998 resultados para Belterra (PA) Condições sociais


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Esta dissertao de Mestrado tem por objetivo investigar as representaes dos profes-sores sobre a aprendizagem de alunos com deficincia no cotidiano escolar de uma escola inclusiva; as concepes, expectativas, avanos e impasses que permeiam a atuao dos edu-cadores que desenvolvem seu trabalho numa escola pblica inclusiva. A base terica desta pesquisa esteve respaldada na teoria das Representaes Sociais e em autores como, Durkheim (1987), Moscovici (1978), Mantoan (2005), Maroja (1998), Emygdio (2011), Sas-saki (1997), Nvoa (1992), entre outros que ao longo de vrios anos vem se preocupando em discutir as representaes sociais bem como a temtica da incluso no contexto escolar. A amostra deste estudo foi constituda por oito professoras que trabalham na escola campo de pesquisa, no municpio de Joo Pessoa. A coleta de dados foi realizada a partir dos instrumentos de pesquisa como, a observao, o dirio de campo, o relato de experincia, a exposio e anlise de um filme e a entrevista semi estruturada. As respostas obtidas mostraram que para realizar a educao inclusiva faz-se necessrio refletir sobre o conceito, o preconceito, as crenas e concepes acerca da incluso escolar. Constatamos o desejo de maiores condições de trabalho, no que tange a capacitao, mais recursos pedaggicos e a efetiva participao da famlia, no processo escolar. Observa-mos ainda, que impossvel trabalhar numa escola inclusiva cultivando o preconceito, a indi-vidualidade, a intolerncia e a insensibilidade. Ficou evidente a necessidade de maiores discusses, estudos, aes, espaos adequados para o atendimento especializado e envolvimento de todos os atores da educao para que se efetive de forma satisfatria o processo de incluso escolar.

