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Resumo:
O estudo Educação de Infância como tempo fundador: Repensar a Formação de Educadores para uma acção educativa integrada inscreve-se no processo de reflexão acerca das finalidades da educação básica e da qualidade da formação e da intervenção dos profissionais de educação de infância. Considerando as condições de instabilidade, crescente insegurança e grande imprevisibilidade que caracterizam as sociedades contemporâneas e, considerando também, os avanços científicos que vêm ocorrendo nas últimas décadas, fundamentando e alertando para a importância decisiva das aprendizagens realizadas na Infância nos processos de desenvolvimento subsequentes, releva-se neste estudo a necessidade de dar continuidade e aprofundar essa reflexão procurando responder, também pela investigação, aos desafios que as mudanças sociais suscitam. Nesta linha e tendo como referente o significado que, em termos de estruturação identitária pessoal e colectiva, é reconhecido à educação de infância, enquanto contexto primeiro de educação básica e complementar da acção educativa da família, o principal objectivo do estudo consiste em aprofundar o conhecimento acerca da natureza e qualidade dos saberes básicos a promover na educação pré-escolar e das competências reconfiguradoras do perfil de desempenho profissional dos educadores de infância para que, em articulação com as famílias das crianças, se tornem facilitadores do seu desenvolvimento, no quadro de uma ampla perspectiva de cidadania e de sucesso para todos. Os eixos investigativos que se cruzam no estudo pressupõem uma dimensão de pesquisa (teórica, documental e empírica) de natureza complexa, na qual, se procura tornar compreensíveis as interacções entre os participantes anteriormente referidos, no sentido de uma possível coerência conceptual e funcional, que regule e sustente a qualidade dos processos de desenvolvimento. Do ponto de vista metodológico, a investigação inscreve-se numa abordagem de natureza qualitativa, de matriz complexa e com características de estudo de caso, centrado nos processos de formação e de intervenção dos educadores de infância em exercício de funções, no distrito de Bragança. No sentido de construir uma visão integrada do objecto de estudo foi desenvolvida uma revisão temática de literatura e de análise documental e, na dimensão empírica do estudo, foram promovidos processos mistos de recolha de dados, com recurso à inquirição por questionário e por entrevista (semi-estruturada). A inquirição por questionário foi feita a 229 educadores de infância e a 1340 pais (ou seus representantes), das crianças que frequentavam a educação pré-escolar e a entrevista a 6 educadoras, que integravam os conselhos executivos dos Agrupamentos de Escolas e, cujas funções de gestão e administração, lhes permitiam ter uma perspectiva mais global das problemáticas em estudo. Os instrumentos de recolha e de análise da informação foram validados de modo a garantir-lhes fiabilidade e credibilidade. Os resultados do estudo podem ser lidos em dois níveis, considerando a sua abrangência e especificidade. Num primeiro plano, numa leitura mais global e transversal às questões em estudo e, num segundo plano, como enfoque mais específico em função de quatro dimensões temáticas decorrentes do quadro de fundamentação teórica e organizadoras do processo de reflexão e de pesquisa. Assim, globalmente, os resultados confirmam a importância que todos os inquiridos reconhecem, quer às aprendizagens ocorridas na Infância, como factor importante no desenvolvimento pessoal e social das crianças ao longo da vida, quer ao papel que, nele, os educadores e respectiva formação (inicial e contínua) devem desempenhar. Com algumas variações, as representações dos educadores de infância e dos pais inquiridos neste estudo, embora diferentes em algumas das questões específicas, apresentam-se maioritariamente coerentes e próximas das perspectivas teóricas mais actuais, que consideram a natureza processual das aprendizagens e a importância que a qualidade dos contextos e das transições, que neles ocorrem, assumem nos processos de desenvolvimento. Ou seja, inscrevem-se na linha das teorias socioconstrutivista e ecológica também subjacentes às orientações curriculares, ao nível nacional e aos quadros teóricos de referência, ao nível internacional. Identificam a aprendizagem da cidadania (ou do aprender a ser em sociedade) como o saber mais estruturante a ser desenvolvido no conjunto da acção educativa e perspectivam-na como processo de responsabilidade partilhada e cooperado. Tratando-se de uma amostra extensa e de um distrito geograficamente marcado pela interioridade, e sem esquecer que os dados se referem a representações expressas ao nível dos discursos, é importante reconhecer os sinais de actualidade das