822 resultados para Língua portuguesa (Ensino médio) Estudo e ensino
Resumo:
Relatrio de estgio apresentado para a obteno do grau de mestre em Ensino do 1 e do 2 ciclos do ensino bsico
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Atendendo ao lugar que atualmente a Língua Portuguesa (LP) ocupa no Mundo e ao crescente interesse da sua aprendizagem, importante pugnar por uma consciencializao mais efetiva desta realidade junto dos alunos das nossas instituies de Ensino Bsico e Secundrio. A LP apresenta atualmente todas as condies para ser uma das protagonistas na economia mundial (Reto,2012). A exploso demogrfica sentida em alguns dos pases lusfonos, bem como o crescimento econmico de outros tornam a LP a nova linguagem do poder e do comrcio, tal como a designou Steve Bloomfield da revista Monocle Magazine, 57 (6), no artigo "A nova linguagem do poder e do comrcio", em outubro de 2012. Se acrescentarmos que os seus falantes se encontram espalhados pelo planeta, adicionamos mais uma vantagem competitiva desta língua. Nesta perspetiva, realizou-se um estudo numa turma de Portugus do 10 ano do Ensino Secundrio, Curso Profissional de Tcnico de Comrcio, numa escola em Aveiro, com uma amostra de quinze alunos. Para tal, na senda de uma coerncia interna da investigao (Quivy e Campenhoudt, 2013), partimos dos objetivos, quer de natureza investigativa (Analisar os conhecimentos dos alunos sobre a realidade da lusofonia), quer de ndole pedaggico-didtica (Refletir e aprofundar conhecimentos sobre a diversidade lingustica da LP e a importncia destes conhecimentos na aprendizagem desta língua; Promover a valorizao da diversidade lingustica da LP). Os objetivos especficos do estudo emprico desta investigao passaram pela anlise e pelo diagnstico dos conhecimentos globais dos alunos sobre a realidade da lusofonia e ainda pelo (re)conhecimento das suas representaes sobre o valor e o peso de importncia da LP no contexto global das restantes línguas de conhecer as representaes dos alunos sobre a LP, sobre as suas potencialidades e sobre a importncia da lusofonia para a afirmao do valor desta língua. Os resultados obtidos apontam para um desconhecimento das línguas do mundo e do lugar ocupado pela LP nesse contexto. Para alm disso, estes estudantes revelam uma viso eurocntrica da LP, negligenciando as restantes variedades geogrficas e culturais. Tambm relativamente ao ensino da língua, em termos pessoais atribuem-lhe algum reconhecimento, embora este seja mais evidente no domnio profissional. Tudo isto refora a premncia de um papel ativo dos professores na militncia pelo reconhecimento da notoriedade da importncia da LP no mundo atual.
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Tese de Doutoramento, Educao (Metodologia do Ensino da Língua Portuguesa), 15 de Julho 2013, Universidade dos Aores.
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As crianas surdas, integradas num contexto educativo bilingue, aprendem a ler e a escrever numa língua oral-auditiva, língua com caratersticas diferentes da língua que adquirem naturalmente que visuo-espacial. A Língua Gestual Portuguesa a língua materna dos surdos, constituindo-se a Língua Portuguesa, no modo oral e escrito, como a sua segunda língua. Face escassez de instrumentos facilitadores do desenvolvimento das competncias de leitura e escrita em crianas surdas, esta investigao visa avaliar a eficcia do programa de treino da competncia lectoescrita para alunos surdos a frequentar o ensino bilingue Programa PODER. O programa de interveno concebido desenvolveu-se num processo de investigao-ao e foi aplicado a seis alunos surdos, a frequentar o 2. ano de escolaridade do ensino bsico, numa Escola de Referncia para a Educao Bilingue de Alunos Surdos. As respostas obtidas, atravs de questionrios aos alunos surdos (6), foram analisadas qualitativamente. Para medir o ndice de legibilidade do texto e a facilidade de leitura, no Pr-teste e no Ps-teste de lectoescrita aplicado aos alunos surdos, utilizou-se o ndice de Legibilidade de FleschKincaid Grade Level e o ndice de Facilidade de Leitura de Flesch (ambos baseados no comprimento das palavras e das frases). Os resultados obtidos indicam que o ndice de Legibilidade fica situado entre 7,0 e 10,0, o recomendvel e o ndice de Facilidade de Leitura enquadra-se no Nvel A1 Utilizador Bsico. Os dados afiguram-se expressivos para a validao do programa de treino e prova da sua eficcia, no desenvolvimento da competncia lectoescrita de alunos surdos integrados no ensino bilingue. Deste estudo, retiram-se implicaes para a interveno psicoeducacional da lectoescrita junto de alunos surdos que frequentam o ensino bilingue.
