927 resultados para Enfermagem Ensino auxiliado por computador
Resumo:
Esta pesquisa fundamentada e metodologicamente construda objetivando descrever e analisar o que e como o Programa Bairro-Escola de Nova Iguau, implementado como poltica educacional, em 2006, para organizao curricular da Rede Municipal de Ensino. O foco deste estudo qualitativo est centrado na identificao das principais diretrizes e caractersticas produzidas por essa poltica curricular no/para o desenvolvimento da gesto democrtica e na melhoria da prtica educativa. Para tanto, a metodologia utilizada para a elaborao deste trabalho foi a abordagem qualitativa, a investigao terica de eixos temticos e o estudo de caso do significado do Programa Bairro-Escola para os sujeitos que o vivenciam em Nova Iguau, abordando especificamente quais so as principais caractersticas que o Programa tem produzido, at ento, na gesto macro e micro educacional, na prtica educativa e na relao entre ambas as prticas, sob a tica dos sujeitos que o vivenciam no seu cotidiano de desenvolvimento. Para tanto, este estudo de caso de cunho descritivo-analtico utilizou como campo de investigao duas escolas municipais (situadas em bairros geograficamente distantes) como amostragem e a Secretaria Municipal de Educao de Nova Iguau para a obteno, por meio de entrevistas semiestruturadas (realizadas no segundo semestre de 2011), de informaes que "respondessem" aos objetivos desta pesquisa. No entanto, os sujeitos escolhidos para serem entrevistados foram: (um) representante da Secretaria Municipal de Educao de Nova Iguau, (dois) diretores, (dois) coordenadores, (dois) orientadores, (dois) professores, (dois) estagirios, (dois) agentes comunitrios, (dois) pais de alunos e (dois) alunos, os quais relataram nas entrevistas que o Programa Bairro-Escola iguauano, apesar de ser uma poltica educacional ainda recente, tem contribudo para a melhoria da prtica educativa, na medida em que as oportunidades educativas foram ampliadas com a implantao do Horrio Integral atravs das oficinas fixas de aprendizagem, esporte, cultura, informtica, entre outras experincias socioeducativas desenvolvidas no mbito escolar ou em ambientes parceiros nas comunidades do entorno das escolas. E na gesto educacional atravs da conquista da implementao do conselho escolar, o qual tem possibilitado uma gesto mais participativa e mais autnoma nas escolas. Mas expuseram tambm que, para um "melhor rendimento", o Bairro-Escola, aqui, ainda carece de variados recursos infraestruturais (recursos de natureza fsica, humana ou pedaggica) e de mais estratgias que dinamizem a gesto mais participativa, o envolvimento comunitrio e o reconhecimento do Programa.
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O objetivo desta pesquisa foi analisar os contedos dos relatos verbais de profissionais de enfermagem, vtimas de assdio moral durante o exerccio de suas atividades laborais. Para tanto, foi utilizada uma amostra previamente selecionada, constituda de 31 profissionais de enfermagem, sendo todos atuantes em unidades de sade, tanto da rede pblica quanto da rede privada. Essa amostra foi extrada do universo de 3.498 profissionais de formaes diversas, oriundos de vrios Estados brasileiros. Trata-se de uma pesquisa quanti-qualitativa, sendo utilizado, como instrumento para a coleta de dados, o questionrio especfico de Assdio Moral, gentilmente cedido pela pesquisadora Margarida Maria Silveira Barreto e constitudo de 48 questes, abertas e fechadas. Os itens desse instrumento compreendem a caracterizao dos participantes, a identificao de situaes especficas de assdio moral, de fatores relacionados empresa, a organizao e comunicao no trabalho. O tratamento dos dados estatsticos foi realizado com o apoio do teste de Qui-Quadrado, e os dados qualitativos foram obtidos com base em relatos verbais, os quais foram organizados em categorias de respostas dos participantes. Os resultados quantitativos da pesquisa apontaram diferenas significativas entre enfermeiros e auxiliares de enfermagem quanto a favorabilidade em relao aos objetivos pouco claros na organizao do trabalho. A partir da anlise qualitativa dos dados emergiram como resultados, trs categorias de respostas: Hierarquia e Relao de Poder; Organizao do Trabalho; e Comunicao no Trabalho. De posse dos resultados da presente pesquisa, a meta contribuir para a melhoria das condies de trabalho, de forma a minimizar o aparecimento de humilhaes psicolgicas ou assdio moral no ambiente de trabalho de enfermagem. Diante desse quadro, de importncia aprofundar estudos sobre o assdio moral, considerando-se a adoo de legislao especfica e a formulao de polticas pblicas para o combate dessa prtica na profisso de enfermagem. O que se prope com esse estudo auxiliar na formulao de futuras polticas pblicas, de modo a evitar conseqncias nefastas ao trabalhador, ao prprio trabalho e sociedade de um modo geral, pois o combate ao assdio moral precisa ser intensificado, exigindo uma abordagem multidisciplinar, com a participao de todos os segmentos da sociedade.
