985 resultados para Administração Oral
Resumo:
RESUMO - Introdução: A saúde oral é uma componente essencial na saúde geral e no bem-estar dos indivíduos. Sabe-se que os problemas de saúde oral afectam predominantemente os elementos de níveis socioeconómicos mais baixos, evidenciando a influência dos determinantes sociais da saúde na saúde oral das populações. Os objectivos deste estudo são caracterizar os comportamentos de rotinas diárias de higiene oral, frequências de idas a consultas de saúde oral, auto-avaliação do estado de saúde oral e percepção de dor na cavidade oral em crianças de 12 anos em Portugal e analisar a associação entre estes e os factores sociodemográficos. Métodos: Foi realizado um estudo observacional, transversal e analítico, abrangendo 1309 jovens e baseado em informação recolhida no III Estudo Nacional de Prevalência de Doenças Orais (ENPDO). Para além das estatísticas descritivas usuais, as estatísticas inferenciais basearam-se predominantemente em modelos de regressão logística binária. Resultados: Dos participantes, 70.6% (n=924) escova “duas ou mais vezes por dia” com associação com todas as variáveis sociodemográficas. Na análise multivariada, o género masculino (OR=2.088; IC95%: 1.574-2.770, em relação ao género feminino), a área de residência predominantemente rural ou mediamente urbana (OR= 1.800; IC95%: 2.587; OR=1.516; IC95%: 1.093-2.103, em relação a zonas predominantemente urbanas), a escolaridade da mãe ser o ensino básico (OR= 2.112; IC95%: 1.408-3.168, em relação ao ensino superior) e a actividade laboral do pai ser desempregado (OR= 1.938; IC95%: 1.280-2.934, em relação a ser trabalhador) foram as variáveis com mais impacto para a adopção de comportamentos de escovagem potencialmente inadequados (p<0.05). A maioria dos inquiridos (94.2%; n=1247) já tinham ido a uma consulta de saúde oral e 74.5% (n=860) nos últimos 12 meses, 95.5% (n=1250) encontram-se satisfeitos com a saúde oral e 44.5% (n=578) afirma ter tido algum tipo de dor na cavidade oral nos últimos 12 meses. Conclusão: Os resultados obtidos estão de acordo com a literatura em termos de factores de associação. Desta forma, a saúde oral nos jovens de 12 anos em Portugal, nos diversos contextos aqui analisados, pode ser considerada como satisfatória. A única excepção relevante é a componente da dor, com valores alarmantes embora de natureza mais subjectiva. A influência dos factores sociodemográficos sugere que futuras abordagens para a promoção da saúde oral tenham em conta os determinantes de saúde no delineamento de estratégias quer a nível individual quer a nível comunitário.
Resumo:
Este estudo pretende analisar o processo da reintrodução da Língua Portuguesa no Sistema Educativo timorense e a forma como, em articulação com as diversas línguas nacionais, tem contribuído para a consolidação da identidade linguística e sociocultural do povo de Timor-Leste, através de um melhor conhecimento das suas línguas, culturas e tradições. Neste sentido, é nosso objetivo identificar a trajetória da língua portuguesa no Sistema Educativo de Timor-Leste desde a sua chegada à ilha, nos meados do século XVI e tendo sido inicialmente língua de Evangelização, depois como língua de administração e de instrução. No seu convívio com as línguas timorenses, ao contrário do que se tem passado com outras línguas, a língua portuguesa coexistiu com estas línguas no decorrer de cerca de quinhentos anos. Do seu convívio no ‘paraíso linguístico’, como lhe chama Soares (2014), deu-se a transmissão de valores linguístico-culturais através do “empréstimo” de novos termos sobretudo na área da religião, da administração, saúde, educação, entre outras. Este enriquecimento linguístico foi um fator importante que deixou marcas profundas, tendo contribuído para estabelecer a diferença sobretudo no período conturbado da ocupação indonésia. O tétum que era utilizado como língua veicular até à chegada dos missionários foi a que mais beneficiou com este contacto e enriquecimento, sendo ambas reconhecidas pela Constituição do país com o estatuto de línguas oficiais. O processo da sua reintrodução no Sistema Educativo timorense passou por uma fase não menos difícil em virtude da longa interrupção no período da ocupação indonésia, em que foi totalmente banida do sistema educativo, tendo sido substituído pela língua indonésia. Hoje está a ser retomada como língua de escolarização e reconhecida pelo artigo 13º da Constituição do país como língua oficial a par do tétum, pois a convivialidade desta língua com as línguas nacionais timorenses e o reconhecimento pela Constituição do país também alargou os seus horizontes para além das fronteiras como membro da CPLP, usufruindo de todos os benefícios atribuídos a esta comunidade. A publicação da Lei de Bases da Educação assegurou o estatuto destas línguas, tendo assim adquirido maior visibilidade. A língua portuguesa