945 resultados para Maus-Tratos Conjugais
Resumo:
A violência é um tema relevante na actualidade. O aumento do número de idosos no nosso país, a existência de factores inerentes à decadência física, psíquica e social dos idosos, podem levar ao agravamento de situações de maus-tratos. Por tudo isto, foi realizado um estudo quantitativo, descritivo, analítico e correlacional, que teve como objectivo, identificar a presença de indícios de abuso nos idosos no distrito de Leiria, relacionando os mesmos com variáveis sócio-demográficas, económicas, psicossociais e de caracterização do estado de saúde. Para o levantamento dos dados utilizamos o Mini Mental State; avaliação; a Questions to Elicit Elder Abuse, o índice de Katz e, por fim, um questionário sobre os dados sócio-demográficos do idoso. Foram inquiridos 85 idosos, com mais de 65 anos e sem défices cognitivos. Os resultados mostram 96% de indícios de abusos na população, sendo que o abuso emocional foi o mais observado. Constatou-se que os idosos que percepcionam o seu estado de saúde como mau têm maiores indícios de negligência. Verificou-se também que quanto maiores as capacidades cognitivas dos idosos, menores os indícios de abusos. / Nowadays, violence is a very important theme to analyse. In our country, the elderly increase as well as the inherent factors on physical, mental and social decay, can provide situations of ill-treatment. For all this, was realized a quantitative, descriptive, analytical and correlational study, who aimed to identify in Leiria district, the presence of abuse signs in the elderly, correlating them with socio-demographic, economic, psychological and health variables. For data collection, we used the Mini Mental State, Questions to Elicit Elder Abuse, Katz index, and a questionnaire about elderly sociodemographic database. 85 elderly patients over 65 years without cognitive deficits, were questioned. The results reveal that 96% of respondents are victims of ill-treatment, mostly on emotional way. It was checked that negligence is more evident in those who perceive their poor health. Also was concluded that the abuse signs of elderly are smaller when their cognitive abilities are greater.
Resumo:
Antecedentes/Objetivos: Os profissionais dos Cuidados de Saúde Primários, primeira linha de entrada no sistema de saúde, lidam diariamente com situações de risco psicossocial presentes nas famílias. Pela sua proximidade, são também os que melhor conhecem o contexto comunitário onde estas famílias se inserem e os recursos da comunidade determinantes na resposta às diversas situações. O enfermeiro encontra-se numa posição privilegiada de interação com a família e os restantes membros da equipa de saúde, podendo assim detetar precocemente situações de risco e sinais de maus tratos. No entanto, tendo em conta a complexidade inerente aos conceitos de risco e perigo nem sempre as situações de maus tratos são facilmente detetáveis pretendemos com esta investigação. Os objetivos desta investigação são: Diagnosticar que conhecimentos têm os enfermeiros do ACES Baixo Mondego na identificação, sinalização, acompanhamento e encaminhamento da criança e jovem vítima de maus tratos e ainda identificar a utilização de orientações técnicas e do cumprimento da legislação em vigor. Métodos: Estudo quantitativo, exploratório e descritivo de diagnóstico, com recurso a um questionário enviado on-line para todos os enfermeiros do ACES Baixo Mondego. Amostra constituída por 99 enfermeiros. Colheita de dados efetuada de fevereiro a maio de 2013. Resultados: No exercício da profissão, 97% dos enfermeiros refere ter contato com famílias com crianças/ jovens, mas os resultados permitem-nos referir que a maioria não tem conhecimentos adequados para identificação, sinalização, acompanhamento e encaminhamento de uma criança e jovem vítima de maus tratos. Apenas 59% refere conhecer a Lei de proteção de crianças e jovens em perigo e 50% Conhece o Guia Prático de Abordagem e Diagnóstico e Intervenção de Maus Tratos em Crianças e Jovens da Direção Geral de Saúde. Através da análise de um conjunto de 34 questões relacionadas com identificação, sinalização, acompanhamento e encaminhamento da criança e jovem vítima de maus tratos, maioria (52%) dos enfermeiros revelou desconhecimento, respondendo erradamente. Conclusões: Os enfermeiros de cuidados de saúde primários tem contato com crianças e jovens no exercício da sua profissão. A maioria desconhece os referencias para uma boa prática. Os conhecimentos avaliados apresentam-se insuficientes, pelo que propomos formação especifica na identificação, sinalização, acompanhamento e encaminhamento da criança e jovem vítima de maus tratos.
