929 resultados para Cinema e linguagem


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O presente artigo é resultado de uma pesquisa de mestrado que estudou as representações da sexualidade de jovens solteiros, membros da Igreja Evangélica Bola de Neve. O interesse dessa denominação neopentecostal por moralizar o comportamento sexual dos fiéis é evidente. Seus pastores dedicam-se ao controle da sexualidade e preconizam a virgindade e o casamento, considerados princípios cristãos por excelência. A análise dos dados permitiu-nos constatar que os fiéis representam o desejo como pecado e patologia, procurando interditá-lo conforme o imperativo moral da instituição eclesiástica. Contudo, a repressão do desejo convive paradoxalmente com a liberação dos corpos, que ficam à mostra para serem vistos, admirados e desejados. Nessa congregação religiosa, a libido é simultaneamente coibida e estimulada.

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Nas últimas décadas, temos presenciado o surgimento de uma Antropologia do Cristianismo. Destacam-se, nesse campo emergente, as seguintes questões-chave: 1) o papel do Cristianismo em esforços de promoção de mudança social; 2) o caráter distintivo das interpretações Cristãs sobre a linguagem; 3) a tendência do Cristianismo a fomentar o individualismo. Este artigo oferece um relato sintético desses precessos considerando como as diversas interpretações cristãs da tensão entre transcendência e mundano conformam as maneiras pelas quais diversas igrejas lidam com essas questões.

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O artigo parte de uma simples constatação: é bastante insatisfatória, no presente estágio da pesquisa, a colocação do problema das relações entre imagens e palavras no universo fílmico. Trata-se, no entanto, de uma questão decisiva para a estética do cinema. Em geral, as análises feitas valorizam apenas a função das imagens na gênese e no desenvolvimento das significações. A hipótese de trabalho que se apresenta aqui, vem propor, ao contrário, uma abordagem do complexo sígnico constituído pela fusão indissolúvel dos dois recursos expressivos, que forma assim um meio de comunicação específico, original e absolutamente novo. Esse caráter inédito exige uma investigação minuciosa e urgente, conjugando-se perspectivas filosóficas, semióticas e propriamente cinematográficas.

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"Habitualmente não se presta atenção ao fato de que a Primeira Parte da Ideologia Alemã ("Feuerbach") foi a última a ser redigida por Marx. O texto, tal como nos aparece hoje, encobre portanto a gênese da crítica ao Humanismo. Esta última, como este pequeno ensaio pretende indicar, só poderia brotar do contacto meticuloso com o texto do Único e sua Propriedade. Após a leitura de Stirner, Marx pôde se acreditar liberado deste último fantasma especulativo e ideológico: o Homem."

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Para que um discurso sobre o espetáculo do mundo transcendente seja acolhido como totalidade inteligível e coerente, urge desvencilhar-se da arbitrariedade do domínio de trêmulos contornos do sensível, esfera de opiniões apenas. É o que propõe Platão, na esteira das reflexões dos primeiros pensadores: para suprir deficiências que causam a elisão da realidade e transformar a linguagem num veículo de intelecção autêntica dos conceitos essenciais de um pensar filosófico, ele a coloca no centro de uma especulação rigorosa. Tal como seus antecessores Heráclito e Parmênides, Platão revela logofilia ao empenhar-se na construção de uma nova estrutura discursiva, diferente daquela do homem comum, desencadeando no campo da Filosofia uma revolução que se tornara indispensável: elabora um modelo fundador - princípio de uma ordem permanente propedêutica à construção de uma linguagem formal e abstrata - referente a entes que os homens, na maioria, por si mesmos não conseguem visualizar. Somente nela poderá reverberar a verdade universal das Formas que, ao emprestarem seus nomes à infindável série dos particulares sensíveis, os clarifica e lhes confere significação. Com as teorias que a partir das Formas desenvolve e expõe nos Diálogos, o filósofo visa induzir o leitor a preparar-se para operar, metodicamente, a conversão de sua alma ao plano desses seres ideais, supra-sensíveis, e apreender, assim, a realidade que tudo fundamenta e torna cognoscível.

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As análises de Rousseau indicam que o ingresso no universo simbólico traz consigo a possibilidade da perda da unidade do indivíduo e com ela a possibilidade de ruptura do vínculo social. Partindo da demonstração que a mediação dos signos representativos dá-se em três instâncias distintas, procurou-se detectar se a mesma lógica que comanda o sistema como um todo subjaz às suas teorias musicais. A idéia de que uma seqüência hierarquizada de valores, que vão do mínimo ao máximo de inserção de signos representativos, também se exprime nas concepções musicais de Rousseau é aqui demonstrada, de modo que estas se integram perfeitamente ao conjunto da obra do autor por estarem em conformidade com os princípios que fundamentam suas doutrinas.

