983 resultados para Rio de Janeiro (RJ) Carnaval Séc. XX
Resumo:
A presente tese se prope a identificar a relao entre os presdios do Rio de Janeiro e o processo de excluso e dominao, essenciais para a construo da hegemonia. Para isso, analisamos a relao da construo da ordem vigente com as unidades prisionais, desde o incio do século XIX, percebendo a forma como o Estado inseriu tais unidades em sua poltica a fim de garantir a dominao, criminalizando os grupos subalternos. Desta forma, os presdios aparecem como rotuladores, no s de indivduos, como tambm de sua identidade e espao, alm, claro, de confirmar seu status social. Para esta investigao foram utilizados a pesquisa bibliogrfica e o cruzamento de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE) e do Ministrio da Justia, alm do material didtico utilizado pelas escolas prisionais do Rio de Janeiro. Nossa anlise partiu da compreenso do presdio enquanto lcus de conteno e controle do excedente excludo, encontrada nas obras de Nilo Batista e das perspectivas de David Garland e Loic Wacquant que contextualizam estas instituies pela mesma tica na poltica neoliberal. Como escopo terico principal, aliceramos esta pesquisa na teoria do desvio, desenvolvida por Haward Becker, e no conceito de hegemonia, tal qual Antonio Gramsci o concebe. Desta forma, observamos como percepes individuais de membros de grupos dominantes podem ser incorporadas pelo seu coletivo e ingressarem no cdigo legal social, favorecendo e garantindo a hegemonia destes sobre os grupos subalternos. As prises aparecem neste contexto como pea imprescindvel. Conclumos, portanto, que as unidades prisionais do Rio de Janeiro possuem grande importncia na afirmao da dominao social na medida em que recebem o subalterno e demarcam este grupo e seu espao, transformando sua condio marginal em condio criminosa. Ou seja, favorecendo a criminalizao de sua condio social e, portanto, justificando-a.
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O objetivo principal desta dissertao foi avaliar a percepo de qualidade de vida relacionada sade (QVRS) de adolescentes do 6 ano do ensino fundamental de escolas pblicas e privadas do Rio de Janeiro, So Gonalo e Niteri. Para tal, foi realizado um estudo transversal da linha de base (2010) do Estudo Longitudinal de Avaliao Nutricional de Adolescentes ELANA- com 807 adolescentes entre 10 e 17 anos pertencentes ao 6 ano do ensino fundamental de duas escolas pblicas de Niteri e quatro escolas privadas do Rio de Janeiro e So Gonalo. As informaes que subjazem a pesquisa foram obtidas atravs do autopreenchimento da verso reduzida do instrumento Kidscreen, com 27 itens e 5 dimenses (Sade e Atividade Fsica, Bem-estar Psicolgico, Autonomia e Relao com os Pais, Amigos e Apoio Social e Ambiente Escolar). Testes T de Student foram usados para avaliar a percepo diferencial de QVRS estratificada por rede de ensino, sexo, faixa etria e posio econmica. Alm disso, modelos de regresso linear foram implementados com vista avaliao de diferentes cenrios de percepo de QVRS segundo combinaes das variveis selecionadas para especificao de subgrupos (modelagem de predio). Os resultados apontam para diferenas significativas na percepo de cada dimenso da QVRS entre os subgrupos selecionados ainda que a maior parte dos adolescentes possua uma percepo positiva das mesmas. Destaca-se o subgrupo tipo de escola, onde a percepo de QVRS entre os adolescentes das escolas privadas apresentou-se melhor em comparao aos de escolas pblicas em todas as suas dimenses. Ademais, os adolescentes mais velhos (12 a 17 anos), os de escola pblica e/ou aqueles com menor posse de bens apresentaram valores considerados ruins ou negativos na dimenso Autonomia e Relao com os Pais. Os cenrios de projeo apresentados sugerem certa vulnerabilidade a uma menor QVRS entre alguns dos subgrupos estudados, a saber, as meninas de escolas pblicas e com menor posse de bens (Dimenso Sade e Atividade Fsica); os adolescentes mais prximos da fase adulta e desfavorecidos economicamente (Bem-estar Psicolgico); os estudantes de escolas pblicas com menor posse de bens (Autonomia e Relao com os Pais); os meninos de escolas pblicas (Amigos e Apoio Social) e os meninos na segunda fase da adolescncia (Ambiente Escolar). Espera-se que a divulgao dos resultados desta dissertao possa contribuir com as discusses no campo da sade coletiva sobre a temtica da QVRS, mediante o incentivo de polticas intersetoriais de promoo da sade escolar, focalizando prioritariamente os subgrupos mais vulnerveis a uma menor QVRS.
