999 resultados para Organizações culturais
Resumo:
Diante da incapacidade do Estado em atender s demandas que lhe so exigidas, o governo federal props alteraes na mquina pblica, atravs do Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado, de forma a estabelecer novas formas de gesto e novos modelos para as instituies. O objetivo possibilitar maior interao entre Estado e Sociedade e ao mesmo tempo atingir nveis maiores de eficincia. Em especial, o projeto das Organizações Sociais (OS) pode representar a primeira tentativa de fomentar uma nova espcie de parceria entre o Estado e a Sociedade. No obstante, existem defeitos na implementao das OS, pois surgiram na prtica por iniciativa do governo e no da sociedade civil; o processo de qualificao mostrou-se extremamente centralizador e a composio do Conselho de Administrao fortemente comandada pelo poder pblico. Portanto, as OS devem ser analisadas como um processo em curso, uma possibilidade de vir ainda a se constituir em alternativa eficiente nas reas de produo e veiculao de radiofuso educativa e cultural, de sade, de pesquisa cientfica, de educao e de cultura. Para que atinja os seus objetivos, no se limitando maior flexibilidade administrativa conquistada, tero de ser revistas e corrigidas as falhas iniciais e introduzidos mecanismos que possibilitem maior controle social da gesto pblica. Esta dissertao est voltada para a experincia piloto das OS: a transformao da extinta Fundao Roquette Pinto em ACERP (Associao de Comunicao Educativa Roquette Pinto), I apontando desafios e dificuldades da mudana organizacional, os objetivos e as metas fixados no contrato de gesto e a busca da concretizao da implementao de novos valores de direcionamento ao cliente com qualidade. H crticas em relao ao processo de mudanas adotado, em especial ausncia de planejamento e dificuldade de dilogo manifestadas pelos dirigentes da ACERP. A mudana organizacional tem importado valores culturais e buscado, a curtssimo prazo, a modificao de traos de cultura e de comportamento predominantes na organizao, provocando o xodo dos servidores pblicos.
Resumo:
The motivation of this study is based on the expectation of understanding, at least in part, the reason why the brazilian academic production which is among the largest if compared to the developing countries, has not been translated in a useful way into concrete technology transference for the production sector. The supposition that different cultures and subcultures, in terms of values, behavior, practices among organizations and groups of selected actors involved in that process,- which is the central problem of this study, and peculiar to the technology context, has elected that relationship process the object of this research this study theoretical fundaments rely on culture and technology to analyze the subcultures which manifest themselves through the typified groups of researchers, in the public organizations, small scale employers, acting on technology based companies in the private sector (ebts) and mediators. Who also act in the process the preliminary step was the case study. Several qualitative methods an procedures were used. And the investigation has advanced toward interacting interviews, at the end added by the focal group method. The conclusions reject the existence of incompatibility among the subject groups points of view, however, points out some divergent values, the presence of mutual stereotypes and also confirms the supposition that the research platform is strongly influenced by the financial factor. Although, the study reveals that the presence of common objectives which lay behind the cited divergences make possible to present a core of practical suggestions to implement the studied relationships for the benefit of the production sector as well. The peculiarities perceived while dealing with that singular context suggest futures research to clarify possible new and obscure areas in that complex relationships.
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As organizações - reproduzindo e aperfeioando a fnnula de substituio do trabalho do sculo XIX - esto investindo em novos modelos de gesto e tecnologias modernas, com o objetivo de reduzir seus custos, aperfeioar os seus produtos e agilizar os seus servios. Sentindo a necessidade de se inserir nesse contexto~ o Estado, assim entendido como um todo, e, especialmente, o Poder Judicirio do Estado do Esprito Santo, tem buscado adaptar-se a tais mudanas, visto que o seu modelo administrativo e jurisdicional h muito tempo encontra-se ultrapassado, necessitando de novas abordagens. Entretanto, muitas tm sido as resistncias modernizao administrativa e tecnolgica, tanto por parte de uma corrente de juristas tradicionalistas, que, constantemente promovem um movimento de retomo a padres e conceitos antigos, quanto pela escassez de recursos financeiros . A inovao envolve sempre o elemento de incerteza e, embora a histria da humanidade detenha, durante a sua trajetria, registros de inovaes em modelos de gesto e significativos avanos tecnolgicos, atualmente eles vm exigindo um maior percentual de conhecimentos diversificados, quebrando paradigmas que influenciam no comportamentodas organizações/instituies, num processo irreversvel de crescimento dinmico. A relevncia desta pesquisa residiu em analisar o modelo de gesto e a inovao tecnolgica do Poder Judicirio do Estado do Esprito Santo, a partir das transformaes mundiais, alm da sua importncia nos mecanismos jurisdicionais, seja instantaneamente ou aps um perodo de aprendizado combinado com a aceitao da inovao. Pretendeu-se, ainda, conhecer os efeitos dessas mudanas na cultura da instituio, tais como possveis causas de resistncia.
