999 resultados para Prestação de Cuidados de Saúde
Resumo:
O presente estudo decorreu no serviço de urgência do Hospital do Espírito Santo de Évora – EPE, de Setembro de 2015 a Janeiro de 2016 e enquadra-se na área da prestação de cuidados especializados em enfermagem de reabilitação. É um estudo de caso, em que objeto de estudo é “A Intervenção do Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Reabilitação no doente com Patologia Respiratória Crónica”. A abordagem metodológica é mista pois trata-se de um caso de estudo que não é puramente qualitativo. A utilização de metodologia quantitativa com indicadores quantitativos permitirá uma melhor compreensão e visão global do caso apresentado. Trata-se de um estudo de natureza descritiva, transversal e não experimental pois tem como objetivo a recolha de dados observáveis e quantificáveis, num determinado período de tempo e não o controlo de fenómenos. População alvo: todos os utentes com Patologia Respiratória Crónica internados no Serviço de Observação no período de tempo referido anteriormente. Amostra: 4 utentes com média de idades de 78,0 anos dos quais 75% eram do sexo masculino e 25% do sexo feminino. Foram implementadas intervenções de enfermagem de reabilitação, nomeadamente, reabilitação funcional respiratória e motora, que demonstraram ser eficazes tendo-se obtido saturações periféricas de O2 de 96%, em média. Estes resultados traduzem-se em ganhos ao nível da capacidade respiratória permitindo o desenvolvimento de atividades de vida diária normais. Também foi possível a manutenção e potenciação das capacidades de mobilidade nestes utentes com uma média etária elevada e com algumas limitações físicas e/ou cognitivas o que, só por si, também traduz ganhos em saúde no que concerne à sua independência e melhoria da qualidade de vida. O Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Reabilitação é claramente uma mais-valia no serviço de urgência pois ao colocar em prática uma dinâmica de desempenho voltado para os conhecimentos especializados adquiridos, criando ferramentas que permitam um desempenho estruturado dos cuidados, a promoção da sua continuidade, a sua avaliação e a produção de conhecimento científico baseado na evidência contribui para a redução do tempo de internamento o que se repercute na maior eficácia na Gestão de Unidades de Saúde.
Resumo:
Dissertação para obtenção do grau de Mestre no Instituto Superior de Ciências da Saúde Egas Moniz
Resumo:
Para garantir a qualidade nos cuidados de saúde é necessário conhecer as principais componentes do conceito de qualidade, elaborar um programa de garantia da qualidade, avaliar de uma forma sistemática a execução do programa e definir o modelo conceptual a aplicar. A prevenção das úlceras de pressão é uma preocupação dos profissionais de saúde que prestam cuidados aos idosos dependentes de cuidadores informais, sendo a sua prevenção um desafio para a equipa de enfermagem, uma vez que a incidência de úlcera de pressão é frequente nestes. A aposta na prevenção e tratamento da UP terá um efeito positivo na qualidade de cuidados prestados. Tendo em conta esta problemática, foi feito o diagnóstico de situação com base na observação dos registos de enfermagem, bem como os procedimentos inerentes à prevenção e tratamento de úlceras de pressão, com a finalidade de contribuir para a implementação de um programa de melhoria contínua da qualidade dos cuidados a idosos dependentes de cuidadores informais com risco de úlceras de pressão. Após esta fase definiram-se algumas estratégias que consideramos pertinentes implementar. Com as atividades desenvolvidas neste trabalho, esperamos melhorar a informação produzida conseguindo obter dados que permitem melhorar os cuidados de enfermagem aos idosos/família com risco de UP, assim como, contribuir para a identificação de problemas e definições de estratégias de melhoria no futuro.