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O Relatrio Final de estgio, que apresentamos, foi elaborado como parte integrante da unidade curricular da Prtica de Ensino Supervisionada (de agora em diante mencionada por PES), no mbito do Mestrado em Ensino do 1. e do 2. Ciclo do Ensino Bsico da Escola Superior de Educao, do Instituto Politcnico de Bragana, referente ao ano letivo de 2011/2012. Referimos que a PES foi realizada em dois nveis de ensino, 1. e 2. Ciclos do Ensino Bsico, e em diferentes reas curriculares destes dois ciclos de estudos. No 1. Ciclo do Ensino Bsico (de agora em diante, referido como 1.CEB), realizou-se Língua Portuguesa, Estudo do Meio, Matemtica, e Expresso Plstica, numa turma de 4. ano de escolaridade do Centro Escolar da S, agrupamento da Escola Paulo Quintela. No 2. Ciclo de Ensino Bsico (de agora em diante, referido como 2.CEB), o estgio nas reas de Matemtica, Língua Portuguesa e Histria e Geografia de Portugal foi realizado na mesma escola, Paulo Quintela, com a mesma turma de 5. ano de escolaridade. Na rea de Cincias da Natureza, a PES foi realizada na escola Augusto Moreno, numa turma de 6. ano. Consideramos ter obtido bastante sucesso educativo com os alunos do 1. ciclo e com os alunos de 2. ciclo, na rea de Cincias da Natureza. Relativamente aos alunos do 2. ciclo, nas reas de Matemtica, Língua Portuguesa e Histria e Geografia de Portugal, o sucesso educativo foi mais limitado mas, mesmo assim, pensamos que foi relevante, como explicaremos na reflexo sobre as experincias de ensino-aprendizagem.
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Esta investigao foi realizada no mbito do Doutoramento em Educao, na vertente de Educao e Interculturalidade, tendo como ttulo A educao intercultural na aula de Portugus no 3 Ciclo do Ensino Bsico. O principal objetivo foi no s o de conhecer as representaes e prticas docentes relativamente diversidade cultural nas turmas de 3 ciclo do Ensino Bsico dos Agrupamentos de Escolas e das Escola No Agrupadas da freguesia de Arrentela, - concelho do Seixal, pennsula de Setbal -, como tambm propor uma matriz sociocultural para a disciplina de Portugus no 3 Ciclo do Ensino Bsico e aplic-la a turmas alvo, permitindo verificar se a mesma propicia uma maior e efetiva participao de todos os alunos, contribuindo para o seu sucesso educativo. Esta investigao alicerou-se no quadro terico da educao para a cidadania intercultural, nomeadamente na educao intercultural e no modelo coorientacional de Byram. Este trabalho tomou a forma de estudo de caso, tendo-se recorrido ao paradigma quantitativo e qualitativo, tornando-os complementares na recolha de dados. No decorrer desta investigao, efetuou-se um processo de investigao exploratria, tendo-se realizado pesquisa documental para uma breve caracterizao da Pennsula de Setbal, do concelho do Seixal, da freguesia de Arrentela. Fez-se um levantamento de dados sobre a diversidade cultural das escolas com 3 ciclo do Ensino Bsico desta freguesia e sobre o insucesso dos alunos no exame de Portugus de 9 ano. Utilizou-se, ainda, um inqurito por questionrio a vinte e um docentes do grupo 300 que lecionaram Portugus no 3 ciclo do Ensino Bsico das escolas supra mencionadas, nos