780 resultados para Knowledge. Attitudes. Tuberculosis. Perceptions. Primary Health Care
Resumo:
RESUMO - Enquadramento: À semelhança do que tem acontecido com o risco de reacções adversas a medicamentos (RAM), também o risco de reacções adversas a suplementos alimentares tem aumentado gradualmente, com o aumento do consumo destes produtos definidos como géneros alimentícios comuns. Existem vários estudos publicados na área das RAM e alguns na área dos suplementos alimentares, mas a maior parte da investigação decorre em contexto hospitalar, sendo raros os estudos realizados nos cuidados de saúde primários (CSP). Assim, o presente estudo, ao avaliar a percepção dos profissionais de saúde dos CSP face à segurança dos suplementos alimentares, pretende contribuir para o aumento do conhecimento nesta área, o que permitirá o desenvolvimento de estratégias adequadas, que reduzam a ocorrência de eventos adversos e protejam a população. Métodos: Trata-se de um estudo observacional, transversal e analítico, com recurso a inquérito por questionário desenvolvido para o efeito. O presente estudo incluiu todos os profissionais de saúde dos Agrupamentos de Centros de Saúde (ACeS) Lisboa Central e Pinhal Litoral que aceitaram participar. Globalmente, a amostra do estudo (n=190) corresponde a 28% da população de profissionais de saúde dos dois ACeS. Resultados: O presente estudo permitiu concluir que muitos dos profissionais de saúde (64 a 93%) considera que a toma de suplementos alimentares pode representar algum risco para a saúde dos consumidores. Referem inclusivamente conhecer algumas reacções adversas associadas ao consumo destas substâncias, embora a maioria (85%) admita desconhecer a forma adequada de proceder à sua notificação. Contudo, esse conhecimento dos riscos para a saúde, ou mesmo das reacções adversas associadas, não parece condicionar os hábitos de prescrição ou aconselhamento aos utentes nem os hábitos de consumo pessoal de suplementos alimentares. Conclusões: Os resultados obtidos reforçam a necessidade de realização de mais estudos nesta área. Parece igualmente necessário o envolvimento dos Conselhos Clínicos e de Saúde dos ACeS na promoção da notificação de eventos adversos e a aposta na formação dos profissionais de saúde na área dos suplementos alimentares.
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RESUMO - A segurança do doente constitui um dos grandes desafios dos cuidados de saúde do séc. XXI e é um componente essencial da qualidade em saúde. Os Cuidados de Saúde Primários representam o primeiro nível de contacto dos indivíduos, da família e da comunidade com o sistema de saúde. O objectivo deste trabalho foi aplicar o Diagrama de Ishikawa no estudo dos incidentes ocorridos numa unidade de Cuidados de Saúde Primários – Unidade de Saúde Familiar Marginal. A análise das causas dos incidentes relatados (n=379) mostrou que os factores associados à „tarefa‟ foram os mais frequentes (n=196) e os factores associados ao doente foram os menos frequentes (n=22). A análise de correlações mostrou uma associação positiva entre os factores da tarefa e os factores da equipa e entre os factores da tarefa e os factores da comunicação (p<0.05). Esta análise mostrou ainda, uma associação negativa entre os factores das condições de trabalho e os factores da organização (p<0.05). As medidas de discriminação aplicadas aos resultados da análise de correlação múltipla, mostraram que os factores da comunicação, os factores individuais, as condições de trabalho e o contexto institucional foram as principais associações encontradas. A análise qualitativa de oito incidentes, permitiu reflectir sobre medidas de melhoria. Este estudo aponta para a utilidade da aplicação do Diagrama de Ishikawa no apuramento das causas sistémicas mais prováveis de um incidente, e na identificação de necessidades de atuação na gestão de risco dentro das organizações. Será, no entanto, necessário testar este instrumento em outras unidades de cuidados de Saúde Primários.
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RESUMO - Quando, finalmente, entendemos a importância dos cuidados de saúde primários, procuramos construí-los à maneira das antigas catedrais góticas dos velhos burgos medievais: desenhadas por poucos, construídas por alguns, frequentadas obrigatoriamente por todos os demais. Através de todo este esforço, aprendemos. Os cuidados de saúde primários acontecem todos os dias: quando as pessoas comuns aprendem ou fazem alguma coisa de útil à sua saúde e à dos que lhes estão próximos; sempre que comunicam com alguém habilitado a ouvi-los e apoiá-los sobre as suas dúvidas, medos, fantasias, angústias, preferências ou necessidades de saúde. Para assegurar o reforço dos cuidados de saúde primários necessitamos de conhecimentos renovados, «teorias de acção» mais elaboradas, alguma sabedoria e muita imaginação.
