1000 resultados para Adolescentes Conduta - Teses
Resumo:
Nesta nova era da Globalizao e da urbanizao, em que as fronteiras se abrem ao mundo, pessoas e bens circulam, costumes e tradies so partilhados, os pases em desenvolvimento comeam a ver a sua realidade alterada. Esta , simultaneamente, uma realidade dos pases desenvolvidos. A transio nutricional surge e com ela as alteraes dos comportamentos e atitudes alimentares da populao. Como consequncia directa, mas no imediata de todo este processo, emergem as doenas crnicas, associadas a uma modificao do perfil de sade das pessoas excesso de peso e obesidade na populao adulta, e tambm nas crianas e adolescentes. Este processo revela-nos um variado espectro de padres socioeconmicos e demogrficos que produzem rpidas mudanas na dieta, no comportamento alimentar e na actividade fsica nas mais variadas regies do globo. Estas alteraes tm consequncias e impactos positivos e negativos no s a nvel dos prprios pases, mas tambm, a nvel do estado de sade das populaes. Cabo Verde surge neste contexto por ser um pas do continente africano que se distingue de todos os outros PALOPs pelos sinais mais fortes de transio nutricional e em sade que tem vindo a revelar; pela transio epidemiolgica que tem vindo a passar; pelo forte histrico que tm com os processos de emigrao, nomeadamente para pases como os Estados Unidos da Amrica (USA) e Portugal; e por ser um ponto estratgico politicamente estvel com fortes e variadas relaes externas. A Ilha do Fogo emerge em todo o arquiplago como a ilha mais rural de todas mas tambm como a mais jovem. Se no meio urbano o processo de transio nutricional j visvel em outros pases, como ser em Cabo Verde, mas num meio urbano menor? Este estudo teve como objectivos determinar o estado nutricional das crianas com idades entre os 6 e os 14 anos, que frequentam o EBI nas zonas Urbanas de So Filipe, Cova Figueira e Mosteiros, da Ilha do Fogo em Cabo Verde; e compreender as percepes das alteraes dos comportamentos e dos hbitos alimentares dos encarregados de educao de crianas e adolescentes escolares destas mesmas crianas e adolescentes. Foram utilizadas duas componentes metodolgicas distintas, mas que se complementam: uma quantitativa atravs da qual se realizou a avaliao dos parmetros antropomtricos de 300 crianas e adolescentes, e foi aplicado um recordatrio sobre a sua ingesto alimentar nas ltimas 24h; e uma outra qualitativa, onde foram feitas entrevistas semi-estruturadas a 13 encarregados de educao dessas mesmas crianas e adolescentes, para recolher as suas percepes de como que o desenvolvimento e a urbanizao esto a influenciar os hbitos alimentares nos seus agregados familiares. Os resultados obtidos mostram que no h consenso nas respostas dadas pelos encarregados de educao. O grupo de entrevistados divide-se em dois subgrupos os que por um lado defendem de uma forma bastante forte os hbitos e os comportamentos tradicionais, e os que j aceitam e vivem com as alteraes resultantes da influncia dos processos de globalizao e urbanizao. Apesar de estar ainda numa fase muito inicial da sua transio em sade, e de ser um meio pequeno e mais rural, a ilha do Fogo em Cabo Verde apresenta j alguns indcios de que o processo est j instalado e que agora uma questo de tempo at que tudo se comece a desenrolar. Os recordatrios sobre ingesto alimentar nas ltimas 24h aplicado s crianas e adolescentes revelam que os hbitos alimentares variam consoante o lugar de acesso, a forma de acesso, o ter dinheiro e a presena dos encarregados de educao. A avaliao do perfil antropomtrico demonstra que todos os parmetros da avaliao encontrados se enquadram no que definido pela Organizao Mundial de Sade (OMS) e pelo National Center for Health Statistics (NCHS) como valores normais. Valores antropomtricos mdios encontrados para o sexo feminino so sempre ligeiramente superiores aos encontrados para o sexo masculino. Assim sendo possvel afirmar que, mesmo num meio rural como a ilha do Fogo em Cabo Verde, notria alguma influncia dos processos de globalizao e urbanizao na alterao dos comportamentos alimentares das pessoas. E embora isso ainda no se manifeste no perfil antropomtrico das crianas e adolescentes avaliados, provvel que o processo de transio nutricional no possa ser parado dado que as pessoas manifestam alguma disponibilidade para acolher a novidade e os produtos importados que lhes so oferecidos. Inverter este ciclo poder ser uma misso impossvel, tanto mais que o modo de vida urbano se beneficia da maior disponibilidade e variedade de alimentos. No entanto, se forem tomadas medidas nacionais e internacionais, com a definio de polticas pblicas na rea da sade, educao, economia, e comrcio, com uma perspectiva de sade pblica de partilha e de cooperao intersectorial e multidisciplinar, ser possvel minimizar os efeitos e as consequncias destes dois processos na alterao dos comportamentos alimentares da populao foguense.
