957 resultados para Religião nas escolas públicas Rio de Janeiro (Estado)
Resumo:
Em funo dos problemas vivenciados na seguridade social ao longo da histria os governos promoveram reformas estruturais com o objetivo de equacionar estes problemas e promover o equilbrio das contas públicas. A seguridade social brasileira foi modulada em um sistema multipilar congregando uma previdncia pblica para cobertura de trabalhadores do setor privado (RGPS), uma previdncia complementar (RPC) e uma previdncia do setor pblico (RPPS). O RPPS uma previdncia de filiao obrigatria e contribuio compulsria, no permitindo aos seus contribuintes argirem sua adeso, sendo um questionamento impraticvel enquanto houver um vnculo empregatcio. A compreenso do funcionamento do regime previdencirio ao qual est vinculado, suas obrigaes e direitos enquanto contribuinte e beneficirio, apresenta-se de vital importncia para a aquiescncia de sua participao, assim como tambm a sua co-responsabilidade na gesto dos recursos aportados ao sistema. Neste contexto, este estudo teve como objetivo avaliar, por meio da realizao de uma pesquisa de natureza descritiva e com adoo do mtodo quantitativo para tratamento dos dados, se as informaes contbeis geradas pelo regime previdencirio municipal so teis ao processo decisrio desta ltima classe de segurados previdencirios, os servidores pblicos municipais. Os resultados obtidos evidenciaram que o servidor municipal demonstra um baixo interesse em obter informaes previdencirias principalmente financeiras e contbeis. Este baixo interesse advm de dois fatores: dificuldade de acesso (65% dos respondentes) e pouco conhecimento de temas relacionados tema tais como fontes de custeio e aplicao dos recursos (62%). O baixo interesse dos servidores pblicos em obter informaes quanto ao PREVIRIO/ FUNPREVI concede ao gestor do sistema liberdade para decidir os rumos que devem ser tomados para a instituio previdenciria. O servidor pblico precisa tomar conhecimento quanto aos resultados de gesto do sistema previdencirio e para isto so necessrias duas aes: de um lado uma inteno de agir do prprio servidor, tomando para si a responsabilidade pelos rumos do sistema. Do outro lado uma inteno prativa dos responsveis pela gesto e pela elaborao de informaes a serem disponibilizadas para este segmento de usurio.
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Esta pesquisa investigou a formao de depsitos arenosos localizados na plancie costeira da Baixada de Sepetiba, em Itagua, estado do Rio de Janeiro. A deposio sedimentar e a evoluo desta rea, na Baixada de Sepetiba tem sido estudada nas trs ltimas dcadas, principalmente, porque um ambiente de depsitos arenosos antigo de idade Holocnica a Pleistocnica que corresponde a uma linha de praia, originada com eventos transgressivos e/ou regressivos que tiveram seu pice durante o Quaternrio. A metodologia de Radar de Penetrao no Solo (GPR) usada, principalmente nos casos de trabalho em que se estuda um ambiente costeiro arenoso. Este campo da Geofsica tem sido usado para examinar caractersticas, tais como: a espessura de depsitos arenosos, a profundidade de um aqfero, a deteco de uma rocha ou um aqfero, e determina a direo de progradao. Esta pesquisa usa tcnicas de radar de penetrao no solo (GPR) para analisar as estruturas, em subsuperfcie desde que o ambiente estudado seja definido como linha de costa, as margens de uma lagoa mixohalina, chamada Baa de Sepetiba. Neste trabalho realizamos um total de 11 perfis, que foram processados pelo software ReflexWin. Durante o processamento do dado aplicamos alguns filtros, tais como: subtract-mean (dewow), bandpassfrequency e ganhos. E as melhores imagens dos perfis foram realizadas usando-se uma antena de 200 MHz (canal 1) e outra antena de 80 MHz. Neste caso, obtivemos imagens de alta resoluo a uma profundidade de at 25 metros.