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De acordo com dados do DATASUS, o setor filantrpico no pas possui cerca de 2.100 estabelecimentos hospitalares, com mais de 155.000 leitos, o que representa 31% do total de leitos do pas. Ou seja, 1/3 dos leitos existentes no pas so filantrpicos, caracterizando o setor como importante prestador de servios ao Sistema nico de Sade, assim como sade suplementar. Estes nmeros demonstram a importncia do setor filantrpico para o pas, mas tambm para muitas regies, como a regio centro sul fluminense do Estado do Rio de Janeiro. A enorme complexidade e diversidade da rede hospitalar filantrpica traz muitos e variados desafios, tanto para a operao hospitalar, como para as polticas governamentais de manuteno do setor sade. Alm da defasagem da tabela do SUS, outros problemas tambm so enfrentados por estes hospitais como os tetos financeiros, que levam ao pagamento menor do que efetivamente produzido, atrasos de pagamentos, que dificultam o planejamento e o equilbrio financeiro, fechamento de linhas de crditos, dificuldades nas negociaes com gestores, entre muitos outros. Todas essas dificuldades tm reflexos crticos na gesto dessas organizaes que passam por crises financeiras, necessidade de qualificao profissional e de adequaes em suas instalaes e equipamentos. Esta pesquisa prope-se a estudar a situao dos hospitais filantrpicos da regio Centro-Sul Fluminense do Estado do Rio de Janeiro no mbito financeiro, assim como conhecer a percepo dos gestores sobre as dificuldades do setor, suas perspectivas e propostas de possveis solues. A metodologia utilizada foi de natureza exploratria, com abordagem qualitativa e quantitativa, com estudo de casos mltiplos, utilizando-se de diversas fontes para coleta de dados, como fontes primrias, secundrias e entrevista semi-estruturada. Os resultados demonstraram a importncia dos hospitais filantrpicos na produo de servios de sade para o SUS e a necessidade da formulao de polticas especificas para a manuteno do setor filantrpico conveniado ao SUS. Na regio centro sul fluminense h uma complementaridade entre a rede pblica e a rede filantrpica. Embora seja reconhecida a importncia histrica e estratgica desses hospitais na prestao de servios ao SUS, mantidas as condies atuais nos mbitos de capacidade instalada, organizacional ou financeira, no h dvidas de que o futuro dessas instituies ser incerto com riscos importantes para a continuidade dos servios prestados e da prpria sobrevivncia dos hospitais.Existe a necessidade urgente de que os gestores pblicos busquem a implantao de modelos flexveis de gesto, visando o estabelecimento de um relacionamento de parceria com os hospitais filantrpicos e suas aes sejam definidas por metas tangveis e alcanveis.
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Este estudo, de cunho histrico-social qualitativo, com abordagem na histria do tempo presente, tem por objeto o processo de implantao do Curso de Especializao em Enfermagem Obsttrica na Modalidade de Residncia da Secretaria Municipal de Sade do Rio de Janeiro/Faculdade de Enfermagem da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) no perodo de 2004 a 2006, sendo o marco inicial o ano que a primeira turma comeou o Curso, e o marco final o ano de concluso da referida turma. Os objetivos da pesquisa so: descrever as circunstncias de implantao do Curso de Especializao em Enfermagem Obsttrica na Modalidade de Residncia na cidade do Rio de Janeiro; analisar as estratgias desenvolvidas pelos professores, preceptores e residentes para a implantao do curso na Faculdade de Enfermagem da UERJ e nos campos clnicos. O estudo foi pautado nos conceitos de poder simblico, espao social, campo social, capital, luta simblica e habitus do socilogo Pierre Bourdieu. O mtodo utilizado foi histria oral temtica. A anlise foi realizada mediante a ordenao, classificao e articulao dos documentos escritos e orais com o referencial terico. Os resultados da pesquisa apontam que no perodo estudado havia um contexto favorvel implantao do curso de Especializao em Enfermagem Obsttrica na modalidade de Residncia, pois houve, em 2005, a promulgao da lei que instituiu Residncia em rea Profissional de Sade, como modalidade de ensino de ps-graduao lato sensu, voltada para a educao em servio e destinada s categorias profissionais que integram a rea de sade, excetuada