999 resultados para Consciência histórica. País de Mossoró . Memória. Espacialidade


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Este trabalho analisou a influncia do país sobre o desempenho das firmas. A anlise emprica tomou por base uma amostra de 83.641 observaes de 10.927 firmas em 37 países e 224 indstrias, em um perodo de 10 anos. Um modelo linear hierrquico de trs nveis com classificao cruzada permitiu identificar que a importncia relativa dos efeitos país, indstria e interao indstria-país semelhante e, em conjunto, aproximadamente da mesma magnitude do efeito firma. Alm de estimar a importncia do efeito país, o trabalho analisou a infl uncia individual de cada país sobre o desempenho das fi rmas, o que permitiu a elaborao de um ranking de países com base na lucratividade das fi rmas.

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Nos ltimos anos, tem sido aguda a necessidade de se constituir pesquisa organizacional voltada para as especificidades locais. Isso tambm ocorre no caso brasileiro, onde se observa a distncia entre o contexto nacional e o dos países de onde se importam as tecnologias gerenciais aqui aplicadas. Uma das formas de se verificarem as peculiaridades da gesto e organizao brasileiras por meio da anlise histórica desses modelos. Assim, este texto trata de aspectos epistemolgicos e metodolgicos que permitem visualizar os limites e possibilidades da pesquisa histórica no campo de Estudos Organizacionais, dando certa nfase queles empreendidos no Brasil. Construmos nossa anlise em trs sees: a primeira trata dos pressupostos que circundam a aproximao entre a perspectiva histórica e as cincias sociais; a segunda aborda questes historiogrficas diretamente relacionadas ao campo de Estudos Organizacionais; e a terceira trata de algumas contribuies da historiografia brasileira aos Estudos Organizacionais. Por fim, apresentamos alguns temas para uma agenda de pesquisa.

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A pesquisa busca contribuir para uma melhor compreenso do pensamento administrativo por meio da anlise da utilizao da perspectiva histórica em administrao. Embora a aproximao entre administrao e histria no seja recente, ainda no avanou substancialmente de forma a viabilizar seu potencial ontolgico, epistemolgico e metodolgico. De forma a aprofundar essa discusso, classificamos trs abordagens do pensar administrativo relacionando-as com a discusso paradigmtica da histria, quais sejam: a histria dos negcios (business history); a histria da gesto (management history); e a histria organizacional (organizational history). Tal enquadramento permitiu identificar que a perspectiva histórica da nova histria inserida numa posio reorientacionista possibilita: a) refletir sobre a prxis social do pesquisador; b) considerar novos objetos, problemas e abordagens de pesquisa; e c) perceber que novas perguntas podem deslocar o foco de anlise do exgeno para o local, o que contribui para o desenvolvimento de anlises mais crticas sobre ideologias administrativas.

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O presente estudo pretende propor a criao de um museu do territrio para o concelho de Alcanena baseado na necessidade de proceder identificao, estudo e salvaguarda do patrimnio local colocando-o ao servio das comunidades e do seu desenvolvimento sustentado. Tratando-se de um estudo de caso, ir nortear-se pelos princpios e pelas noes da nova museologia bem como na compreenso e entendimento da noo de ecomuseologia, trabalhando os seguintes aspectos: As noes de patrimnio, identidade e memria, sua contextualizao e a forma como as instituies museolgicas fazem a sua apropriao; . O estudo da museologia no Sculo XX, baseada nas teorias museolgicas contemporneas da nova museologia, focando a importncia que a defesa e salvaguarda do patrimnio detm na promoo de novos modelos de desenvolvimento a nvel local, tendo como suporte a legislao nacional e internacional especfica na rea; A importncia que a promoo e implementao de um museu do territrio descentralizado e polinucleado no concelho de Alcanena poder assumir no contexto da salvaguarda patrimonial e do desenvolvimento sustentado local; Uma proposta concreta para a criao do Museu do Territrio do Concelho de Alcanena com vista implementao do turismo sustentvel visando o desenvolvimento econmico e social das populaes. O estudo realar a importncia das autarquias locais em todo o processo de salvaguarda patrimonial e desenvolvimento sustentvel baseado no seu conjunto patrimonial.