Resumo:
A Ordem dos Enfermeiros (OE) aprovou em Assembleia Geral de 2007 uma proposta de alteração estatutária em termos de regulação e desenvolvimento profissional. Surge assim o Modelo de Desenvolvimento Profissional (MDP) que traz uma nova dimensão à certificação de competências de enfermeiro e enfermeiro especialista. Se até aqui a OE certificava estas competências a partir dos documentos académicos apresentados, a partir desta alteração a certificação passa por uma prática tutelada de exercício profissional e só depois de dará a atribuição do título profissional. O Exercício Profissional Tutelado (EPT) só poderá ocorrer em serviços de saúde com idoneidade formativa acreditada pela OE. Para determinar esta idoneidade formativa dos contextos de prática clínica de enfermagem, é construído um referencial, que parte do documento “Padrões de Qualidade dos Cuidados de Enfermagem”, tendo como eixo organizador o enunciado descritivo sobre “A organização dos cuidados de enfermagem”. Este trabalho reflete o estágio realizado num contexto de prática clínica (Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados) onde foi feita uma avaliação em termos de idoneidade formativa. De Abril a Junho de 2011 foi feita observação documental e da prática de enfermagem, aplicada uma grelha de avaliação de idoneidade formativa e entrevistado o enfermeiro chefe. Os resultados apresentados são de não evidência de idoneidade formativa, após o que se tentou estabelecer um Plano de Acção, para cumprimento dos critérios estabelecidos para a certificação. Com base no mesmo enunciado, a organização dos cuidados de enfermagem, foram delineadas algumas intervenções que, a seu tempo, poderão certificar esta unidade para a prática do exercício profissional tutelado. Destacamos o necessário envolvimento de todos os elementos de enfermagem, com uma condução de liderança forte e motivadora, no sentido criar um contexto de prática clínica congruente com as orientações da OE para a certificação e, em simultâneo, melhorar a qualidade dos cuidados de enfermagem prestados.
Resumo:
O presente relatório enquadra-se na disciplina de Estagio Curricular do 1.º Curso de Mestrado em Enfermagem de Especialização em Gestão de Unidades de Saúde, lecionado na Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Portalegre, com a orientação da Prof. Coordenadora Graça Gama. O estagio, decorreu de 14 Fevereiro de 2011 até 24 Junho de 2011 sob o tema “A melhoria contínua da Qualidade dos cuidados, no âmbito da organização e do funcionamento na Unidade de Cuidados na Comunidade Monte Mor” de Montemor-o-Novo. Esta é uma pequena unidade funcional do ACES vocacionada para actuar na comunidade e capaz de mobilizar competências instaladas noutras unidades com objectivos precisos para prestar cuidados de saúde a indivíduos, famílias e grupos com necessidades especiais de cuidados, através de intervenções específicas nos domicílios e na comunidade, ao nível da prevenção, promoção e protecção da saúde. Este estagio teve por base a garantir da qualidade nos Cuidados de Saúde Primários em que foi necessário conhecer as principais componentes do conceito de qualidade, elaborar um documento denominado Regulamento Interno [RI], integrado no programa de garantia da qualidade, planear em conjunto com a equipa multidisciplinar a sua execução e definir o modelo a aplicar. O relatório tem inicio com um enquadramento conceptual adequado ao tema, a caracterização do local onde se realizou o estagio, assim como as atividades desenvolvidas, o resultado obtido ao longo dos cinco meses de duração do mesmo. No final, encontramos a reflexão que faz a avaliação geral do estagio. Em jeito de consideração final, temos a conclusão em que se realça as ideias gerais do estagio e reforçase a opinião sobre o decorrer do mesmo.
Resumo:
A satisfação profissional tem sido nas últimas décadas encarada como condição importante, se não mesmo essencial para lograr e melhorar o funcionamento de empresas e demais organizações. Este relatório de estágio tem como objetivo conhecer as principais razões que condicionam a satisfação profissional dos enfermeiros que atuam nos Cuidados de Saúde Primários, nomeadamente no Centro de Saúde de Oleiros e pela necessidade em conhecer as relações existentes entre a satisfação no trabalho desses enfermeiros, o clima organizacional, o locus de controlo e algumas variáveis sócio-demográficas. O estágio decorreu entre fevereiro e junho de 2011, baseou –se num estudo exploratório, recorrendo-se a observação direta e aplicação de um questionário constituído por quatro partes distintas: questionário sócio-demográfico e profissional; Escala sobre a Satisfação Geral no Trabalho; Escala de Locus de Controlo de Levenson e a Work Environment Scale. A população – alvo é constituída por 9 enfermeiros que exercem funções no Centro de Saúde de Oleiros e salientando-se como principais conclusões que o conforto físico é o menos valorizado como importante para o clima organizacional, sendo o envolvimento e a coesão entre os colegas o mais valorizado. O relacionamento como dimensão do clima organizacional interfere no nível de satisfação geral no trabalho. O estudo demonstrou que das expectativas avaliadas através de uma escala de locus de controlo, sendo que os indivíduos cujos acontecimentos determinantes são percebidos como escapando ao controlo individual e dependentes de fatores tais como a ação de outras pessoas ou instituições poderosas, tendem a ter menor satisfação.