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O trabalho pretende expor, em suas linhas gerais, a ligação, presente na teoria da consciência desenvolvida por Hegel, na Filosofia do Espírito de Jena, entre a formação da consciência, compreendida no bojo dos processos de individualização e desenvolvimento das capacidades prático-cognitivas, e a pré-articulação linguística da cognição. Para isso, o ponto de partida é a exposição dos aspectos gerais da teoria hegeliana da consciência, nessa fase. Em seguida, interpreta-se essa teoria da consciência, relacionando-a a processos societários de desenvolvimento de capacidades prático-cognitivas. A partir disso, procura-se então delinear os aspectos fundamentais da relação entre razão teórica e linguagem. Finalmente, discute-se a recuperação da consideração sobre a linguagem, no processo de formação da consciência.

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Meu objetivo é mostrar que as teses externalistas "os significados não estão na cabeça" e "os pensamentos não estão na cabeça" não implicam, necessariamente, a tese mais radical "a mente não está na cabeça". Trato dessa questão no âmbito do Externalismo Social de Tyler Burge e Lynne Baker, argumentando que a importância que esses pensadores atribuem à linguagem nas questões relativas à mente não significa, como uma leitura apressada poderia sugerir, a redução da mente à linguagem e, muito menos, a eliminação da mente. A minha conclusão é que o externalismo social linguístico não se constitui como uma estratégia eficaz de enfrentamento dos problemas da natureza da mente e de sua relação com o corpo.

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O presente artigo pressupõe que contextos científicos se reduzem a contextos linguísticos e que, assumindo uma tese wittgensteiniana, portanto, "o mistério não está nas coisas; está no confuso modo que adotamos para falar delas". Os pressupostos epistemológicos de tal tese fundamentam-se em quatro características da razão mesma, a saber, que: o exercício racional se faz mediante conceitos, até certo ponto inexatos e vagos; os conceitos elaborados pela atividade racional constituem-se em categorias para o pensamento; a atividade racional é discursiva, isto é, fixa-se, expressa-se e comunica-se por meio da linguagem; e, por final, o produto final da atividade racional são os contextos racionais ou contextos científicos que são, na verdade, contextos linguísticos.

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Este ensaio aplica o conceito de grandeza negativa, de Kant e Fichte, à filosofia da linguagem de Merleau-Ponty, reabrindo o diálogo com Saussure a partir da descoberta, em 1996, dos Écrits de Linguistique Generale, em uma Orangerie de Genebra. Valendo-se do último curso de Merleau-Ponty em vida, sobre A Origem da Geometria, de Husserl, trata-se de realçar o trabalho do negativo na linguagem, iluminado a partir de um refinado cruzamento: Merleau-Ponty (filosofia) e Saussure (linguística).

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Partimos da afirmação de K.-O. Apel, repetida por João Maria André (1986, p. 400), de que "[...] é na ‘mística' do ‘logos' e na teologia negativa do Pseudo-Dionísio que, de modo determinante, Nicolau de Cusa irá beber os traços fundamentais da sua filosofia da linguagem". Com base no De filiatione Dei (1450) propomo-nos refletir sobre a relação fundamental e constitutiva entre o verbo mental humano e o Verbo ou Logos eterno. A importância desse texto, no âmbito do problema da linguagem em Nicolau de Cusa, é reconhecida por Casarella (1992) justamente por sua inflexão cristológica em relação aos primeiros sermões, pois, em oposição à reflexão intratrinitária dos sermões, a imagem humanamente visível de Cristo torna-se o espelho da linguagem, ou seja, em Cristo, vemos de modo perfeito o que pode ser expresso por meio da linguagem. O texto cusano é uma meditação sobre Jo, I, 12: "Mas a todos que o receberam deu o poder de se tornarem filhos de Deus: aos que creem em seu nome". Interessa-nos principalmente a meditação sobre os exemplos aduzidos por Nicolau de Cusa para explicitar de que modo colhemos a unidade divina intelectualmente, pois serão nesses exemplos ou enigmas que o autor pensará a relação constitutiva entre o verbo mental humano e o verbo mental inefável.

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Este trabalho procura analisar criticamente a relação entre a surdez, a linguagem e a cultura, a partir de três referenciais teóricos básicos: a história, a abordagem multiculturalista e a relação normalidade-patologia, no sentido de questionar a integração social do indivíduo surdo, buscando superar a visão dicotômica e a-histórica que centra toda sua análise na divisão do meio social entre "sociedade ouvinte" e "comunidade surda".