perspectivas e das sugestões apontadas para dar continuidade aos processos de desenvolvimento integrado de todos os participantes no processo educativo. Ainda numa leitura global, as principais diferenças, genericamente observadas entre educadores e pais, evidenciam, da parte destes, uma perspectiva de cidadania mais restrita e, da parte dos educadores, uma visão mais alargada do conceito. Com efeito, são os pais com mais elevada qualificação académica que partilham com os educadores esta perspectiva ampliada e transformadora de cidadania. Numa leitura mais enfocada e mais detalhada, e tal como referido anteriormente, os resultados podem ser lidos no cruzamento de quatro dimensões que interligam as questões de pesquisa: os saberes básicos, as estratégias de intervenção para o seu desenvolvimento; a formação e intervenção dos educadores de infância e a identificação de competências que possam vir a aprofundarem a sua formação. No que se refere aos saberes básicos, e não obstante a ocorrência de variações, quer quanto aos próprios saberes, quer quanto à terminologia usada, são considerados como fundamentais: 1. O aprender a ser na perspectiva do desenvolvimento da identidade; 2. O aprender a exercer a cidadania na linha da aprendizagem e da vivência democrática na relação com o mundo e com o outro; 3. O aprender a aprender como ferramenta indispensável à aprendizagem ao longo da vida; 4. O aprender a desenvolver o pensamento crítico, enquanto possibilidade de criteriosa escolha pessoal entre alternativas possíveis e 5. O aprender a comunicar como condição relacional inalienável nos processos de interacção com os contextos e com as pessoas. A segunda dimensão tem a ver com as estratégias consideradas facilitadoras do desenvolvimento destes saberes e são considerados três níveis da intervenção educativa: a acção dos educadores propriamente dita, a cooperação dos pais no processo de aprendizagem das crianças e a interacção da instituição pré-escolar com os pais/família. A acção dos educadores surge, tendencialmente perspectivada como facilitadora do desenvolvimento dos saberes básicos, embora em relação a algumas práticas essa perspectiva surgisse pouco evidente e distingue-se quanto ao desenvolvimento da acção e relação educativa, manifestando os educadores mais experientes uma opinião mais favorável. No que se refere à cooperação dos pais no processo de aprendizagem das crianças, os resultados indicam que a maioria dos pais manifesta uma opinião favorável a práticas configuradoras de um clima facilitador do desenvolvimento dos saberes básicos enunciados, mas variando os seus pontos de vista. São os pais de habilitações académicas mais elevadas, de idade intermédia e situados em contexto urbano os que apresentam opiniões mais favoráveis. Por fim, e no que diz respeito à interacção com as famílias, os resultados evidenciam uma opinião positiva com os meios de interacção utilizados, mas deixando perceber a necessidade de melhorar o processo de cooperação, manifestando os pais uma opinião menos positiva do que os educadores sobre esse processo. A terceira dimensão diz respeito às representações sobre a formação e intervenção profissional dos educadores, evidenciando os resultados que a maioria dos educadores atribuiu muita relevância aos contributos do curso de formação inicial para o desenvolvimento da maioria das competências necessárias para o seu desempenho profissional. Permitem ainda verificar que os educadores de formação mais recente manifestaram uma opinião mais favorável desses contributos, quanto ao desenvolvimento de conhecimentos em áreas, tais como a matemática, conhecimento do mundo e expressão musical, o que significa um avanço relativamente ao reconhecimento da necessidade de fazer investimento nessas áreas sugeridas em alguns estudos e projectos. Quanto ao desenvolvimento da actividade profissional, os resultados relevam que a maior preocupação dos educadores se centra em torno do seu desempenho profissional e das condições de exercício da actividade profissional. No que se refere ao início de carreira, esta última dimensão assume maior evidência, sendo ainda possível perceber que a entrada na vida profissional tem vindo a ocorrer, nos últimos anos, através da rede privada. A quarta dimensão tem a ver com as competências profissionais a desenvolver pelos futuros educadores, e não obstante algumas diferenças nas opiniões manifestadas pelos três grupos de participantes, surgem relevadas competências que a literatura e os perfis de desempenho profissional docente apontam como devendo ser promovidas e incluídas nos programas de formação de educadores de infância/professores. Estas podem ser vistas, quer numa dimensão geral relativa ao grupo docente, quer numa dimensão mais específica da intervenção em educação de infância, tal como é especificado ao longo do trabalho.