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Introduo: Existe consenso internacional de que um consumo maior e mais variado de fruta e vegetais (F&V) promove a sade e previne algumas doenas crnicas mas a generalidade da populao, incluindo os adolescentes, no atinge as recomendaes. O conhecimento dos determinantes do consumo e da variedade de F&V fundamental para se planearem estratgias que favoream uma ingesto adequada. Este trabalho teve como objectivo avaliar determinantes sociodemogrficos e comportamentais do consumo e da variedade de fruta e vegetais em adolescentes de 13 anos. Material e Mtodos: O presente estudo incluiu adolescentes nascidos em 1990 e inscritos nas escolas pblicas e privadas do Porto no ano lectivo 2003/2004 (coorte EPITeen). Caractersticas scio-demogrficas e comportamentais foram obtidas por questionrios estruturados. O consumo de F&V foi avaliado atravs de um questionrio de frequncia alimentar que incluiu 15 itens de vegetais e 12 de fruta e foi categorizado em <5pores/dia (consumo inadequado) e 5pores/dia. Desenvolveu-se um ndice de variedade de F&V varivel entre 0-27 pontos e os adolescentes foram classificados como tendo maior e menor variedade F&V (<mediana do ndice de variedade). Foram includos 1522 adolescentes (815 raparigas e 707 rapazes) com informao completa para F&V. Calcularam-se odds ratio (OR) e intervalos de confiana a 95% (IC 95%), por regresso logstica no condicional. Resultados: A proporo de adolescentes com ingesto <5 pores/dia F&V foi de 57,4% e <variedade de 49,3%. Aps ajuste para as variveis com efeito mais relevante no consumo e variedade, verificou-se que o consumo inadequado de F&V se associou de forma significativa e inversa com a escolaridade da me (>12anos vs. <6anos: OR=0,44, IC95%:0,30-0,64), ter experimentado bebidas com lcool (experimentou/bebe vs. nunca bebeu: OR=0,73, IC95%: 0,58-0,93), com a toma do pequeno-almoo (sim vs. no: OR=0,49, IC95%: 0,28-0,85) e a ingesto energtica total (4 quartil vs. 1 quartil: OR=0,10, IC95%: 0,06-0,14). Encontrou-se uma associao significativa e directa entre o consumo inadequado F&V e o sexo (rapazes vs. raparigas OR=1,58, IC95%: 1,26-1,99) e com os hbitos tabgicos dos pais (fumador vs. nunca fumou: OR=1,33 IC95%: 1,01-1,74 para a me e OR=1,40 IC95%: 1,04-1,88 para o pai). A <variedade F&V associou-se significativa e inversamente com a escolaridade da me (9-12 anos vs. <6anos:OR=0,67, IC95%: 0,48-0,95), IMC do pai (excesso de peso vs. normoponderal: OR=0,76, IC95%: 0,58-0,99) e a ingesto energtica total (4 quartil vs. 1 quartil: OR=0,70, IC95%: 0,50-0,97) e associou-se directamente com o sexo (rapazes vs. raparigas OR=1,39, IC95%: 1,10-1,77) e com a idade do pai (40-45 anos vs. <40anos: OR=1,74, IC95%: 1,20-2,53). Concluses: Aproximadamente 60% dos adolescentes apresentaram um consumo inadequado de F&V. Os adolescentes que apresentaram maior inadequao de F&V eram do sexo masculino, tinham mes menos escolarizadas, progenitores fumadores, no tomavam habitualmente o pequeno-almoo, nunca experimentaram bebidas com lcool e apresentavam uma menor ingesto energtica diria. A <variedade F&V foi encontrada nos rapazes, em adolescentes de ambos os sexos com pai mais velho e me menos escolarizada. Adolescentes que se encontravam no 3 quartil de ingesto energtica total e cujo pai tinha excesso de peso apresentaram maior variedade F&V.