a mdica. Desse modo, essa modalidade de ensino constitui-se em um programa de cooperao intersetorial para favorecer a insero qualificada dos jovens profissionais da sade no mercado de trabalho, particularmente em reas prioritrias do Sistema nico de Sade, como era o caso da rea da sade da mulher. Assim, os professores que estavam envolvidos com o direcionamento poltico pedaggico do Curso escolheram estrategicamente os campos de prtica que tivessem enfermeiras obsttricas inseridas no cuidado ao parto e nascimento e sustentaram as disciplinas de Histria da Obstetrcia; Gnero, Sexualidade e Enfermagem, e Enfermagem Obsttrica como norteadoras conceituais do projeto poltico-pedaggico, a fim de atualizar o habitus dos residentes. As preceptoras diretamente inseridas no campo clnico contriburam para garantir a presena contnua de uma supervisora enfermeira nos setores de realizao das prticas pelos residentes, visando a reproduo do modelo humanizado, alm de contribuir tambm com a complementao do contedo terico. Seguindo o direcionamento poltico-pedaggico do curso, a principal estratgia desenvolvida pelos residentes foi a busca pela ampliao do capital cientfico com intuito de adquirir maior poder no campo. Conclui-se que as estratgias utilizadas por todos os agentes implantaram o Curso de Especializao em Enfermagem Obsttrica na Modalidade de Residncia. Esse curso, reconfigurou o ensino da enfermagem obsttrica na Faculdade de Enfermagem da UERJ, pois aproximou a academia com os servios, gerando uma corresponsabilidade dos agentes envolvidos na formao. Essa corresponsabilidade, por sua vez, facilitou a insero dos egressos nos campos obsttricos do Sistema nico de Sade.
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O objetivo desta tese foi identificar e caracterizar reas com altas taxas de mortalidade por doenas do aparelho circulatrio (DAC) e seus dois principais subgrupos de causas: as doenas isqumicas do corao (DIC) e as doenas cerebrovasculares (DCV), entre os anos de 2008 e 2012 na rea de influncia do complexo petroqumico do estado do Rio de Janeiro COMPERJ, por meio de mtodos estatsticos e sistemas de informaes geogrficas (SIG). Os resultados da investigao so apresentados na forma de dois manuscritos. O primeiro objetivou descrever o perfil da distribuio espacial da mortalidade por (DAC), caracterizar e predizer territrios com maior risco de morte por esta causa, com base em classificao das unidades espaciais por indicador de qualidade urbana (IQUmod). A anlise multivariada foi realizada por meio do mtodo conhecido como rvore de deciso e regresso, baseado em algoritmo CART para a obteno do modelo preditivo para UVLs com diferentes riscos de mortalidade por DAC. O modelo desenvolvido foi capaz de discriminar sete conjuntos de UVLs, com diferentes taxas mdias de mortalidades. O subconjunto que apresenta a maior taxa mdia (1037/100 mil hab.) apresenta 3 UVLs com mais de 75% de seus domiclios com abastecimento de gua inadequado e valor de IQUmod acima de 0.6. Conclui-se que na rea de influncia do COMPERJ existem reas onde a mortalidade por DAC se apresenta com maior magnitude e que a identificao dessas reas pode auxiliar na elaborao, diagnstico, preveno e planejamento de aes de sade direcionadas aos grupos mais susceptveis. O segundo manuscrito teve por objetivo descrever o perfil da distribuio espacial da mortalidade por DIC e DCV em relao ao contexto socioambiental segundo reas geogrficas. O modelo de regresso linear de Poisson com parmetro de estimao via quasi-verossimilhana foi usado para verificar associao entre as variveis. Foram identificados como fatores de risco para mortalidade por DIC e DCV a varivel relativa a melhor renda e maior distncia entre domiclios e unidades de sade; a proporo de domiclios em ruas pavimentadas aparece como fator de proteo. A distribuio espacial e as associaes encontradas entre os desfechos e preditores sugerem que as populaes residentes em localidades mais afastadas dos centros urbanos apresentam maiores taxas de mortalidade por DIC e DCV e que isto pode estar relacionado a contextos rurais de localizao das residncias e a distncia geogrfica destas populaes aos servios de sade. Aponta-se para a necessidade de desenvolvimento de aes que propiciem maior amplitude no atendimento em sade, no intuito da reduo de eventos cardiovasculares mrbidos incidentes naquelas populaes.