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Situado sob as coordenadas 22-2223S, 4115-4145W ao Norte do Estado, o Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba PNRJ possui uma rea de 14.860 hectares, abrangendo parte dos Municpios de Carapebus, Maca e Quissam tendo aproximadamente 60 km de praia sem interrupes rochosas e um vasto complexo lagunar. O PNRJ possui um grande mosaico paisagstico composto por dez fitoformaes: formao psamfila reptante, formao arbustiva fechada ps-praia, formao aberta de Clusia, formao arbustiva aberta de Ericaceae, formao arbustiva aberta de Palmae, formao herbcea brejosa, mata de cordo arenoso, mata periodicamente inundada, mata permanentemente inundada, alm da vegetao aqutica. Para o inventrio das espcies de Leguminosae do PNRJ foram visitadas todas estas formaes durante o trabalho de campo. Os espcimes coletados foram processados consoante o protocolo tradicional e depositados nos Herbrios da UERJ (HRJ), Museu Nacional (R), Herbarium Brade anum (HB). No PNRJ a famlia possui at o momento 55 espcies distribudas em 32 gneros com representantes nas trs subfamlias: Caesalpinioideae com quatro gneros e 12 espcies, Mimosoideae com seis gneros e dez espcies e Papilionoideae com 22 gneros e 33 espcies. Chamaecrista e Aeschynomene foram os gneros de maior riqueza, com cinco espcies cada. Tais valores da famlia no PNRJ representam 14% dos gneros e 1,9% das espcies de Leguminosae ocorrentes no Brasil, bem como 30% dos gneros e 12% das espcies ocorrentes no estado do Rio de Janeiro. A riqueza de espcies de Leguminosae no PNRJ mostrou-se mais elevada quando comparada com outras trs reas de restinga: Ilha do Cardoso (SP), Reserva da Praia do Sul (RJ) e Restinga de Maric (RJ). Em relao preferncia de habitat das espcies ocorrentes no PNRJ, a maior riqueza de espcies foi observada na formao arbustiva aberta de Palmae e na mata de cordo arenoso, com 22% e 23% das espcies respectivamente. No tratamento taxonmico so apresentadas chaves para a identificao de subfamlias, gneros e espcies, alm de descries sinpticas das espcies. Entre os caracteres morfolgicos diagnsticos destacaramse a quantidade e forma dos fololos, a presena e forma dos nectrios extraflorais e os tipos de frutos. Para cada txon especfico ou infraespecfico so ainda includas informaes sobre a distribuio geogrfica no Brasil, florao e frutificao, ocorrncia nas fitoformaes e comentrios sobre as caractersticas diagnsticas. Tambm so includas 38 pranchas ilustrativas que combinam imagens das espcies em campo a e imagens de exsicatas. Na anlise dos dados sobre florao e frutificao para a famlia como um todo, no ficou evidenciado um perodo de maior concentrao destes eventos.
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Com a chegada dos europeus ao Brasil, inicia-se a intensa explorao dos recursos da Mata Atlntica, direcionados primeiramente para uso da coroa e, posteriormente, para os assentamentos populacionais da colnia. As informaes sobre o uso de madeiras na poca do Brasil-colnia de Portugal (1630-1822) so escassas e se encontram dispersas. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi realizar uma referncia cruzada utilizando trs diferentes tipos de culturas materiais: documentos histricos, artefatos e paisagem. Tendo como foco as senzalas da Fazenda Ponte Alta no estado do Rio de Janeiro/RJ, relacionou-se os dados histricos sobre o uso de madeiras de construo no perodo colonial com o conhecimento cientfico atual sobre a flora de Mata Atlntica, identificando as espcies utilizadas no passado e sua ocorrncia nos fragmentos florestais remanescentes. Para tal, foram visitadas bibliotecas nacionais e internacionais; analisadas amostras das madeiras da estrutura das senzalas e realizado um inventrio fitossociolgico nos fragmentos