assume a função de língua escrita, assumindo o tétum a função da oralidade assim como as demais línguas nacionais, uma vez que a cultura timorense é essencialmente oral. Estas funções poderão ser assumidas com o apoio de uma formação eficiente e adequada dos docentes, pois o domínio linguístico deficiente por parte do professor terá também impacto menos positivo nos alunos. Na LBE também é dado um especial enfoque à formação de professores do Ensino Básico, sobretudo na área da língua portuguesa, uma vez que se pretende atingir os ODMs a médio prazo, em 2015 e a longo prazo, em 2030. A formação contínua dos professores, assegurada pelo INFORDEPE, que não é senão a prossecução da formação inicial, pode ser vista como forma de criar condições para a sua constante atualização científica, pedagógica e didática, de forma a responder às exigências impostas pela LBE e pelo Regime de Carreira Docente. Além disso, os docentes também terão oportunidade de se atualizar e adquirir as competências necessárias para o desempenho das suas funções na preparação da nova geração, exposta a novos desafios e novos obstáculos que nem sempre serão fáceis de ser ultrapassados. A introdução das línguas maternas no início da escolaridade básica proposta pelo Projeto Educação Multilingue baseada no Ensino da Língua Materna que está em funcionamento em três distritos do país tem por objetivo criar as condições mínimas de forma a apoiar aprendizagem das crianças, facilitando a sua assimilação nos níveis mais avançados, uma vez que nem todas as crianças chegam à escola com domínio da(s) língua(s) de escolarização. Apesar destas vantagens, porém, é necessário pensar melhor e ter em conta outros fatores, entre eles, a falta de professores com formação nestas línguas. Sabemos que, de facto, o projeto pode trazer benefícios porque constitui não só a forma de evitar o desaparecimento das referidas línguas por serem ainda maioritariamente ágrafas, mas também cria uma aproximação entre a escola e as crianças e as próprias famílias, mas necessita de ser melhor pensado. Isto porque a carência de professores especializados nas diferentes línguas que necessitam de formação e capacitação pode ainda constituir um elevado custo para o Estado.
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Avec l’évolution de la conception de l’État social de droit et avec la modification de la conception des relations entre l’administration publique et ses fonctionnaires, l’idée d’un État irresponsable a commencé a disparaître et à donner lieu à une responsabilité administrative toujours en croissance envers des actions ou des omissions qui portent préjudice aux particuliers. Après un comportement négligent, et avec un retard significatif par rapport au système français qui l’ a inspiré, l’ordre juridique portugais a accueilli, d’abord dans la jurisprudence, ensuite dans la doctrine et, finalement, dans la législation, avec la lo i, nº 67/2007 du 31 Décembre, la figure de la faute du service. Cet institut fonde le devoir de l’administration publique de dédommager l’individu lésé, même si ce n’est point possible d’avérer l’ auteur individuel et concret du préjudice. On considère que il y a eu un fonctionnement irrégulier et le service publique, en général, en est responsabilisé.
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BACKGROUND: Clinical scores may help physicians to better assess the individual risk/benefit of oral anticoagulant therapy. We aimed to externally validate and compare the prognostic performance of 7 clinical prediction scores for major bleeding events during oral anticoagulation therapy. METHODS: We followed 515 adult patients taking oral anticoagulants to measure the first major bleeding event over a 12-month follow-up period. The performance of each score to predict the risk of major bleeding and the physician's subjective assessment of bleeding risk were compared with the C statistic. RESULTS: The cumulative incidence of a first major bleeding event during follow-up was 6.8% (35/515). According to the 7 scoring systems, the proportions of major bleeding ranged from 3.0% to 5.7% for low-risk, 6.7% to 9.9% for intermediate-risk, and 7.4% to 15.4% for high-risk patients. The overall predictive accuracy of the scores was poor, with the C statistic ranging from 0.54 to 0.61 and not significantly different from each other (P=.84). Only the Anticoagulation and Risk Factors in Atrial Fibrillation score performed slightly better than would be expected by chance (C statistic, 0.61; 95% confidence interval, 0.52-0.70). The performance of the scores was not statistically better than physicians' subjective risk assessments (C statistic, 0.55; P=.94). CONCLUSION: The performance of 7 clinical scoring systems in predicting major bleeding events in patients receiving oral anticoagulation therapy was poor and not better than physicians' subjective assessments.