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Esta dissertao discute o entendimento dos assistentes sociais que atuam nos centros de referncia especializados de assistncia social de trs coordenadorias de desenvolvimento social do municpio do Rio de Janeiro sobre o tema das drogas, com o objetivo de analisar se as aes profissionais so dirigidas a uma perspectiva crtica, desconsiderando valores conservadores na sua interveno, e se, durante seu trabalho profissional, buscam contribuir criticamente para a garantia dos direitos dos usurios. Para tal, realizamos entrevista com os assistentes sociais inseridos nesses centros, e atravs das respostas apresentadas, analisamos como o tema das drogas abordado pelos profissionais de servio social. A contribuio para a garantia de direitos requer do profissional de Servio Social a possibilidade de realizar mediaes entre as polticas e a contextualidade do usurio, considerando, tambm, as possibilidades e limites no percurso histrico que atravessa o uso das drogas. Cabe inclusive situar a compreenso das drogas e sua relao com o desenvolvimento do capital, em que a estratgia proibicionista responde aos interesses de um determinado bloco do poder. Dessa forma esse estudo resgata a construo histrica da profisso de Servio Social no Brasil, destacando os processos que marcaram uma possibilidade de ruptura com o conservantismo profissional e, por conseguinte, suscitavam uma perspectiva profissional mais crtica e densa teoricamente. Apresenta uma anlise do desenvolvimento capitalista, destacando as tendncias e estratgias atuais para o enfrentamento da questo social, sob o contexto neoliberal. E por fim, acrescido da pesquisa emprica realizadanos CREAS o estudo buscou identificar se os profissionais de servio social conseguem fortalecer o projeto tico-poltico da profisso, ou se as marcas deixadas pela herana conservadora, que gestaram a profisso so resgatadas e utilizadas no trabalho profissional.
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Uma nova Constituio Federal foi estabelecida no final dos anos 80 conferindo sociedade civil o direito de participar ativamente nas tomadas de decises em diversas reas, como a de recursos hdricos, atravs de representaes de segmentos sociais. No contexto da gesto participativa das guas, o Estado do Rio de Janeiro instituiu sua Poltica Estadual de Recursos Hdricos, pela Lei n 3.239 em 1999, e criou o Sistema Estadual de Gerenciamento de Recursos Hdricos. Dentro das diretrizes estabelecidas pela Lei das guas, nove comits fluminenses foram criados, de acordo com as divises de bacias hidrogrficas. Este trabalho prope analisar os comits de bacia, quanto ao desempenho de suas atribuies, atravs de uma pesquisa qualitativa junto aos membros titulares desses colegiados. Com metodologia baseada no conceituado Projeto Marca dgua, um extenso questionrio foi aplicado utilizando-se de uma plataforma Survey via internet, onde no total coletou-se 112 respostas. Dos resultados, no geral, conclui-se que os Comits fluminenses vivem um momento de progresso e que a gesto realizada vem demonstrando resultados satisfatrios.
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Esta pesquisa busca investigar um processo em curso, onde a estratgia do empreendedorismo na gesto das polticas pblicas urbanas vem se adaptando e se conformando ao atual contexto de poltica econmica chamada de neodesenvolvimentismo. Para isso, as parcerias pblico-privadas tem um papel fundamental na gesto do desenvolvimento urbano, no mbito das trs esferas de poder. Abordaremos, portanto, o histrico das reformas polticas do Pas que levaram a uma evoluo da poltica de nacional-desenvolvimentismo ao novo desenvolvimentismo, para entendermos o contexto no qual as atuais parcerias pblico-privadas vem sendo desenvolvidas como modelo para de gerir o territrio. Mencionaremos tambm a legislao e os discursos por trs da defesa deste tipo de negcio entre o poder pblico e o setor privado. Ainda, como o pas enfrentou a crise de 2008, chamada de crise das crises, utilizando esse modelo de gesto do territrio. Os megaeventos esportivos sero analisados como um fator catalizante da atrao de investimentos e negcios para as cidades. No Rio de Janeiro, com a escolha da cidade para sediar os Jogos Olmpicos, e tambm sendo uma das cidades sedes da Copa do Mundo FIFA de 2014, vrias de transformaes territoriais se iniciaram. Com fortes indcios de que uma srie de violaes estava por vir, a fim de abrir espao e ampliar o mercado dos investimentos privados. O Parque Olmpico, como principal local de competies das Olimpadas de 2016, configura-se como uma imensa oportunidade de negcios com a iniciativa privada, localizado em rea de ampla expanso do mercado imobilirio da cidade: a Barra da Tijuca. Diante disso, muitas comunidades pobres vem sofrendo com a poltica de deslocamento forado para dar lugar aos investimentos no territrio. Neste contexto, est a comunidade Vila Autdromo, estabelecida bem ao lado do local de implementao do empreendimento. Sua remoo est prevista no estudo de viabilidade e no edital de concesso. Estudaremos a parceria pblico-privada realizada para a construo do Parque Olmpico, atravs da anlise dos documentos relacionados ao seu processo licitatrio e a escolha do consrcio vencedor. Ainda, como esse empreendimento tem impactado no caso da comunidade Vila Autdromo, que alm de j ter sido alvo de outras tentativas de remoo, foi objeto de uma poltica de regularizao fundiria no passado e tem um intenso histrico de resistncia e de luta pela permanncia.