florestais remanescentes. Como um dos principais resultados, destaca-se o expressivo nmero de espcies madeireiras da Mata Atlntica que eram utilizadas nas construes do Brasil-colnia. E que a preferncia de uso de determinados txons pertencentes Leguminosae, Sapotaceae e Lauraceae, reflete a disponibilidade e abundncia dessas famlias no Bioma. Das espcies identificadas nas estruturas das senzalas, 68% foram citadas nos documentos histricos como sendo utilizadas em construes no perodo colonial e 37% dessas, tambm foram amostradas no inventrio fitossociolgico realizado. Constatou-se que as espcies utilizadas para construo no Brasilcolnia apresentavam, na maioria, boa qualidade e alta resistncia o que lhes conferia uma multiplicidade de uso. Essa demanda, certamente, tem reflexos diretos na distribuio geogrfica, no tamanho populacional e no status de conservao atual das espcies. Os resultados indicam, tambm, que os construtores do perodo, principais atores da histria, detinham o conhecimento necessrio utilizao das florestas locais. Assim, os dados obtidos nos diferentes materiais analisados se mostraram complementares e com interao entre si, agregando informao e veracidade aos argumentos inicialmente postulados
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Este trabalho pretende apontar o acometimento do transtorno do estresse ps-traumtico em policiais militares do Estado do Rio de Janeiro. Para isso, a autora utiliza sua experincia como psicloga da PMERJ h 11 anos e descreve inmeras situaes sobre o cotidiano na referida corporao, os desafios de pesquisar a instituio onde trabalha, descreve como funciona o servio de psicologia e como, a partir do lugar de psicloga militar, enxerga o homem policial militar, sua identidade e a instituio Polcia Militar. contextualizado o cenrio de violncia e criminalidade encontrado pelos policiais de nosso Estado nos ltimos anos e so abordados aspectos da formao desses profissionais de segurana pblica, que incluem a construo da negao do medo no exerccio da atividade laboral e a aderncia a um padro de homem destemido e forte em todos os momentos. H a tentativa de demonstrar como essas construes contribuem para o adoecimento psquico desses trabalhadores, por impedi-los de se dar conta de suas fragilidades e limitaes, estando sempre em busca de alcanar o padro do super-homem valorizado como ideal. Discute-se o adoecimento mental entre policiais, especialmente o transtorno do estresse ps-traumtico como um problema de sade pblica para alm dos muros da PMERJ. So apresentadas as diretrizes atuais em nosso pas no tocante a esta temtica e por fim so descritas duas estrias detalhadas de policiais militares para ilustrar como a profisso pode atravessar a vida desses trabalhadores, de forma a modific-las profundamente.
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Este trabalho tem como objetivo interpretar o fenmeno poltico expressado por Tenrio Cavalcanti - poltico popular que atuou fundamentalmente em reas perifricas e pobres da cidade e do estado do Rio de Janeiro entre as dcadas de 1930 e 1960. Pretendo mostrar a narrativa, os smbolos e os cdigos culturais que construram a sua imagem pblica e como a sua atuao marcou a dinmica e a estruturao do campo poltico do Rio de Janeiro. A pesquisa baseia-se, fundamentalmente, no jornal Luta Democrtica, entre os anos de 1954 e 1964, e nos seus discursos pronunciados na Cmara dos Deputados, entre 1951 e 1964. A partir da anlise das fontes procuro mostrar de que maneira os elementos que constituem o fenmeno servem como ferramenta analtica para compreender melhor a construo de identidades sociais, os mecanismos de representao poltica, a forma como foram percebidos os processos de incluso e excluso social, assim como os conflitos sociais daquele perodo.
