1000 resultados para Filosofia moderna Séc. XVIII
Resumo:
Este artigo aborda as finanas comportamentais, uma das inovaes mais importantes e controversas em finanas, que confrontam o paradigma tradicionalmente aceito, baseado na moderna teoria financeira. Inicialmente realiza-se uma sntese de potenciais problemas de tomada de deciso, exemplificando-se alguns aspectos no racionais que constituem importantes paradoxos em finanas. Aps uma discusso da teoria de prospecto, replicam-se numa amostra brasileira os experimentos seminais de Kahneman e Tversky. So discutidas diversas situaes que violam premissas da teoria da utilidade esperada, base da teoria moderna de finanas. Os resultados empricos mostram que se mantm as evidncias de diversos vieses de percepo em decises, independentemente de aspectos relacionados com a evoluo do mercado e com a cultura ou nacionalidade dos indivduos. O distanciamento entre a teoria moderna de finanas e a prtica em decises financeiras sugere a abordagem das finanas comportamentais como uma alternativa
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RESUMO O presente trabalho tem como objetivo examinar algumas das contribuies da Filosofia deleuzeana para os Estudos Organizacionais. Para tanto, primeiro farei uma leitura geral de sua obra, examinando trs marcos de sua filosofia: seu conceito de diferena e suas implicaes, a concepo de sujeito engendrada por ela e, finalmente, o papel e relevncia de sua parceria com Guattari para concretizao de seu projeto filosfico. Concluo que a Filosofia de Deleuze pode contribuir especialmente para estudos empricos em organizaes, fornecendo premissas bsicas que podem orientar tais estudos. O artigo visa no s contribuir para uma melhor compreenso do complexo pensamento de um dos filsofos mais importantes do século XX no meio dos Estudos Organizacionais, mas tambm deseja preencher uma lacuna nesse campo que diz respeito pungente necessidade de que a reflexo filosfica faa-se presente nele.
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Revista de Filosofia da Unidade de Investigao em Cincia, Tecnologia e Sociedade da Universidade Lusfona
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Neste artigo explorada a metfora do naufrgio enquanto conotando um aspecto fundamental da existncia humana e da experincia esttica. Mais exactamente, sustenta-se que a existncia humana pode ser vista segundo duas dimenses: a do espectador que, seguro no porto, a contempla, e a daquele que nela naufraga,procurando abandonar o ponto de vista do espectador e ultrapassar os limites que a existncia normal traa. Diversos autores, Montaigne, Nietzche, so utilizados como ilustraes dessas duas perspectivas. Elas prolongam-se em duas formas correspondentes de encarar a esttica, exemplificada pela atitude contemplativa que, por exemplo, podemos encontrar teorizada em Kant, e uma esttica moderna, que procura mergulhar no naufrgio e que exemplificada por propostas artsticas que vo dos futuristas at aos situacionistas e a certas formas de arte contempornea como a chamada arte abjecta. Conclui-se chamando a ateno para as consequncias ticas e polticas que um tal desejo irreprimvel de mergulhar no naufrgio encerra.
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Neste artigo explora-se a posio do indivduo situado no centro da cidade moderna, mais exactamente a oposio do sujeito que verdadeiramente est dentro dela com o sujeito que, ainda dentre dela, a olha contemplativamente de um ponto vista exterior, a olha a atravs de uma janela. Para analisar as consequncias dessa posio, segue-se o percurso de dois contos, um de E. A. Poe e outro de E. T. Hoffmann. Em ambos os casos, assistimos posio do espectador que, sozinho e olhando atravs da janela, v que o movimento de uma cidade o movimento de uma multido. A oposio entre indivduo e multido estrutura as modernas cidades, num sentido mais profundo que o geralmente referido, utilizando-se algumas intuies de W. Benjamin para aprofundar essa relao. Salientando sempre a oposio entre espao privado e espao pblico, entre indivduo e multido, e entre multido orde nada e multido desordenada, o artigo termina prolongando a metfora da janela para os usos tambm metafricos das janelas em ambientes virtuais.
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Respaldado nas teorias de coproduo de bens pblicos, este artigo desenvolve e apresenta uma matriz de coproduo do servio pblico. A partir desta matriz faz-se uma avaliao da participao do cidado na implementao de uma poltica habitacional levada a efeito pela Companhia de Habitao do Estado de Santa Catarina (Cohab/SC), rgo vinculado Secretaria de Estado do Desenvolvimento Social, Urbano e Meio Ambiente, com a execuo do Programa Estadual de Promoo de Assentamentos Humanos e Moradias Populares no perodo 2003-06. Os resultados obtidos revelam que a participao do cidado varia desde o contato inicial com o rgo, ou respectivo representante pblico, durante a execuo das obras, at a entrega das casas. Anlise pautada na matriz identificou que o tipo e a intensidade da coproduo do bem pblico ocorreram de formas distintas nos dois municpios observados - Palhoa e Rancho Queimado -, apresentando resultados mais abrangentes e substantivos em favor do ltimo.