Resumo:
Nas últimas décadas a Intervenção Precoce tem demonstrado a sua utilidade no trabalho com as crianças e as suas famílias. Sendo consensual a sua importância, importa, também, que seja objecto de reflexão e investigação. O distrito de Évora é pioneiro na implementação de estratégias na área da Intervenção Precoce, desde o final da década de 80, apresentando, uma vasta experiência organizacional. Por isso entendemos ser o local ideal para a execução deste estudo, com o qual pretendemos conhecer e caracterizar os vários intervenientes nas práticas da Intervenção Precoce e, fundamentalmente, as abordagens que são realizadas às famílias em que ocorrem maus tratos infantis. O desenho metodológico utilizado assenta num estudo descritivo utilizando métodos quantitativos e qualitativos. Para a recolha de dados foi utilizado o questionário auto-preenchido, com questões abertas e fechadas, fazendo-se posteriormente o tratamento estatístico dos dados e a análise de conteúdo das respostas. A população deste estudo foi formada pelos técnicos de todas as equipas de Intervenção Precoce do distrito de Évora. Nunca perdendo de vista a perspectiva ecológica/sistémica, a realização deste estudo proporciona-nos uma visão dos diversos contextos ambientais e sistémicos existentes nas abordagens realizadas às famílias, evidenciando a importância e a adequação de estratégias que promovam a competência das famílias. ABSTRACT; ln the last decades Early Intervention has demonstrated its usefulness towards the children and their families. Therefore further ponderation and investigation on the subject is most important. The Évora district pioneers the implementation of Early Intervention strategies, since the late 80’s and hence, vast organization experience. This makes it the ideal location to implement this study, which aims to learn and characterize the participants in the Early Intervention, and also the approaches directed at the families where child abuse occurs. The methodical design of this study is descriptive, and both quantitative and qualitative in method. The data was collected by a self-completed questionnaire, composed of open and closed questions, and then subjected to statistic and content analysis. The study population was composed by the technicians of all the teams in the Early Intervention program, of the Évora district. While not neglecting the ecological/systemic perspective, of this study, it allowed us an overall outlook of the various environmental and systemic contexts, that exist regarding the families and thus their importance in promoting the family competences was underlined.
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"A violência contra crianças e adolescentes é um grave problema de saúde, portanto, deve ser identificado e abordado pelos proissionais e especialistas na matéria. Este artigo tem como objetivo apresentar a perceção dos técnicos face aos maus-tratos da criança. O desenho metodológico baseia-se num estudo com caráter exploratório, descritivo, pesquisa quantitativa, procurando trabalhar com o universo de significados, motivações, e atitudes. A população deste estudo foi formada por todos os elementos pertencentes às CPCJ´s do Distrito de Setúbal. Com base nos resultados obtidos, a atitude substitutiva dos técnicos não favorece o desenvolvimento de competências, aumentando a postura da delegação como também diminui a autoestima da família. Relativamente a uma eventual mudança de atitude em relação à vítima, de acordo com o número de anos, observou-se que nada ou quase nada havia mudado, já os sentimentos para com o agressor, verificou-se que a raiva é o sentimento mais frequentemente e a passividade era o sentimento menos frequente, quanto ao abuso no geral, o sentimento mais referenciado foi a frustração. O projeto de vida das crianças era uma das preocupações referidas, sendo necessário contextualizar a singularidade de cada caso."