anos letivos 2011/2012, 2012/2013/ 2013-2014 (alguns dos quais ainda lecionam), para conhecer as representaes docentes e prticas letivas recorrentes em escolas pluriculturais. A anlise dos primeiros dados recolhidos por inqurito por questionrio demonstrou que, para os docentes inquiridos, o objetivo primordial da educao intercultural a abertura e aproximao ao Outro. No que concerne as prticas letivas, h uma preocupao dos professores em aproveitar uma parte do manancial e da riqueza da diversidade cultural das turmas heterogneas, nomeadamente na prtica da leitura/escuta, (re)escrita, na divulgao de textos enriquecedores entre cultura(s), na comparao entre culturas, na promoo de atividades colaborativas, nas atividades integrando a cultura de origem ou de herana. Verificou-se ainda que os materiais privilegiados na sala de aula so maioritariamente os manuais escolares e a compilao de textos emanados pelas editoras de livros escolares. Uma vez que os manuais escolares no contemplam muitas culturas, os docentes utilizam, em menor percentagem, textos de todo o gnero que permitem a comparao entre culturas, uma atitude crtica e a descentrao. Relativamente colaborao entre alunos, esta essencialmente realizada atravs do trabalho de pares, enquanto a cooperao entre escola/comunidade desenvolvida sobretudo por exposio e eventos escolares abertos populao e por atividades que podem ser corealizadas por alunos e Encarregados de Educao e/ou seus familiares. Como causas para a no implementao da educao intercultural nas aulas de Portugus, os inquiridos denunciaram fatores fulcrais como a ausncia de formao adequada e de materiais didticos e pedaggicos adequados ou o comportamento dos alunos, entre outros. Posteriormente, foi produzido e aplicado um inqurito por questionrio a trs turmas heterogneas escolhidas (7., 8. e 9. anos) para sua posterior caracterizao. Aps esta etapa, foram recolhidos e selecionados materiais e atividades pedaggicos que foram integrados numa proposta de matriz sociocultural (Costa Afonso, 2002) aberta a modificaes, transversal a outras disciplinas, baseada nas diversas identidades socioculturais dos alunos presentes em sala de aula, alicerada, por um lado, essencialmente, no domnio da educao literria, por outro, na ponte que deve ser, continuamente, estabelecida entre escola/ comunidade local/ comunidade global. Nesta proposta visvel a preocupao na procura de textos literrios cannicos, cujos contedos culturais permitam o contacto com a alteridade, com outras cosmovises capazes de promover, por um lado, a desconstruo de preconceitos, esteretipos, do racismo e/ou suas manifestaes, por outro, proporcionar a compreenso, a valorizao crtica de culturas, a consciencializao da necessidade de liberdade, criatividade e reflexo crtica na criao de um mundo mais justo e na sustentao de um estado democrtico. Aquando da aplicao experimental da matriz, envolvido nas interaes comunicacionais interculturais propiciadas pelos materiais e atividades/projetos subsequentes, o discente assumiu o papel de sujeito sociocultural crtico, cidado ativo e responsvel. Da aplicao experimental foi efetuado um registo dos acontecimentos mais pertinentes. Outras sugestes de atividades/projetos foram veiculadas.