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Este estudo tem por objetivo analisar as concepes de Direito Natural (DN) de alunos de um Curso de Direito em uma universidade brasileira, no incio e no final do curso. Mtodo: Trata-se de um estudo quali-quantitativo, onde se elaborou um resgate histrico em torno do DN nas idades Antiga, Mdia, Moderna e Contempornea e, seguir, uma anlise qualitativa e quantitativa das falas dos alunos de 1. e 5 ano do Curso de Graduao em Direito em 2007. Resultados: os alunos do 1 perodo j ouviram falar do Direito Natural (83,75%) mais do que os do 5 perodo (78,72%), Os alunos do 1 ano (54,65%) concordam mais do que os alunos do 5 ano que o Direito Natural existe (48,93%). Houve discordncia nos dados referentes ao fato do Direito Natural ser imutvel, pois os alunos do 1 ano no concordam, nem discordam, enquanto os do 5 (23,4%) discordam que o Direito Natural seja imutvel. Quanto ao fato do Direito Natural ser a base para o Direito Positivo, mas difere deste, os alunos do 5 ano (48,93%) concordam mais do que os do 1 ano (41,93). Os alunos do 1 ano (39,53%) concordam mais, do que os alunos do 5 ano (27,65%) que o Direito tenha cunho religioso. Os dados se aproximam quanto ao fato do Direito Natural fundar-se em discursos metafsicos, isto , 44,18% dos alunos do 1 ano concordam, contra 46,80% dos alunos do 5 ano que tambm concordam. Mais alunos do 5. Ano (40,42%) concordam que o Direito Natural existia antes de surgir o Estado, contra apenas 38,97% do 1 ano. Tambm so os alunos do 5 ano (40,42%) que concordam que o Direito Natural inerente pessoa humana, indelvel, inalienvel e jamais se apagar, contra 39,53%) dos alunos do 1 ano. Ainda so os alunos do 5 ano (44,68%) que concordam que o Direito Natural inspira o legislador a fazer leis justas, contra apenas 33,72% dos alunos do 1 ano. Mais uma vez so os alunos do 5 ano que concordam (51,06%) que o Direito Natural a base do Direito Positivo, mais do que os alunos do 1 ano. Concluso: os alunos do 1 ano ouviram falar mais do Direito Natural, h meses, na Universidade; afirmam que o Direito Natural existe; inerente essncia humana; mas no concordam, nem discordam respeito de sua imutabilidade e que ele tenha cunho religioso. Quanto aos alunos do 5 ano, estes afirmam que o Direito Natural a base do Direito Positivo; que funda-se em discursos metafsicos; que existia antes de surgir o Estado; que inerente pessoa humana, indelvel, inalienvel e jamais se apagar e que inspira o legislador fazer leis justas. Considerando que as diferenas entre os ndices de concordncias entre os alunos de 1 e 5 anos so mnimas, percebe-se que, apesar dos alunos terem ouvido falar do Direito Natural na Universidade, esta no influencia no modo de pensar dos alunos em relao ao mesmo. Infere-se que, na elaborao das grades curriculares dos Cursos de Direito, haja maior ateno quanto apresentao do DN na disciplina Filosofia do Direito.
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Este estudo objetivou compreender a percepo dos gestores operacionais da Secretaria de Tecnologia da Informao (STI) do TRE/SC acerca dos impactos gerados nos processos de trabalho internos do rgo aps a implementao das melhores prticas de governana de TI. Em termos metodolgicos, trata-se de um estudo de caso descritivo-avaliativo, de abordagem qualitativa no que concerne s caractersticas e ao modo de investigao. Como resultados, verificou-se que at maro de 2013 foram implementados oito dos 24 processos de governana de TI baseados no modelo Cobit, verso 4.1, definidos como meta do Planejamento Estratgico de TI para 2013. Concluiu-se que a percepo dos gestores positiva em relao governana de TI, embora existam algumas falhas, como na comunicao intra e interreas e na centralizao de informaes por alguns setores.