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O sagui-da-serra-escuro (Callithrix aurita) (.Geoffroy, 1812) uma espcie endmica da Mata Atlntica e ameaada de extino, considerada em perigo. Callithrix jacchus e C. penicillata so espcies invasoras no Estado do Rio de Janeiro, que competem com C. aurita pelos mesmos recursos, alm de formarem hbridos. Nesse contexto, avaliamos a distribuio espacial das espcies de saguis (nativa e invasoras) no interior e entorno do Parque Nacional da Serra dos rgos (PARNASO), RJ, Brasil, atravs do mtodo de playback, entrevistas, e a modelagem de ocupao e deteco. Alm disso, comparamos os dados de distribuio atual com os registros de ocorrncia anteriores a esse estudo. Os resultados mostraram que a populao de saguis nativos e invasores presentes no interior no parque possuem probabilidade de ocupao (0,20 e 0,22), deteco (0,22 e 0,26) e abundncia (12,65 e 13,68 grupos) semelhantes. A ocupao de C. aurita est relacionada s reas do parque mais afastadas da estrada e com menor interferncia humana, provavelmente pelo efeito da elevada altitude nessas regies. Enquanto que a ocupao dos saguis invasores est relacionada proximidade dos limites do parque e a maior interferncia humana, tanto em maiores altitudes quanto em menores. Registramos o processo de hibridao entre saguis nativos e invasores, e a formao de grupos mistos entre eles, em diversos pontos da regio de Petrpolis, inclusive no interior do parque, evidenciando as consequncias do processo de invaso. Conclumos que a populao de Callithrix aurita no PARNASO pequena, restrita a uma nica regio do parque, e parte dela possui contato com grupos de saguis invasores, ou est bem prxima deles. As espcies de saguis invasores ocorrem em alguns locais no interior do parque e por todo o seu entorno. Portanto, h uma presso dos saguis invasores em direo ao interior do PARNASO. Diante deste processo de extino local de uma espcie endmica, ameaada de extino, e com uma restrita distribuio geogrfica, alertamos para a urgente necessidade de iniciar um eficiente programa de manejo das espcies de saguis invasores, juntamente com a reintroduo de grupos de Callithrix aurita.