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A sociedade na qual vivemos vem passando por grandes transformaes que influenciam os modos de construir conhecimentos e veicular informaes, as formas de se relacionar com o outro, a maneira de perceber o mundo e a si mesmo no mundo. Estas mudanas so marcadas pela interatividade, pela conectividade, pela velocidade, pela multilinearidade, pela complexidade e pela fragmentao to presentes na cultura digital. Os jovens, nascidos em meio a estas transformaes, vivenciam essas marcas em suas prticas culturais cotidianas, construindo uma nova lgica que orienta seu modo de perceber e agir na sociedade. No entanto, ao mesmo tempo em que os jovens orientam suas aes a partir dessa lgica que chamo nesse trabalho de cibercultural, vivenciam uma lgica linear na escola, o que acaba por produzir um hiato entre as culturas juvenis e a cultura escolar. Buscando contribuir para a construo de prticas pedaggicas mais concernentes s necessidades dos jovens contemporneos, este estudo se props investigar o papel mediador das tecnologias digitais nos processos de ensino-aprendizagem. O estudo foi desenvolvido em uma escola de Ensino Mdio Integrado, na zona norte do Rio de Janeiro, na qual os alunos tm acesso, em perodo integral, s disciplinas do currculo do MEC integradas s disciplinas de formao tcnica voltadas s tecnologias digitais. Este projeto fruto de uma parceria da Secretaria de Educao do Estado do Rio de Janeiro com um instituto privado, cujo objetivo construir um espao de pesquisa e de inovaes em educao. A pesquisa se configurou como um estudo de caso, embora algumas reflexes possam contribuir para debates mais amplos em educao. O estudo apoiou-se terico-metodologicamente nos Estudos Culturais Latino-americanos (Martn-Barbero e Canclini), que trazem contribuies para pensar o papel das mediaes nos processos de recepo dos meios comunicacionais. Baseia-se, tambm, nos estudos sobre juventude (Dayrell e Carrano) que ajudaram a construir um olhar para os jovens pesquisados a partir do lugar ativo e protagonista de suas prticas dentro e fora da escola. Complementando estes aportes tericos, o trabalho se fundamenta, ainda, nos estudos sobre a relao dos sujeitos com os ambientes virtuais ou ciberculturais (Lvy, Lemos e Santaella). As entrevistas realizadas com jovens e professores da escola e as observaes em sala de aula foram exerccios de alteridade e exotopia, inspirados em Mikhail Bakhtin. O trabalho foi tecido numa perspectiva dialgica, buscando trazer para o texto impresso as experincias vividas no campo e os debates desencadeados a partir dessas experincias, propondo alguns caminhos para contribuir com uma escola mais significativa aos novos tempos.
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Este trabalho teve como objetivo discutir, com os professores e alunos de uma escola pblica de ensino mdio do Rio de Janeiro, algumas questes relacionadas com suas prticas e concepes sobre leitura, a partir das imagens fotogrficas produzidas ao longo da pesquisa. As diferentes concepes do ato de ler, a relao da leitura literria e de outros tipos de leitura com as novas tecnologias, o papel da escola valorizando, ou no, o acesso aos diferentes suportes de leitura, foram alguns dos temas discutidos ao longo da realizao da pesquisa. Roger Chartier indicou o quadro mais amplo, atravs do qual a leitura foi compreendida como uma prtica cultural, realizada em diferentes suportes, sujeita a diferentes gestos, espaos e hbitos e, logo, sujeita a diferentes apropriaes e avaliaes, acentuando a impossibilidade de que ela seja abordada de forma abstrata, universal. Inicialmente, a estratgia de pesquisa havia se baseado na confeco de um vdeo pelos alunos sobre o tema da leitura. Como esta estratgia no aconteceu da forma esperada, optou-se por fazer uso de imagens fotogrficas. Os sujeitos da pesquisa foram convidados a produzir imagens que no seu entender estivessem relacionadas ao tema da leitura. As imagens produzidas pelos sujeitos proporcionaram o ponto de partida para a realizao das entrevistas. No decorrer do trabalho a produo das imagens trouxe importantes contribuies tanto do ponto de vista da discusso das relaes entre o pesquisador e os sujeitos da pesquisa, do prprio fazer da pesquisa, quanto em relao s discusses dos temas relacionados leitura. Etiene Samain, Miriam Moreira Leite, Boris Kossoy, Jos de Souza Martins, foram alguns dos referenciais tericos que permitiram discutir o uso da imagem na