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Introduo: O adiamento das altas clnicas nas Unidades de Cuidados Continuados Integrados (UCCI) por motivos sociais actualmente considerado um dos principais motivos que impedem a integrao atempada de novos clientes na Rede Nacional de Cuidados Continuados, RNCC, daqui em diante designada como a REDE. Este atraso tem impacto ao nvel da recuperao e estabilizao dos utentes, bem como ao nvel de eficincia e eficcia da UCCI, no podendo deixar de se considerarem os aspectos sociais e econmicos. Objectivo Geral: Identificar os determinantes que influenciam as altas clnicas em UCCI. Mtodos e Populao do Estudo: Este um estudo de caso colectivo, em que os dados observacionais, transversais, so recolhidos por meio de questionrio de auto-relato (por cada rea de interveno directa) e por anlise dos processos de consulta de pacientes. O objecto desta pesquisa abrange dois grupos: o grupo de amostra composto por 70 profissionais de sade que lidam directamente com os utentes e o grupo amostra composto de utentes internados na UCCI L Nostrum, com alta clnica entre 1/1/2011 e 31/12/2012, e que foram integrados atravs da REDE. Foram recolhidos os dados de 293 utentes sendo objecto de estudo os casos de 83 utentes integrados atravs da REDE e com prolongamento de internamento por motivos sociais. Resultados: Na percepo dos profissionais de sade, as respostas institucionais apresentam-se como a condicionante mais indicada, tanto para os utentes em geral, com 22 indicaes (88%) como para os utentes da REDE, com 10 indicaes (40%). Relativamente aos motivos familiares h referncia de 76% para os utentes em geral e de 36% para os utentes da REDE. Os motivos econmicos tambm apresentam, para os profissionais inquiridos, um valor expressivo (68%) nos utentes em geral, estando nos da REDE este factor condicionante a par com os motivos familiares (36%). Os motivos estruturais tm menor expresso tanto nos utentes em geral (32%) como nos utentes da REDE (16%). Outros para os utentes em geral, refere-se a dependncia funcional (4%). Nos motivos familiares, para os utentes em geral, 23 (92%) foi mais vezes indicada a insuficincia de suporte familiar, para os utentes da REDE, 13 (52%). A ausncia de suporte familiar, para os utentes em geral, representa 48% das respostas, seguindo-se o suporte inadequado (28%) e a ausncia de cuidadores (24%). Para os utentes da REDE, o suporte inadequado apresenta-se como segundo motivo (7%), seguindo-se a ausncia de suporte familiar (16%). Na percepo dos profissionais, os utentes da REDE esto tambm condicionados pela distncia geogrfica (8%) da sua rea residencial. Em termos estruturais, os motivos mais assinalados pelos profissionais para a generalidade dos utentes foram as barreiras fsicas mobilidade (80%) e a habitao sem condições bsicas de habitabilidade (78%). Os mesmos motivos foram assinalados para os utentes da REDE, barreiras fsicas mobilidade (40%) e habitao sem condições de habitabilidade (28%). No entanto, relativamente aos utentes em geral, a ausncia de habitao (29%) e a distncia geogrfica (4%) tambm foram motivos assinalados. Dos motivos econmicos percebidos pelos profissionais, a insuficincia de rendimentos o factor mais assinalado pela generalidade dos utentes (84%) e pelos da REDE (68%), seguida da percepo da capacidade de reposta limitada das instituies, 64% para a generalidade dos utentes e 28% para os da REDE e por fim os tipos de respostas insuficientes para as necessidades individuais dos utentes (20% dos utentes em geral e 12% da REDE). No total dos dois anos, 2011 e 2012, verificaram-se na UCCI L Nostrum 293 prorrogaes (100%) das quais 210 (71,6%) foram consideradas dentro do prazo e justificadas com motivos clnicos, enquanto 83 (28,3%) foram efectivamente protelamentos por motivos sociais, tendo em conta que nestes casos os utentes j no tinham critrios clnicos que justificassem a sua permanncia na UCCI. Das 210 prorrogaes consideradas dentro do prazo e justificadas com motivos clnicos, 93 (44,3%) foram-no por tempo de espera para transferncia de UCCI. Em 2011, dos 146 utentes com alta protelada (100%), 50 utentes (34,2%) permaneceram na UCCI por motivos sociais, enquanto em 2012 houve registo de 33 casos de protelamento (22,4%) em 147 (100%) altas prorrogadas. Concluses: Dos factores identificados como motivo de protelamento nos 83 utentes, estritamente por motivos sociais, destaca-se o protelamento de alta por espera de integrao em equipamento/resposta adequada, nomeadamente lar ou servios de apoio domicilirio (79,5%), seguindo-se a insuficincia de rendimentos do utente/familiares para contratao de servios ou resposta institucional (74,7%), a inexistncia de condições habitacionais para regresso ao domiclio (63,9%) e a insuficincia de suporte familiar (54,2%). Regista-se tambm a inadequao do suporte familiar (31,3%), a inexistncia de suporte familiar (28,9%) e, em menor percentagem, a ausncia de condições estruturais (13,3%). A ausncia de domiclio (sem abrigo) (8,4%) e a ausncia de rendimentos (4,8%) tambm foram factores inibidores da alta clnica. Dos 293 utentes identificados que tiveram protelamento da alta por motivos sociais verificou-se que 144 (49,1%) dos utentes permaneceram unicamente pela existncia de condicionantes institucionais e familiares/estruturais. Aspectos ticos: ao longo deste estudo, foram assegurados e respeitados, todos os procedimentos de garantia da confidencialidade e rigor na recolha dos dados, e a no interferncia nas dinmicas da instituio, dos utentes e dos profissionais.