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RESUMO - Introduo: Os problemas do sono, designadamente a insnia, os sintomas de insnia, os padres de sono inadequados e a sonolncia diurna, so frequentes na adolescncia. Estes problemas esto frequentemente associados a mltiplos fatores, entre os quais estilos de vida e fatores ambientais, e apresentam consequncias significativas na vida do adolescente e posteriormente na idade adulta. O sono e as suas perturbaes deveriam constituir uma preocupao para os profissionais da sade e da educao com o objetivo de tornar os hbitos de sono saudveis num estilo de vida - com benefcios calculveis como os associados a outros estilos de vida saudveis (alimentao e exerccio fsico). Em Portugal, os estudos sobre problemas do sono em adolescentes so escassos, bem como as intervenes individuais e comunitrias no mbito da higiene do sono. Os objetivos desta investigao foram estimar a prevalncia de insnia e de sintomas de insnia em adolescentes, identificar fatores de risco e protetores dos sintomas de insnia, analisar as repercusses dos sintomas de insnia, caracterizar os padres de sono dos adolescentes do distrito de Viseu e elaborar uma proposta de interveno destinada promoo da higiene do sono adaptada s caractersticas dos adolescentes do distrito de Viseu. Mtodos: Realizou-se um estudo transversal onde se avaliaram alunos de vinte e seis escolas pblicas do terceiro ciclo e secundrio do distrito de Viseu, durante ano letivo 2011/2012. A recolha dos dados foi efetuada atravs de um questionrio autoaplicado e respondido pelos alunos em sala de aula. Foram considerados elegveis para participar no estudo todos os alunos que frequentassem entre o 7. e o 12. ano de escolaridade e tivessem idades entre os 12 e os 18 anos. Dos 9237 questionrios distribudos recolheu-se 7581 (82,1%). Foram excludos da anlise os questionrios relativos a adolescentes com idade inferior a 12 ou superior a 18 anos e os questionrios devolvidos por preencher. A amostra global foi constituda por 6919 adolescentes, sendo 3668 (53,2%) do sexo feminino. A insnia foi definida com base na presena, no ms prvio, dos sintomas de insnia definidos nos critrios do DSM-IV (dificuldade em adormecer, dificuldade em manter o sono, acordar muito cedo e ter dificuldade em voltar a adormecer e sono no reparador) com uma frequncia de pelo menos trs vezes por semana e associados a consequncias no dia-a-dia. A qualidade de vida foi avaliada com recurso escala de qualidade de vida SF-36; a sintomatologia depressiva atravs do Inventrio de Depresso de Beck para adolescentes (BDI-II) e a sonolncia diurna utilizando a Escala de Sonolncia de Epworth (ESE). Para responder ao ltimo objetivo foi elaborada uma proposta de interveno individual e comunitria no mbito da higiene do sono. A proposta resulta da evidncia cientfica, dos resultados da presente investigao e de reunies com profissionais da sade e da educao. Resultados: No total da amostra, a prevalncia de insnia foi de 8,3% e de sintomas de insnia foi de 21,4%. A prevalncia de insnia foi superior no sexo feminino (10,1% vs. 5,9%; p<0,001) assim como a prevalncia de sintomas de insnia (25,6% vs. 15,8%; p<0,001). Individualmente, todos os sintomas foram mais prevalentes no sexo feminino, sendo a diferena estatisticamente significativa (p<0,001). Em mdia os adolescentes dormiam, durante a semana, 8:041:13 horas. A prevalncia de sono insuficiente (< 8 horas) foi de 29%. Apenas 6,4% dos adolescentes indicaram que se deitavam todas as noites mesma hora. A prevalncia de sintomatologia depressiva foi de 20,9% (26,0% nas raparigas e 15,1% nos rapazes, p<0,001). A prevalncia de sonolncia diurna foi de 33,1%, apresentando o sexo feminino um risco superior (OR=1,40; IC95%: 1,27-1,55). A prevalncia de sintomatologia depressiva e de sonolncia diurna foi superior entre os adolescentes com sintomas de insnia (48,2% vs. 18,8%, p<0,001 e 42,4% vs. 33,0%, p<0,001, respetivamente). Os adolescentes com sintomas de insnia apresentavam igualmente pior qualidade de vida. Em relao a outras repercusses no dia-a-dia, foram os adolescentes com sintomas de insnia que referiam mais vezes sentir dificuldade em levantar-se de manh, acordar com cefaleias, acordar cansado e recorrer