Impacto do uso de biocombustveis na qualidade do ar da cidade do Rio de Janeiro um estudo de simulao
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A frota de veculos movidos por biocombustveis tem aumentado nos ltimos dez anos e com isso as emisses para a atmosfera nas cidades tm sofrido alteraes. Devido a esta problemtica, estudos com modelos de previso de emisses so o foco deste trabalho. Alguns modelos, homologados por agncias de regulamentao de alguns pases ou comunidades, servem de base para as anlises de risco com auxlio de simulao.O objetivo geral deste trabalho avaliar o impacto do uso de biocombustveis na qualidade do ar na cidade do Rio de Janeiro e estudar cenrios de qualidade do ar, em funo do aumento da quantidade de biodiesel e lcool adicionada ao diesel e gasolina. Nesta dissertao, monxido de carbono, xidos de nitrognio, compostos orgnicos volteis e oznio so os principais poluentes estudados para a cidade do Rio de Janeiro. A avaliao de cenrios foi realizada empregando um modelo de qualidade do ar com base no modelo de trajetrias OZIPR e no modelo qumico SAPRC. Os resultados demonstram que o aumento do uso de biodiesel diminui a concentrao de oznio na atmosfera em relao ao caso base estudado, em 10,23% utilizando a mistura BE Diesel, em 5,28% utilizando a mistura B20 e apenas 0,33% utilizando a mistura B10. Isso de fato acontece pois o biodiesel possuiu mais oxigenados na sua estrutura. O estudo revelou o aumento nas emisses e concentraes de NOx na troposfera da cidade do Rio de Janeiro, para as mistura de BE- Diesel, B20 e o B10 em relao ao caso base, foram de 5,66%, 2,83% e 0% respectivamente. Em especial na cidade do Rio de janeiro existe um consumodo O3 pelo NO presente na atmosfera urbana. A reduo na concentrao de CO para as misturas de BE- Diesel, B20 e o B10 em relao ao caso base, foram de 13,11%, 6,56% e 4,12% respectivamente. O aumento da disponibilidade de oxignio presente no biodiesel produz uma melhor queima do combustvel, contribuindo para uma menor concentrao de CO na troposfera
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Os granitoides do Domnio Cambuci, na regio limtrofe entre os estados do Rio de Janeiro e Esprito Santo, foram separados em quatro principais grupos: (1) Complexo Serra da Bolvia (CSB) - Ortogranulitos e Ortognaisses Heterogneos; Ortognaisse Cinza Foliado; e charnockitos da Regio de Monte Verde (2) Leucogranitos/leucocharnockitos gnaissificados da Sute So Joo do Paraso (SSJP) (3) Granito Cinza Foliado (4) Leucogranito isotrpico. O CSB caracterizado pelo magmatismo de carter calcioalcalino do tipo I, oriundo em ambiente de arco vulcnico (Sute Monte Verde) e retrabalhamento crustal (ortogranulitos leucocrticos). O Ortogranulito esverdeado fino, considerado no presente estudo como rocha do embasamento para o Terreno Oriental, cristalizada durante o paleoproterozoico - Riaciano (2184,3 21 Ma) e recristalizada durante o evento metamrfico Brasiliano no neoproterozoico - Edicariano (607,2 1,5 Ma), cuja idade TDM de 2936 Ma. O Ortogranulito leucocrtico mdio cristalizou-se no neoproterozoico Edicariano (entre 592 e 609 Ma) e idade TDM ca. 2100 Ma, ao qual apresenta registro de herana no paleoproterozoico. A Sute Monte Verde caracteriza-se por um magmatismo calcioalcalino e a Sute Crrego Fortaleza, por um magmatismo calcioalcalino de alto K, ambas com assinatura de arco magmtico. Registram dois pulsos magmticos, em no Neoproterozoico - Edicarano: um em 592 2 Ma, idade do charnoenderbito, com idade TDM 1797 Ma, e outro em 571,2 1,8 Ma (injeo de um charnockitoide). Para todas as rochas do CSB so registradas feies protomilonticas, milonticas e localmente ultramilonticas. Os dados geoqumicos indicam que os granitoides da SSJP so da srie calcioalcalina de alto K, gerados no Neoproterozoico (idades que variam desde 610,3 4,7 Ma at, 592,2 1,3 Ma. As idades TDM revelam valores discrepantes para duas amostras: 1918 Ma e 2415 Ma, sugerindo que tenham sido geradas de diferentes fontes. O Granito Cinza Foliado da Srie Shoshontica, metaluminoso do tipo I e, de ambincia tectnica de granitos intraplaca. Entretanto, poderiam ter sido fomados em ambiente de arco cordilheirano, havendo contaminao de outras fontes crustais. Fato este pode ser confirmado pelas as idades TDM calculadas ≈ 1429 1446 Ma. O Leucogranito isotrpico ocorre em forma de diques de direo NW, possui textura macia e inequigranular. Dados geoqumicos revelam que so granitoides metaluminosos do tipo I da srie shoshontica, e, de acordo com a ambincia tectnica, so granitos intraplaca. O Leucogranito Isotrpico representa o magmatismo ps-colisional ao qual ocorreu entre 80 a 90 Ma de anos aps o trmino do evento colisional na regio central da Faixa Ribeira. O Leucogranito Issotrpico cristalizou-se no cambriano (512,3 3,3 Ma e 508,6 2,2 Ma) e com idades TDM ca. 1900
