que so reveladas na constituio do presente e no que possvel intuir para o futuro. O trabalho pretende trazer subsdios para as reflexes sobre os rumos da Educao Especial nesta cidade

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O presente estudo trata, a partir de uma abordagem crtica do debate no campo dos Direitos Humanos, da anlise do extermnio de crianas e adolescentes no Rio de Janeiro, tendo em perspectiva que esses homicdios retratam a criminalizao da pobreza como principal mecanismo de ao do Estado diante do agravamento da questo social e suas expresses. Inicialmente, a apresentao do arcabouo conceitual referencia as particularidades das violaes dos direitos de crianas e adolescentes no contexto da formao sociohistrica brasileira, trazendo o debate na constituio do mito das classes perigosas. Em seguida procuramos compreender o contexto da crise capitalista contempornea e a trajetria da consecuo de direitos para crianas e adolescentes, circunscritos entre os avanos legais e o adensamento do processo de criminalizao da infncia e juventude pauperizada. Conclumos com a anlise dos ndices de homicdios da Regio Metropolitana, a partir dos anos 90, abordando-os como resultado de um processo sistemtico de extermnio de crianas e adolescentes, a culminncia da violncia cotidiana a qual esto submetidas, em contraposio a doutrina da proteo integral e da universalizao de direitos.

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As micro, pequenas e mdias empresas geram cerca de 20% do PIB brasileiro. Estima-se que, atualmente, 60% dos postos de trabalho e cerca de 85% dos novos empregos no Brasil so gerados por micro, pequenas e mdias empresas. Nesse sentido, a implementao de polticas pblicas destinadas as micro, pequenas e mdias empresas possuem a dupla dimenso de favorecer tanto o crescimento econmico como a melhoria de indicadores sociais como a distribuio desigual da renda ou a desigualdade regional. Entretanto, um importante debate amadurece no pas a respeito da efetividade e dos retornos gerados pelas concesses de incentivos fiscais. Alinhados a este cenrio, o objetivo do presente estudo analisar o impacto dos incentivos fiscais do setor txtil das pequenas e mdias empresas da regio serrana do estado do Rio de Janeiro atravs da viso de seus gestores e dos indicadores econmicos. Foi realizado um estudo de campo no qual os gestores das PME do setor txtil da regio serrana do estado do Rio de Janeiro responderam um questionrio composto por dezoito perguntas. As respostas foram comparadas a um clculo de estimativa de renuncia entre o Lucro Presumido e o SIMPLES Nacional. Como resultados verificou-se a no efetividade dos incentivos fiscais no seu principal papel de gerao de emprego e renda e uma sensao de insuficincia, desconhecimento e, consequentemente, falta de transparncia em relao aos incentivos fiscais disponveis e concedidos especificamente para o setor ou regio, na percepo dos gestores das PME.

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O processo de formao da malha urbana da cidade do Rio de Janeiro, entre outros, foi permeado pelo sentimento religioso de seus habitantes, que em muitos casos reuniam-se em associaes religiosas que exerceram um importante papel social, poltico e econmico na sociedade carioca no perodo de 1763 a 1840. O presente estudo tem por objetivo apontar as Ordens Leigas - Ordens Terceiras e Irmandades - que no exerccio de sua territorialidade, despontaram como um dos agentes de formao da malha urbana do centro da cidade para fora dos limites estabelecidos at o final do sculo XVIII. Para tanto, buscou-se desvendar as aes estratgicas dessas associaes que com suas prticas devocionais como procisses, festas e peregrinaes, teriam se apropriado do territrio do centro da cidade. Igualmente foi investigado, se a partir dessa ocupao, foram executados melhoramentos na regio de entorno, seja por parte da administrao da cidade, seja por parte de seus prprios integrantes. Foram procedidas anlises da arquitetura das igrejas das Ordens Terceiras e Irmandades inseridas na regio a fim de verificar quais as influncias do sentimento religioso e das disposies eclesisticas no projeto desses exemplares e identificar na tipologia das formas simblicas da construo a presena ou no de padronizao entre elas.