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The Brazilian insurance market is the ambience in which this research study takes place in search for a better understanding of how cultural characteristics are related with organizational signs, practices and expectations on social responsibility. The concepts of social responsibility as well as the concept of culture are presented and discussed from different points of view, in accordance with different authors and trough several methodological approaches, in order to establish a coherent theoretical basis for qualitative data analysis. The phenomenological attitude assumed by the researcher in especial dialogues situations during the field research phase added new possibilities of apprehension or emergence of each studied organization self orientation in terms of pre-occupation with social issues intimately related with their insurance activities in the market place. Final reflections show the complexity of the insurance cultural context in the studied Brazilian segment, in which cultural and subcultural national and organizational singularities appear. However leaving space for common values and coherent orientation toward the peculiar understanding of social responsibility as inherent to any insurance company activities, themselves. Last comments point out that future research studies may give additional contribution for the continuity of the discussions initiated in this dissertation, expecting that some changes in the organizational posture and practices may happen, especially those related with risk taking and broad processes of communication with clients and society as a whole.
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Descreve alguns dos caracteres distintivos das condutas dos brasileiros, tratando das razes culturais brasileiras e algumas das implies durante os sculos seguintes. Aborda dois traos antagnicos: a capacidade de conciliao e o autoritarismo como reflexo da hierarquia social. Analisa a mobilidade social e vertical nas organizações, mediante a influncia da cultura brasileira.
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Aborda questes relacionadas progresso de carreira em um contexto cultural brasileiro, partindo-se do pressuposto de que a progresso de carreira funo primeiro da competncia tcnica do indivduo e segundo da socializao interna que este sofre por parte da organizao, refletindo-se na compatibilidade com os valores organizacionais. No entanto, no cenrio brasileiro, considera-se um terceiro fator, relacionado a prticas culturais de associao e lealdade. Neste sentido, busca-se um entendimento das noes existentes dentro do conceito de carreira, socializao organizacional e cultura, atravs de um mapeamento do tratamento terico recebido pelo tema. Posteriormente, trata-se a questo da cultura brasileira e suas influncias no processo de mobilidade vertical dos indivduos nas organizações, buscando-se evidenciar algum padro. apresentado um estudo de caso sobre carreiras de sucesso em uma organizao de origem norte americana, onde procura-se verificar questes relativas ao contexto cultural brasileiro, e como tal contexto pode ter influenciado nestas trajetrias de sucesso, uma vez que o modelo de progresso de carreira a nvel mundial
Resumo:
Inovao passa a ser considerada, a partir da ltima dcada, um tema estratgico na administrao. Embora sendo apontada como um fator crtico para a obteno de vantagem competitiva e estar presente em toda a histria da humanidade, pouco se sabe realmente sobre como foment-la, e quais suas variveis incentivadoras. No Brasil a inovao ainda restrita como fator de estudo e divulgao de sua reproduo. Este fato se d principalmente pelas caractersticas do meio organizacional, que visualiza a inovao como uma vantagem competitiva da organizao, no devendo desta forma ser reproduzido; no caso, um segredo da prpria organizao. Essa situao levou ao desenvolvimento desta pesquisa, a qual se props a verificar como se constitui um ambiente de inovao e de que forma elementos de uma cultura organizacional se relacionam com a inovao. Buscaram-se como respondentes os atores organizacionais que interagem diretamente com a inovao, bem como aqueles que vivenciam o ambiente e percebem a cultura da organizao no seu dia-a-dia. Utilizou-se para isto um levantamento com amostragem intencional, respondido por 7 (sete) empresas e por 30 (trinta) representantes de cada empresa. As empresas pesquisadas so todas brasileiras e de diversos ramos de atuao. Possuem tamanhos diferenciados, assim como se situam em diferentes regies do Brasil. O faturamento e o nmero de empregados