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Este artigo faz uma breve reviso histórica da trajetria, dos desafios e das tendncias no ensino superior de administrao e administrao pblica no Brasil. Este trabalho mostra-se bastante oportuno atualmente, em funo de diferentes iniciativas que esto sendo empreendidas pelos acadmicos e instituies comprometidos com o ensino superior no país. O artigo apresenta inicialmente a trajetria do ensino superior de administrao, para ento abordar os principais desafios que as escolas e seus acadmicos enfrentam nessa rea, consolidar as principais tendncias para o ensino superior e, por fim, destacar a necessidade de rascunhar uma agenda de debate que envolva as instituies, seus representantes e acadmicos.

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Vivemos um paradoxo: a liberdade e a razo podem abrir caminho ao enfraquecimento das instituies democrticas. Os totalitarismos do sculo XX alimentaram as ambiguidades sobre essa concluso. Stefan Zweig falou-nos de sociedade livres, que se foram metendo na lgica da servido voluntria. Se a legitimidade do voto e a legitimidade do exerccio tendem a confundir-se, o poder baseado na deciso popular tem de reforar a sua prpria legitimidade, prosseguindo o interesse geral e preservando os valores comuns. Urge apostar inequivocamente na cultura, na educao e na cincia, que tm de estar no centro das preocupaes de uma sociedade actual s assim a democracia pode reforar-se como aprendizagem das regras e das escolhas. As regras no podem ser fins em si tm de ligar-se a princpios e valores. Hoje, os europeus esto confrontados com a necessidade de antecipar a evoluo para poder escolher bem. Teme-se um directrio? Teme-se a f ragmentao? O directrio europeu est-se a construir perante o vazio de alternativas comunitrias. Quanto mais nos afastarmos das propostas da Conveno mais reforaremos esse indesejvel directrio dos grandes. A fragmentao continuar se no houver polticas coordenadas sobre o emprego e sobre a coeso, econmica, social e territorial, e se persistirem orientaes contrrias ao governo econmico. A Europa no s a histria, mas tambm a capacidade de a superar, porque razo e liberdade no so projectos fechados e definitivos.

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O desenvolvimento do Programa de Governo Eletrnico brasileiro foi iniciado em 2000, durante a gesto do presidente Fernando Henrique Cardoso, e atravessa hoje a terceira gesto de dois diferentes governos. Embora a perspectiva tecnolgica tenha alta relevncia na anlise histórica desse programa, este artigo prope uma abordagem metodolgica para a anlise do Programa de Governo Eletrnico apoiada em um modelo de referncia que incorpora as suas diversas etapas de desenvolvimento, seus atores, suas relaes e fatores intervenientes. A validao do modelo foi feita por meio de levantamento emprico, em que foram utilizadas entrevistas semiestruturadas com atores-chave do processo.

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Esta a primeira primeira verso em ingls da obra de J.H. da Cunha Rivara A Conjurao de 1787 em Goa e vrias cousas desse tempo: Memria Histórica (Panjim, 1875) em que compilou a documentao sobre a chamada Conjurao dos Pintos. A Introduo analisa os motivos que teriam levado Cunha Rivara para se dedicar a este assunto. Como secretrio de Estado, Cunha Rivara estava preocupado com a Revolta dos Cipaios que abalara a ndia vizinha, e foi obrigado a prestar ajuda administrao da Companhia das Indias Orientais nesta crise nas fronteiras do Estado da ndia. Havia tambm militares catlicos de Goa (Pintos de Candolim) que estavam envolvidos na Revolta como funcionrios ao sedrvio dos Maratas. O motivo mais imediato para investigar a Conjurao de 1787 eram as provocaes dos goeses que referiam a aquele evento nos discursos eleitorais como "aborto da justia". Estes discursos irritavam Cunha Rivara que estava mais inclinado a apoiar os candidatos dos descendentes portugueses para deputados na camara dos pares em Lisboa. Esta investigao e publicao de Cunha Rivara no favorece a imagem de Cunha Rivara como um historiador insuspeito de predileces. Tambm as suas publicaes sobre os problemas enfrentados pelo Padroado portugus na ndia so igualmente marcadas por emocionalismo.