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A compreensão da ocorrência das doenças em termos de risco e o estabelecimento de relações com os chamados estilos de vida, colocam na experiência de doença um acréscimo de conotações morais, um dever de autodisciplina e responsabilidade. Estes princípios têm sido inúmeras vezes sublinhados nos discursos e políticas da Saúde Pública, nomeadamente no que concerne às doenças cardiovasculares pela importância epidemiológica, económica e social de que se revestem e consequente necessidade de redução da sua grande incidência na população, como é o caso de Portugal. A hipertensão, como doença crónica e fator de risco cardiovascular sujeita os doentes a controlo médico periódico, terapêutica farmacológica e impele a um comprometimento com comportamentos alimentares e exercício físico adequado. Através das entrevistas realizadas a doentes hipertensos utentes da consulta específica em Cuidados de Saúde Primários, verifica-se a presença de modos diversos de agir perante a circunstância de se ter hipertensão arterial, mostrando a presença de várias racionalidades, apreciações e valorações práticas dos comportamentos de saúde e doença e do próprio corpo. Para os doentes hipertensos entrevistados, a hipertensão arterial não é encarada como uma “verdadeira doença”, sendo vista sobretudo como resultado do envelhecimento e dos excessos que se acumularam no corpo, consequentes da própria vida. Nas narrativas de experiência de doença, os conceitos de moderação e equilíbrio, “ter cuidado”, parecem servir de mecanismo de operacionalização entre aquilo que são as recomendações médicas e as práticas individuais. Constatam-se as capacidades dos doentes hipertensos construírem para si formas de gestão da doença e do medo, sendo que os seus comportamentos podem passar por assumir o controlo dos fatores de risco ou ignorá-los. Em qualquer dos casos, as representações e ações relativas à hipertensão e às recomendações médicas a ela associadas integram-se nas práticas quotidianas dos doentes, ajustando-se a hábitos e representações instaladas, constituindo-se em modos distintos de agir dos doentes hipertensos.
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Este trabalho teve como objetivo fundamental a construção, aplicação e avaliação dos efeitos de um programa de educação parental universal, numa vertente preventiva, designado como – Pacifier – visando a sua implementação nos Cuidados de Saúde Primários, a pais de crianças dos 0 aos 6 meses e com carácter domiciliário. Foi construído com base numa revisão da literatura e práticas baseadas em evidência sobre parentalidade positiva e programas de educação parental e posteriormente aplicado a quatro mães e dois pais – dois casais e duas mães –, sendo que os efeitos foram avaliados de acordo com um modelo de estudos de caso múltiplos, constituídos por quatro famílias. Neste sentido, de modo a medir os objetivos que definimos para o programa, realizámos uma avaliação inicial e final com os instrumentos adaptados Sentido de Competência Parental e Inventário sobre o Conhecimento de Desenvolvimento Infantil. Ainda incluímos um questionário final relativo à Satisfação dos Pais com o Programa. No que respeita aos resultados, nos quatro estudos de caso verificaram-se melhorias nos resultados de ambos os instrumentos aplicados, o que nos permite considerar que o programa foi eficaz e melhorou o sentido de competência parental assim como o conhecimento do desenvolvimento infantil nestes pais. Por último, os pais mostraram uma grande satisfação com o programa.
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The Hausman (1978) test is based on the vector of differences of two estimators. It is usually assumed that one of the estimators is fully efficient, since this simplifies calculation of the test statistic. However, this assumption limits the applicability of the test, since widely used estimators such as the generalized method of moments (GMM) or quasi maximum likelihood (QML) are often not fully efficient. This paper shows that the test may easily be implemented, using well-known methods, when neither estimator is efficient. To illustrate, we present both simulation results as well as empirical results for utilization of health care services.
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We address the question of how a third-party payer (e.g. an insurer) decides what providers to contract with. Three different mechanisms are studied and their properties compared. A first mechanism consists in the third-party payer setting up a bargaining procedure with both providers jointly and simultaneously. A second mechanism envisages the outcome of the same simultaneous bargaining but independently with every provider. Finally, the last mechanism is of different nature. It is the so-called "any willing provider" where the third-party payer announces a contract and every provider freely decides to sign it or not. The main finding is that the decision of the third-party payer depends on the surplus to be shared. When it is relatively high the third-party payer prefers the any willing provider system. When, on the contrary, the surplus is relatively low, the third-party payer will select one of the other two systems accor ing to how bargaining power is distributed.