pesquisa, superando seu carter de cpia da realidade, de prova, ou de ilustrao ao texto. A discusso sobre o uso da imagem foi includa em uma analise sobre as questes terico-metodolgicas relacionados ao uso das estratgias etnogrficas de pesquisa, sistematizadas a partir da contribuio de autores como George Marcus, James Clifford e Joanne Passaro. Sendo uma pesquisa realizada no prprio local de atuao profissional do pesquisador, a discusso sobre a construo de sua identidade e sobre a dimenso tica da pesquisa ganhou algum destaque a partir das reflexes de Mikhail Bakhtin. Ao longo da pesquisa foi percebido que o discurso escolar sobre a leitura, tradicionalmente entendido como sendo associado extrema valorizao da leitura literria, no se apresentou na escola estudada, nem como indicao abstrata nem como prtica concreta. Construdo na relao com alunos e professores, esse dado foi analisado com base nas reflexes de Walter Benjamin sobre o declnio das condies de produo e recepo da leitura literria. Benjamin tambm serviu de base anlise de algumas das caractersticas da leitura e da escrita na contemporaneidade, marcadas pelo fluxo contnuo, por sua rapidez. Com o auxlio de Lcia Santaella, foram discutidos os suportes contemporneos da leitura, os distintos tipos de leitor a eles relacionados, bem como as diversas formas de apropriao da leitura por parte dos sujeitos. Ao longo do estudo percebeu-se que a multiplicidade dos percursos e das prticas escolares de leitura dos jovens pesquisados no se deve apenas as suas marcas subjetivas e identitrias, sendo relacional tanto diversidade dos percursos e prticas de leitura dos professores, quanto s diferenas entre os lugares da escola em que a leitura acontece. Esse achado aponta para a impropriedade do discurso que, sem levar em conta as inmeras configuraes que a leitura pode assumir nas escolas, conclui que na escola a crise da leitura norma.
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A Gesto Pblica tem incorporado boas prticas de administrao mediante foco no resultado eficiente e na transparncia. A utilizao de indicadores de desempenho exerce um papel fundamental para espelhar a real situao do rgo e suas possibilidades de melhoria. No caso especfico das universidades federais, o Tribunal de Contas da Unio (TCU) estabeleceu um conjunto de nove indicadores a serem medidos por essas unidades e divulgados atravs de seus relatrios de gesto. A dificuldade interpretativa advinda de visualizar, simultaneamente, esses critrios avaliativos contidos nesse conjunto e suas interdependncias, fomentou a elaborao desta pesquisa. O estudo objetiva analisar e sintetizar o conjunto de indicadores de desempenho, atinentes a 53 universidades federais, referentes aos anos de 2008 a 2010, a fim de identificar um modelo de simplificao para auxiliar os controles interno e externo. A metodologia utilizada a da Anlise Fatorial, uma tcnica estatstica multivariada de interdependncia, e pouco explorada em pesquisas anteriores nessa temtica, alm de testes de regresso linear e da Anlise Envoltria de Dados (DEA), esta j amplamente utilizada na literatura, a fim de possibilitar ratificar as associaes e interpretaes dos resultados. Os testes mostraram uma aderncia satisfatria da tcnica aos dados coletados, permitindo identificar dois fatores que pudessem explicar 61,8% do conjunto informacional original. Com ratificao da DEA, esses fatores foram associados ao desempenho e ao custo, e a relao entre os dois foi interpretada como um ndice de eficincia. O fator atrelado ao desempenho foi intitulado o indicador sumarizado de todo o conjunto estabelecido pelo TCU, tendo sido encontrado correlao alta e significativa com o Ranking Universitrio Folha, mostrando que eles possuem semelhantes poderes discriminantes, mesmo tendo sido oriundos de bases de clculo distintas. Ademais, destacam-se os seguintes resultados complementares: 1) Embora o custo influencie para o desempenho das universidades federais, ele no preponderante, mas os indicadores de envolvimento com a ps-graduao e qualificao do corpo docente so os mais relevantes; 2) Os indicadores de resultado no sofrem muita influncia do custo, sobretudo o de recursos humanos (funcionrios), mostrando que de uma maneira geral h ineficincia na gesto de pessoal das universidades; 3) A utilizao da DEA mostrou que a escolha das variveis realmente pode redundar em resultados distintos e no correlatos significativamente, apresentando uma limitao quanto certificao dos escores de eficincia obtidos.