Resumo:
Trabalho de projecto de mestrado, Ciências da Educação (Formação de Adultos), Universidade de Lisboa, Instituto de Educação, 2011
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Trabalho de projecto de mestrado, Ciências da Educação (Formação de Adultos), Universidade de Lisboa, Instituto de Educação, 2011
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This paper reports on the findings of a research study focused on teacher perceptions of their relationships with pupils over three phases of a career. Data collected from thirty primary school teachers using a critical event narrative approach were coded and compared across the three groups of teachers at different points in their careers; 0-7 years, 8-23 years, and over 24 years. The study, based in the United Kingdom, highlighted a complex development amongst teachers which centres on five key areas identified as differentiating between the three career phases; interaction, behaviour, expectations, proximity and control. Results indicate that teachers go through a series of relationship transitions in relation to these five areas, and that these transitions can often confront teachers with conflicting views of what positive teacher-pupil relationships are and create personal dissonance as they try to make sense of their role in these relationships. Based on empirical evidence, this paper argues that positive relationships with pupils are not necessarily associated with experience and that the transitions teachers experience through their career is of concern given the centrality of teacher-pupil relationships to effective teaching.
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This paper outlines a theoretical framework which offers an explanation of the complexity of how teachers define their effectiveness in relation to their classroom practice. The research from which this framework emerged was a two-year, mixed method study of 81 primary and secondary school teachers. The use of repertory grid interviews combined with a number of other methods is unique in a study of teachers’ practice and, from the elicited constructs, seven key themes emerged. These themes, analysed in relation to three broad career phases, indicate a number of issues important for teachers as they transfer from early-to-late career.
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This qualitative study explored the career termination experiences of 9 male, retired professional cricketers, between the ages of 28 to 40 (M = 34, SD = 4.65). The participants took part in retrospective, semi-structured interviews. Data from the interviews were inductively content analysed within three transition phases of the retirement process: reasons for retirement, factors affecting adaptation, and reactions to retirement. The reasons for retirement were multicausal with the majority of the participants highlighting contractual pressures and a lack of communication as important precursors to retirement. Three main themes accounted for the factors affecting adaptation: a limited pursuit of other interests, developmental experiences and coping strategies. In terms of reactions to retirement, all of the participants reflected negatively on the termination of their career, with a sense of loss and resentment characterising the post-retirement period. The findings illustrated the sport-specific nature of career termination in professional cricket, and added further support to the emerging consensus that the distinction between voluntary and involuntary retirement is, at best, unclear.
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Describes the innovative approach adopted in a UK business school to improve the number of student placements. A module was designed to provide students with the skills to search, apply for and gain a year-long placement as part of a degree ‘sandwich’ course. A blend of workshops, recorded lectures, online formative feedback exercises and one-to-one career coaching created a tailored, practical approach to skill enhancement. This session provides the presentation of the adopted methodology the results of the evaluative research, a live demonstration of the coaching approach and a discussion with the audience of ideas for development of the approach.
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On the whole, a man who is elected as Pope is well on in years. Some, despite this, have managed to reign for a long time, Leo XIII for instance who came to the throne when he was already seventy in 1878, reigned for twenty five years. Wojtyla was elected when he was only fifty eight, in 1978. In the last century or so, the papacy has become visible worldwide through the mass media. On his accession, Wojtyla was presented as a man's man, a sportsman - according to Professor Eamon Duffy of Cambridge University - as a Bishop with balls. Like other media stars who have stayed the test of time, e.g. Madonna, David Bowie, it seems that he has been able to reinvent his media image to some extent; from the active sportsman to the benevolent grandfather to the ailing figure we see today. He has taken on the aspect of a media star, a world traveller, a spiritual leader, a politician, a mediator and a peace leader. He has been described as the most-photographed person on the planet. This paper will attempt to trace these changes and to ascertain, using Vatican and media sources to discover how much of this continual change is driven by the personality of John Paul himself and how much is a deliberate policy on the part of the Vatican.
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Career adapt-ability has recently gained momentum as a psychosocial construct that not only has much to offer the field of career development, but also contributes to positive coping, adjustment and self-regulation through the four dimensions of concern, control, curiosity and confidence. The positive psychology movement, with concepts such as the orientations to happiness, explores the factors that contribute to human flourishing and optimum functioning. This research has two main contributions; 1) to validate a German version of the Career Adapt-Abilities Scale (CAAS), and 2) to extend the contribution of adapt-abilities to the field of work stress and explore its mediating capacity in the relation between orientations to happiness and work stress. We used a representative sample of the German-speaking Swiss working population including 1204 participants (49.8% women), aged between 26 and 56 (Mage = 42.04). Results indicated that the German version of the CAAS is valid, with overall high levels of model fit suggesting that the conceptual structure of career adapt-ability replicates well in this cultural context. Adapt-abilities showed a negative relationship to work stress, and a positive one with orientations to happiness. The engagement and pleasure scales of orientations to happiness also correlated negatively with work stress. Moreover, career adapt-ability mediates the relationship between orientations to happiness and work stress. In depth analysis of the mediating effect revealed that control is the only significant mediator. Thus control may be acting as a mechanism through which individuals attain their desired life at work subsequently contributing to reduced stress levels.