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The plasma glucose excursion may influence the metabolic responses after oral glucose ingestion. Although previous studies addressed the effects of hyperglycemia in conditions of hyperinsulinemia, it has not been evaluated whether the route of glucose administration (oral vs. intravenous) plays a role. Our aim was to determine the effects of moderately controlled hyperglycemia on glucose metabolism before and after oral glucose ingestion. Eight normal men underwent two oral glucose clamps at 6 and 10 mmol/l plasma glucose. Glucose turnover and cycling rates were measured by infusion of [2H7]glucose. The oral glucose load was labeled by D-[6,6-2H2]glucose to monitor exogenous glucose appearance, and respiratory exchanges were measured by indirect calorimetry. Sixty percent of the oral glucose load appeared in the systemic circulation during both the 6 and 10 mmol/l plasma glucose tests, although less endogenous glucose appeared during the 10 mmol/l tests before glucose ingestion (P < 0.05). This inhibitory effect of hyperglycemia was not detectable after oral glucose ingestion, although glucose utilization was increased (+28%, P < 0.05) due to increased nonoxidative glucose disposal [10 vs. 6 mmol/l: +20%, not significant (NS) before oral glucose ingestion; +40%, P < 0.05 after oral glucose ingestion]. Glucose cycling rates were increased by hyperglycemia (+13% before oral glucose ingestion, P < 0.001; +31% after oral glucose ingestion, P < 0.05) and oral glucose ingestion during both the 6 (+10%, P < 0.05) and 10 mmol/l (+26%, P < 0.005) tests. A moderate hyperglycemia inhibits endogenous glucose production and contributes to glucose tolerance by enhancing nonoxidative glucose disposal. Hyperglycemia and oral glucose ingestion both stimulate glucose cycling.
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Medication adherence is a well-known risk factor in internal medicine. However in oncology this dimension is emerging due to the increasing number of oral formulations. First results in the oral oncology literature suggest that patients' ability to cope with medical prescription decreases with time. This might preclude patients from reaching clinical outcomes. Factors impacting on medication adherence to oral oncology treatments have not been yet extensively described neither strategies to address them and support patient's needs. Oncologists and pharmacists in our University outpatient settings performed a pilot study which aimed at measuring and facilitating adherence to oral oncology treatments and at understanding determinants of patient's adherence. The ultimate purpose of such a patient-centered and interdisciplinary collaboration would be to promote patient self-management and complement the standard medical follow-up.
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Odds ratios for head and neck cancer increase with greater cigarette and alcohol use and lower body mass index (BMI; weight (kg)/height(2) (m(2))). Using data from the International Head and Neck Cancer Epidemiology Consortium, the authors conducted a formal analysis of BMI as a modifier of smoking- and alcohol-related effects. Analysis of never and current smokers included 6,333 cases, while analysis of never drinkers and consumers of < or =10 drinks/day included 8,452 cases. There were 8,000 or more controls, depending on the analysis. Odds ratios for all sites increased with lower BMI, greater smoking, and greater drinking. In polytomous regression, odds ratios for BMI (P = 0.65), smoking (P = 0.52), and drinking (P = 0.73) were homogeneous for oral cavity and pharyngeal cancers. Odds ratios for BMI and drinking were greater for oral cavity/pharyngeal cancer (P < 0.01), while smoking odds ratios were greater for laryngeal cancer (P < 0.01). Lower BMI enhanced smoking- and drinking-related odds ratios for oral cavity/pharyngeal cancer (P < 0.01), while BMI did not modify smoking and drinking odds ratios for laryngeal cancer. The increased odds ratios for all sites with low BMI may suggest related carcinogenic mechanisms; however, BMI modification of smoking and drinking odds ratios for cancer of the oral cavity/pharynx but not larynx cancer suggests additional factors specific to oral cavity/pharynx cancer.