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O estudo tem como tema os Percursos trilhados pelas famlias para a garantia do direito educao de crianas com necessidades especiais. Este estudo surgiu pela demanda dos integrantes do Ncleo de Estudos da Infncia: Pesquisa & Extenso (NEI:P&E/UERJ), coordenado pela Prof Dr Vera Vasconcellos, em compreender como ocorreu a trajetria de escolarizao de crianas acompanhadas em dois estudos realizados em creches do municpio do Rio de Janeiro, em 2009, aps a sada delas das referidas instituies. Os estudos foram: i) Crianas focais: a triangulao educao-famlia-sade na creche, realizado em 2008 e 2009 na Creche Institucional Dr. Paulo Niemeyer; e ii) Infncia, Educao e Incluso: um estudo de caso, realizado em 2009 na Creche Municipal de Odetinha Vidal de Oliveira. A pesquisa atual tem como proposta um estudo de follow-up, onde demos continuidade s duas anteriores, a partir da anlise do percurso de trs (3) famlias (me) na tentativa de garantir uma educao inclusiva de qualidade para seus filhos. Inicialmente, foi realizado um levantamento bibliogrfico e documental sobre o tema. Em seguida voltou-se s famlias das crianas com o objetivo de investigar de que modo escolarizao foi sendo propiciadas a estas crianas e como suas dificuldades de aprendizagem tm sido entendidas nos espaos educacionais que frequentam. Adotamos o Estudo de Caso como proposta metodolgica. Foram realizadas duas entrevistas com as mes das crianas, respectivamente em 2012 e 2013 e solicitado que elas respondessem um questionrio (Caracterizao Familiar), que delineava o perfil das mesmas destacando suas caractersticas sciodemograficas. Os dados produzidos foram sistematizados atravs da abordagem de Anlise de Contedo por temticas, com nfase nas trajetrias das crianas e suas famlias em prol da garantia ao direito Educao. A pesquisa conclui que as crianas do estudo no encontraram espao no sistema regular de educao, pblico e/ou privado, em contraste ao que garante os documentos nacionais e municipais. As trajetrias e experincias foram repletas de inseguranas e expectativas negativas por parte das escolas quanto ao desenvolvimento e escolarizao das crianas. Conclui tambm que no suficiente conhecer os direitos educao da criana com necessidades especiais, as instituies precisam reconhecer os familiares como parceiros privilegiados na construo de alternativas para a produo de conhecimentos das crianas com necessidades especiais. Os dados demonstraram a importncia social das escolas especiais no atendimento especializado de crianas com necessidades especiais. Os lugares ocupados por essas instituies so reconhecido pelas famlias como fundamental rede de apoio e suporte s crianas e famlias no processo de educao e incluso escolar.
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Esta tese tem por objetivo apontar como a psicologia se torna uma ferramenta importante na formao do clero, especificamente, seu ensino no seminrio de formao religiosa catlica do Mosteiro de So Bento do Rio de Janeiro, no perodo de 1930 a 1950. Os religiosos catlicos fizeram parte de muitos acontecimentos no s da histria da Igreja, mas tambm da prpria histria do Brasil. Comandaram a educao nos primrdios da colonizao, mantendo influncia na organizao educacional mesmo com a proclamao da Repblica como estado laico. Falar da formao do homem/sacerdote decorre do entendimento de que os religiosos catlicos foram um dos principais grupos disseminadores do saber psicolgico em nossa ptria. O perodo de nosso recorte marcado por transformaes na poltica, na economia e na educao nacional que afetaram a todos, inclusive ao clero. Entre as mudanas no seminrio de So Bento, encontramos a introduo da disciplina psicologia no currculo de formao dos monges, bem como a presena de uma crescente literatura psicolgica introduzida principalmente atravs de comentadores religiosos, demonstrando que as relaes entre Igreja e cincia assumem novo patamar no perodo estudado
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Este trabalho apresenta e analisa o Consrcio Intermunicipal do Leste Fluminense (CONLESTE), criado em 2006 e composto por dezesseis municpios do estado do Rio de Janeiro, com o objetivo de buscar solues para os impactos do Complexo Petroqumico da Petrobras (Comperj). Discute a crise do planejamento regional e a ausncia de arranjos de gesto do territrio que atendam s especificidades do pacto federativo brasileiro. Apresenta os consrcios intermunicipais como alternativa utilizada por muitas cidades brasileiras ao modelo obsoleto das Regies Metropolitanas, sem, contudo, se deter na comprovao da eficincia dos mesmos. Atravs de uma reviso bibliogrfica de autores clssicos e contemporneos, aborda o controverso conceito de regio, como mtodo para compreender a funo regional exercida pelo consrcio. Debate a importncia das escalas intermedirias em meio falsa polarizao global-local. Refora a ideia da necessidade de articulao entre as distintas esferas de governo como forma de minimizar os transtornos provocados pelo caos urbano em que vive a populao da rea do CONLESTE.