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O presente relatrio surgiu da nossa investigao e da nossa praxis tanto no contexto da Prtica de Ensino Supervisionada em Educao Pr-Escolar, como em Ensino do 1 Ciclo do Ensino Bsico, em instituies da cidade de vora. O principal objetivo foi compreender a finalidade e funcionalidade atribuda pelas crianas aprendizagem da leitura e da escrita. Neste sentido, foi construdo um referencial terico que sustentou todo o processo de investigao. Desta forma, considero fundamental, contextualizar de forma breve, os ambientes educativos e a conceo da ao educativa que regeu a minha prtica. O presente relatrio foi construdo com base na investigao-ao, levando assim, utilizao de algumas tcnicas e instrumentos de recolha de dados, de forma a atingir os objetivos propostos. Ao longo da investigao procurei promover o desenvolvimento da leitura e da escrita, por parte das crianas, no contexto educativo, bem como, promover uma explorao da língua portuguesa articulada com os diversos domnios curriculares. Os resultados que surgiram deste trabalho veem evidenciar que as crianas j apresentam diversos conhecimentos acerca do que a leitura e a escrita, bem como a sua funcionalidade. Por outro lado, notria a separao entre a educao pr-escolar e o 1 Ciclo do Ensino Bsico, no sentido em que, no primeiro contexto, as crianas apresentam um papel central na aprendizagem, pois tudo realizado com base nos seus interesses e necessidades, ao passo que, no segundo contexto, as atividades so planeadas para as crianas, mas elas no so participantes nesses processos. Assim, este relatrio encontra-se organizado em quatro captulos. O primeiro captulo refere-se fundamentao terica que sustenta a investigao do tema. O segundo captulo encontra-se relacionado com a conceo da ao educativa, na qual so apresentados os contextos onde desenvolvi a minha prtica. No terceiro captulo encontra-se a metodologia aplicada ao longo da PES, tendo por base a questo do educador/professor-investigador, bem como a anlise, interpretao dos dados obtidos atravs da entrevista individual semiestruturada e respetivas concluses. Por fim, no quarto captulo tecerei implicaes e investigaes futuras acerca do estudo realizado; Supervised Teaching Practice in Pre-School Education and Teaching of the 1st Basic Education: Learning reading and writing in early childhood (from 3 to 10 years old) Abstract: This report emerged from our research and our praxis both in the context of Supervised Teaching Practice in Pre-School Education, as in teaching of the 1st Cycle of Basic Education in some institutions of the city of vora. The main objective was to understand the purpose and function assigned by the learners to reading and writing. In this sense, a theoretical framework was created which underpinned the whole process of investigation. In this way, I consider fundamental to contextualize briefly the educational environments and the design of the educational action that conducted my practice. This report was built on the basis of researchaction leading to the use of some techniques and tools for data collection in order to achieve the proposed objectives. Throughout the investigation I tried to promote the development of reading and writing by children in the educational context, as well as to promote an exploration of the Portuguese language in conjunction with the diverse curricular areas. The results that have emerged from this work prove that children have already a wide knowledge about what reading and writing are as well as its functionality. On the other hand, it is evident the separation of pre-school education from the first cycle of basic education in the sense that, in the first context, the children have a central role in learning, because everything is done based on their interests and needs, while in the second context activities are planned for the children, but they do not participate in those processes. Thus, this report is organized into four chapters. The first chapter refers to the theoretical background that supports research on the theme. The second chapter is related to the design of educational activity, which presents the contexts where I developed my practice. The third chapter presents the methodology applied along the PES based on the issue of educator/teacher-researcher, as well as the analysis, interpretation of data obtained through the individual semi-structured interview and the corresponding conclusions. Finally, in the fourth chapter I will discuss the implications and the future investigations about the study performed.
