1000 resultados para Brasil História Descobertas e explorações, Até 1549
Resumo:
O texto prope uma reflexo sobre as aprendizagens construdas e/ou adquiridas pelos trabalhadores rurais sem-terra na sua experincia junto ao Movimento dos Sem Terra (MST), no Brasil. A primeira parte identifica as origens sociais dos sem-terra que constituem o MST em Santa Catarina, regio sul do pas; a segunda reflete sobre alguns dos aprendizados constitudos nas principais experincias de luta do Movimento, desde a ocupao de terras, passando pelo acampamento, até a organizao dos assentamentos; a terceira e ltima parte analisa estas aprendizagens com base na categoria experincia, fundamentada em E. P. Thompson. As experincias vividas pelos sem-terra provocam um conjunto de aprendizagens com grande significado pessoal, social e poltico, a partir do embate entre uma história de vida ausente de participao social e poltica e a entrada num movimento que se sustenta pela organizao de massa e pela capacidade de autogesto nos acampamentos e assentamentos.
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A instituio Recolhimento Feminino surgiu em todo o Imprio Portugus e foram de suma importncia para a soluo de mltiplas problemticas que envolveram as mulheres. Questes que vo desde os desejos de devoo ao salvador, passando pela educao pura e simples até os enclausuramentos forados. Seus perfis foram diferenciados. O mais famoso que abrigou as filhas dos funcionrios reais que feneceram nas conquistas, o do Castelo de Lisboa, até os mais simples, como o da Paraba. Houve aqueles que buscaram recuperar as prostitutas e mulheres perdidas, chamados de Recolhimento das Convertidas e aqueles que se esmeraram em promover uma educao para o casamento. No importa qual a configurao que cada casa dessas alcanou ao longo do tempo, todas sem exceo estiveram voltadas a proteger a honra feminina e consequentemente a da famlia no Antigo Regime.
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Em nossas colocaes neste Colquio procuraremos destacar alguns aspectos das condies de produo do conhecimento e da escrita da história em nossa atualidade, objetivando mostrar como mudanas de perspectivas de abordagens podem trazer novas contribuies historiografia. Nossa inteno ampliar as reflexes dos que concordam que vivemos hoje num mundo de reconhecida indeterminao em matéria cientfica, o que nos leva a considerar que no se pode mais limitar as interpretaes a uma situao em que nos colocamos em posio de transcendncia diante do outro.Vivemos, perceptivelmente, um momento frutfero de novas possibilidades do ofcio do historiador que tem resultado na ampliao do conhecimento e a escrita da história.Essa ampliao fecunda na medida em que permite as diversas formas de visibilidade e dizibilidade das interpretaes histricas num clima de respeitabilidade e tica cientfica.Trata-se de reconhecer que podemos identificar um momento de estabilidade dos discursos historiogrficos e de percepo de uma nova postura cientfica; um momento de reviso das pretenses de verdade; um momento de entrada numa nova posio em que escutar vale tanto quanto participar do sistema de difundir conhecimento. Nesse sentido, a dimenso tica passa a ter grande relevncia no campo da produo do conhecimento e da escrita da história. E, os historiadores situados nessa dimenso tm demonstrado que no esto preocupados apenas em se relacionar com seu objeto e fontes, mas em justificar seu lugar social e institucional, procurando reconhecer que a verdade verdade historicamente reconhecida pelos seus pares num dado momento e lugar. Trataremos, enfim, de despertar algumas reflexes com o objetivo de indicarmos avanos no sentido de uma democratizao na legitimao do conhecimento histrico.
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Este artigo tem como objecto de anlise o culto do Apstolo So Tom no Imprio Portugus desde a ndia ao Brasil. A expanso deste culto, bem como as suas origens nos tempos apostlicos so directamente relatados e patenteados na cronologia portuguesa da expanso. Alm disso, a devoo a So Tom, Apstolo e Mrtir, desempenhar um papel importante no plano poltico, que, por sua vez, contribuir para o fomento desteculto apostlico. O interesse poltico neste culto ter implicaes no plano devocional,social e na expresso artstica (peregrinaes, relquias, heranas). No nosso ponto de vista, o carcter sincrtico que esta figura de mrtir e santo assume no quadro do Imprio Portugus ser destacado e analisado com uma nfase especial.
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a religio sempre esteve presente nos relacionamentos humanos ao longo da história e, do mesmo modo, nos conflitos e manifestaes de intolerncia. Neste estudo, buscamos traar uma viso sobre religio e liberdade religiosa, destacando de modo objetivo a questo das minorias e sua interpretao jurisprudencial junto s cortes supremas da Espanha, dos Estados Unidos e do Brasil.