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Ao longo das ltimas dcadas as cidades emergiram e se consolidaram no cenrio mundial como protagonistas de nosso tempo num processo que envolve a reestruturao produtiva do capitalismo e o paradigma da globalizao. As cidades passaram a ser cada vez mais o lcus da modernizao do capital, o espao necessrio de sua produo e reproduo. Para legitimar este papel das cidades como novos atores polticos, o empreendedorismo urbano foi elencado enquanto um novo modelo de gesto que tem se difundido por diversas cidades sob o argumento de que apenas uma gesto urbana baseada na eficincia, na flexibilidade e nas parcerias pblico-privadas seriam capazes de superar a crise urbana e recolocar de forma competitiva as cidades no circuito dos fluxos globais. Entre as cidades que adotaram esta forma de governana urbana est o Rio de Janeiro, que desde os anos 90 atravs da confeco de um planejamento estratgico, tem buscado sua insero no processo de modernizao capitalista. Para isso tem se utilizado da imagem de cidade olmpica, amistosa e receptiva para os negcios e para o turismo, mas acima de tudo, tem renovado seu espao urbano por meio de diversos projetos e intervenes pontuais, como o projeto Porto Maravilha, por exemplo. Tendo em vista esta realidade, este trabalho objetiva compreender o empreendedorismo urbano na cidade do Rio de Janeiro enquanto uma estratgia de ao que busca legitimar a parceria do setor pblico com o setor privado e concretizar um conjunto de polticas voltado para a renovao e valorizao urbana pontual e fragmentada. Em vista dos diferentes projetos urbanos que esto sendo desenvolvidos atualmente na cidade, especialmente devido realizao da Copa do Mundo em 2014 e dos Jogos Olmpicos em 2016, o projeto Porto Maravilha foi escolhido como exemplo concreto dessa nova governana urbana por estar baseado nos pressupostos do empresariamento urbano. Para alcanar o objetivo da dissertao, esto sendo utilizadas fontes primrias e secundrias, autores basilares para os conceitos aqui utilizados, publicaes recentes sobre a temtica e idas campo na Zona Porturia para acompanhamento do andamento do projeto. Os resultados da anlise contida nesta dissertao caminham para a confirmao de que o modelo de empreendedorismo urbano foi adotado pela coalizao gestora da cidade para legitimar a reestruturao capitalista do espao atravs de um projeto de cidade centrado na parceria pblico-privada e em polticas públicas que favorecem determinados setores econmicos promovendo uma urbanizao fragmentada e seletiva, corroborado pelo exemplo do Porto Maravilha.
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Essa dissertao de mestrado avaliou os fatores associados recada do tabagismo de pacientes assistidos em unidades bsicas de sade. Avaliou-se o ndice de recada do tratamento do fumante no Programa Nacional de Controle de Tabagismo, e a associao entre tempo de recada e preocupao com peso, depresso e/ou ansiedade. Trata-se de um estudo de coorte prospectivo, composta por 135 pacientes, sendo 95 mulheres e 40 homens, que pararam de fumar aps 4 semanas de adeso ao tratamento, sendo acompanhados at 6 meses. O ndice de recada encontrado foi semelhantes em ambos os sexos, sendo prximo de 30% aos 3 meses e 50% aos 6 meses. O tempo de sobrevivncia mediano tambm foi semelhante, em torno de 130 dias. A mdia de ganho de peso foi maior entre os homens aos 3 e 6 meses. Para avaliar os fatores associados ao tempo de recada foram calculadas as Hazard Ratios (HR) e respectivos intervalos de confiana de 95% (IC 95%), atravs do modelo semiparamtrico de riscos proporcionais de Cox. Na anlise bivariada, as mulheres que achavam que fumar emagrece ou que faziam dieta apresentaram um risco maior de recada, porm no estatisticamente significante. Entre as que referiram fazer acompanhamento psicolgico e/ou psiquitrico, o tempo de recada foi 2,62 vezes menor se comparado quelas que no o faziam. O risco tambm mostrou-se aumentado com o uso de lcool (HR=2,11, IC 95%1,15-3,89). Entre os homens, os dois pacientes que faziam uso de medicamentos para depresso e/ou ansiedade tiveram recada. As demais variveis analisadas no se mostraram associadas ao risco de recada por apresentarem HR com intervalos no estatisticamente significativos. Os fumantes poderiam se beneficiar de tratamentos que oferecessem de forma complementar atendimentos para nutrio e sade mental. O aprimoramento das estratgias de cessao do tabagismo devem levar em conta as diferenas de gnero, a necessidade de assistncia a problemas psicolgicos e psiquitricos e o controle de peso para os pacientes com maior dificuldade; passos essenciais para o sucesso das polticas públicas de controle do tabagismo no pas.