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Introduo - Os acidentes de trnsito so um grave problema de sade pblica universal, em pases desenvolvidos e subdesenvolvidos, estando entre as primeiras causas de morte em quase todos os pases do mundo (DEL CIAMPO & RICCO, 1996). No Brasil, assu-mem grande relevncia, especialmente pela alta morbidade e mortalidade, predominncia em populaes jovens e/ou economicamente ativas, maior perda de anos de vida produtiva e ele-vado custo direto e indireto para a sociedade. Objetivo - Os objetivos deste trabalho foram descrever a magnitude da mortali-dade por acidentes de trnsito, avaliar sua correlao com indicadores sociais e proporo de jovens na populao e testar a sua associao com adolescncia, sexo masculino e consumo de lcool. Material e Mtodos - Foi realizado, inicialmente, um estudo ecolgico envolven-do todas as capitais das unidades da federao e Distrito Federal (exceto o municpio do Rio de Janeiro), com coleta de dados sobre acidentes de trnsito com vtimas no Departamento Nacional de Trnsito. Foram descritos os ndices de acidentes de trnsito com vtimas p/ 1.000 veculos (IAT-V) e de feridos p/ 1.000 veculos (IF-V) referentes aos anos de 1995, 1997 e 1998 e o ndice de mortos p/ 10.000 veculos (IM-V) referente ao perodo de 1995 a 1998. Em seguida, avaliou-se a existncia de correlao entre o IM-V e taxa de mortalidade infantil (TMI), ndice municipal de desenvolvimento humano (IDH-M), ndice de condições de vida (ICV), proporo de condutores adolescentes envolvidos em acidentes de trnsito com vtimas (PCJ-ATV) e proporo de residentes jovens (PRJ) nas diferentes capitais. Em um segundo momento, realizou-se um estudo de caso controle, onde foram estudados 863 condu-tores envolvidos em acidentes de trnsito com vtimas atendidos no Departamento Mdico Legal de Porto Alegre, no perodo de 1998 a 1999. Os condutores foram divididos em dois grupos: condutores envolvidos em acidentes de trnsito com vtima fatal (casos) e com vtima no fatal (controles). Os grupos foram comparados com relao a adolescncia, sexo mascu-lino e consumo de lcool, atravs da razo de chances e seu intervalo de confiana, com signi-ficncia determinada pelo teste de qui-quadrado. Resultados - No estudo ecolgico, observou-se, no Brasil, uma tendncia decres-cente quanto aos indicadores de eventos relacionados ao trnsito no perodo de 1995 a 1998. Nas capitais das unidades da federao e Distrito Federal, apesar da ampla variao apresenta-da, a maioria manteve a mesma tendncia decrescente observada para o pas como um todo. Na anlise das correlaes entre o IM-V e os indicadores sociais, observou-se forte correlao positiva com a TMI (r = 0,57; P = 0,002), ou seja, quanto maior a TMI, maior a mortalidade no trnsito, alm de correlao negativa com o IDH-M (r = - 0,41; P = 0,038) e com o ICV (r = - 0,58; P = 0,02). Quando se avaliaram o IDH-M e o ICV separados em suas dimenses, a dimenso renda de ambos indicadores foi a nica que no demonstrou correlao com o IM- -V. As demais dimenses do IDH-M e ICV demonstraram correlao negativa, sendo que a dimenso infncia (r = - 0,62; P = 0,001) apresentou a maior correlao. A anlise da asso-ciao entre o IM-V e a PCJ-ATV no demonstrou correlao, mas, quando avaliada a asso-ciao com a PRJ nas capitais, houve forte correlao positiva (r = 0,59; P = 0,002). No estudo de caso controle, quando avaliada a relao entre condutores envolvidos em acidentes com vtima fatal e adolescncia, sexo masculino e consumo de lcool, no foi observada asso-ciao importante em nenhum dos fatores em estudo. Concluses - Apesar de os indicadores de eventos relacionados ao trnsito (IAT- -V, IF-V e IM-V) terem apresentado uma tendncia decrescente durante o perodo de estudo, acidentes de trnsito continuam sendo um grave problema de sade pblica. O estudo ecolgico evidenciou a existncia de relao entre o IM-V e os indicadores sociais (TMI, IDH-M e ICV), sendo que a dimenso renda no demonstrou correlao e a dimenso infncia apresen-tou a correlao negativa de maior valor. Quanto PCJ-ATV, no foi encontrada associao relevante entre este indicador e o IM-V. Entretanto, observou-se forte associao entre a PRJ e o IM-V. O estudo de caso controle no evidenciou associao entre adolescncia e os de-mais fatores estudados e maior risco para acidente de trnsito fatal.