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O Ensino Jurdico no Brasil, passa hoje por uma crise que remonta desde as suas origens. Inmeras metodologias e modificaes curriculares foram aplicadas com o intuito de super-las. No entanto, nenhuma mudana surtiu o efeito desejado, pois o ensino do direito e os profissionais que com ele trabalham permaneceram com uma viso positivo-dogmtica do mesmo. O presente trabalho ter como meta, atravs do relato da história do Ensino Jurdico no Brasil, analisar as teorias e mtodos didticos, pontuando o processo ensino-aprendizagem, as suas fases, posturas do educador que se insere no perfil de um formador no s de tcnicas mas de cidados agentes do direito. Das estruturas das instituies de ensino jurdico e da postura dos alunos que a buscam, detectando as falhas que levaram e intensificaram a crise aqui verificada. Por fim, mostraremos algumas propostas de ensino que visam estimular a interdisciplinaridade atravs da alternncia do "saber" e do "fazer", tomando assim os contedos apresentados em sala mensurveis e mais prximo possvel da realidade tcnica e social.
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Dissertao apresentada ao Programa de Ps-graduao em Comunicao - Mestrado da Universidade Municipal de So Caetano do Sul.
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A regio costeira do Brasil Meridional, definida como Provincia Costeira do Rio Grande do Sul constituida por dois elementos geolgicos maiores, o Embasamento e a Bacia de Pelotas. O primeiro, composto pelo complexo cristalino pr-cambriano e pelas sequncias sedimentares e vulcnicas, paleozicas e, mesozoicas, da Bacia do Paran, comportando-se como uma plataforma instvel durante os tempos cretcicos, deu origem ao segundo, atravs de movimentaes tectnicas. Desde ento a Bacia de Pelotas, uma bacia marginal subsidente, passou a receber a carga clstica derivada da dissecao das terras altas adjacentes as quais constituam parte do seu embasamento que na parte ocidental atuou no inicio como uma rea levemente positiva, estabilizando-se aps. A sequncia sedimentar ali acumulada, cerca de I 500 metros de espessura, fruto de sucessivas transgresses e regresses. Controladas no princpio pelo balano entre as taxas de subsidncia e de sedimentao, a partir do Pleistoceno estas transgresses e regresses passaram a ser governadas pelas variaes glacio-eustticas ocorridas no decorrer da Era Cenozica A cobertura holocnica deste conjunto considerada como outro elemento geolgico importante da provincia costeira pelo fato de compor a maioria das grandes feioes morfograficas responsveis pela configuraao superficial da regio. Ela constituida por um pacote trans-regressivo cuja poro superior expe-se na plancie litornea, encerrando uma srie de unidades lito-estratigraficas descontinuas e de idade varivel resultantes do deslocamento de vrios ambientes de sedimentao por sobre a mesma regio. O estabelecimento de sua história geolgica somente tornou-se possivel aps detida anlise geomorfolgica. A planicie arenosa litornea que separa a Lagoa dos Patos do Oceano Atlntico, revelou-se composta pela sucesso de quatro sistemas de barreiras, constituindo a denominada Barreira Mltipla da Lagoa dos Patos, cuja origem est diretamente relacionada s oscilaes eustticas que se sucederam na regio,durante os ltimos 6 000 anos, aps o final da Transgresso Flandriana. A primeira barreira formou-se durante o nivel mximo atingido pelo mar no final da grande transgresso holocnica, construida a partir de longos espores arenosos ancorados aos promontrios existentes na entrada das vrias baias que ornamentavam a costa de ento. Sobre tais espores acumularam-se, durante pequenas oscilaes do nivel do mar, extensos depsitos arenosos de natureza elica Outra barreira foi desenvolvida a partir da emerso de barras marinhas durante a fase regressiva que se sucedeu, aprisionando um corpo lagunar sobre um terrao marinho recm exposto. Ainda no decorrer desta transgresso, grandes quantidades de areia trazidas da antepraia foram mobilizadas pelo vento construindo grandes campos de dunas sobre a barreira emersa.Na rea lagunar, igualmente afetada pela regresso, depsitos lagunares e paludais foram acumulados sobre o terrao marinho. Assim estruturada, a barreira resistiu a fase transgressiva subsequente quando o aumento do nivel do mar foi insuficiente para encobri-Ia. Na margem ocenica a ao das ondas promoveu a formao de falsias, retrabalhando o material arenoso e redistribuindo-o pela antepraia. Na margem da Lagoa dos Patos de ento, o avano das aguas causou a abraso do terrao marinho parcialmente recoberto por depsitos paludais e lagunares. Nova fase regressiva ocasionou o desenvolvimento de outra barreira no lado ocenico isolando uma nova laguna enquanto que na margem da Lagoa dos Patos emergia um terrao lagunar. Obedecendo a este mesmo mecanismo a quarta barreira foi acrescentada a costa ocenica e um segundo terrao lagunar construido na borda da Lagoa dos Patos. O constante acmulo