Resumo:
Dissertação de Mestrado, Gestão de Recursos Humanos, Escola Superior de Gestão, Hotelaria e Turismo, Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, Universidade do Algarve, 2015
Resumo:
Numa sociedade cada vez mais envelhecida, em que o aumento da necessidade de apoio às pessoas idosas dependentes emerge como um problema prioritário, interrogamo-nos sobre a necessidade de dar mais atenção à prestação de cuidados informais à pessoa idosa dependente em contexto domiciliário. O planeamento em saúde serve como suporte para as mudanças que se pretendem implementar em qualquer contexto ao nível da saúde, oferecendo o acesso a cuidados de qualidade, aprimorando a eficácia e a eficiência de uma forma contínua a cuidadores informais de diferentes realidades. O presente relatório tem como finalidade registar de forma clara e objetiva as atividades realizadas, observadas e proporcionadas pela prática clínica referente ao estágio realizado na comunidade no âmbito do terceiro curso de mestrado em enfermagem com especialização em saúde comunitária da Escola Superior de Saúde de Portalegre. Pretendo ainda através deste relatório, refletir sobre o contributo do mesmo para o meu desenvolvimento pessoal e profissional como futura enfermeira especialista em saúde comunitária. A metodologia seguida neste relatório assim como no estágio realizado foi a metodologia do planeamento em saúde. O estágio decorreu de Setembro de 2013 a Fevereiro de 2014 na UCC de Elvas e posteriormente nos domicílios dos cuidadores informais. Foram inseridos na intervenção dez cuidadores informais e relativamente à satisfação manifestada pelos mesmos acerca da intervenção obteve-se um resultado de 100% que se mostraram muito satisfeitos ou extremamente satisfeitos. Este estágio de intervenção comunitária permitiu-nos adquirir a maioria das competências gerais do enfermeiro especialista assim como as competências específicas do enfermeiro especialista em enfermagem comunitária e de saúde pública definida pela Ordem dos Enfermeiros.
Resumo:
As pessoas sem-abrigo são consideradas um problema de saúde mundial na medida em que constituem um grupo populacional com diminuição de estilos de vida saudáveis e com vários problemas de saúde. A toxicodependência no sem-abrigo encadeia-se de forma complexa e recorrente, levando ao desenho de respostas de proximidade – equipas de rua, atuando com recomendações de reconhecer e valorizar a pessoa, construindo com ela e com a comunidade respostas integradas. O papel do enfermeiro especialista em saúde comunitária nestas equipas é central em várias vertentes: na identificação de necessidades no individuo e ou grupo, na prestação de cuidados, no estabelecimento de parcerias institucionais, nas áreas da saúde, do serviço social e outras, desde que necessárias. O reconhecimento por parte do utente da boa prática do enfermeiro especialista em enfermagem comunitária, favorecerá o sucesso duma resposta integrada tão necessária para esta população-utente. Deste modo a nossa questão de partida foi “Qual a perceção do individuo sem-abrigo e consumidor de substâncias psicoativas sobre o papel do enfermeiro na satisfação das suas necessidades?”. Os objetivos deste estudo foram conhecer a perceção do individuo sem-abrigo e toxicodependente sobre a identificação e satisfação das suas necessidades por parte do enfermeiro e tem como finalidade contribuir para a otimização de boas práticas de cuidados de enfermagem nesta área de intervenção. A opção metodológica foi por um estudo de caso, os participantes foram selecionados no contexto do “Projeto Novas Metas” de acordo com os critérios de inclusão: ser ou ter sido consumidor de substâncias psicoativas, ser sem-abrigo atual ou previamente, residir atualmente no XIV concelho de Matosinhos, apresentar condições cognitivas e ou/psiquiátricas adequadas ao exercício da entrevista, aceitar participar na entrevista e a gravação da mesma, idade superior ou igual a 18 anos. Foram inquiridos catorze indivíduos. A recolha de dados foi efetuada através duma entrevista semiestruturada. Procedeu-se à análise de conteúdo das transcrições das entrevistas seguindo o referencial de Bardin (2015). Os resultados do estudo revelaram que os participantes recorriam aos cuidados de enfermagem para a “Administração da medicação”, na qual se destaca a de substituição opiácea (100%); por o enfermeiro funcionar como “Elo de ligação à equipa” (25%) e para o “Tratamento de feridas” (8,3%). Quanto à perceção dos inquiridos sobre cuidados de enfermagem emergiram as categorias: “O enfermeiro respeita e entende os seus problemas” (85,7%); “Prestação de cuidados adequados às suas necessidades” (85,7%); “Gostam do enfermeiro” (78,6%); “Os cuidados prestados têm implicações na sua qualidade de vida” (35,7%) e “Rapidez na resposta” (21,4%). Os resultados encontrados constituem um contributo para o conhecimento e compreensão das pessoas que vivenciam a condição de sem abrigo e/ ou consumidora de substâncias atendidas no âmbito da estratégia de Redução de Riscos e Minimização de Danos (RRMD), no sentido de permitir a implementação de intervenções de enfermagem que antecipem, facilitem e promovam respostas positivas.