a medicao para dormir. Nos rapazes os sintomas de insnia associaram-se com o IMC. Aps o ajustamento para o sexo e idade com recurso regresso logstica verificou-se uma associao entre sintomas de insnia e sexo feminino [OR ajustado(idade)= 1,82; IC95%: 1,56-2,13], idade 16 anos [OR ajustado(sexo)= 1,17; IC95%: 1,01-1,35], residncia urbana (OR ajustado= 1,30; IC95%: 1,04-1,63), consumo de caf (OR ajustado= 1,40; IC95%: 1,20-1,63), consumo de bebidas alcolicas (OR ajustado= 1,21; IC95%: 1,03-1,41) e sintomatologia depressiva (OR ajustado= 3,59; IC95%: 3,04-4,24). Quanto escolaridade dos pais, verificou-se uma reduo do risco com o aumento da escolaridade dos pais (5-6 ano OR ajustado= 0,82; IC95%: 0,64- 1,05; 7-12 ano OR ajustado= 0,77; IC95%: 0,61-0,97; >12 ano OR ajustado= 0,64; IC95%: 0,47-0,87). Aps uma anlise multivariada, o modelo preditivo para a ocorrncia de sintomas de insnia incluiu as variveis sexo feminino, viver em meio urbano, consumir caf e apresentar sintomatologia depressiva. Este modelo apresenta uma especificidade de 84,2% e uma sensibilidade de 63,6%. O sono insuficiente associou-se, aps ajuste para o sexo e idade, com o ano de escolaridade, estado civil dos pais, determinados estilos de vida (consumo de caf, tabagismo, consumo de lcool, consumo de outras drogas, sair noite, presena de TV no quarto e nmero de horas despendido a ver televiso e no computador), latncia do sono, sesta > 30 minutos, horrios de sono irregulares e com a toma de medicamentos para dormir. Os resultados deste estudo constituem um diagnstico de situao relativamente aos problemas de sono em adolescentes no distrito de Viseu. Tendo por base os princpios da Carta de Ottawa relativamente promoo da sade, a proposta elaborada visa a implementao de estratgias de preveno agrupadas em intervenes individuais, comunitrias e sobre os planos curriculares. As intervenes baseiam-se na utilizao das tecnologias da informao e comunicao, no contexto da nova arquitetura na esfera pblica da sade conducente aos sistemas personalizados de informao em sade (SPIS). Concluses: Registou-se uma elevada prevalncia de insnia e sintomas de insnia entre os adolescentes do distrito de Viseu, superior no sexo feminino. A presena de sintomas de insnia esteve associada, sobretudo, a determinados estilos de vida e ausncia de higiene do sono. Os problemas de sono em adolescentes, devido sua frequncia e repercusses, devem constituir uma preocupao em termos de sade pblica e constituir uma prioridade nas estratgias de educao para a sade. Os 9 princpios da interveno delineada visam uma abordagem preventiva de problemas de sono - atravs da ao conjunta de profissionais da sade e da educao, de elementos da comunidade e com o indispensvel envolvimento dos adolescentes e da famlia -, procurando instituir os hbitos de sono saudveis como um estilo de vida.
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INTRODUCO: O objetivo do estudo foi avaliar a prevalncia e a disseminao de amostras de Pseudomonas aeruginosa resistente aos carbapenmicos e produtoras de metalo-β-lactamases isoladas de hemoculturas (2000-2005) de pacientes do Instituto de Oncologia Peditrica da UNIFESP (IOP-GRAACC). MTODOS E RESULTADOS: Cinquenta e seis amostras de Pseudomonas aeruginosa foram isoladas de 49 pacientes. Trinta e duas dessas amostras foram classificadas como resistentes aos carbapenmicos pela tcnica de disco difuso e submetidas a reao de PCR para deteco de genes de MBL. Dezoitos dessas 32 amostras evidenciaram o gene blaSPM-1. Oito amostras selecionadas em diferentes anos no perodo de estudo apresentaram o mesmo perfil gentico por pulsed-field gel electrophoresis. A teraputica antimicrobiana foi considerada adequada em apenas 23,5% dos pacientes com bacteremia por P. aeruginosa carreando blaSPM-1 e letalidade de 70,6% no perodo de at 30 dias aps a bacteremia e uma inadequao inicial dos esquemas antibiticos utilizados CONCLUSES: Evidenciamos a presena de um clone de P. aeruginosa resistente aos carbapenmicos carreando blaSPM-1 que persistiu em amostras de hemocultura pelo perodo de 6 anos na instituio, com alta letalidade, justificando uma vigilncia epidemiolgica rigorosa e uma readequao dos esquemas de terapia antimicrobianos na instituio.