tambm no so fatores semelhantes entre elas. A diversidade das caractersticas foi proposital para se poder tentar averiguar semelhanas de caractersticas da cultura, mesmo em empresas to diferentes. A pesquisa foi dividida em duas etapas denominada diagnstico e validao. Na etapa de diagnstico fez-se um levantamento qualitativo e quantitativo em 3 organizações, confirmando os dados obtidos nesta etapa, na etapa de validao, com mais 4 organizações. Como concluso, pode-se afirmar que o ambiente inovador foi observado nas 7 organizações pesquisadas atravs da anlise dos fatores do ambiente. As concluses acerca dos elementos que formam a cultura da organizao e sua relao com a inovao, pode-se afirmar que os mesmos so os valores, as crenas e pressupostos, os ritos, rituais e cerimnias, as estrias e mitos, os tabus, os heris, a comunicao e os artefatos e smbolos. Destacam-se destes elementos os tabus, que constituem algo que as pessoas no concordam nem discordam, isto , preferem no relacionar. Na etapa de validao os mesmos elementos foram encontrados, com menor incidncia dos artefatos e smbolos. Desta forma, o pressuposto levantado na pesquisa pode ser confirmado, isto , organizações que possuem inovao em seu resultado final, possuem realmente elementos de cultura que podem estar propiciando e incentivando o desenvolvimento de inovaes.
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Esta tese procura discutir a atualidade do paternalismo enquanto trao cultural das organizações brasileiras. Resgatando as razes culturais brasileiras e apoiando-se em trabalhos de fundamentao antropolgica, sociolgica e psicanaltica, estabelece uma hiptese central de que o paternalismo possa ser encontrado hoje, no Brasil, tanto em empresas pequenas, onde predomina o controle de tipo paterno, quanto em empresas maiores e mais complexas, com tendncia ao desenvolvimento de um sistema de controle de tipo materno, onde o paternalismo daria origem a uma verso abrasileirada deste. Pesquisa de campo de cunho etnogrfico, realizada em trs empresas de portes distintos do Plo Txtil de Americana-SP, mostrou indcios favorveis hiptese central, apresentando, todavia, importantes peculiaridades que, ao passo que permitem refin-la, indicam trilhas para novos estudos. Na empresa de menor porte e complexidade, o paternalismo mostrou-se da maneira mais conhecida, nas prticas ora carinhosas, ora severas dos diretores da empresa. Nas empresas mais complexas, pudemos notar a expresso da ao dos pais que regulam o gozo dos filhos. A face protetora e a face violenta se revelam na medida em que se d ou se restringe acesso ao amor da me. Nos trs casos estudados, o paternalismo aparece com sua face afetiva predominado significativamente em relao face violenta, o que parece ser elemento associado ao sucesso experimentado por tais empresas.
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Com esse trabalho me propus a abordar o seguinte problema de pesquisa: como as organizações religiosas incentivam o empreendedorismo e apiam o empreendedor-adepto. A estratgia de pesquisa adotada foi o estudo de caso qualitativo e comparativo de duas organizações religiosas: uma evanglica (Igreja Renascer em Cristo) e outra catlica (Movimento dos Focolares). Os dados foram coletados por meio de observao, entrevistas e pesquisa documental. Viu-se que, de modo geral, as estruturas religiosas das organizações investigadas formam um tipo especial de capital social, denominado de capital espiritual por meio de fechamento de redes sociais, organizao social aproprivel, obrigaes e normas, canais de informaes e redes religiosas de ajuda mtua capaz de criar e sustentar recursos organizacionais quais sejam, recursos culturais/simblicos, espaos de formao, informao e apoio espiritual/motivacional e que so mobilizados de modo a facilitar as aes de seus empreendedores. Tais recursos do vantagens relativas a esses empreendedores por oferecerem benefcios tais como: tecnologias religiosas; apoio psicolgico; reduo dos custos da coleta e acesso informao, de negociao e do estabelecimento de contratos; informaes especficas e interpretadas de acordo com a viso de mundo religiosa; um sistema de significados que cria essa viso de mundo e sustentada pelas estruturas de plausibilidade, dando-lhes maior grau subjetivo de certeza, esperana e f acerca de seus negcios; prestaes de servios tcnicos por parte de membros da organizao; desenvolvimento do capital humano devido aprendizagem contnua por meio de cursos, seminrios, palestras, congressos; trocas de experincia; e possibilidades de negcios, incluindo possveis parceiros, fornecedores e clientes.