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Os nudibrnquios gastrpodes so carnvoros e muitas espcies tm dietas especializadas, consumindo uma nica ou poucas espcies de esponjas marinhas. No Brasil no existe, at o momento, nenhum estudo especfico sobre a ecologia das espcies de nudibrnquios abordando qualquer interao com outros grupos de animais marinhos. Tambm no existem estudos sobre ensaios biolgicos que avaliem o comportamento alimentar e a mediao qumica existente entre os nudibrnquios e suas presas. Os objetivos deste trabalho foram: a) registrar in situ a predao de nudibrnquios doridceos sobre esponjas marinhas no litoral do Estado do Rio de Janeiro, identificar as espcies envolvidas, e comparar com os padres de alimentao observados em outras regies do mundo e b) avaliar o comportamento de quimiotaxia positiva de nudibrnquios em relao s suas presas. Observaes sobre a dieta dos nudibrnquios foram realizadas atravs de mergulhos livres ou autnomos e o comportamento destes em relao s esponjas foi registrado. Um total de 139 observaes foram realizadas em 15 espcies de nudibrnquios doridceos: Felimida binza; Felimida paulomarcioi; Felimare lajensis; Tyrinna evelinae; Cadlina rumia; Diaulula greeleyi; Discodoris evelinae; Geitodoris pusae; Jorunna spazzola; Jorunna spongiosa; Rostanga byga; Taringa telopia; Doris kyolis; Dendrodoris krebsii e Tayuva hummelincki. A predao foi confirmada em 89 (64%) das 139 observaes e em 12 (80%) das 15 espcies de nudibrnquios. A principal interao ecolgica existente entre os nudibrnquios e as esponjas no Estado do Rio de Janeiro a de consumo (predao). Em laboratrio, o comportamento alimentar das espcies Cadlina rumia e Tyrinna evelinae foi avaliado em ensaios de preferncia com dupla escolha oferecendo esponjas frescas. Experimentos de oferta de esponjas vivas, p de esponjas liofilizadas e extratos brutos orgnicos das esponjas foram utilizados para investigar se a percepo dos moluscos s suas presas modulada por sinais qumicos. O nudibrnquio Cadlina rumia no consumiu nenhuma das esponjas oferecidas, mas detectou o sinal qumico das esponjas vivas, e no detectou o sinal qumico da esponja Dysidea etheria, liofilizada em p, incorporada em alimentos artificiais. Tyrinna evelinae detectou o sinal qumico da esponja D. etheria oferecida de duas maneiras diferentes: viva e liofilizada em p. Foi confirmada em laboratrio, a predao in situ da esponja D. etheria pelo nudibrnquio T. evelinae, constituindo o primeiro registro de predao observado in situ e in vitro para o gnero Tyrinna. De uma maneira geral, os resultados das observaes de campo corroboram os padres de alimentao observados em outras regies do mundo e as esponjas da Classe Demospongiae so recursos fundamentais para a dieta dos nudibrnquios doridceos no Rio de Janeiro. A sinalizao qumica e a taxia positiva foi evidente para o nudibrnquio que possui dieta mais especializada, Tyrinna evelinae, e no para aquele que se alimenta de vrias esponjas, Cadlina rumia.