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Proponho, com este trabalho, uma anlise da variao da manuteno da marca de concordncia verbal de segunda pessoa do singular em Pelotas (RS). Considero, para tanto, os aspectos lingsticos e, sobretudo, os aspectos sociais dessa variao. Almejo, assim, auxiliar na descrio de fenmenos de concordncia verbal. Apio esta anlise na Teoria da Variao Laboviana e em vises de classes sociais que levam em conta princpios socioeconomicistas, marxistas, econolingsticos, ocupacionais e das condições estruturais de manuteno das desigualdades sociais. Analisei dados de concordncia de segunda pessoa do singular em noventa entrevistas do Banco de Dados Sociolingsticos Variveis por Classe Social VarX que foram realizadas em Pelotas (RS) em 2000 e 2001. O VarX possui uma diviso equilibrada de informantes por gnero, faixa etria e classe social. Das entrevistas realizadas na casa do informante, afloram falas espontneas sobre histrias familiares, peripcias do passado. Utilizei, para a anlise dos dados, metodologia quantitativa com base na interface Windows para o Varbrul e em formulrio de codificao de dados. Alm dos dados de fala do VarX, utilizei como fonte de pesquisa o Questionrio do VarX e os resultados do Censo 2000 do IBGE. Os resultados, com relao concordncia de segunda pessoa do singular em Pelotas, apontam na direo de que: ocorra apagamento varivel da desinncia nmero-pessoal em virtude de uma regularizao do paradigma verbal em que so privilegiadas formas neutras; o apagamento da marca de segunda pessoa do singular sofra influncia de condicionadores lingsticos (salincia fnica, interlocuo entrevistado/entrevistador, ausncia do pronome-sujeito e tipo de frase) e sociais (h indcios de que: a utilizao de marca tenha prestgio, mas sua no-utilizao no sofra estigma; o fenmeno esteja em fase de consolidao e se configure como uma mudana lingstica quase completada; as mulheres resistam ao processo de apagamento da marca de concordncia mais do que homens).

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Este trabalho busca problematizar a questo das formas de interveno do Estado na sociedade, especificamente as realizadas atravs das polticas sociais voltadas para a sade pblica. Avaliando as possveis razes da sua baixa efetividade na melhoria das condições da sade da populao em geral, um dos pontos importantes do trabalho est no desenvolvimento da questo do "subdesenvolvimento institucional". Este termo busca caracterizar a particularidade de formao dos prprios rgos do Estado voltados para este tipo de interveno, realizou-se para melhor ilustrar a questo, um estudo de caso onde se apresenta uma organizao pblica de assistncia sade no estado de So Paulo

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Este trabalho analisa a atuao do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) quanto ao financiamento de polticas pblicas, notadamente o Programa de Revitalizao do Centro de So Paulo (Procentro). O perodo observado se estende da administrao Marta Suplicy (2000 2004) gesto em que ocorreu a assinatura do contrato administrao Jos Serra/Gilberto Kassab (2004 2008). Objetiva-se avaliar a influncia exercida pelo BID numa poltica pblica especfica, tendo como referncia o estudo de caso do Procentro. Para tanto, optou-se por realizar entrevistas em profundidade com alguns tcnicos responsveis por diferentes reas do Programa, por analisar fontes documentais (contratos, programas e relatrios) com vistas a identificar o tipo de linguagem utilizada pelo Banco, assim como a qualidade de suas demandas e contrapartidas para a realizao da referida poltica publica. As observaes centraram-se nas etapas de pr-aprovao e no perodo da assinatura do contrato; portanto, nas fases entendidas como precondições e condições respectivamente. Constatou-se que as condicionalidades so pressupostos que condicionam a assinatura do Contrato, sendo este circunscrito a um instrumento de garantia de pagamento do emprstimo, o que implica a lgica do custo-benefcio (o Banco considera apenas, portanto, os aspectos mensurveis). Para tanto, o Banco exige um conjunto de procedimentos gerenciais que definem o modus operandi dos financiamentos, assim como estipula como padro formas gerenciais conhecidas como melhores prticas. Quanto anlise das diferentes gestes poltico/partidrias, foi possvel observar a opo do BID por no valorizar a participao popular, bem como ignorar as demandas reivindicadas pelos movimentos sociais representantes da populao pobre. Ao analisar os documentos, observou-se que o BID possui uma viso particular em relao s polticas pblicas baseando-se em modelos internacionais de experincias consideradas bem-sucedidas por ele. Por fim, os documentos assinados com os governos so de difcil acesso, o que denota baixa transparncia.