de sedimentos arenosos que se processou na rea aps a transgresso holocnica, atravs de processos praiais e elicos desenvolvidos num ambiente de completa estabilidade tectnica, aumentou consideravelmente a rea emersa da provncia costeira A parte superior da cobertura holocnica constitui assim uma grande sequncia regressiva deposicional, que teve como principal fonte os extensos depsitos que recobriam a plataforma continental adjacente. De posse de tais elementos, a costa atual do Rio Grande do Sul uma costa secundria, de barreiras, modelada por agentes marinhos, conforme a classificao de Shepard. A tentativa de correlaao entre as vrias oscilaoes eustticas deduzidas a partir da anlise geomorfolgica da regio ( com aquelas que constam na curva de variaao do nlvel do mar o corrida nos ltimos 6 000 anos, apresentada por Fairbridge, revela coincidncias encorajadoras no sentido de estender o esquema evolutivo aqui proposto, como uma hiptese de trabalho no estudo dos terrenos holocnicos restantes da Provncia Costeira do Rio Grande do Sul. A sua utilizao tornar muito mais fcil a organizao crono-estratigrfica das diversas unidades que nela se encontram.
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Este estudo analisa o Ensino Superior Agrcola Brasileiro ESAB, como campo (Bourdieu, 1983a), diante do cenrio do mundo cambiante em que vivemos, com os seguintes objetivos: (i) resgatar parte da história, destacando dois momentos de inflexo vividos pelo ESAB: o primeiro a partir da dcada de 1960, quando, dentro do projeto urbano-industrialista, foram lanadas as bases do conhecimento e das estruturas acadmicas (ainda hegemnicos) para a modernizao da agricultura. O segundo na virada do Sculo XX, quando existe uma multiplicidade de propostas e no h mais um modelo a ser copiado; (ii) sugerir alguns dos caminhos possveis e suas implicaes para as instituies do ESAB, que pretendam encontrar novo sentido social no seu trabalho; (iii) analisar a influncia das Universidades Norte-americanas no ESAB, tendo em vista sua importncia no perodo de 60 e como essa influncia se manifesta no segundo momento. Um college norte-americano (College of Agricultural and Environmental Science da University of California Davis) e uma faculdade brasileira (Faculdade de Agronomia da UFRGS) foram escolhidos, como centros de formao e de pesquisa importantes e com participao destacada nos intercmbios bilaterais. Essas instituies servem como testemunhas exemplares da dinmica geral. Em ambas foram realizadas investigaes e foram ouvidos atores destacados (professores-pesquisadores), atravs de questionrios e entrevistas ao vivo Nas duas universidades os professores mostraram-se conscientes sobre as mudanas em curso, mas na UFRGS parece que o debate est menos desenvolvido. Diante das tendncias que se apresentam, a Agricultura Sustentvel e a Biotecnologia foram eleitas como plos aglutinadores de diferentes projetos em disputa no incio do Milnio. O estudo conclui que ou as escolas de agronomia se modificam ou no se justificam e tambm que, as mudanas podem ou no se vincular busca de uma ruptura paradigmtica (Santos, 1997). Conclui ainda, que seria importante cada instituio explicitar sua proposta, mesmo que esta seja de convivncia entre os diferentes projetos. Finalmente opina que, Agricultura Sustentvel parece ser estrategicamente mais interessante; tendo em vista ser mais adequada realidade social e ambiental do Brasil.
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O presente trabalho analisa a manuteno/transformao das concepes de conhecimento e de sociedade, nos currculos de cincias agrrias, no Brasil e nos cursos de Veterinria e de Agronomia da UFRGS. Parte do pressuposto de que ir s razes da regulao social e procurar opes, necessariamente envolve o questionamento das grandes reformas, como as que foram levadas a efeito pelos cursos objeto desta investigao, para delas derivar possibilidades de futuro. Esta tese organizada em trs partes: a primeira traz uma descrio histrica da problemtica curricular das carreiras agrrias no Brasil, com foco na Veterinria e na Agronomia. Tambm introduz a retomada dos questionamentos formao profissional que, ao final dos anos 90, se depara com o aprofundamento das contradies no resolvidas e potencializadas no momento atual; a segunda parte busca as razes da formao profissional, contextualizando o projeto scio-cultural da modernidade na sua articulao com o capitalismo enquanto modo de produo e, tambm, nas suas relaes com a produo cientfica, a educao geral e o ensino agrcola superior; a terceira parte resgata panoramicamente as relaes entre os currculos e a história da educao universal para embasar a anlise da metodologia de construo dos projetos curriculares da Veterinria e da Agronomia da UFRGS, localizar seus conflitos e suas contradies, a par de aventar possibilidades que possam estar postas para esses cursos, na busca de rupturas com a racionalidade cognitivo-instrumental, hegemnica no ensino, na pesquisa e na extenso.