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No ensino de língua nacional, concordncia um dos tpicos em cujo aprendizado observa dificuldade por parte dos discentes, principalmente pelo grande nmero de regras facultativas das gramticas, que muitas vezes no levam em conta o uso formal real da língua. Este trabalho visa a descrever esse uso, a partir da observao de um corpus do caderno opinio de jornais de grande circulao, confrontando os resultados com as prescries da norma gramatical escolar, a fim de separar, em tais prescries, a parte aproveitvel da no coincidente com a realidade do corpus, se for o caso. Pretende-se, dessa forma, contribuir para a boa qualidade do ensino da língua portuguesa nos nveis fundamental e médio, especificamente no que se refere concordncia
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A presente pesquisa objetiva auxiliar o professor no trabalho da interpretao, articulando a academia e a escola. Buscou-se entender melhor o que interpretao e o que pode ser ensinado ao aluno para que a pratique com mais proficincia. Partiu-se da hiptese de que no h uma metodologia precisa para o ensino de interpretao. Para test-la, aplicou-se uma atividade de interpretao baseada na crnica Povo, de Luis Fernando Verissimo, retirada de um livro didtico, s turmas de 8o ano do Ensino Fundamental e 2o ano do Ensino Médio de 4 colgios pblicos do Rio de Janeiro (Cap UERJ, Cap UFRJ, CMRJ e CP II) Analisou-se como os alunos respondiam s questes propostas. Pretende-se mostrar, conforme a teoria de Orlandi (2002: 64), que interpretar no atribuir sentidos, mas explicar como o texto produz sentidos, inclusive, sentidos que podem ser sempre outros, divergentes do esperado pelo livro didtico ou pelo gabarito do professor. Imaginava-se que os resultados fossem semelhantes; toda via, o EF obteve 40% de acertos, enquanto o EM obteve 60,7%. Apesar dos resultados diferentes, foi possvel realizar a atividade em duas sries to distintas, porque a seleo do texto de interesse de ambas. Identificaram-se a inferncia, a polissemia, a metfora e o contexto como elementos que auxiliam a interpretao, pois se fizeram presente na anlise dos dados, mostrando que possvel pratic-los. Logo, apesar de no haver uma metodologia precisa e seriada para o desenvolvimento da interpretao, no significa que no haja o que se possa trabalhar. Defende-se que esses elementos podem ser aplicados em todas as sries e o que ir se diferenciar o grau de complexidades dos textos, que mudam a cada srie. necessrio trabalhar a interpretao em sala de aula com respaldo terico, operacionaliz-la, apontando estratgias, oferecendo subsdios aos alunos. O presente trabalho busca lanar luz sobre um campo profcuo justamente por tratar de um tema complexo com vrias divergncias de pensamento e nomenclaturas e, ao mesmo tempo, to relevante, porque, alm de fazer parte da vida estudantil, ultrapassa os muros da escola
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Esta tese tem por objetivo discutir a poltica cientfico-educacional do curso de Letras, por meio da anlise do projeto poltico-pedaggico (PPP) que norteia a formao do acadmico e do futuro professor de Língua Portuguesa. A compreenso de que toda esfera da atividade humana elabora os seus gneros mais ou menos estveis, segundo os quais os sujeitos se relacionam e interagem socialmente (BAKHTIN, 1997) significativa, pois permite afirmar que o PPP um documento norteador de uma poltica cientfico-educacional, podendo se manifestar nas prticas discursivas prprias da vida universitria de um curso. No PPP se delineiam, entre outros princpios, concepes filosfico-educacionais e abordagens tericas e metodolgicas que fundamentam o discurso cientfico-educacional e os saberes institudos do curso de Letras. Em virtude disso, procurou-se traar um percurso histrico das referncias locais e globais, a partir de concepes sobre ser, tempo, acontecimento e alteridade, advindas do saber literrio (BARTHES, 1992 e BAKHTIN, 2010) e da trajetria universitria em foco, articuladas conjuntura que vem marcando o movimento por mudanas nas cincias e na educao. Investigou-se, em seguida, o PPP do curso de Letras, analisando esse gnero do discurso acadmico-universitrio, consoante a forma e tipo de interao em relao com a situao concreta de enunciao e com o horizonte histrico e social mais amplo (BAKHTIN/VOLOCHINOV, 1992), em que se configuram novos sentidos que convergem e/ou confrontam com discursos e saberes historicamente institudos do curso. Refletiu-se, pois, se a introduo de