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O transporte coletivo exerce uma funo essencial na vida urbana: ele possibilita a estruturao plena das cidades,j que atende as necessidades de deslocamento dirio dos trabalhadores, assegurando-lhes a sobrevivncia e possibilita o desenvolvimento das atividades econmicas. Alm disso ele materializa o acesso da populao a servios e equipamentos sociais fundamentais, o que lhe caracteriza como um direito meio, pois viabiliza a concretizao de outros direitos. por atender a uma necessidade social bsica do cidado, que o acesso, fsico e econmico, ao transporte coletivo deve ser garantido a todos, assim como o acesso sade, educao, habitao, etc. Ainda assim at a dcada de 80, o setor de transportes coletivos no Brasil foi historicamente relegado marginalizao como alvo de polticas sociais. Embora j em 1938 o Presidente Getlio Vargas, atravs do Decreto N9 339, estabelecesse que a participao do gasto com transporte no poderia ultrapassar 6% do salrio mnimo, o Estado jamais criou mecanismos que dessem condições de cumprimento de lei. A despeito de crescimento urbano, que agudeza a problemtica dos transportes coletivos ao longo do sculo, somente nos anos 80 se implanta a primeira poltica social

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Esta tese tem como objeto de estudo o processo de formao e desenvolvimento da rea de Estudos da Religio nas Cincias Sociais brasileiras. Visa formular uma interpretao sociolgica desse processo, a partir da abordagem terica configuracional proposta por N. Elias, sendo esta complementada pela utilizao de outras categorias de anlises, tais como Identidade Histrica, Identidade Social e Identidade Cognitiva (W. Lepenies), que permitem focalizar a dinmica deste e incorporar a sua dimenso histrica. Conforme essa orientao terica, o objeto de estudo reconstrudo, tendo como eixo de anlise a direo que este apresenta no decorrer do seu desenvolvimento. Essa direo, nesta tese, foi definida como uma tendncia que oscila entre diferenciao/integrao/diferenciao de grupos de pesquisadores envolvidos no processo. A partir desta tendncia, so identificados e caracterizados trs perodos, sendo eles: primeiro perodo (pr-1964): Pioneiros e precursores uma Identidade Histrica em construo; segundo perodo (ps-1964 at 1986): a construo de espaos institucionais (Identidade Social) e a redefinio da Identidade Cognitiva; terceiro perodo (1987 em diante): uma rea de Estudos da Religio nas Cincias Sociais diferenciada internamente. A formao da rea de Estudos da Religio analisada tambm levando-se em considerao as transformaes do campo religioso, das Cincias Sociais e das principais condições scio-polticas da sociedade brasileira contempornea. Nas Consideraes Finais, formula-se uma sntese comparativa dos trs perodos identificados na reconstruo do processo, que fornece uma viso de conjunto da evoluo do mesmo. Logo se examina, igualmente em perspectiva comparativa, a formao e o desenvolvimento da rea de Estudos da Religio nas Cincias Sociais brasileiras em relao trajetria desses estudos nos trs pases do Cone Sul aqui selecionados: Argentina, Chile e Uruguai. Por fim, salientam-se algumas consideraes sobre a abordagem terica adotada neste estudo. O material emprico utilizado provm de vinte entrevistas realizadas, neste estudo, com antroplogos e socilogos dedicados ao estudo da religio e inseridos no campo das Cincias Sociais, de uma extensa reviso bibliogrfica de livros, artigos publicados em revistas acadmicas, teses de Doutoramento e dissertaes de Mestrado, bem como de bancos de dados disponibilizados pela Internet.