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Os RCC so originados dos diversos processos da construo civil, com caractersticas bastante particulares pela variedade dos mtodos construtivos empregados. Suas deposies em locais inadequados causam vrios impactos com diferentes tempos de reao e de degradao do meio ambiente. Para impedi-los foi aprovada a Resoluo 307 do CONAMA, que estabelece critrios e normas de carter protetor ao meio ambiente, porm as administraes públicas possuem inmeras dificuldades tcnicas e financeiras para sua implementao. Para auxiliar os municpios, a CEF elaborou dois manuais de orientaes para o manejo e gesto dos RCC, direcionando o sistema gestor. Uma opo para a gesto de RCC a reciclagem. O Municpio do Rio de Janeiro com seu relevo original formado por mangues e morros, sofreu grandes aterros e sofre at os dias atuais, utilizando para isso os RCC e o desmonte de antigos morros. Os RCC, aps coletados, so destinados a uma nica rea de Transbordo e Triagem, com capacidade insuficiente para receb-los. A ausncia de controle do rgo gestor sobre os RCC, seus dados de produo e de destinao, exige uma estimativa dos RCC gerados no Municpio e uma observao global sobre seus destinos, considerando os aterros autorizados pela SMAC. Foi realizada uma anlise crtica da gesto corretiva adotada pelo sistema gestor, suas particularidades e dificuldades, e o perfil atual sobre a reciclagem de RCC no Rio de Janeiro. Algumas propostas para a melhoria do sistema gestor foram apresentadas e sugerida a necessidade de um estudo mais aprofundado e de um levantamento mais completo da realidade dos RCC no Municpio do Rio de Janeiro.
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O estudo aqui apresentado teve por temtica os processos de cooperao intermunicipal possibilitados pela formao e atuao de consrcios municipais, tomando como caso as aes desenvolvidas pelo Consrcio Intermunicipal de Sade da Regio do Mdio Paraba do Rio de Janeiro CISMEPA. Esses consrcio surgiu nos anos 90 a partir de uma discusso regional acerca da necessidade de realizar a programao e a pactuao da oferta de servios entre os doze municpios que compem essa regio fluminense. Esta pesquisa se props analisar o processo evolutivo do CISMEPA, conhecendo sua organizao tcnica e administrativa, os principais projetos e servios desenvolvidos e analisando o resultado das aes por ele implementadas. A partir da anlise da articulao tcnico-poltica regional no mbito do SUS, espera-se agregar subsdios para o processo evolutivo da descentralizao no SUS e da estratgia de regionalizao. O caminho metodolgico utilizado foi a anlise qualitativa sobre o CISMEPA, que tomou por base a realizao de pesquisa bibliogrfica, estudo dos documentos oficiais do consrcio, anlise da forma de execuo dos projetos, entrevistas semiestruturadas com participantes do processo de elaborao, execuo e acompanhamento dos projetos e observao participantes das reunies. Os projetos desenvolvidos pelo CISMEPA foram bem sucedidos e o consrcio desempenhou importante papel no s na gesto, como tambm na captao de recursos. O xito devido, sobretudo, forma participativa com que os projetos foram elaborados e desenvolvidos pelo grupo de gestores e tcnicos. Em que pese a regio ter se organizado sua PPI, o CISMEPA no logrou organizar a oferta micro e macrorregional de servios, um dos seus objetivos iniciais. No entanto, seu mrito foi configurar-se num importante frum de debates e pactuao, mesmo contando com baixa adeso e presena do Estado. Tal caracterstica o potencializa como estratgia de regionalizao do SUS.
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Avaliao de lixiviados de aterros de resduos slidos urbanos situados nos estados do Rio de Janeiro e Santa Catarina. Brasil, 2013, 137f. Dissertao de Mestrado em Engenharia Ambiental Faculdade de Engenharia, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, 2013. Os lixiviados de aterros de resduos slidos urbanos possuem grande potencial poluidor em face de caractersticas txicas devido a altas concentraes de nitrognio amoniacal, substncias recalcitrantes, alm de elevadas concentraes de matria orgnica. Seu aporte em corpos hdricos, pode causar eutrofizao e ser txica aos peixes. O alto ndice de pluviosidade de nosso pas intensifica o problema, pois acarreta em grandes quantidades de lixiviado uma vez que essa produo est diretamente relacionada com a quantidade de gua que percola no aterro. Encontrar soluo de tratamento para este efluente, que atenda a grande variedade de lixiviados, com caractersticas distintas de regio para regio, e que consigam atender os padres brasileiros de lanamento de efluentes se constitui em um grande desafio para a Engenharia Nacional. Este trabalho se props a contribuir para o melhor conhecimento das caractersticas dos lixiviados tendo em vista o seu tratamento.