novas disciplinas em estudos da linguagem resulta de uma transio consensual de uma Lingustica do enunciado para uma Lingustica da enunciao ou marca uma crise de paradigma(s) no mbito da Lingustica. Procedeu-se, por fim, a uma anlise dos discursos dos acadmicos de Letras da UFPA-Marab, a fim de compreender os sentidos que constroem sobre o curso, sobre o projeto poltico-pedaggico, a imagem que constroem da instituio, de si mesmos, como acadmicos e futuros professores de Língua Portuguesa. Objetivou-se, com isso, confrontar a poltica cientfico-educacional proposta pelo PPP com o discurso desses sujeitos, a fim de compreender seus posicionamentos diante da formao que permeia o projeto, bem como sua avaliao a respeito do discurso de integrao curricular. Procurou-se, por fim, focalizar outras referncias de cursos de Letras, com o objetivo de cotejar os posicionamentos de diferentes PPP em relao ao perfil que pretendem construir de professor de Língua Portuguesa, consoante o quadro curricular proposto em estudos da linguagem. Toma-se como crpus os PPPs dos Cursos de Letras do Cmpus Universitrio de Marab e de Belm, da Universidade Federal do Par e, da Universidade Federal de Gois (Cmpus de Catalo e Cmpus de Goinia), para ento compar-los com depoimentos escritos dos acadmicos de Letras da UFPA-Marab
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Com vistas conceptualizao do conceito de BANDIDO em 32 expresses com a estrutura bandido de x, descrevemos, nesta dissertao, os modelos cognitivos idealizados subjacentes construo de sentido de tais expresses, postulando-lhes um carter de modelo cognitivo complexo, nos termos de Lakoff (1987), produtivo na língua. Constituem ainda o arcabouo terico deste estudo a Teoria da Mesclagem Conceptual (FAUCONNIER e TURNER, 2002) e a Teoria da Metfora Conceptual (LAKOFF e JOHNSON, 1980). A anlise das construes bandido de x foi realizada a partir de 137 comentrios retirados da internet e definies elaboradas por 15 alunos do ensino fundamental; 18 do ensino médio e 20 alunos do ensino superior. Os alunos que colaboraram com a pesquisa definiram 24 expresses bandido de x. A pesquisa obedeceu ao procedimento qualitativo de anlise dos dados, no qual observamos as diferentes interpretaes dadas para as expresses, fundamentando-as a partir dos processos cognitivos envolvidos no sentido das mesmas. Assim com base na anlise dos comentrios de internautas e nas definies de alunos, propomos quatro processos de conceptualizao para as expresses bandido de x: (a) conceptualizao com base em modelos cognitivos proposicionais, em que x um locativo interpretado como lugar de origem ou de atuao do bandido bandido de morro, bandido de rua, bandido de cadeia ; (b) conceptualizao com base em modelos esquemtico-imagticos, em que observamos a atribuio de uma espcie de escala ao sentido atribudo construo, culminando em diferentes status para a categoria BANDIDO DE X, subjacente a expresses bandido de primeira/segunda/quinta categoria/linha; (c) conceptualizao de BANDIDO DE X com base em modelos metonmicos, em que x uma pea do vesturio/calado/acessrio, de modo a interpretar o BANDIDO como pertencendo a uma categoria que costuma utilizar determinada pea de roupa, acessrio ou calado bandido de colarinho branco, bandidos de farda, bandido de chinelo ; (d) conceptualizao de BANDIDO DE X com base em modelos metafricos, em que x um conceito abstrato que pode ser entendido como um objeto possudo pelo bandido, de forma a caracteriz-lo pela maneira de agir ou expertise bandido de conceito, bandido de atitude, bandido de f. Acreditamos, assim, na possibilidade de descrio de padres que regem a conceptualizao de BANDIDO DE X, cujos sentidos alcanados por meio de modificadores revelam a produtividade e complexidade do modelo cognitivo BANDIDO
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Neste trabalho, apresenta-se um estudo da argumentao no gnero carta do leitor de jornal, analisando sua natureza, sua estrutura geral e sua linguagem. O corpus um conjunto de 74 textos, publicados entre julho e outubro de 2008, no jornal O Globo, no primeiro caderno, na seo Opinio. Objetivou-se, nesta pesquisa, expor alguns dos principais conceitos e perspectivas no que diz respeito argumentao, tendo como bases tericas a Semntica Argumentativa e a Lingustica Textual, assim como examinar os fatores que delimitam a carta de leitor como um gnero textual especfico, de carter argumentativo. Alm disso, apresentou-se anlise da estrutura geral dos textos, em seus elementos principais tema, tese e argumentos , e comentaram-se aspectos relativos ao tipo de linguagem adotada, principalmente em relao polifonia e ao emprego de conectivos. Por fim, propuseram-se estratgias e atividades para o trabalho com argumentao em sala de aula do ensino médio, utilizando como material as cartas dos leitores