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Da origem alicerada nos princpios da filantropia e da caridade religiosa no sculo XVI contemporaneidade do marco legal e da gesto orientada ao desempenho, este artigo objetiva demonstrar a trajetria histórica do terceiro setor brasileiro, com foco em seus aspectos de gesto, legislao e fontes de recursos. Em termos metodolgicos, o artigo caracteriza-se como de natureza qualitativa, e a leitura histórica empreendida fundamenta-se em dados de livros, artigos, documentos, leis e relatrios de pesquisa. Para que os elementos-foco da anlise fossem visualizados ao longo da histria, utilizaram-se diagramas baseados nas rvores hiperblicas. Entre diversos aspectos levantados, considera-se que ao longo de cinco sculos o terceiro setor veio ampliando seu espao de atuao, tanto em abrangncia quanto em importncia. Contudo, foram diversas as mudanas institucionais ocorridas. As organizaes sem fins lucrativos, ainda que conservem valores como a solidariedade e o altrusmo, tambm passaram a lidar com lgicas mais instrumentais, auferindo seu desempenho e buscando resultados cada vez mais elevados. Por fim, certos elementos histricos so questionados, tendo em vista que podem ter sido retratados sob perspectivas hegemnicas e ideolgicas, o que gera a possibilidade de releituras e de desenvolvimento de novos estudos historiogrficos.

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Neste artigo comeamos por salientar que a memria, ou mais precisamente uma estrutura institucionalizada de memria, tem hoje um valor estratgico e constitui um activo importante tanto para os indivduos como para as organizaes, tornando-se objecto de complexas disputas estratgicas. Mostra mos ento que no existe institucionalizao bem sucedida sem que os edifcios de sentido que aspiram visibilidade social (pessoas e imagens pblicas, caricaturas, marcas, tecnologias, formatos televisivos, projectos editoriais, ambies ou denegries, etc.) se acolham em estruturas institucionalizadas de memria a que se encontram associadas formas de cotao social como sejam, para falar apenas das mais inesperadas, os jris residentes ou annimos de espectadores televisivos, os jris de festivais de publicidade, os clubes de fs ou as claques desportivas. Sustentamos que apenas nesse momento que os edifcios de sentido vem o seu valor reconhecido. De outro modo, a queda no inorgnico que os espera, isto , o anonimato social, poltico ou econmico.

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O conceito de atmosfera flmica complexo porque a sua anlise levanta o problema da construo formal cinematogrfica como meio indutor da atmosfera de um filme. Alm disso, a prpria noo de atmosfera revela uma srie de outros conceitos mais ou menos controlados atravs dos elementos flmicos, que tero todos o mesmo objectivo: o reconhecimento desses conceitos atravs da manifestao da atmosfera.