Resumo:
No período compreendido entre 14 de Fevereiro e 30 de Junho de 2011 decorreu o nosso estagio de intervenção comunitária com vista a aquisição de competências científicas, técnicas e humanas para a prestação de cuidados especializados na área da Saúde Comunitária. A metodologia do Planeamento em Saúde foi a utilizada por se encontrar subjacente as Competências Especificas do Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Saúde Comunitária. Do diagnóstico de situação, que versou sobre a Qualidade de Vida dos Idosos inscritos nas Extensões de Saúde de Cebolais de Cima e de Lardosa, e ainda de um ficheiro da UCSP2 do Centro de Saúde de Castelo Branco, derivou todo o restante processo de intervenção e que correspondeu ao nosso estágio. A promoção da saúde e a educação para a saúde foram as principais estratégias de actuação. Os objectivos da nossa intervenção direccionaram-se para a promoção de um envelhecimento saudável e consequente melhoria na Qualidade de Vida dos Idosos. Várias foram as intervenções efectuadas neste sentido das quais destacamos: duas sessões de educação para a saúde subordinadas ao tema "Estilos de vida saudáveis"; encontro convívio com o tema "Interação geracional" no Infantário de Cebolais de Cima. A promoção e divulgarão da intervenção comunitária do Enfermeiro Especialista foi outro dos nossos objectivos. Das intervenções realizadas com este fim temos a destacar: a comunicação no programa de rádio "Saúde em Questão" da Rádio Beira Interior e a participação no "1º Encontro de Economia Social e Solidariedade" em Louriçal do Campo. A descrição das actividades realizadas permitiu-nos fazer uma análise reflexiva sobre o percurso efectuado e, ao mesmo tempo perspectivar possíveis alterações no nosso percurso profissional a médio prazo.
Resumo:
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, 2016.
Resumo:
O presente relatório evidencia os principais contributos do estágio, no âmbito do Curso do Mestrado em Enfermagem à Pessoa em Situação Critica, realizado num Serviço de Urgência, numa Unidade de Cuidados Intensivos e no Bloco Operatório, para o desenvolvimento de competências clínicas especializadas na assistência à pessoa em situação crítica a vivenciar processos de saúde/doença. Tem por objetivos documentar a aprendizagem efetuada durante os estágios, através da capacidade de síntese e análise crítico-reflexiva. Como metodologia, apresenta o método descritivo e reflexivo. Estruturalmente, é constituído por três partes. O primeiro capítulo consiste numa reflexão sobre a aquisição de competências, de seguida uma caraterização dos contextos da prática clínica e por fim, face aos vários domínios de competências a adquirir/desenvolver, são apresentadas as competências e descritas as atividades realizadas, através da reflexão das situações vivenciadas, fundamentada em referenciação bibliográfica. A segunda parte consiste numa revisão sistemática da literatura. Descreve o processo de ensino/aprendizagem como estratégia, não só para o desenvolvimento de competências, mas também como meio para a partilha de informação proveniente da experiência profissional. Relata as atividades direcionadas à pessoa adulta, idosa e família, de acordo com a ética e deontologia profissional. Evidencia as dificuldades encontradas como momentos de aprendizagem e de reflexão, no âmbito das estratégias de comunicação com a família, e na utilização dos sistemas de informação em enfermagem. Expõe a importância da prática baseada na evidência, através da realização de uma revisão sistemática da literatura, segundo a análise de protocolos, normas e procedimentos de forma a verificar a sua validação científica, promovendo cuidados de saúde de qualidade e práticas seguras. Conclui que o Estágio proporcionou a aquisição/desenvolvimento de conhecimentos e habilidades para a tomada de decisão na prestação de cuidados globais e humanizados ao doente/família, no contexto da área de especialização, valorização pessoal e profissional, com vista à melhoria da qualidade dos cuidados prestados.