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O gnero Ctenomys (famlia Ctenomyidae) compreende 50 a 60 espcies de animais conhecidos popularmente como tuco-tucos. De hbito fossorial, este grupo representa os mamferos dominantes na explorao do nicho subterrneo na Regio Neotropical. A distribuio das espcies bastante fragmentada, influenciada por vrios fatores limitantes como barreiras ecolgicas e geogrficas. Seu pequeno poder de dispersao (baixa vagilidade) causa uma restrio ao fluxo gnico. Ctenomys minutus, a espcie alvo deste trabalho, habita campos arenosos e dunas da Plancie Costeira do Sul do Brasil, do Rio Grande do Sul até Santa Catarina. Uma interessante caracterstica da espcie a ampla variao cariotpica, apresentando onze diferentes caritipos. A fixao destes polimorfismos, bem como a distribuio desta espcie, esto amplamente relacionada a história de formao geolgica da regio que habita, especialmente a existncia de barreiras geogrficas. Atualmente, cruzando a rea norte de sua distribuio encontram-se a rodovia RS 030, uma via de ligao do interior do estado ao litoral, e o Rio Mampituba, uma barreira geogrfica de origem recente. A fim de entender os nveis de fluxo gnico entre populaes de Ctenomys minutus e testar a efetividade destas barreiras, este trabalho utilizou quatro loci de microssatélites como marcadores moleculares na determinao da estrutura gentica das populaes Foram selecionados seis locais de estudo correspondentes a seis populaes ao longo da distribuio da espcie. Quatro pontos esto prximos ao Municpio de Osrio e correspondem a duas populaes que margeiam a RS 030, Campo Amaral e Campo Weber, ambos situados a uma distncia de menos de 100 metros em lados opostos da rodovia (distantes entre si em 1Km), e a Maribo A e Maribo B, populaes sem barreira aparente entre si (afastadas em 700m). Outros dois locais esto localizados nos municpios de Torres (RS) e Sombrio (SC) correspondendo as populaes do Parque da Guarita e da Praia da Gaivota, respectivamente. Esto separados pelo Rio Mampituba e distantes em 25Km. A obteno de um fragmento de pele da cauda para posterior extrao de DNA foi realizada com a captura dos animais (auxlio de armadilhas do tipo oneida-vitor n0), retirada do material e devoluo dos animais vivos toca de origem. A amostra contou com 227 indivduos, sendo 50 para a populao de Weber, 50 para Maribo A, 52 para Amaral, 38 para Maribo B,19 para Gaivota e 18 para Torres. Na amplificao dos quatro loci de microssatélites foram empregados primers descritos para a espcie co-genrica C. haigi, obtendo-se ao todo 27 diferentes alelos. A anlise das freqncias destes alelos indicou subestruturao populacional nas amostras atravs de altos valores de Fis baixa heterozigosidade observada e alta probabilidade de subdiviso na anlise para a probabilidade do nmero de populaes Os valores de Fst revelaram isolamento entre as populaes e, analisados em relao a disposio geogrfica entre os locais de coleta, mostraram um padro de isolamento pela distncia. Foram tambm avaliadas as populaes par a par para determinao do isolamento entre elas e nveis de fluxo gnico. Quando analisadas Maribo A e Maribo B observou-se baixo isolamento, com nveis de fluxo da ordem de 1,082 indivduos/gerao para estas populaes no separadas por barreiras. Os resultados obtidos para a anlise de Torres e Gaivota foram indicadores de alto isolamento, com nmero de migrantes no efetivo. Para Weber e Amaral obteve-se a menor estruturao, sendo o nmero de migrantes de 6,33 indivduos por gerao. Acerca destes resultados fica evidenciada a efetividade do Rio Mampituba como barreira ao fluxo gnico entre as populaes de Ctenomys minutus de lados opostos de suas margens. Para a RS 030, no houve indicao de sua efetividade como barreira ao fluxo gnico, nem de queda na variabilidade gentica das populaes prximas quando comparadas s demais populaes. Os valores de Fst e nmero de migrantes, no entanto, sugerem a existncia de uma nica populao inicial atualmente dividida pela presena da rodovia.