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Unidades de conservao da natureza sofrem historicamente de problemas envolvendo, por exemplo, administrao pblica e legitimao popular, o que reflete quadros de ineficincia e conflitos locais em vrios nveis. Nesse contexto, a rea de Proteo Ambiental de Petrpolis (APA Petrpolis) abordada, com o objetivo de se prover um quadro analtico sobre a sustentabilidade regional e a percepo popular acerca da proposta de da APA Petrpolis, usando mtodos em percepo ambiental focada nos segmentos universitrios. A tese se divide em trs momentos analticos: primeiramente, so apresentados os contextos histricos, sociais e polticos locais da paisagem, no mbito da criao da APA Petrpolis e das contradies acerca do funcionamento do modelo, sob um referencial terico que engloba polticas locais, manejo de unidades de conservao, conflitos ambientais e participao social. Em segundo lugar, analisou-se a percepo ambiental de 606 alunos universitrios (por meio de questionrios) e sete professores e gestores das universidades participantes (por meio de entrevistas) na APA Petrpolis, buscando fenmenos e caractersticas especficas das subjetividades inerentes a tais grupos. Por fim, apresenta-se concepes teis para a organizao de alternativas tericas e prticas para uma educao ambiental emancipatria e transformadora voltada para a realidade dos segmentos universitrios da APA Petrpolis. Os resultados envolvem a exposio de um complexo contexto histrico e poltico que traduz a parca funcionalidade deste modelo de conservao da paisagem. O planejamento territorial da cidade, o prprio contexto de criao da unidade e o cenrio poltico regional so aspectos que contribuem para a baixa funcionalidade da APA. Os questionrios evidenciam uma percepo superficial dos problemas ambientais de Petrpolis, assim como um baixo reconhecimento da APA. As entrevistas, de outra maneira, evidenciam dois fenmenos: a naturalizao das questes sociais e a invisibilizao das questes ambientais. As alternativas tericas e metodolgicas apresentadas para abordar as questes ambientais da APA Petrpolis para os universitrios envolvem o conceito de alfabetizao ecolgica e a formao de sujeitos ecolgicos, como diretrizes para uma educao voltada para a sustentabilidade regional.
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Desde longa data, o ensino superior brasileiro vem sendo alvo de muita polmica e questionamentos por causa, principalmente, da questo da sua democratizao. A origem tardia da universidade brasileira, associada ao carter elitista, faz com que este nvel de escolarizao esteja sendo questionado sempre pela incapacidade de absorver toda a demanda existente. Visando a superao dessa situao, lutas histricas foram e vm sendo travadas, importantes intelectuais, o movimento estudantil, as associaes de docentes e de tcnicos em educao, cada um a seu modo, vem cobrando a abertura da universidade pblica a setores da sociedade at ento dela excludos. Neste nterim, tem sido importante a contribuio dos movimentos sociais negros que introduziram nesse debate a exigncia de polticas de ao afirmativa (PAA), com vista incluso desse segmento no ensino superior pblico. Portanto a PAA figura como um novo ingrediente na luta pela democratizao do ensino superior. A reivindicao pelas aes afirmativas ganhou espao e relevncia, ao ponto de ser reconhecida pelo governo e traduzida em posicionamento favorvel do Brasil na Conferncia de Durban de 2001. A partir de ento, o debate aprofundou no pas. Como resultado, diversas instituies de ensino superior (IES), por fora de leis ou motivadas por decises de seus conselhos superiores, adotam alguma modalidade de poltica de ao afirmativa: cota, reserva de vaga, bnus, etc. Nesse contexto, a Universidade Federal de Ouro Preto, no ano de 2008, por meio do seu Conselho de Ensino, Pesquisa e Extenso (CEPE), decidiu assegurar que30% das vagas, em cada um dos seus cursos de graduao, deveriam ser ocupadas por estudantes egressos de escolas pblicas. A Poltica de Ao Afirmativa da UFOP , portanto,o objeto de estudo dessa dissertao, que procurou identificar se tal medida pode ser considerada uma contribuio para o processo de democratizao do ensino superior. A pesquisa realizada analisou o perfil socioeconmico e cultural e a trajetria acadmica de estudantes que ingressaram na UFOP no ano de 2009, considerando-se a sua condio de participante ou no da PAA. A constatao foi a de que, ainda que modestamente e a despeito da necessidade de ajustes que a mesma possa requerer, o perfil dos estudantes da UFOP vem se alterando: pessoas oriundas de segmentos antes pouco representados esto se beneficiando com a ampliao dos cursos de graduao da instituio
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Esta tese versa sobre a histria da implantao de uma reforma de ensino implementada durante dois governos petistas no municpio de Chapec, Santa Catarina. No desenvolvimento do texto busco, a partir das falas coletadas em entrevistas realizadas com professoras, analisar os efeitos produzidos no cotidiano docente a partir da referida reforma. Inicio o trabalho apresentando diversos momentos da histria poltica e educacional brasileiros nos quais diferentes reformas de ensino foram realizadas, apontando as inter-relaes existentes entre as polticas governamentais e as polticas de educao. Em seguida, apresento o cenrio especfico Chapec no qual ocorreu a reforma estudada. Neste ponto procuro apresentar a constituio poltica do municpio e discutir a novidade que um governo, considerado progressista, pode trazer para o campo da educao. Ao final analiso as entrevistas apontando e discutindo os efeitos que a reforma do ensino provocou, a partir das consideraes feitas pelas professoras. Partindo de uma perspectiva transdisciplinar busco, auxiliada por referncias das cincias humanas e sociais (poltica, histria, sociologia, economia, psicologia) e da filosofia da diferena, compor um dispositivo metodolgico que abarque a complexidade da temtica proposta. Concluo o trabalho considerando que os efeitos produzidos pela citada reforma de ensino foram variados e s devem ser considerados em sua provisoriedade.