Resumo:
O presente trabalho tem como objetivo determinar a importância da criação de uma equipa comunitária de saúde mental no concelho de Alcobaça, compatível com beneficiários com diferentes níveis de recursos financeiros. Os problemas de saúde mental desempenham um grande impacto na sociedade que se traduzem em custos significativos em termos de sofrimento e incapacidade individual e familiar. Efetuou-se um levantamento de respostas no concelho de Alcobaça para a saúde mental e foram realizadas uma entrevista semiestruturada a uma psicóloga e inquéritos por questionário a técnicos da área da saúde e área social, a exercerem funções há vários anos no concelho de Alcobaça. A investigação permitiu clarificar a existência de problemas no acesso aos cuidados especializados de saúde mental e a concomitante necessidade de uma resposta multidisciplinar e atempada na comunidade. Os resultados permitem concluir que 55% dos pacientes acompanhados pelos técnicos da área da saúde social não estão satisfeitos com as repostas de saúde mental existentes e que 94,1% destes técnicos consideram importante a criação de uma equipa de saúde mental comunitária para intervir junto das pessoas com perturbação mental, como forma de melhorar a sua qualidade de vida, bem como a dos seus familiares. As equipas multidisciplinares têm um impacto positivo na comunidade em termos de ganhos em saúde, evitando sofrimento por parte dos doentes e das suas famílias e reduzindo os internamentos hospitalares. Outro problema identificado está relacionado com a inexistência de resposta, eficaz, abrangente e facilitadora do acesso na comunidade a cuidados de saúde mental especializados. Este projeto visa a criação de uma equipa multidisciplinar, denominada Pomar de Braços, composta por profissionais de várias áreas da Psicologia, Serviço Social, Enfermagem, e Prática Psicomotora que desenvolvem a sua ação em rede com técnicos de outas áreas. Esta equipa terá como principais objetivos, fazer a prevenção e promoção da saúde mental e bem-estar na comunidade e envolver todos os agentes da comunidade nos processos de desenvolvimento da pessoa.
Resumo:
A procura do Curso de Medicina Veterinária pelas classes jovens prende-se essencialmente com o gosto pela área da saúde e o interesse pelos animais. A inexistência de alternativa à Medicina Veterinária, único Curso no nosso país em 2002, para quem gostasse de tratar e cuidar de animais, num âmbito diferente do da produção, fez com que muitos jovens passassem pela frustração de se dedicarem a outras áreas. Com o objetivo de colmatar essa lacuna do panorama Veterinário nacional, proporcionando aos amantes dos animais uma opção alternativa a quem aspirava poder praticar cuidados de saúde veterinários e não tinha possibilidade de aceder à carreira de Medicina Veterinária, fazia sentido preencher este vazio com a criação de uma nova carreira intermédia, de índole técnico, profissionalizante e superior e, enquanto por todo o país se optava pela criação de mais cursos de Medicina Veterinária, os Politécnicos despertaram para este novo nicho de mercado promissor, inspirados pela Europa, que permitiria a formação de quadros bacharéis, integráveis em equipas Médico-veterinárias e às centenas de profissionais que já exerciam essas funções, por todo o país, sem formação adequada, a oportunidade de dignificação da sua profissão. O Curso de Enfermagem Veterinária foi aprovado em Portugal em 2002/03 para funcionar na Escola Superior Agrária de Elvas e reprovado para funcionar na Escola Superior Agrária de Viseu, no mesmo ano, sendo na altura Ministro da Ciência e Ensino Superior o Doutor Pedro Lynce Faria. Em 2003/04 funcionava o seu primeiro ano na Escola Superior Agrária de Elvas, quando finalmente a Escola Superior Agrária de Viseu também obteve a aprovação para a proposta enviada no ano anterior, colocando o curso em funcionamento um ano mais tarde (2004/05). Posteriormente, viria a entrar em funcionamento nas Escolas Superiores Agrárias de Bragança (Tecnologia Veterinária 2005/06; Enfermagem Veterinária 2010/11), Castelo Branco (2006/07) e Ponte de Lima (2006/07). Até então cabia exclusivamente ao Médico Veterinário