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O objetivo desta pesquisa o estudo das relaes que se estabelecem entre o trabalhador e seu trabalho em organizações no convencionais, isto , que no se identificam com o modo capitalista de produo e que reivindicam, pelo contrrio, a criatividade e a originalidade de um trabalho mais autnomo, mais justo e mais responsvel: a economia solidria. O que significa, para o trabalhador, atuar nestas organizações? a pergunta que orienta este estudo. Dito de outro modo: a experincia vivida no trabalho cotidiano pelo trabalhador da economia solidria manifesta-se mediante prticas profissionais e prticas sociais reveladoras de novas formas de insero no trabalho e na sociedade? Seria essa experincia fruto de uma transformao que ocorre em alguns segmentos do mundo do trabalho e observvel em outros contextos econmicos ou um reflexo da situao particularmente fragilizada dos trabalhadores brasileiros? Tratar-se- ento de entender a singularidade da participao dos trabalhadores a este projeto, seu impacto sobre o desenvolvimento de seu trabalho e das relaes estabelecidas com a organizao e de estudar as transformaes que podem ocorrer nas relaes sociais a partir do trabalho. Este ser analisado sob uma dimenso subjetiva, como experincia de construo identitria, e sob uma dimenso institucional, como socializao para e pela solidariedade. O conceito de trabalho solidrio, que rene essas dimenses, ser analisado apoiando-se, em grande parte, na obra de Franois Dubet e sua teoria do ator, da estrutura social e da socializao. A pesquisa se inscreve numa perspectiva de contribuio Sociologia do Trabalho e das relaes de trabalho sem a pretenso de realizar uma sociologia da economia solidria, nas suas mltiplas relaes com a sociedade. O que est em foco a transformao das relaes entre o trabalhador e seu trabalho. O argumento defendido pela pesquisa que as relaes que nascem de uma experincia cotidiana do trabalho nas organizações da economia solidria so peculiares e diversificadas, mas interpelam e desafiam o conjunto das relaes sociais. Portanto, o trabalho realizado nessas organizações talvez seria, apesar de suas ambigidades, suscetvel de estimular novas formas de relaes sociais por meio de uma socializao assentada na solidariedade. Trs tipos de organizações referncias (tipos ideais) so construdos a partir do tipo de produo dominante e dos valores e objetivos que motivam a ao: organizações de produo, associaes culturais e organizações humanitrias. A comparao Brasil Frana, atravs das organizações investigadas em Porto Alegre e Paris, procura homologias, isto : correspondncias na construo da ao apesar de contextos diferentes, assim como a reconstruo de processos e procura de especificidades que possam enriquecer as interaes. No decorrer da investigao, o que se encontrou, tanto no Brasil quanto na Frana, foi de um lado, um discurso oficial (mentores, militantes da economia solidria e pesquisadores) que descreve a tarefa que se atribui a economia solidria: a responsabilizao de todos para transformar a sociedade. Por outro lado, encontrou-se, atravs do discurso dos trabalhadores, o relato da realidade quotidiana que aparece como um mundo de tenses e contradies. Para entender essa aparente incompatibilidade, foi preciso recriar os mecanismos de construo do trabalho solidrio: em que medida pode-se falar de experincia social e em que medida a socializao para e pela solidariedade bem sucedida. Para tanto, foi necessrio recompor o processo de construo das relaes sociais dentro e fora do trabalho, manifestado mediante estratgias dos atores que precisam se posicionar frente s lgicas de ao desenvolvidas pelas organizações. A seguir, analisou-se a possibilidade de encontrar semelhanas e diferenas entre o Brasil e a Frana na construo deste trabalho solidrio. Enfim, procurou-se responder pergunta que originou esta pesquisa: seria mesmo o trabalho solidrio gerador de novas relaes sociais no trabalho e no mbito mais amplo da sociedade?