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No mbito do ensino-aprendizagem de lnguas adicionais, pesquisas acerca do desenvolvimento da oralidade tm demonstrado que se trata de um fenmeno multidimensional. Nakatani (2010) mostrou que o domnio de estratgias comunicacionais so indicadores de desempenho lingustico e se relacionam com a proficincia do aprendiz; Kang, Rubin e Pickering (2010) observaram que os traos fonolgicos afetam a percepo sobre inteligibilidade e proficincia; Hewitt e Stephenson (2011), e Ahmadian (2012) indicaram que as condies psicolgicas individuais interferem na qualidade da produo oral. Escribano (2004) sugeriu que a referncia contextual essencial na construo de sentido; Gao (2011) apontou os benefcios do ensino baseado na construo do sentido, a partir de metforas conceptuais (LAKOFF e JOHNSON, 1980), codificao dupla (CLARK e PAIVIO, 1991) e esquemas imagticos (LAKOFF, 1987); e Ellis e Ferreira-Junior (2009) demonstraram que as construes exibem efeitos de recncia e priming, afetando o uso da linguagem dos parceiros interacionais. Tais estudos apontam para a natureza complexa da aquisio de L2, mas o fazem dentro do paradigma experimental da psicolingustica. J Larsen-Freeman (2006), demonstra que a fluncia, a preciso e a complexidade desenvolvem-se com o tempo, com alto grau de variabilidade, dentro do paradigma da Teoria da Complexidade. Em vis semelhante, Paiva (2011) observa que os sistemas de Aquisio de Segunda Lngua (ASL) so auto-organizveis. Esses trabalhos, no entanto, no abordaram aprendizes de L2 com proficincia inicial, como pretendo fazer aqui. Tendo como referenciais tericos a Teoria da Complexidade e a Lingustica Cognitiva, o presente trabalho apresenta um estudo de caso, qualitativo-interpretativista, com nuances quantitativos, que discute os processos de adaptao que emergiram na expresso oral de um grupo de aprendizes iniciantes de ingls como lngua adicional no contexto vocacional. Parte do entendimento de que na sala de aula vrios (sub)sistemas complexos coocorrem, covariando e coadaptando-se em diferentes nveis. A investigao contou com dados transcritos de trs avaliaes coletados ao longo de 28 horas de aula, no domnio ENTREVISTA DE EMPREGO. Aps observar a produo oral das aprendizes, criei uma taxonomia para categorizar as adaptaes que ocorreram na sintaxe, semntica, fonologia e pragmtica da lngua-alvo. Posteriormente organizei as categorias em nveis de prototipicidade (ROSCH et al, 1976) de acordo com as adaptaes mais frequentes. Finalmente, avaliei a inteligibilidade de cada elocuo, classificando-as em trs nveis. A partir desses dados, descrevi como a prtica oral dessas participantes emergiu e se desenvolveu ao longo das 28 horas. Os achados comprovam uma das premissas da Lingustica Cognitiva ao mostrarem que os nveis de descrio lingustica funcionam conjuntamente em prol do sucesso comunicacional. Alm disso, demonstram que a funo do professor, como discutem LARSEN-FREEMAN e CAMERON (2008), no gerar uniformidade, mas sim oportunizar vivncias que estabeleam continuidade entre o mundo, o corpo e a mente
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O objeto de estudo desta tese a formao profissional dos trabalhadores tcnicos de enfermagem e sua relao com as polticas de sade no Brasil. Abrange o perodo que se estende dos anos 1920 at os anos 2000, visando compreender o progressivo alargamento do patamar de formao para o trabalho na rea. A tese defende que existe na atualidade brasileira uma tendncia geral de aumento da escolarizao dos trabalhadores tcnicos de enfermagem, que progressivamente vai tornar o tcnico de enfermagem junto com o enfermeiro de nvel superior as principais categorias profissionais da rea. Para orientar a anlise utilizamos os conceitos trabalho simples e trabalho complexo, buscando apreender a formao profissional em sua totalidade e historicidade. Nessa perspectiva, a pesquisa analisa as polticas educacionais na rea e as polticas de sade, a progressiva racionalizao do trabalho hospitalar, as iniciativas da categoria de enfermagem, notadamente o Projeto Larga Escala e o Profae, as polticas neoliberais na atualidade materializadas na reforma do Estado e nas polticas de sade de cunho privatizante, assim como a organizao da burguesia de servios de sade. A concluso do trabalho indica que o aumento da escolaridade dos trabalhadores tcnicos de enfermagem est sendo determinado simultaneamente pelo conjunto dessas relaes. Sinaliza tambm para a constituio de uma alternativa de carter permanente na rea de formao profissional em sade, do ponto de vista do capital instalado no setor, expressa na organizao do Servio Nacional de Aprendizagem da Sade (SENASS) e do Servio Social da Sade (SESS), tambm conhecido como Sistema S da Sade