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O conceito de turismo sustentvel passou por uma srie de transformaes at chegar proposta atual em que se cr que todo tipo de empreendimento pode ter como objetivo a sustentabilidade. Os empreendimentos hoteleiros conhecidos como resorts vistos, tradicionalmente, como uma forma de hospedagem insustentvel do ponto de vista social - foram escolhidos como objeto desta pesquisa que tem como objetivo explorar como este segmento da indstria hoteleira vm respondendo nova proposta inclusiva do conceito de turismo sustentvel. Para tanto, foi realizada uma pesquisa em duas dimenses. A primeira buscou fornecer um panorama geral sobre o entendimento do conceito de turismo sustentvel e a forma como este conceito vm sendo operacionalizado pelos resorts de praia do Brasil. Explorou, ainda, as formas como este conceito vm sendo operacionalizado pelos resorts. A segunda dimenso da pesquisa buscou aprofundar essas questes num grupo de resorts localizados no litoral norte da Bahia Praia do Forte Ecoresort e Complexo Costa do Saupe bem como verificar os impactos percebidos pelas comunidades locais. Os resultados demonstram que os resorts tm uma boa noo do conceito de turismo sustentvel, mas apresentam dificuldades na operacionalizao do mesmo. Alm da falta de informao e apoio, os resorts no possuem instrumentos gerenciais que incentivem a busca da sustentabilidade, apesar desta questo estar presente nas diretrizes estratgicas de todos eles. Sendo assim, a pesquisa demonstrou uma grande distncia entre o discurso e a prtica na busca pelo turismo sustentvel. Percebe-se que os resorts, apesar de interessados em incluir as comunidades no empreendimento, praticam de maneira mais freqente aes pontuais e assistencialistas que resultam em pouca ou nenhuma mudana positiva nas condições de bem-estar das comunidades. Assim, como comum acontecer em outros setores, o envolvimento dos resorts com a sustentabilidade se d de forma separada dos negcios o que faz com que as iniciativas - a despeito da preocupao de muitos empreendimentos apresentem resultados marginais na dimenso social da sustentabilidade. Nos estudos de caso, identificou-se que o Praia do Forte Ecoresort apresenta resultados mais prximos daqueles desejados pelas comunidades que contam com o turismo para alcanar o desenvolvimento. Apesar de algumas iniciativas significativas do Complexo Costa do Saupe este, at o momento, no apresenta uma atuao que possa ser caracterizada como bem sucedida no que se refere dimenso social da sustentabilidade.

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O presente trabalho tem por objetivo descrever o processo de implantao Organizaes Sociais de Sade na Secretaria de Estado da Sade de So Paulo enquanto caso especial de reforma do Estado no setor da sade, identificando os fatores motivadores e as justificativas referidas por parte do Estado e dos parceiros envolvidos, e descrever o processo de negociao e implantao das Organizaes Sociais de Sade caracterizando, a) regulamentao/legislao especfica; b) negociao e formalizao das parcerias; c) etapas de implantao; d) mecanismos de financiamento; e) fatores facilitadores e dificuldades; f) consideraes sobre os processo obtidos por parte dos envolvidos. A reviso bibliogrfica sobre o tema seguida de estudo de caso envolvendo a Secretaria de Estado da Sade e sete organizaes sem fins lucrativos com quem constituem parceria para gerenciar hospitais pblicos na Regio Metropolitana de So Paulo. As organizaes, com diferentes perfis assistenciais, constituem parceria mediante contrato de gesto. Identificam-se as diferenas entre este contrato e os propostos pela Reforma do Aparelho do Estado, as motivaes que orientaram os parceiros. os mecanismos de financiamento utilizados e o cuidadoso processo de negociao desenvolvido que permitiu dar estabilidade parceria. A percepo dos dirigentes das Organizaes Sociais de Sade, da Secretaria de Estado da Sade e dos diretores dos hospitais sobre o desenvolvimento da parceria, seus pontos fortes, os problemas identificados e as perspectivas de municipalizao so relatados e analisados. A parceria implicou em significativos ganhos institucionais para ambos os lados, bem como propiciou condições para o desenvolvimento de modalidades assistenciais diversificadas e outras parcerias com a comunidade envolvida. Entretanto, faz-se necessrio o contnuo aprimoramento do contrato de gesto e da articulao entre os gestores do sistema para permitir que as eventuais melhorias de desempenho alcanadas se reflitam no restante da rede e sejam sustentveis ao longo do tempo.