uma grande diversidade de funções, que incluíam o atendimento ao público, a receção dos animais e seus proprietários, a procura e preenchimento de fichas clínicas, a contenção e pesagem, o cálculo e administração de dosagens terapêuticas, a monitorização anestésica, a preparação e disposição de material cirúrgico, a preparação dos animais para cirurgia e a colheita de amostras. Quando não podia realizar todas estas funções, recorria a pessoal não especializado que o próprio tinha que formar e preparar, despendendo tempo e recursos, em detrimento do atendimento e prestação de serviços Médico-Veterinários mais especializados. A nível Europeu o Curso de Enfermagem Veterinária foi contemplado no tratado de Bolonha e a nível internacional, vários países consideravam, desde há muito, que a Enfermagem Veterinária, a par com os colégios de especialidade, seriam a chave para o desenvolvimento da boa prática dos cuidados veterinários e para a evolução da Medicina Veterinária, permitindo ao Médico Veterinário uma dedicação maior à clínica da especialidade, concentrando-se exclusivamente no diagnóstico, tratamento e na cirurgia em si. A 11 de Outubro de 2012, a Enfermagem Veterinária no Reino Unido fazia 50 anos, celebrados com pompa e circunstância na Casa dos Comuns, enquanto em Portugal, esta jovem profissão, a dar os seus primeiros passos, era vista como uma ameaça por muitos, incluindo Médicos Veterinários, Ordem dos Enfermeiros, entre outros, e nem sequer era ainda reconhecida nos Centros de Emprego. Contudo, foi o advento desta nova profissão que levou ao surgimento da equipa Médico-veterinária que pressupõe a existência de vários profissionais, com competências distintas mas que devem interagir em prol do objetivo comum da prestação de cuidados especializados de saúde e de bem-estar ao paciente animal. Em 2014, o curso de Enfermagem Veterinária da Escola Superior Agrária de Viseu obteve a acreditação europeia pela ACOVENE e Portugal junta-se assim à Bélgica, Holanda, Itália, Noruega e Reino Unido, os países onde são atualmente acreditados cursos de Enfermagem Veterinária pela ACOVENE.
Resumo:
Nos últimos anos, diferentes estudos têm demonstrado que um nível inadequado de literacia em saúde pode ter implicac¸ões significativas nos resultados em saúde, na utilizac¸ão dos servic¸os de saúde e, consequentemente, nos gastos em saúde. O conceito de literacia em saúde evoluiu de uma definic¸ão meramente cognitiva para uma definic¸ão que engloba as componentes pessoal e social do indivíduo, assumindo-se como a capacidade de tomar decisões fundamentadas no seu dia-a-dia. O presente estudo transversal analítico teve como objetivo traduzir e validar para a populac¸ão portuguesa o European Health Literacy Survey (HLS-EU). O HLS-EU-PT foi aplicado em todo o território nacional, incluindo as regiões autónomas, através de investigadores de uma rede académica. A recolha de dados foi realizada por entrevista presencial. A amostra final ficou constituída por 1.004 indivíduos com idades ≥ 16 anos. Este estudo disponibilizou o instrumento de avaliac¸ão do nível de literacia para a saúde em Portugal, tão importante na gestão da saúde. O HLS-EU-PT apresenta-se como um instrumento adequado para aferir o nível de literacia em saúde da populac¸ão portuguesa e evidencia propriedades psicométricas comparáveis às versões utilizadas nos outros países. Em Portugal, 61% da populac¸ão inquirida apresenta um nível de literacia geral em saúde problemático ou inadequado, situando-se a média dos 9 países em 49,2%. Relativamente à dimensão cuidados de saúde, apenas 44,2% apresenta um nível suficiente ou excelente de literacia em saúde. No que respeita à prevenc¸ão da doenc¸a, cerca de 45% dos inquiridos revela ter um nível suficiente ou excelente de literacia em saúde, comparativamente com a média dos 9 países, que nesta dimensão apresenta o valor de 54,5%. Na dimensão promoc¸ão da saúde, 60,2% da populac¸ão auscultada apresenta um nível de literacia em saúde problemático ou inadequado, sendo que a média se situa nos 52,1%. Assim, considera-se fundamental e urgente a conceção e implementação de uma estratégia nacional de literacia em saúde.