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Os manguezais so ecossistemas estuarinos, representando a transio entre os ambientes continentais e marinhos, e tendo sua formao relacionada com as flutuaes do nvel do mar no Quaternrio. No Manguezal de Guaratiba, diversos estudos sobre as variaes do nvel do mar, mais precisamente no Holoceno, tm sido realizados, sob os enfoques sedimentolgicos, geoqumicos, palinolgicos e micropaleontolgicos. Entre os estudos micropaleontolgicos, destacam-se os que utilizam os foraminferos bentnicos, micro-organismos amplamente utilizados como indicadores paleoecolgicos e paleoambientais do Holoceno. No presente trabalho, foi coletado, atravs de um amostrador do tipo trado russo, um testemunho (T1) no Manguezal de Guaratiba, no qual foram realizadas anlises de parmetros como granulometria, teores de matria orgnica (MO), carbonato, carbono orgnico total (COT) e enxofre (S) (abiticos) e da fauna de foraminferos bentnicos (biticos). Foram utilizadas tambm ndices ecolgicos e anlises de agrupamento, atravs das quais foi possvel estabelecer quatro associaes faunsticas (I,II,III e IV), assim como os fatores ambientais que mais influenciaram a distribuio da fauna. A correlao com assembleias de foraminferos de outros testemunhos que possuem datao por Carbono 14 (C14), assim como outros trabalhos que versam sobre a evoluo da Baa de Sepetiba, permitiu o estabelecimento de trs ciclos de emerso-submerso para a rea da plancie de mar estudada: 1)Fase transgressiva: nvel de concentrao de conchas em depsitos lagunares formados por sedimentos finos, sem foraminferos; provavelmente posterior a uma regresso; 2) Fase transgressiva: formao de uma baa, com presena exclusiva de espcies de foraminferos calcrios (Associao III) com maiores valores de riqueza e queda nos valores de COT; ocorrida h cerca de 3.800 anos A.P 3) Fase transgressiva: perodo de submerso, presena de espcies de foraminferos tipicamente estuarinos (Associao IV), com durao entre 3.500 anos A.P. e 2.700 anos A.P.; 4)Fase transgressiva: caracterizada pela alternncia entre a formao de baas rasas e lagunas marinhas (maiores ndices de riqueza nas associaes faunsticas), menores valores de MO e COT e aumento na proporo de sedimentos finos; evento iniciado h cerca de 2.700 anos A.P.; e 5)Fase regressiva: fauna de foraminferos aglutinantes, resistente s condies de salinidade e acidez caractersticas de ambientes confinados como os manguezais, alm do incremento nos teores de areia, evidenciando a fase final de confinamento da Baa de Sepetiba pela Restinga da Marambaia; evento iniciado por volta de 2.400 anos A.P., estendendo-se at o presente. Os resultados obtidos mostram a importncia da correlao lateral entre testemunhos na interpretao paleoambiental da Baa de Sepetiba, alm da identificao de estgios de transgresso e regresso que se aproximam da curva de variao do nvel do mar proposta por SUGUIO et al.(1985) para o litoral do Estado do Rio de Janeiro
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Esta dissertao visa levantar as possibilidades de uso da Geomtica no ambiente de interatividade do Sistema Brasileiro de TV Digital Terrestre (SBTVD), definido pelo Decreto Presidencial 5.820, de 29 de Junho de 2006. O produto desta dissertao compreende a implementao de um Atlas, que ter como seu maior objetivo, o auxlio ao processo pedaggico e de Educao distncia (EAD), democratizando o conhecimento da Cartografia. A metodologia de desenvolvimento ter como base o estudo do municpio do Rio de Janeiro e como pblico alvo, professores e jovens de 8 a 12 anos de idade. Entretanto, poder ser facilmente adaptado para outras regies e diferentes nveis educacionais. No estudo foram utilizados os fundamentos da Geomtica, com suas origens estruturais baseadas em uma natureza multidisciplinar, que ponto de convergncia da Informtica, de Geografia, do Planejamento Urbano, das Engenharias, das Estatsticas e das Cincias do Ambiente, focadas em fases de produo definidas e divididas em: Coleta, Anlise, Distribuio e Uso. Nesse contexto estudaremos como a Cartografia e o SBTVD terrestre vo se incorporar tecnologicamente na distribuio desses dados.