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O presente trabalho aborda o desempenho dos sistemas municipais de sade, tendo como foco a sade materno-infantil. Com o objetivo de apontar as possveis fragilidades dos sistemas de sade, especificamente daqueles em que a Ateno Primria (AP) a principal ou exclusiva estratgia de atuao da gesto municipal, foi criado um modelo terico de avaliao dos indicadores de sade, denominado de ADS. Aplicado s cidades com populao entre 14 mil e 35 mil habitantes, onde o sistema de sade se baseia exclusivamente na poltica de AP, esse modelo foi construdo por meio da tcnica de consenso, com a formao de um grupo de 12 especialistas na rea de sade coletiva para definio e validao de critrios para anlise dos sistemas. Testado na cidade de Iati, localizada no Agreste Meridional e distante 282 quilmetros da capital pernambucana, o ADS apontou fatores ambientais e socioeconmicos abaixo da mdia, alm de vulnerabilidades da assistncia materno-infantil que influenciam negativamente a situao de sade do municpio. A avaliao verificou ainda desempenho insatisfatrio no que diz respeito ao acompanhamento das crianas e gestantes por meio de consultas mdicas (efetividade); assistncia criana (continuidade); cobertura de consultas em crianas e imunizao de gestantes (acesso aos servios da Ateno Primria); produtividade das aes realizadas pelos profissionais de sade (eficincia) e capacidade de investigao dos bitos infantis, qualidade dos registros e controle da sfilis em gestantes (vigilncia sade). Tambm foi observada baixa alocao de investimentos em sade em combinao com a carncia de recursos humanos e materiais para prestar os servios. Ao final da pesquisa, foi possvel constatar a viabilidade de aplicao do modelo para planejamento das auditorias, avaliando o desempenho dos indicadores de sade no mbito municipal.

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Esta dissertao foi desenvolvida da seguinte forma: No item I - Introduo, se mostra como foi constatado que os indivduos, em experimentos, no se comportavam como simples maximizadores de quantidades, e so citadas as primeiras teorias explicativas dos comportamentos encontrados. Nos itens 11 e I1I, se mostra a evoluo histrica da Teoria dos Jogos e da Economia Experimental, a partir da publicao de "Theory of Games and Economic Behavior". No item IV, so apresentados conceitos bsicos de Teoria dos Jogos, formas de jogos, solues e equilbrio. No item V so apresentados conceitos de barganha e discutido o equilbrio em barganha. So apresentados, tambm, os Jogos do Ultimato e do Ditador, os quais serviro de base para comparao das duas teorias citadas, posteriormente, no item VIII. No item VI so apresentados as condições necessrias e os procedimentos adequados para a realizao de experimentos em Economia. No item VII so relacionados alguns experimentos realizados, em condições distintas, com Jogos do Ultimato e Ditador e, seus resultados e concluses so analisados. No item VIII so apresentados os Modelos de Preferncias Sociais e, em especial, a Teoria da AversclO Iniquidade e o Equilbrio de Justia Recproca. No item IX descrito o experimento proposto e sua motivao - rplica a uma assertiva de Chamess e Rabin (2002) quanto possvel igualdade de resultados em jogos realizados sob formas simultnea e seqencial. No item X Concluso, se faz uma comparao entre a Teoria da AversZo Iniqidade e a Teoria de Equilbrio de Justia Recproca.