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A empatia uma habilidade socialmente aprendida e fundamental para as relaes interpessoais de ajuda, especialmente em profisses como a enfermagem, cujo objeto o cuidado ao ser humano em suas diferentes dimenses. Assim sendo, substancial pensar em tecnologias que possibilitem a potencializao desta habilidade na formao profissional do enfermeiro. Este estudo trata da avaliao da eficcia de um Programa de Desenvolvimento da Empatia (PDE) para graduandos de enfermagem. Foi utilizado o mtodo experimental, no qual 17 estudantes participaram de 16 encontros de treinamento com trs horas de durao cada enquanto 16 estudantes compuseram o grupo de controle. Os procedimentos utilizados incluram: relaxamento, exposio dialogada sobre empatia, vivncia, desempenho de papis com videofeedback e prtica das habilidades aprendidas em ambiente natural. Os participantes dos dois grupos foram avaliados antes da interveno, imediatamente aps e com follow-up de 30-40 dias. Os componentes cognitivos e afetivos da empatia foram avaliados atravs do Inventrio da Empatia. Para a avaliao do comportamento emptico verbal, foram gravadas em udio as verbalizaes dos participantes eliciadas a partir das interaes em situaes de desempenho de papis. Estas verbalizaes foram avaliadas por trs juzes treinados previamente e cegos para os dois grupos. O PDE foi avaliado pelos sujeitos atravs de suas verbalizaes espontneas durante o treinamento e atravs de um questionrio respondido no final do programa. Os resultados da anlise estatstica evidenciaram que o PDE foi eficaz em melhorar significativamente a compreenso e a verbalizao emptica do grupo experimental quando comparado ao de controle. A avaliao dentro do grupo experimental tambm revela mudana significativa no desempenho emptico verbal dos participantes nos trs momentos avaliativos. A anlise qualitativa dos relatos dos participantes evidenciou alguns benefcios do programa, entre outros, a reduo da angstia pessoal diante do sofrimento do paciente e a generalizao das habilidades aprendidas para seus contextos relacionais, o que favoreceu a qualidade de seus relacionamentos em diferentes esferas sociais.
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Este estudo se insere em uma abordagem Ps-estruturalista. Nele, o conceito de discurso desenvolvido por Laclau utilizado como categoria de anlise para investigar o processo de legitimao do saber cientfico. O conceito de recontextualizao por hibridismo proposto por Lopes (2005; 2006a) orienta a anlise dos discursos produzidos nos diferentes contextos de produo curricular, a partir da abordagem do ciclo de polticas desenvolvida por Bowe, Ball e Gold (1992)e Ball (1994). No trabalho, so identificadas as demandas articuladas nos discursos de uma comunidade de pesquisadores que tm investigado o ensino de cincias nos anos iniciais do Ensino Fundamental. O estudo tambm apresenta uma reflexo produzida a partir de dados reunidos em uma pesquisa de cunho etnogrfico,realizada em duas escolas da rede municipal de ensino do municpio do Rio de Janeiro. As anlises indicam que o discurso educacional sobre o ensino de cincias expressa sentidos em disputa que oscilam entre a incorporao de novos paradigmas de cincia e de currculo e a manuteno de marcas que procuram preservar a cincia como conhecimento superior, contribuindo para a reafirmao dos princpios racionais que esto na base de constituio da escola como instituio da modernidade e associadas ao processo de hegemonizao desse saber.