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Nesta dissertao, investiga-se o processo de construo do significado de manchetes jornalsticas. Parte-se do pressuposto que a Metfora Conceptual, proposta por Lakoff e Johnson (2002[1980]) e a Mesclagem, proposta por Fauconnier e Turner (2002), so as operaes cognitivas complexas imbricadas no processo de compreenso e de construo de textos. A metfora consiste em um importante recurso que estrutura o pensamento, as experincias e as aes humanas e a mesclagem, um mecanismo que permite significar eventos e experincias, aproximando realidades diversas, (des)comprimindo conhecimentos e rotinas cognitivas ativadas na conceptualizao. Nesse sentido, este trabalho traz a lume a forma como o processo de construo de significado integra informaes armazenadas em na mente, intercambiando domnios estveis e ativando espaos mentais que se comungam para a culminncia de estruturas emergentes. Para tanto, elucidamos as evidncias de que metforas e mesclagens podem explicar os sentidos produzidos pelas manchetes publicadas nos jornais Meia-Hora de Notcias, O Dia e O Globo. As manchetes foram coletadas no perodo de 18 de abril a 14 de setembro de 2011. Reunido o corpus, foi iniciado o cotejamento das manchetes luz das referidas teorias. Realizou-se, em seguida, uma pesquisa com alunos do Ensino Médio de um colgio da rede pblica estadual, a fim de confrontar as ponderaes da anlise com a compreenso empreendida pelos estudantes. Os resultados da anlise e da mensurao das respostas dos alunos deram conta do papel da mesclagem na compreenso das manchetes analisadas, como um processo cognitivo, imaginativo e criativo, manifestado no uso da língua, de modo a promover a construo do significado. Foi possvel tambm descrever o papel da metfora nas mesclas postuladas para explicao do sentido das manchetes, na medida em que conceptualizaes metafricas fundamentam espaos mentais de algumas redes de integrao postuladas para anlise das manchetes
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A fim de motivar alunos dos Ensinos Fundamental e Médio a atentarem para o cunho expressivo dos fatos da língua e buscarem conhecer os grandes nomes da msica nacional, este trabalho objetivou um estudo estilstico dos recursos lingustico-expressivos de textos musicais de Luiz Gonzaga do Nascimento Jr. o Gonzaguinha. Destacou-se, primeiramente, o vis social da msica. Em seguida, pretendeu-se uma aproximao entre textos musicais e o conceito de poesia para, ento, tratar mais cuidadosamente do papel didtico da cano. Considerando a concepo de contracultura, defendida por Marilena Chau (1990) como o contexto histrico do momento das produes musicais, partiu-se para explanaes acerca da Estilstica: sua histria, seus mbitos, seu alcance e possibilidades. Por fim, adentrou-se nas relaes lingsticas a partir de canes de tom ora de protesto inconformado, ora nacionalista-apaixonado do artista mencionado. Desenvolveu-se, portanto, uma abordagem estilstica individual do autor a partir de apontamentos tericos sobre aspectos sonoros, lxico-semnticos, morfossintticos e enunciativos do processo discursivo expressivo. Com esse intento, elegeram-se composies que ilustraram as marcas lingsticas e seu entrelaamento com o plano do contedo
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Este estudo tem como objetivo reconhecer os mecanismos verbais utilizados por alunos da EJA no IFMA de Imperatriz MA, inicialmente excludos da escola formal, presentes nas produes do gnero de texto narrativo relatos da experincia de vida (fragmentos de vida) da ordem do relatar. Os procedimentos adotados basearam-se nas pesquisas de campo e documental, com enfoque quanti-qualitativo, a partir de textos produzidos por alunos do 2 ano do Ensino Médio de Jovens e Adultos, do turno noturno. Analisaram-se os textos, levando em conta a estruturao das sequncias tipolgicas do gnero narrativo na ordem do relatar e do ponto de vista do funcionamento dos constituintes verbais pertencente ao texto. Os resultados apontam para uma necessidade do ensino da escrita relacionado variedade de gneros textuais/discursivos escritos, para que possam usar adequadamente, os verbos pertinentes s diferentes situaes de comunicao