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O modo de consumir nas sociedades contemporneas tem afetado diretamente as formas de exerccio da cidadania pelos sujeitos. O processo contnuo de resignificao dos bens, associado ao crescente descrdito nas instituies polticas e representativas dos direitos sociais tem fomentado a proliferao de instituies e modos alternativos de participao. Canclini (2008, p.29) afirma que homens e mulheres percebem que muitas das perguntas prprias dos cidados [...] recebem suas respostas mais atravs do consumo privado de bens e dos meios de comunicao de massa do que pelas regras abstratas da democracia ou pela participao coletiva em espaos pblicos. Portanto, o estudo da reconfigurao dos vnculos entre consumo e cidadania uma forma de vislumbrar novas possibilidades de participao social e representao de interesses da sociedade civil. Embora a maior parte dos estudos sobre consumo ainda esteja debruada sobre o entendimento da satisfao dos consumidores, este trabalho busca evidenciar o consumidor como foco de resistncia ao consumo. Assim, utilizei o mtodo de anlise de narrativas para identificar junto aos participantes do Movimento das Donas de Casa e Consumidores (MDCC) as condições em que algum tipo de resistncia fosse possvel. Para isso, foram realizadas 16 entrevistas em profundidade nos estados do Rio Grande do Sul e Minas Gerais. Paralelamente, busquei descrever as estratgias de participao do MDCC na formulao de polticas pblicas, enquanto representante da sociedade civil no que diz respeito proteo dos direitos dos consumidores. As observaes indicam que a existncia de um oponente, de uma inteno e de mecanismos de ao em torno da (re)contruo de signos coletivos desse grupo evidenciam condições favorveis para a existncia do MDCC como uma instituio de resistncia ao consumo.

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o trabalho objetiva enquadrar o Programa Grande Carajs dentro dos planos de desenvolvimento da Amaznia ~ do qual ele um programa para a Amaznia Oriental. A base terica e a de delimitao de sistemas sociais de Guerreiro Ramos

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Parte do processo de descentralizao iniciado no Brasil no fim da dcada de 1980, o movimento por uma maior permeabilidade do Estado resultou na definio de Conselhos Gestores de Polticas como peas centrais para as polticas sociais em todo o pas. No entanto, a heterogeneidade brasileira de propores continentais solicita a adequao e o ajuste de polticas pblicas e instituies para responderem sdiversas realidades locais. Este trabalho foi realizado a partir de um estudo de caso exploratrio que busca responder sobre o alcance dos Conselhos como arena para discusso, encaminhamento de demandas e soluo de problemas da populao que habita o espao considerado rural de Juruti, municpio amaznico repleto de especificidades e desafios comuns regio. Assim, apesar de observarmos a existncia de grupos, associaes e espaos similares nas comunidades para discutir necessidades e enderear as demandas por meio da atuao engajada de lideranas locais de diversos perfis, o que se percebe que muitos desconhecem caminhos j institucionalizados (como os Conselhos Municipais) para encaminhar suas demandas. Com um movimento alheio aos espaos legalmente constitudos, as comunidades perdem a oportunidade de participar mais ativamente da formao de agenda do municpio, alm de ficarem de fora dos mecanismos de controle social e acesso a recursos pblicos. A realizao de suas demandas se transforma em moeda de troca em vez de direitos reivindicados satisfeitos, se transforma em conquistas que perdem o papel simblico no fortalecimento organizativo das comunidades.Em uma realidade rural amaznica como Juruti, parece fundamental discutir o chamado trabalho de base, o que implica em considerar variveis de extrema relevncia de custo e tempo de deslocamento, alm da necessria regionalizao dos interesses e demandas. Percebe-se imprescindvel tambm a rediscusso sobre os parmetros para a definio do rural no pas, de forma a incluir os diversos Brasis e viabilizar diagnsticos que possibilitem que particularidades como as amaznicas se reflitam em polticas pblicas, em modelos de gesto municipal e em espaos participativos adequados, que dialoguem com o local.