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Cnemidophorus littoralis um lagarto teideo ameaado de extino, endmico de restinga e restrito ao estado do Rio de Janeiro, tendo sido encontrado em apenas quatro restingas da regio: restinga de Grussa (limite norte), restinga de Jurubatiba, restinga de Maric e restinga de Marambaia (limite sul). Devido sua restrita distribuio, os efeitos da degradao de hbitat e mudanas climticas so especialmente danosos para os indivduos dessa espcie, podendo levar a uma extino local ou at total. A fim de aumentar a gama de informaes sobre esta espcie de lagarto, investigamos a sua densidade e o seu tamanho populacional em trs reas de restingas, alm de termos registrado as temperaturas s quais esto sujeitos nos diferentes micro-hbitats disponveis, bem como suas preferncias a determinadas estruturas da vegetao, e a situao atual de degradao das restingas, comparando-a com a de anos anteriores. O presente trabalho foi realizado nas restingas de Barra de Maric (Maric), Jurubatiba (Maca) e Grussa (So Joo da Barra). Os resultados revelaram uma diferena na estrutura da vegetao entre as trs restingas, sendo a de Grussa a que mais se destaca. Essa restinga tambm a que apresenta menor densidade populacional e maior ndice de degradao. Por outro lado, a restinga de Jurubatiba foi o local com menor quantidade de distrbios encontrados, possuindo a maior densidade populacional dentre as trs e se caracterizando como a melhor rea para manuteno da espcie. O folhio no bordo de moita foi, no geral, o hbitat mais utilizado pelos lagartos, sendo o perodo entre 10h00 e 11h00 o que teve maior nmero de avistamentos. A altura de arbusto demonstrou influenciar negativamente a ocupao dos indivduos na restinga de Grussa, enquanto os perodos de observao ao longo do dia influenciaram a detectatibilidade dos indivduos nas trs restingas. As restingas tambm apresentaram uma temperatura ambiente semelhante ao longo do dia, sendo Maric a restinga com mdia mais alta (34,6C), seguida por Grussa (33,9C) e por ltimo Jurubatiba, com uma mdia de 33,2C. As temperaturas corpreas s quais os indivduos estariam sujeitos nos micro-hbitats disponveis variaram de 27C (folhio sobre vegetao) a 42,5C (areia nua), na restinga de Grussa e de 28C (folhio no interior de moita) a 32,9C (areia nua) na restinga de Jurubatiba. Uma vez que a estrutura do ambiente influencia na caracterstica termal dos lagartos e, consequentemente, na manuteno das populaes, a conservao das restingas e de suas estruturas vegetacionais so indispensveis para a perpetuao da espcie.
Resumo:
O objetivo fundamental deste trabalho identificar os impactos dos incentivos fiscais federais concedidos pelo Governo brasileiro com a publicao da Lei do Bem, sobre os investimentos privados em P&D. A partir de estudo de campo realizado emgrandes empresas estabelecidas em habitats de inovao, especialmente em PqTgerido por universidade, foi analisado como a Lei do Bem auxilia a disseminao da cultura de inovao e aumenta a competitividade empresarial. Especificamente, o estudo tem o intuito de mostrar a importncia da incluso de forma mais abrangente dos gastos com infraestrutura de P&D, no rol das atividades passveis de recebimento de incentivos fiscais por empresas localizadas em pases notadamente carentes neste aspecto, tal qual o Brasil. Ademais, analisar comparativamente os mecanismos de incentivos fiscais utilizados por outros pases com a inteno de propor adequaes na estrutura da Lei do Bem que minimizem a sua no utilizao em virtude da falta de clareza na sua aplicao e consequente adoo de postura conservadora pelas empresas. A metodologia consistiu de um estudo exploratrio e qualitativo e reviso bibliogrfica onde foram analisados os conceitos tericos relacionados inovao, sistemas nacionais, regionais e setoriais de inovao, hlice trplice, habitats de inovao e polticas pblicas, alm da coleta de dados realizada por meio de consulta aos relatrios elaborados por entes governamentais, bem como por entrevistas realizadas junto s empresas que instalaram seus centros de P&D no PqT UFRJ, Consultorias especializadas e ANPEI. Os resultados doestudoforam obtidos a partir da compilao dos dados destas entrevistas e relatrios. Alm de outras concluses, as informaes permitiram afirmar que os incentivos fiscais, especialmente aqueles relacionados reduo do Imposto de Renda da Pessoa Jurdica, so importantes na medida em que permitem s grandes empresas, que j realizam atividades de P,D&I, a destinao de um montante maior a essas atividades. Apesar disso, essa poltica pblica carece de aperfeioamento em funo de haverrestado claro que a mesma no estimula todas as atividades de inovao, mas apenas aquelas relacionadas P&D, alm de no haver incentivos adequados ao crescimento de infraestrutura para inovao.