Resumo:
A presente investigação centra-se sobre os maus-tratos contra idosos, que não obstante constituir uma área de crescente atenção e prevenção, continua a representar um grave problema social. Adotou-se um estudo exploratório, transversal, observacional e descritivo, baseado no autorrelato, com recurso a uma entrevista diretiva e estruturada, tendo como objetivo analisar as perceções e os conhecimentos dos idosos e dos profissionais que os apoiam, no âmbito dos maus-tratos no decurso do envelhecimento. A amostra foi constituída por 42 indivíduos, 19 idosos institucionalizados e 23 profissionais, os primeiros a frequentarem um lar, os segundos a exercerem a sua atividade em lar, centro de dia e apoio domiciliário. Os resultados obtidos revelaram que os idosos e os profissionais apresentam conhecimentos de determinados aspetos relevantes sobre os maus-tratos. As suas perceções não evidenciam grande viés em relação ao descrito na literatura. Foi ainda demonstrado que os idosos manifestam um nível reduzido de informação relativamente às possíveis consequências dos maus-tratos, bem como, do enquadramento legal deste fenómeno. Paralelamente, os profissionais demonstraram um baixo estado de alerta face a determinados sinais de possíveis maustratos sobre a população idosa. O presente estudo proporcionou um contributo para a investigação nesta área que, no entanto, justifica o desenvolvimento de mais trabalhos.
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A presente investigação visa apurar se existem esquemas parentais (EPs) ou mal-adaptativos precoces (EMPs) que predisponham à escolha, por parte de mulheres vítimas de violência na intimidade, de parceiros potencialmente agressores. Adicionalmente pretende identificar como se manifesta a vitimação com os tipos de relacionamento amoroso de reparação narcísica. O estudo, de cariz quantitativo, recorre a três instrumentos (QEP, QE e ITRA) preenchidos por 27 mulheres com idades compreendidas entre os 23- 67 anos, das quais 10 sofreram algum tipo de violência numa relação de intimidade. Este estudo concluiu que existem EPs e EMPs que parecem predispor à escolha de parceiros amorosos abusivos. Estas escolhas amorosas parecem estar relacionadas com a tendência para enveredar por tipos de relacionamento amoroso mais patológico, nomeadamente, os tipos evitante-desnarcisante e eufórico-idealizante. Posto isto, criou-se um modelo que caracteriza vítimas e não-vítimas de violência nas relações de intimidade com uma precisão de 96,3% com base nos resultados dos instrumentos anteriores; When sorrow replaces love Violence in intimate relationships: Randomness or effects of parental heritage? Abstract: This research aims at determining whether there are schemas originated by parenting styles (PSs) or early maladaptive schemas (EMSs) that predispose women, who were victims of violence in their intimate relationships, to choose abusive romantic partners. Additionally it intends to identify how victimization reveals itself through romantic relationship types that are due to repair the Self narcissistic vulnerabilities. This quantitative study relies on three instruments (PSQ, SQ, ITRA) filled by 27 women with ages between 23-67, 10 of which were victims of violence in their intimate relationships. This study concludes that there are PSs and EMSs that seem to predispose to the choice of abusive romantic partners. These romantic choices seem to be related with the predisposition to more pathological romantic relationship types, namely, the avoidant-devaluate and euphoricidealizing types. Following this, a model was created to characterize individuals as victims or non-victims of violence in their intimate relationships with a precision of 96.3%, based on the results of the instruments above.
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Exercício de completar as sentenças sobre maus tratos infantis, anemia e zoodermatoses.
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'Cuidados de longa duração / Violência e maus tratos' é o Módulo 11 do Curso de Especialização em Saúde da Pessoa Idosa da UNA-SUS/UERJ. Dividido em 03 unidades, o Módulo aborda a questão da Atenção Domiciliar como um cuidado de longa duração, contextualiza sobre as Instituições de Longa Permanência para Idosos em nível global e nacional e analisa o fenômeno da violência contra a pessoa idosa, compreendendo a violência como uma construção social.
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Unidade 1 que compõe o Módulo 11 do Curso de Especialização em Saúde da Pessoa Idosa da UNA-SUS/UERJ. Dividido em 03 unidades, o Módulo aborda a questão da Atenção Domiciliar como um cuidado de longa duração, contextualiza sobre as Instituições de Longa Permanência para Idosos em nível global e nacional e analisa o fenômeno da violência contra a pessoa idosa, compreendendo a violência como uma construção social.