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Em um artigo famoso mas pouco compreendido, Lvi-Strauss define as noes de estrutura e de modelos, e afirma a importncia dessas noes para as Cincias Sociais. Encontramos ali as noes de "grupo", de "estrutura topolgica" e de "estrutura de ordem", a distino entre "modelos mecnicos" e a de "modelos estatsticos", e uma classificao das Cincias Sociais (a Histria, a Sociologia, a Etnografia e a Etnologia) a partir dessas noes . Trata-se de "cientificismo" depois abandonado? No, porque o uso dessas noes no somente permanece em sua obra posterior, como elas envolvem algumas das idias mais bsicas de Lvi-Strauss sobre as sociedades e seu movimento histrico. verdade que Lvi-Strauss utiliza metaforicamente essas noes, de maneira que no adianta buscar nos seus textos as definies cientficas para eles. Em vez disso, guiado por um esforo consciente de combinar sempre sensibilidade e razo, desrespeitando a moderna separao entre "cincias do esprito" e "cincias da natureza", Lvi-Strauss expressou alguns de seus temas centrais. Um deles a importncia das simetrias como propriedades comuns natureza e mente humana. O segundo a viso da histria como perda de simetrias. Esses temas encontram-se entremeados em suas anlises de mitos e de parentesco, mas tambm no domnio da arte, na msica e na pintura. Curiosamente, os projetos formulados por Lvi-Strauss no seu artigo sobre "A noo de estrutura em Antropologia", bem como no "Pensamento selvagem" e outros trabalhos no mesmo esprito, embora sejam vistos por muitos como ultrapassados, encontram-se em pleno vigor fora do mainstream da Antropologia, em disciplinas como a Neurocincia, a Etnocincia e a Teoria de sistemas auto-organizativos.
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Empreende-se neste ensaio um esforo de conhecer os pressupostos antropolgicos de interpretao do pensamento havaiano do século XVIII a partir da elucidao recproca dos argumentos de Marshall Sahlins e Gananath Obeyesekere sobre esta maneira de pensar. No sendo possvel reproduzir os argumentos dos autores em toda sua profuso etnogrfica e sofisticao terica, optou-se por destacar a questo da identificao pelos havaianos do capito Cook como seu deus Lono de modo a explicitar as preocupaes de Sahlins e Obeyesekere quanto validade de tal prtica como um comportamento racional.
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O presente artigo pretende examinar algumas estratgias observadas na constituio da elite local no Gro Par no século XVIII, centrado num estudo de caso particular envolvendo a eleio para almotac de 1741, abordando tanto trajetrias individuais como de grupo. Destacam-se, na presente anlise, questes como a formao da elite colonial paraense aliadas consolidao da posio desse grupo seja atravs do acesso aos rgos locais de poder como atravs das redes de parentesco e clientelares, fazendo uso de fontes diversificadas.
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Este artigo objetiva revisitar as diferentes agncias e solicitaes de cinco povos indgenas Timbira localizados nas capitanias do Piau, Maranho, Par e nordeste de Gois entre os séculos XVIII e XIX, diante de um contnuo processo foroso de territorializao e reinveno das suas prticas culturais, religiosas e polticas pressionadas pelos contatos com as alteridades, especialmente os criadores de gado.
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Situando-se na interseco entre constitucionalismo e independncias, o artigo tem como objetivo discutir a dinmica institucional da justia na formao do Imprio do Brasil como parte de uma compartilhada tradio jurdica em todo o mundo ibero-americano, centrando-se no ciclo de mudanas ocorrido entre meados dos séculos XVIII e XIX. Para tanto, o recorte est nas garantias de justia que, existentes na cultura do ius commune, seriam centrais aos novos estados independentes na Amrica por meio da estatizao de elementos que previam o funcionamento de uma antiga chave: a de que a "boa administrao da justia" dependia do "bom juiz", e do seu reto comportamento, e no das leis e de sua devida aplicao. A partir da prevalncia de uma justia de juzes, conclui-se que, sem cdigos, no sentido moderno, foi impossvel se implantar um regime de justia de leis.
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Esse artigo discute especificamente o feito guerreiro de Narm-Sn e a consulta divinatria associada a ele que formou uma longa tradio memorialstica na Mesopotmia entre os séculos XVIII a. C. e III a. C. Este longo processo conservou e propagou a memria do feito, revelando uma srie de metamorfoses nas sentenas e suas interpretaes. Adivinhos e escribas tiveram papel central nesta dinmica de formao da memria e legitimao do fato. Neste quadro de formulao historiogrfica, composto por documentao rarefeita, observa-se como os mesopotmios passaram a admitir que o passado poderia servir como um reservatrio de experincias para conhecer melhor o presente.