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As organizaes so responsveis por uma significativa fatia das nossas experincias de vida e constituem um invlucro que raramente nos abandona, que atravessamos diariamente e nos deixa marcas, umas mais benvolas e gratificantes,outras aterradoras ou estigmatizantes. As organizaes so tudo isto e ainda veculos, talvez dos mais importantes, que crimos para cooperar e, paradoxalmente, nos magnificarmos individual ou colectivamente. Neste nosso estudo procurmos descrever e interpretar o funcionamento das organizaes, concentrando-nos em processos que consideramos hoje particularmente crticos: as institucionalizaes de sentido. A nossa hiptese de partida levou-nos a sustentar que os processos de institucionalizao e de auto-institucionalizao desempenham um papel central nas sociedades actuais, submetidas mais do que nunca a brutais oscilaes entre o orgnico e o inorgnico. A centralidade destes processos de auto-institucionalizao tentada e, em alguns casos, consumada decorre do facto de se assistir a uma crescente impregnao do social e do pessoal pelo institucional como condio para uma maior eficcia quer dos indivduos, quer das organizaes. Institucionalizar significa encurvar a linha do tempo para fazer existir algo, criar um tempo prprio para que um nome, uma imagem, um valor, uma rotina, um produto, enfim, um edifcio de sentido possa perdurar. Trata-se de um jogo que consiste em procurar as melhores oportunidades para os nossos projectos e ambies (alis, no caso da nossa prpria auto-institucionalizao como se dissssemos: suspenda-se o tempo linear para que esta representao ou verso mtica de mim possa existir e vingar). De forma mais dramtica ou mais ldica, tal tipo de jogo generalizou-se e tem como palco privilegiado, mas no exclusivo, os media. Em resumo: institucionalizar sempre ralentir son histoire (Michel Serres), introduzir uma temporalidade mtica no tempo histrico da comunicao e ocupar um lugar numa estrutura institucionalizada de memria, retirando da considerveis vantagens simblicas e materiais. No restringimos, pois, estas observaes esfera organizacional. A compulso generalizada a tudo tornar instituio arrasta-nos a ns prprios enquanto indivduos, traindo um intenso desejo de permanecer, de resistir volatilidade social, ao anonimato, de tal modo que podemos falar hoje em instituies-sujeito e em sujeitos-que-se-modelam-como-instituies. Pela sua prpria auto-institucionalizao os indivduos procuram criar um campo de influncia, estabelecer uma cotao ou uma reputao, fundar um valor pelo qual possam ser avaliados numa bolsa de opinio pblica ou privada. Qual o pano de fundo de tudo isto? O anonimato, causador de to terrveis e secretos sofrimentos. Alguns breves exemplos: a panteonizao ou, alis, a vontade de panteo de Andr Malraux; o processo de auto-santificao de Joo Paulo II, como que a pr-ordenar em vida o percurso da sua prpria beatificao; o gnio cannico dos poetas fortes, teorizado por Harold Bloom; o mpeto fundacional que se manifesta na intrigante multiplicao no nosso país de fundaes particulares civis criadas por indivduos ainda vivos; ou, mais simplesmente, a criao de um museu dedicado vida e carreira musical da teen-diva Britney Spears, antes mesmo de completar vinte anos. Mas, afinal, o que fizeram desde sempre os homens quando institucionalizavam actividades, prticas ou smbolos? Repetiam um sentido e,repetindo-o, distinguiam-no de outros sentidos, conferindo-lhe um valor que devia ser protegido. A ritualizao, ou, se se quiser, um processo de institucionalizao, envolve, entre outros aspectos, a proteco desse valor estimvel para um indivduo, uma faco, um agrupamento ou uma comunidade. Processos de institucionalizao, e mesmo de auto-institucionalizao, sempre os houve. No encontraremos aqui grande novidade. Os gregos fizeram-no com os seus deuses, institucionalizando no Olimpo vcios e virtudes bem humanas. Quanto s vulnerabilidades e aos colapsos da nossa existncia fsica e moral, as tragdias e as comdias helnicas tornaram-nos a sua verdadeira matria prima. A novidade reside sobretudo nos meios que hoje concebemos para realizar a institucionalizao ou a auto-institucionalizao, bem como na escala em que o fazemos. A nossa actual condio digital, por mais que a incensemos, no muda grande coisa questo de base, isto , que as projeces de eternidade permanecero enquanto o inorgnico continuar a ser o desafio que ciclicamente reduz a nada o que somos e nos faz desejar, por isso mesmo, ostentar uma mscara de durao. Defendemos tambm neste estudo a ideia de que as narrativas, sendo explcita ou implicitamente o contedo do institudo, so simultaneamente o meio ou o operador da institucionalizao de sentido (no o nico, certamente, mas um dos mais importantes). O acto de instituir consubstancial do acto narrativo. Instituir algo relatar, com pretenso legitimidade, quem , o que e a que privilgios e deveres fica submetido esse institudo, trate-se de uma ideia, valor, smbolo, organizao