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Este estudo aborda barreiras culturais na comunicao e na adaptao de expatriados na cultura brasileira, especialmente, na cultura do Rio de Janeiro (carioca). Realizamos uma reviso de literatura no intuito de compreender aspectos sobre o conceito de cultura, para que nos permitisse entender a cultura nacional do Brasil. Tambm, estudamos as expatriaes como estratgias; a interao do indivduo na sociedade; a comunicao intercultural para verificar a importncia da linguagem, aspectos coloquiais, smbolos e expresses; e a adaptao intercultural para tratar as fases do choque cultural no ajustamento. Na procura por identificar quais so essas barreiras que dificultam a comunicao e adaptao na vida pessoal e profissional dos expatriados que moram e trabalham na cidade do Rio de Janeiro, o estudo se orientou atravs da pesquisa qualitativa, na qual realizamos 20 entrevistas com pessoas de varias nacionalidades, em 11 subsidirias de empresas multinacionais, nacionais e internacionais estabelecidas no Rio de Janeiro. Os dados obtidos revelam que a lngua portuguesa e a comunicao coloquial se apresentam como principais barreiras na comunicao. Enquanto a burocracia, informalidade e impontualidade so aspectos que continuam sendo complicados para os estrangeiros, como estudos prvios j os identificaram. Porm, identificamos que a educao sobre boas maneiras no equivalem a padres mais elevados, sendo estes identificados por alguns expatriados de forma negativa. Tambm percebemos que a insatisfao na qualidade e prestao de bons servios so outros problemas com os quais os expatriados mostraram maior desconforto, porque no esto sob o seu controle. Perante isso, percebemos que para alguns expatriados os aspectos da cultura brasileira, especialmente os da cultura carioca, lhes causam irritao, devido a que vm de pases onde as coisas funcionam melhor e so mais efetivas, mas o fato que para outros expatriados as coisas no funcionem bem ou sejam menos efetivas, como nos seus pases, so vantagens que lhes servem para viver mais tranquilamente, j que lhes gera flexibilidade.
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Este trabalho busca compreender a prtica da gesto de marketing em organizações de grande porte que atuam no Brasil e, em termos mais especficos, entender as diferenas de tais prticas com relao representao terica dominante na literatura especializada. Reconhecendo o predomnio de uma perspectiva reducionista de gesto na literatura e a virtual ausncia de pesquisas focadas na prtica de gesto de marketing, a abordagem escolhida seguiu as seguintes etapas: a) consolidao e compreenso das descobertas de pesquisadores no Brasil sobre a prtica de gesto de marketing em diferentes tipos de organizações de grande porte, tendo como base um conjunto de dissertaes de mestrado de instituio acadmica; b) anlise adicional com base em reflexes de um praticante com vinte anos de experincia em gesto de marketing em organizações de grande porte no Brasil; e c) contraposio com o que prescrito pela literatura dominante nessa rea de estudo. Os resultados indicam a necessidade de pesquisas focadas na prtica da gesto de marketing, sob uma perspectiva de pluralidade epistmica, que reconheam caractersticas culturais, organizacionais e polticas. Mais especificamente, necessria a reviso crtica das teorias de mercado e de organizao que formam a literatura dominante.
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Esta tese procura compreender como funciona um dos arranjos possveis para a operacionalizao de polticas pblicas voltadas para o tema da cultura, o das Organizações Sociais; especificamente, estuda a experincia do Governo do Estado de So Paulo. A partir de reviso da literatura sobre a atuao do governo federal em cultura, das pesquisas produzidas no Brasil em perspectiva comparada com as experincias de outros pases neste tema e daquelas voltadas particularmente para a discusso deste arranjo em So Paulo, prope-se que as polticas pblicas para este tema envolvem grande complexidade e ao menos trs especificidades. Elas podem ser consideradas, em primeiro lugar, metapolticas pblicas, porque seus prprios processos, e no apenas seus efeitos, so considerados produo cultural; alm disso, elas articulam consensos mnimos e soltos quanto ao papel que os governos devem cumprir neste tema, resultando em impreciso quanto aos seus objetivos, ao mesmo tempo em que h pouco conhecimento disponvel sobre o funcionamento e a construo cotidiana deste arranjo em particular. O estudo do caso paulista foi ento realizado por meio de 31 entrevistas semiestruturadas realizadas com gestores e tcnicos da Secretaria de Estado da Cultura, das Organizações Sociais e com atuantes na Arena da Cultura. Grande multiplicidade foi encontrada: de atores presentes, governamentais e no governamentais; de estruturas envolvidas; de trajetrias pessoais; de descrio de seus fluxos e processos; das aes promovidas; de controvrsias; e das expectativas sobre polticas pblicas culturais operacionalizadas. Diante destas caractersticas, esta tese sustenta que a noo de ao pblica em arenas hbridas oferece grande contribuio para compreender e explicar a operacionalizao de polticas pblicas em contextos de alta complexidade, como no caso deste arranjo das Organizações Sociais para o tema da cultura. Atravs dela, torna-se possvel reconhecer e conectar as diferentes pessoas, ideias e estruturas envolvidas no cotidiano de seu funcionamento, assim como as vrias linguagens de ao pblica presentes sendo a das polticas pblicas uma delas e as incertezas que permeiam as controvrsias sociotcnicas presentes na arena, tornando-a hbrida. Neste contexto, a ampliao do dilogo aparece como alternativa para a construo e aprendizagem de novos caminhos para a prtica das aes governamentais em cultura.