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A introduo das tecnologias duras no setor sade transformou o processo de trabalho, e, apesar dos inestimveis benefcios, deve ser vista com cautela pelos trabalhadores devido a problemas relativos confiabilidade, fidedignidade dos dados e necessidade de manuteno preventiva e corretiva de aparelhos por especialistas. Por outro lado, h exigncias impostas em termos de conhecimentos e habilidades para a sua utilizao, pois h riscos de erros e iatrogenias que devem ser identificados e trabalhados pela organizao com vistas segurana no desempenho, satisfao e bem estar do trabalhador. Nesse sentido, a sua utilizao acarreta o aumento do nmero de tarefas, a intensificao do ritmo de trabalho, devido necessidade de controle extenuante por parte do trabalhador no intuito de manter o equilbrio das demandas advindas da mquina e do paciente. Tais exigncias repercutem na sade do trabalhador e acarreta problemas de ordem fsica e psquica. Objetivou-se neste estudo: identificar a percepo do trabalhador de enfermagem sobre a utilizao da tecnologia dura em Unidade de Terapia Intensiva (UTI); descrever os fatores intervenientes em relao ao uso da tecnologia dura pelo trabalhador de enfermagem em UTI e analisar as repercusses da utilizao da tecnologia dura para o processo de trabalho e a sade do trabalhador de enfermagem em UTI. Estudo qualitativo descritivo, cujos dados foram obtidos em uma UTI de um hospital pblico situado no municpio de Niteri-RJ no perodo de dezembro 2011 a fevereiro 2012 com 25 trabalhadores (11 enfermeiros e 14 tcnicos de enfermagem), a partir dos critrios de incluso adotados. Trabalhou-se com a tcnica de entrevista semiestruturada, mediante um roteiro contendo questes sobre a problemtica do estudo. O projeto atendeu as exigncias presentes na Resoluo 196/96, do Ministrio da Sade (MS), tendo sido aprovado pelo Comit de tica em Pesquisa (CEP) sob n CAAE: 2063000025811. Na categorizao dos depoimentos utilizou-se a tcnica de anlise do contedo de Bardin e os resultados discutidos a luz da Psicodinmica do Trabalho. Identificou-se que a incorporao da tecnologia dura em UTI, na viso dos trabalhadores de enfermagem um instrumento de trabalho por proporcionar maior segurana, rapidez na execuo das tarefas, confiabilidade e controle em relao ao estado clnico do paciente e minimizar atividades repetitivas. Por outro lado h problemas relativos manuteno preventiva e corretiva dos aparelhos que acarretam incmodo, interrupes e sobrecarga mental e fsica devido necessidade de ajustes frequentes dos alarmes e parmetros estabelecidos, troca de aparelhos e reposio de peas; fatores limitantes e que exigem a interveno de especialistas. Diante desta situao de trabalho, as tecnologias duras utilizadas em UTI configuraram-se como fatores de risco psicossocial por acarretarem estresse ocupacional e cujos recursos internos e externos utilizados pelos trabalhadores mostraram-se insuficientes para o seu enfrentamento. Cabe a organizao do trabalho, juntamente com os trabalhadores realizar aes que minimizem os fatores de riscos apontados com vistas satisfao, a motivao e a sade dos trabalhadores de enfermagem e demais membros da equipe.