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A reflexo sobre o conhecimento produzido pelos autores que marcaram e influenciaram geraes de pesquisadores no Brasil um instrumental terico importante para o avano do pensamento cientfico na Sociologia. Neste sentido, prope-se analisar a problemtica agrria a partir do Socilogo brasileiro Jos de Souza Martins. Esse autor, em uma srie de livros e artigos ao longo da sua trajetria intelectual, forneceu-nos vrios conceitos e interpretaes significativas sobre o mundo rural brasileiro. Assim, dada a importncia da contribuio de Jos de Souza Martins para o tema dos processos agrrios, este estudo procura analisar parte da obra do autor, especialmente aquela que trata da reforma agrria, do papel dos mediadores nesse processo e os conceitos-chave principais presentes em sua obra. Os captulos que se seguem analisam algumas fases do autor, a partir do final da dcada de 1970 até perodo recente, buscando evidenciar e analisar, em sua trajetria intelectual, as suas inspiraes tericas, ou seja, os autores que se tornaram referncias para a construo do seu conhecimento, os conceitos-chave que marcaram sua obra, o papel dos mediadores como a Comisso Pastoral da Terra (CPT), o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra, os Partidos Polticos e, finalmente, ao longo dessa trajetria, os fatos, acontecimentos que interferiram em suas anlises Duas hipteses nortearam este trabalho, sendo a primeira a importncia de alguns conceitos-chave como a renda fundiria, na anlise do autor, e a segunda dizendo respeito atuao dos mediadores principais da reforma agrria. Tais hipteses foram, ao longo do trabalho, comprovadas, pois o conceito de renda fundiria permanece como referencial na obra de Martins, refletindo os interesses conflitantes existentes no espao rural. Alm disso, segundo a anlise do autor, os mediadores continuam a exercer, de uma forma ou de outra, a conduo da reforma agrria baseados em concepes do marxismo ortodoxo, que tem como sujeito principal da História a classe operria. Finalmente, esta investigao pde ser realizada atravs da seleo de algumas obras emblemticas do autor.
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Esta tese discute trs temas: polticas pblicas, gesto tecnolgica, e setor automotivo. Tendo por objetivo abreviar o ciclo de absoro e desenvolvimento de tecnologia, um volume expressivo de recursos tem sido transferido do setor pblico para o setor privado atravs do que denominado de Poltica Pblica Indutora (PPI). Os governos pretendem, assim, atrair aquelas empresas tecnologicamente mais capacitadas, na expectativa de que transfiram para a localidade onde se instalam o conhecimento que detm. No Brasil, um dos setores-alvo deste tipo de poltica tem sido o automotivo, circunstncia observada em diferentes momentos da história. Efetivamente, o Regime Automotivo Brasileiro pretende no apenas acelerar o desenvolvimento do pas, mas tambm promover uma significativa transferncia de tecnologia. A anlise das PPI, por ser de extrema importncia, bastante influenciada e dificultada quer por seus defensores, quer por seus destratores, que as vem sob os aspectos de sucesso ou no; mas, no bastasse essa dificuldade, h tambm o elevado contedo ideolgico que sustenta as argumentaes, que faz com que a avaliao se perca num quadro inconclusivo. Afinal, estas iniciativas so benficas ou no para o pas e para as economias regionais? Finalmente, a eficcia, e portanto o acerto desta estratégia s pode ser avaliado expost facto, quando j comprometidos, qui irremediavelmente, os recursos pblicos. Por essa razo, este estudo desenvolve uma anlise ex-ante das polticas pblicas do tipo indutoras, fazendo uso de um modelo compreensivo que permite uma anlise longitudinal, captando assim, as mudanas no ambiente. Entre outras, procurou-se responder seguinte questo: possvel, hoje, inferir quanto contrib uio, se positiva ou negativa, que o Regime Automotivo Brasileiro e os seus desdobramentos estaduais traro capacidade tecnolgica no entorno da empresa atrada? O problema e a questo de pesquisa foram abordados, predominantemente, sob um enfoque qualitativo, e o mtodo escolhido foi o estudo de caso. Com o auxlio do modelo proposto foi analisada e avaliada a potencialidade de aumento na capacidade tecnolgica induzida pela instalao da unidade montadora da General Motors do Brasil, em Gravata, Rio Grande do Sul. Ao final conclui- se que os benefcios previstos pelo Regime Automotivo Brasileiro, no que diz respeito a capacitao tecnolgica local, dificilmente sero atingidos pela instalao de novas empresas automotivas ou a modernizao das existentes.