ou pessoa. Mesmo quando a complexidade do discurso jurdico parece querer significar que se instituem apenas normas ou leis, bem como o respectivo regime sancionatrio, o que, na verdade, se institui ou edifica (o que ganha lugar, volume, extenso material e simblica) so sempre redes de relaes e redes de sentido, isto , narrativas, histrias exemplares. A institucionalizao o mecanismo pelo qual respondemos, narrativamente, disperso dos sentidos, a uma deficiente focagem da ateno social ou da memria, e procuramos estabilizar favoravelmente mundos de sentido, sejam eles reais ou imaginados. Apresentemos, muito sumariamente, algunspontos que nos propusemos ainda desenvolver: Num balanceamento permanente entre orgnico e inorgnico (pois os tempos so de disperso do simblico, de des-legitimao, de incerteza e de complexidade), as organizaes erguem edifcios de sentido, sejam eles a cultura empresarial, a comunicao global, as marcas, a imagem ou a excelncia. Neste contexto, a mera comunicao regulada, estratgica, j no cumpre eficazmente a sua misso. A institucionalizao um dos meios para realizar a durao, a estabilizao de projectos organizacionais e de trajectos individuais. Mas nem os prprios processos de institucionalizao se opem sempre eficazmente s bolsas de inorgnico, potencialmente desestruturantes,que existem dentro e em torno da organizao. Os processos de institucionalizao no constituem uma barragem contra o Pacfico. A eroso e o colapso espreitam-nos, ameaando a organizao, como ameaam igualmente as ambies dos indivduos na esfera pblica ou mesmo privada. Uma das respostas preventivas e, em alguns casos, tambm reparadoras de vulnerabilidades, eroses e colapsos (seja de estruturas,de projectos ou de representaes) a auditoria. As auditorias de comunicao, alis como as de outro tipo, so prticas de desconstruo que implicam fazer o percurso ao invs, isto , regressar do institudo anlise dos processos de institucionalizao. O trabalho de auditoria para avaliar desempenhos, aferindo o seu sucesso ou insucesso, comea a ser progressivamente requisitado pelas organizaes. Tivemos, alis, a oportunidade de apresentar uma abordagem narrativa-estratgica de auditoria de comunicao, recorrendo, para o efeito, a algumas intervenes que acompanhmos em diversas empresas e instituies, as quais, em vrios momentos, se comportaram como verdadeiras organizaes cerimoniais, retricas. Assim, comemos por destacar as dificuldades que uma jovem empresa pode sentir quando procura institucionalizar, num mercado emergente, novos conceitos como os de produto tecnolgico e fbrica de produtos tecnolgicos. Vimos, em seguida, como uma agncia de publicidade ensaiou a institucionalizao de um conceito de agncia portuguesa independente, ambicionando alcanar o patamar das dez maiores do mercado publicitrio nacional. Uma instituio financeira deu-nos a oportunidade de observar posicionamentos de mercado e prticas de comunicao paradoxais a que chammos bicfalos. Por fim, e reportando-nos a um grande operador portugus de comunicaes, apresentmos alguns episdios erosivos que afectaram a institucionalizao do uso de vesturio de empresa pelos seus empregados. Haver um conhecimento rigoroso das condies em que funcionam hoje as organizaes enquanto sistemas de edificao e de interpretao de sentido? No o podemos afirmar. Pela nossa parte, inventarimos filiaes tericas, passmos em revista figuraes, prticas e operatrias. Analismos as condies em que se institucionalizam, vulnerabilizam, colapsam e reparam estruturas de sentido, seja nas organizaes seja em muitas outras esferas sociais e mesmo pessoais. Um glossrio mnimo com conceptualizaes por ns prprios criadas ou afinadas podia contemplar as seguintes entra das, entre muitas outras possveis: quadro projectado, quadro literal, mapa de intrigas, capacidade de intriga, tela narrativa, narrao orgnica e fabuladora, narrativa cannica, edifcio de sentido, estrutura institucionalizada de memria, memria disputada, cotao social, processo de institucionalizao e de auto-institucionalizao,institucionalizao sob a forma tentada, actividade padronizada, trabalho de reparao de sentido. Diramos, a terminar, que a comunicao, tal como a entendemos neste estudo, o processo pelo qual os indivduos e as organizaes realizam a institucionalizao, isto , disputam, mantm viva e activa uma memria e, ao mesmo tempo, previnem, combatem ou adiam as eroses e os colapsos de sentido que sempre acabam por vir dos seus ambientes interiores ou exteriores. A comunicao est hoje, claramente, ao servio da vontade de instituir que se apoderou dos indivduos, dos grupos e das organizaes,e pela qual enfrentam e respondem aos inmeros rostos do inorgnico, a comear, como tantas vezes referimos, pelo anonimato. No estranharemos, ento, que seja por uma comunicao com vocao institucionalizadora que marcamos e ritualizamos (fazemos repetir, regressar ou reparar) o que, para ns, indivduos ou organizaes, encerra um valor a preservar e que julgamos encerrar um valor tambm para os outros.