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O objeto deste estudo o contedo de ensino relacionado ao campo da Sade do Trabalhador e sua forma de abordagem no curso de graduao de enfermagem de uma universidade pblica do municpio do Rio de Janeiro, tendo como base as ementas curriculares e os relatos dos docentes responsveis pelas Subreas. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, descritiva, e exploratria, cujos objetivos so: identificar os contedos desenvolvidos no curso de graduao em enfermagem, de uma universidade publica do Rio de Janeiro, referentes ao campo da Sade do Trabalhador; descrever as metodologias de ensino utilizadas pelos docentes de enfermagem para o desenvolvimento dos contedos referentes ao campo da Sade do Trabalhador; e analisar as fragilidades e potencialidades envolvendo o desenvolvimento do ensino da Sade do Trabalhador no curso de graduao de enfermagem de uma universidade publica do Rio de Janeiro. Os sujeitos so 12 docentes efetivos que atuavam h pelo menos dois anos nas Subreas do currculo que desenvolvem os contedos sobre Sade do Trabalhador. Os instrumentos de coleta so a entrevista semiestruturada e o formulrio para coleta de dados documentais, especificamente nas ementas, planejamentos de ensino e fluxograma curricular. A pesquisa foi aprovada pelo Comit de tica em Pesquisa da universidade na qual ocorreu este estudo, sob protocolo de nmero 06/2012. A etapa de coleta ocorreu entre maio e julho de 2012, e os dados foram analisados atravs da tcnica de Anlise de Contedo, evidenciando trs categorias: a dinmica do processo ensino aprendizagem relacionada aos contedos da Sade do Trabalhador; potencialidades e limitaes relacionadas ao ensino da Sade do Trabalhador; e aspectos dialticos envolvendo o ensino da Sade do Trabalhador. Os resultados evidenciaram que o currculo do curso de enfermagem prev os contedos essenciais ao campo da Sade do Trabalhador para a formao do enfermeiro, permeando aspectos de promoo, proteo, preveno e recuperao da sade, bem como questes conceituais e polticas relacionadas ao contexto do trabalho. Contudo, as ementas no delimitam estes contedos, evidenciando que h distanciamentos entre os discursos dos sujeitos e o que consta nos documentos curriculares analisados. Tambm verificam-se distanciamentos no que se referem s metodologias de ensino, pois, pelas falas dos sujeitos, se apreendem variados mtodos para desenvolvimento desses contedos, variedade no contemplada pelos planejamentos de ensino. Deste modo, concluiu-se que h fragilidades no desenvolvimento dos contedos relativos ao campo da Sade do Trabalhador e que preciso atualizar as ementas e reaproximar os docentes da proposta original do currculo. Concluiu-se tambm que existem potencialidades neste currculo, como por exemplo, uma elevada carga horria destinada ao ensino da Sade do Trabalhador, o significativo nmero de Trabalhos de Concluso de Curso ligado temtica e a produo cientifica de alguns docentes vinculada rea da Sade do Trabalhador.
Resumo:
O conceito atual de um comportamento socialmente habilidoso deve incluir capacidade de o indivduo obter satisfao pessoal e, ao mesmo tempo, de desenvolver e manter relacionamentos mutuamente benficos e sustentadores. No mbito da educao, identifica-se uma crescente preocupao de pais, diretores de escolas e professores com o desenvolvimento interpessoal dos alunos, com o propsito de reduzir conflitos, aumentar a qualidade das relaes entre os alunos e facilitar a aprendizagem. Neste sentido, necessrio que o professor se dedique a desenvolver as prprias habilidades interpessoais para que seja capaz de facilitar o desenvolvimento social e intelectual do aluno. Diante dessas constataes, torna-se relevante identificar que habilidades sociais do professor esto mais relacionadas com o seu desempenho social em sala de aula. Tais constataes fundamentaram esse estudo que avaliou os nveis de habilidades sociais de professores, assim como o desempenho social destes em sala de aula. Participaram da pesquisa oito professoras e dois professores do Ensino Fundamental II (do 6 ao 9 Ano), do Instituto Nossa Senhora Auxiliadora, no Rio de Janeiro. Suas idades variavam entre 24 e 50 anos. Participaram tambm 198 adolescentes, 100 do sexo masculino e 98 do sexo feminino. Suas idades variavam entre 11 e 15 anos. O desempenho social dos professores em sala de aula foi avaliado pelos prprios professores e pelos alunos, atravs do Questionrio do Desempenho Social do Professor (QDSP). Os professores tambm responderam ao Inventrio de Habilidades Sociais (IHS) e ao Inventrio de Empatia (IE). Os resultados das medidas de auto-relato apontaram nveis de assertividade e de empatia acima da mdia na maioria dos professores dessa amostra, especialmente nos fatores relacionados a: auto-afirmao com risco; conversao e desenvoltura social; auto-exposio a desconhecidos e a situaes novas; autocontrole da agressividade; tomada de perspectiva; flexibilidade; altrusmo e sensibilidade afetiva. As medidas de desempenho social dos professores foram satisfatrias, tanto a partir da perspectiva do professor quanto dos alunos. Entretanto, a auto-avaliao dos professores mostraram-se mais favorveis do que a avaliao feita pelos alunos. Alm disso, com base na avaliao dos alunos, apenas quatro professores apresentaram desempenho social assertivo e emptico de forma equilibrada. Tais resultados indicam a necessidade de se desenvolver programas de treinamento em habilidades sociais educativas.