Oral cancer treatments and adherence: medication event monitoring system assessment for capecitabine
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Background: Oncological treatments are traditionally administered via intravenous injection by qualified personnel. Oral formulas which are developing rapidly are preferred by patients and facilitate administration however they may increase non-adherence. In this study 4 common oral chemotherapeutics are given to 50 patients, who are still in the process of inclusion, divided into 4 groups. The aim is to evaluate adherence and offer these patients interdisciplinary support with the joint help of doctors and pharmacists. We present here the results for capecitabine. Materials and Methods: The final goal is to evaluate adhesion in 50 patients split into 4 groups according to oral treatments (letrozole/exemestane, imatinib/sunitinib, capecitabine and temozolomide) using persistence and quality of execution as parameters. These parameters are evaluated using a medication event monitoring system (MEMS®) in addition to routine oncological visits and semi-structured interviews. Patients were monitored for the entire duration of treatment up to a maximum of 1 year. Patient satisfaction was assessed at the end of the monitoring period using a standardized questionary. Results: Capecitabine group included 2 women and 8 men with a median age of 55 years (range: 36−77 years) monitored for an average duration of 100 days (range: 5-210 days). Persistence was 98% and quality of execution 95%. 5 patients underwent cyclic treatment (2 out of 3 weeks) and 5 patients continuous treatment. Toxicities higher than grade 1 were grade 2−3 hand-foot syndrome in 1 patient and grade 3 acute coronary syndrome in 1 patient both without impact on adherence. Patients were satisfied with the interviews undergone during the study (57% useful, 28% very useful, 15% useless) and successfully integrated the MEMS® in their daily lives (57% very easily, 43% easily) according to the results obtained by questionary at the end of the monitoring period. Conclusion: Persistence and quality of execution observed in our Capecitabine group of patients were excellent and better than expected compared to previously published studies. The interdisciplinary approach allowed us to better identify and help patients with toxicities to maintain adherence. Overall patients were satisfied with the global interdisciplinary follow-up. With longer follow up better evaluation of our method and its impact will be possible. Interpretation of the results of patients in the other groups of this ongoing trial will provide us information for a more detailed analysis.
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Introduction: en oncologie apparaissent sur le marché depuis quelques années de nouveaux traitements en formulation orale facilitant l'administration et améliorant la qualité de vie du patient mais augmentant le risque de non adhésion et d'erreurs de posologie. L'observation par MEMS® (Medication Event Monitoring System) permet le suivi et l'encadrement du traitement oral et par le biais d'entretiens semi structurés menés par le pharmacien, ouvre la discussion sur les problèmes révélés par cette prise en charge. Méthode: étude non randomisée prospective uni centrique regroupant 50 patients inclus dans 3 groupes de traitements oncologiques oraux courants (capecitabine, letrozole/exemestane, imatinib/sunitinib) bénéficiant d'un suivi oncologique classique et équipés d'un MEMS® pour un an maximum. La persistance et la qualité d'exécution sont les deux paramètres mesurés grâce aux données récoltées électroniquement. Les entretiens sont dédiés à la prévention de la non adhésion et à la gestion des effets secondaires médicamenteux. La satisfaction est évaluée par un questionnaire à la fin du suivi. Résultats: à ce jour 38 patients ont été inclus dans l'étude. Les données complètes sont disponibles pour les 19 premiers patients dont 10 sous capecitabine et 9 sous letrozole/exemestane. Dans ce collectif l'âge médian est de 66 ans avec une majorité de femmes (11:8). La persistance à 10 jours est de 85% et la qualité d'exécution de 99%. Les toxicités observées supérieures à grade 1 sont 1 syndrome mains-pieds (G3) et 1 syndrome coronarien aigu (G3). Le questionnaire de fin de suivi relève une satisfaction de 85% des patients pour les entretiens proposés (57% utiles, 28% très utiles, 15% inutiles) et le succès quant à l'intégration du MEMS® dans leur quotidien (57% très facile, 43% facile). Conclusion: la persistance et la qualité d'exécution observées dans notre collectif sont excellentes. La satisfaction retrouvée auprès des patients reflète le besoin d'un soutien complémentaire face à la complexité de la maladie oncologique. La gestion pluridisciplinaire profite tant aux patients qu'au binôme médecin-pharmacien par l'amélioration de la communication globale entre les divers acteurs et par l'identification précoce des risques de non adhésion. La poursuite de cette étude et l'analyse des futures données permettra de mesurer le réel impact de notre intervention et de justifier le bénéfice pour des patients sous traitement similaire.
Resumo:
Oral antiepileptic drugs (AEDs) represent possible add-on options in refractory status epilepticus (SE). In this setting, pregabalin (PGB) has not been reported before. Over the last 42 months, we identified 11 SE episodes (10 patients) treated with PGB in our hospital. Its use was prompted by the favorable pharmacokinetic profile, devoid of drug-drug interactions. The patients mostly had refractory, partial SE. Only two patients were managed in the intensive care unit (ICU). We found a definite electroclinical response in 5 of 11, already evident 24 h after PGB introduction, and a possible response (concomitantly with other AEDs) in 3 of 11 of the episodes; 3/11 did not respond. The treatment was well tolerated. Partial SE appeared to better respond than generalized convulsive SE. PGB appears to be an interesting option as add-on treatment in refractory partial SE.