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Vídeo produzido com o GoAnimate! que apresenta o atendimento de Mariana na UBS de seu bairro e, após avaliação, a enfermeira percebe que Mariana não recebe acompanhamento de saúde regular e que a menina apresenta sinais de maus tratos. Diante da situação, o vídeo pede a reflexão sobre o manejo adequado para a situação.
Resumo:
Os maus-tratos ao idoso no ambiente familiar constituem um problema de saúde pública e têm aumentado com o envelhecimento da população. Ações de intervenção buscando resolver esse problema requerem prévio conhecimento sobre a sua dimensão e maneira como grupos específicos são por ele afetados. Foi percebida no ESF Jackson Martins (Sarapuí), durante as visitas domiciliares (VDs) e o atendimento, uma grande proporção de idosos sofredores de maus-tratos. Essa relacionada à falta de informação de seus cuidadores sobre fatores de risco e medidas preventivas. Isso poderia ser resolvido através da troca de experiências entre comunidade e profissionais na busca pela melhoria da qualidade de vida dos assistidos. Haveria assim, no ESF Sarapuí a produção de conhecimento a fim de diminuir o número de idosos sofredores de maus-tratos no ambiente domiciliar. Nesse cenário, seria colocado em prática o conceito de Educação Popular em Saúde e sua metodologia de problematização e participação de profissionais e comunidade na busca por soluções. Essa seria implementada de forma integral e continuada, respeitando a realidade e os interesses da população.
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OBJETIVO: Verificar a prevalência e o perfil da violência de gênero (física, psicológica e sexual) perpetrada contra a mulher pelo parceiro(a) atual ou passado. MÉTODOS: Estudo transversal realizado em unidade básica de saúde, em Porto Alegre, Estado do Rio Grande do Sul. A amostra estudada foi constituída por 251 mulheres de 18 a 49 anos que consultaram o serviço de saúde durante os meses de outubro e novembro de 2003. Os dados, colhidos por meio de questionário, foram digitados em planilha eletrônica, com dupla entrada. As análises estatísticas utilizadas foram univariada e bivariada, além do teste qui-quadrado. RESULTADOS: Encontraram-se as seguintes prevalências de violências: psicológica (55%, IC 95%: 49-61), física (38%; IC 95%: 32-44) e sexual (8%; IC 95%: 5-11). Algumas variáveis estatisticamente associadas às violências foram: idade das mulheres (psicológica: p=0,004) escolaridade das mulheres (psicológica e física, respectivamente: p=0,012;0,023), dos companheiros (p=0,004; 0,000), classe social (p=0,006; 0,000), anos de união (p=0,006; 0,005), ocupação do companheiro (p=0,015; 0,001), número de gestações (p=0,018; 0,037), e prevalência de distúrbios psiquiátricos menores (p=0,000;0,000). CONCLUSÕES: O presente estudo evidenciou elevadas prevalências de violência baseada em gênero perpetrada pelo companheiro entre usuárias de uma unidade básica de saúde. Serviços de atenção primária em saúde possuem um importante papel na prevenção da violência contra a mulher.
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OBJETIVO: Estimar a prevalência de violência conjugal física ao longo da vida em mulheres de comunidade urbana de baixa renda e identificar os tipos de ajuda procurados pelas vítimas. MÉTODOS: Trata-se de estudo-piloto brasileiro de corte transversal, vinculado a projeto multicêntrico internacional conduzido em 1999, com amostra probabilística de conglomerados no município de Embu, Estado de São Paulo. Foram considerados elegíveis os domicílios com mulheres de 15 a 49 anos, que residissem com filho/filha <18 anos e tivessem vivido com algum marido/companheiro ao longo da vida. Entrevistadoras treinadas aplicaram questionários padronizados (n=86). Três tipos de violência conjugal física sofrida ao longo da vida foram investigados: grave (chute, soco, espancamento e/ou uso/ameaça de uso de arma), não grave (tapa na ausência de violência grave) e algum tipo (grave e/ou não grave, além de outras formas de agressão física espontaneamente referidas) e os tipos de ajuda procurada (pessoas e instituições). Foram calculadas as freqüências dos tipos de violência e respectivos intervalos de confiança de 95%. RESULTADOS: As entrevistadas referiram tapa (32,6%), soco (17,5%), espancamento (15,2%), uso/ameaça de arma (13,9%) e chute (10,6%). Foram altas as taxas de prevalência de violência conjugal: grave 22,1% (13,3-30,9), não grave 10,5% (4,0-17,0) e algum tipo 33,7% (32,7-34,7). Vítimas de violência grave procuraram ajuda mais freqüentemente da polícia/delegacia (36,8%) ou de curandeiros/benzedeiras/pais de santo (21,1%) que de centros de saúde (5,3%), apesar da disponibilidade desses serviços na região. CONCLUSÕES: A violência conjugal física ao longo da vida é freqüente e grave na comunidade estudada, sendo que a procura de ajuda foi direcionada mais freqüentemente à polícia/delegacia ou a curandeiros/benzedeiras/pais de santo do que a centros de saúde.