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Os dilemas e desafios estratgicos para viabilizao econmica e legitimao enfrentados por organizações sociais no Brasil organizações sem finalidade econmica - se assemelham aos enfrentados por outros tipos de organizao nas diversas partes do mundo. A literatura dominante de gesto e estratgia privilegia, em seu arcabouo, conceitos e prticas que apoiam e so apoiados nas grandes corporaes privadas. A crescente influncia dessas organizações na academia e na sociedade ajuda a explicar o papel de importncia que estratgias de responsabilidade social corporativa alcanaram na legitimao das prticas e ideologia neoliberal que ajudam a reafirmar. Por sua vez, este quadro ajuda a explicar a posio marginal que as organizações sociais ocupam na rea de gesto estratgica. Esta dissertao busca a ampliao da discusso dos estudos do campo da gesto estratgica que abordaram a construo hegemnica do campo, seus processos de legitimao e difuso e as respectivas abordagens crticas, inclusive o aspecto de colonialidade no qual a literatura dominante se insere. A compreenso da trajetria estratgica de uma organizao social, o Servio Social do Comrcio Sesc, se deu pela investigao dos processos de legitimao mobilizados dentro da prpria organizao e no contexto em que atua. Para tal foi utilizada a perspectiva contextualista que permitiu a observao mediante as relaes internas e externas estabelecidas e as mudanas e continuidades promovidas em funo de sua legitimao. Ao representar organizações como sistemas polticos e culturais que influenciam e que so influenciados pelo meio, esta investigao promove o entendimento dos componentes ideolgicos e de poder na gesto estratgica, comumente naturalizados pela literatura dominante, abrindo espao ainda para a descolonizao da rea de gesto estratgica, enfatizando a diversidade de organizações e de prticas e na possibilidade da coexistncia de diferentes tipos de organizao na rea.
Resumo:
Levando em conta a necessidade de implantar medidas que orientem a melhoria contnua da qualidade da assistncia prestada pelas instituies de sade e hospitais brasileiros, independentemente de perfil, porte, entidade mantenedora, complexidade e vinculao institucional, e admitindo que o processo de acreditao hospitalar um modelo aproximado de consenso e racionalizao para as instituies de sade, especialmente na educao continuada dos profissionais, a fim de garantir a qualidade da assistncia por meio de padres previamente estabelecidos, este estudo procura responder a seguinte questo: Como a gesto da qualidade pode impactar no desempenho de organizações hospitalares? Para encontrar a resposta, parte-se de uma fundamentao terica que analisou organizao hospitalar e desempenho e modelos de avaliao de desempenho organizacional. Entre estes, os modelos de gesto da qualidade na sade; avaliao em sade; modelos de acreditao e certificao em sade, processos de avaliao de desempenho em sade e prmios da qualidade. A metodologia consistiu da aplicao de questionrios, desenhados com base em levantamento bibliogrfico, a diretores e gerentes de instituies acreditadas e da realizao de entrevistas com profissionais que trabalham diretamente com gesto da qualidade nesses hospitais. Buscou-se dessa forma avaliar o desempenho de organizações acreditadas utilizando a metodologia dos prmios da qualidade baseados em fundamentos de excelncia com padres culturais e internalizados em organizações de classe mundial e reconhecidos internacionalmente. Concluiu-se que a acreditao favorece a mensurao de seus resultados, o aprimoramento da gesto de indicadores, como tambm a padronizao e o incentivo para a melhoria continua. Porm, o fato de ser acreditado no garante bons resultados em todos os critrios de excelncia do modelo PNQ. Outras variveis podem interferir no alcance de bons resultados, como a prpria gesto das grandes operadoras de sade, a associao com instituies de excelncia e o reconhecimento por outros selos.