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In several instances, third-party payers negotiate prices of health care services with providers. We show that a third-party payer may prefer to deal with a professional association than with the sub-set constituted by the more efficient providers, and then apply the same price to all providers. The reason for it is the increase in the bargaining position of providers. The more efficient providers are also the ones with higher profits in the event of negotiation failure. This allows them to ext act a higher surplus from the third-party payer.
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This paper develops stochastic search variable selection (SSVS) for zero-inflated count models which are commonly used in health economics. This allows for either model averaging or model selection in situations with many potential regressors. The proposed techniques are applied to a data set from Germany considering the demand for health care. A package for the free statistical software environment R is provided.
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OBJECTIVES: To document biopsychosocial profiles of patients with rheumatoid arthritis (RA) by means of the INTERMED and to correlate the results with conventional methods of disease assessment and health care utilization. METHODS: Patients with RA (n = 75) were evaluated with the INTERMED, an instrument for assessing case complexity and care needs. Based on their INTERMED scores, patients were compared with regard to severity of illness, functional status, and health care utilization. RESULTS: In cluster analysis, a 2-cluster solution emerged, with about half of the patients characterized as complex. Complex patients scoring especially high in the psychosocial domain of the INTERMED were disabled significantly more often and took more psychotropic drugs. Although the 2 patient groups did not differ in severity of illness and functional status, complex patients rated their illness as more severe on subjective measures and on most items of the Medical Outcomes Study Short Form 36. Complex patients showed increased health care utilization despite a similar biologic profile. CONCLUSIONS: The INTERMED identified complex patients with increased health care utilization, provided meaningful and comprehensive patient information, and proved to be easy to implement and advantageous compared with conventional methods of disease assessment. Intervention studies will have to demonstrate whether management strategies based on INTERMED profiles can improve treatment response and outcome of complex patients.
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Objective: This study examines health care utilization of immigrants relative to the native-born populations aged 50 years and older in eleven European countries. Methods. We analyzed data from the Survey of Health Aging and Retirement in Europe (SHARE) from 2004 for a sample of 27,444 individuals in 11 European countries. Negative Binomial regression was conducted to examine the difference in number of doctor visits, visits to General Practitioners (GPs), and hospital stays between immigrants and the native-born individuals. Results: We find evidence those immigrants above age 50 use health services on average more than the native-born populations with the same characteristics. Our models show immigrants have between 6% and 27% more expected visits to the doctor, GP or hospital stays when compared to native-born populations in a number of European countries. Discussion: Elderly immigrant populations might be using health services more intensively due to cultural reasons.
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Background: Sponsoring of physicians meetings by life science companies has led to reduced participation fees but might influence physician's prescription practices. A ban on such sponsoring may increase participation fees. We aimed to evaluate factors associated with physicians' willingness to pay for medical meetings, their position on the sponsoring of medical meetings and their opinion on alternative financing options. Methods: An anonymous web-based questionnaire was sent to 447 general practitioners in one state in Switzerland, identified through their affiliation to a medical association. The questionnaire evaluated physicians' willingness to pay for medical meetings, their perception of a bias in prescription practices induced by commercial support, their opinion on the introduction of a binding legislation and alternative financing options, their frequency of exchange with sales representatives and other relevant socioeconomic factors. We built a multivariate predictor logistic regression model to identify determinants of willingness to pay. Results: Of the 115 physicians who responded (response rate 26%), 48% were willing to pay more than what they currently pay for congresses, 79% disagreed that commercial support introduced a bias in their prescription practices and 61% disagreed that it introduced a bias in their colleagues' prescription practices. Based on the multivariate logistic regression, perception of a bias in peers prescription practices (OR=7.47, 95% CI 1.65-38.18) and group practice structure (OR=4.62, 95% CI 1.34-22.29) were significantly associated with an increase in willingness to pay. Two thirds (76%) of physicians did not support the introduction of a binding legislation and 53% were in favour of creating a general fund administered by an independent body. Conclusion: Our results suggest that almost half of physicians surveyed are willing to pay more than what they currently pay for congresses. Predictors of an increase in physicians' willingness to pay were perception of the influence of bias in peers prescription practices and group practice structure. Most responders did not agree that sponsoring introduced prescribing bias nor did they support the 2 introduction of a binding legislation prohibiting sponsoring but a majority did agree to an independent body that would centrally administer a general fund.