Resumo:
Apresenta-se panorama e reflexão crítica acerca da produção científica na temática violência e saúde. Com base em revisão não exaustiva, aborda-se a construção da violência como objeto de conhecimento e intervenção, nacional e internacionalmente. Mostra-se a tomada da violência como um domínio amplo da vida social, atingindo praticamente a todos, em situações de guerra e de suposta paz. Destaca-se a unificação da violência enquanto questão ético-política e a demonstração de sua extrema diversidade enquanto situações concretas de estudo e intervenção. Situando a violência como atinente a dimensões coletivas, interpessoais e individuais autoreferidas, e tomando-a por atos intencionais de força física ou poder, resultantes em abusos físicos, sexuais, psicológicos, e em negligências ou privações, os estudos examinados revelaram-se, como um todo, preocupados em responder ao senso comum que torna a violência invisível, naturalizada e inevitável. Fazem-no demonstrando sua alta magnitude, as possibilidades de seu controle e da assistência a seus múltiplos agravos à saúde. Do ponto de vista teórico-metodológico fluem das abordagens iniciais, relacionadas às desigualdades sociais ou desajustes familiares, às das iniqüidades de gênero e, menos freqüentemente, de raça ou etnia, o que implica em reconstruções dos conceitos clássicos de família, geração e classe social. Em conclusão, considera-se esta problemática como interdisciplinar e, retomando-se a noção de objetos médico-sociais da medicina social, recomenda-se sua atualização para temas tão complexos quanto sensíveis como a violência.
Resumo:
OBJETIVO: Apresentar um perfil de ocorrência e co-ocorrência de violência física conjugal e contra filhos em uma população atendida em serviço de saúde, segundo diferentes características socioeconômicas e demográficas. MÉTODOS: Estudo transversal sobre violência familiar e prematuridade, realizado na cidade do Rio de Janeiro, em 2000. Foram elegíveis para a análise os domicílios contendo mulheres vivendo com companheiro e nos quais coabitavam com pelo menos um filho (ou enteado) de até 18 anos (n=205). Condições socioeconômicas, demográficas e relativas aos hábitos de vida da mulher e do companheiro foram consideradas como potenciais preditores de violência. A variável de desfecho foi analisada em quatro níveis: ausência de violência física no domicílio; ocorrência de violência física no casal; contra pelo menos um filho; e coocorrência. Utilizou-se um modelo logito-multinomial para as projeções de prevalências desses matizes de violência segundo os descritores selecionados. RESULTADOS: Os fatores associados ao maior risco do desfecho foram: idade materna >25 anos; companheiro com primeiro grau incompleto, presença de >2 crianças menores de cinco anos no domicílio; e abuso de álcool e drogas ilícitas pelo companheiro. Em domicílios com todas essas características, a estimativa conjunta de prevalência projetada de violência no casal e contra filhos chegou a 90,2%, sendo de 60,6% a de coocorrência. Na ausência desses fatores, as estimativas foram consideravelmente menores (18,9% e 0,2%, respectivamente). CONCLUSÕES: Profissionais de saúde não devem somente atentar à presença de um gradiente situacional, mas também ao fato de que existe paulatinamente mais chance dos agravos violentos acontecerem como um fenômeno englobando todo o grupo familiar.