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INTRODUO: Entre os Suru de Rondnia foram registradas incidncias mdias de TB > 2.500/100.000 habitantes, entre 1991-2002. Aproximadamente 50% desses casos foram notificados em < 15 anos. MTODOS: Trata-se de um estudo clnico-epidemiolgico que teve como objetivo descrever as caractersticas clnico-radiolgicas em crianas e adolescentes identificados como contatos de doentes de TB. Alm disto, aplicar o sistema de pontuao para o diagnstico de TB na infncia e verificar se as condutas adotadas no nvel local foram concordantes com as diretrizes nacionais. RESULTADOS: Foram analisados 52 Rx de 37 indgenas. Deste conjunto, 48,1% foram normais e 51,9% anormais. Alguns dos Rx apresentaram duas ou mais alteraes, totalizando 36 eventos independentes. Observou-se infiltrados (38,9%), calcificaes (38,9%), cavitaes (11,1%) e atelectasias/derrame pleural (11,1%). Nas imagens anormais, 22,2% eram TB provavelmente ativa e 33,3% sequelas. A confrontao com as diretrizes constatou 52,6% de condutas discordantes. CONCLUSES: A presena da infeco tuberculosa latente (ITBL) e TB ativa, entre crianas e adolescentes, so indicadores de transmisso ativa e continuada do Mycobacterium tuberculosis. Os Rx mostrando alta frequncia de infiltrados e calcificaes compatvel com primo-infeco em idade precoce. Entretanto, essas alteraes no so diferentes daquelas observadas entre outros grupos, no sugerindo comprometimento imunolgico. As discordncias apontadas indicam que o momento ideal para o tratamento da ITBL passou despercebido. Conclui-se que fundamental a utilizao do sistema de pontuao para o correto diagnstico de TB na infncia, assim como a realizao de baciloscopia e cultura de escarro em adolescentes capazes de expectorar.
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RESUMO - O objetivo deste estudo foi conhecer o comportamento face ao consumo de tabaco reportado pelos adolescentes escolarizados da ilha Terceira e caracterizar alguns fatores associados. O estudo realizado assumiu uma metodologia de investigao observacional, descritiva, quantitativa e de carcter transversal. Os dados foram recolhidos no ano letivo 2012/2013, nos alunos do 9. ano de escolaridade, atravs da aplicao de um questionrio de autopreenchimento, annimo e voluntrio, em contexto de sala de aula. A amostra foi constituda por 323 adolescentes, 142 do sexo masculino e 181 do sexo feminino, com idade mdia de 14,71 anos. Verificou-se que cerca de 16,9% dos adolescentes consome tabaco regularmente, 6,6% ocasionalmente e 76,6% no fuma. Mais de metade dos adolescentes j experimentou fumar tabaco (56%), sendo a idade mdia de experimentao de 12,49 anos. A maioria dos adolescentes que experimentaram fumar referiram t-lo feito por curiosidade (84,7%) e, sobretudo, na companhia dos amigos (83,1%). As variveis associadas ao comportamento tabgico foram: o desempenho escolar, os hbitos tabgicos dos amigos, a permissividade dos pais para se fumar em casa, a frequncia exposio ao tabaco em casa, os conhecimentos da impotncia sexual como consequncia do consumo de tabaco, conhecimento dos danos na sade em frequentar ambientes com fumo e a crena de que os jovens fumadores so mais atraentes. Os resultados mostram a elevada necessidade de serem desenvolvidas estratgias de preveno e controlo do tabagismo entre os adolescentes da ilha Terceira.
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INTRODUO: o objetivo do estudo foi analisar a epidemia de AIDS em adolescentes no municpio do Rio de Janeiro para subsidiar polticas pblicas de preveno. A incidncia de AIDS no Brasil est diminuindo entre homens que fazem sexo com homens (HSH), exceto entre 13 e 19 anos e a feminizao mais intensa entre adolescentes. MTODOS: Estudo de dados do Sistema de Informaes de Agravos de Notificao (SINAN) de casos diagnosticados, entre 13 e 19 anos at novembro de 2009. RESULTADOS: Foram analisados 656 casos, com incidncia crescente at 1998 e verificou-se que, desde 1996, ocorrem mais casos no sexo feminino do que no masculino. A categoria de exposio homo/bissexual predominante nos rapazes (50,8%) e a heterossexual nas moas (88,9%). A distribuio geogrfica dos casos no municpio por ano de diagnstico revelou que houve proporcionalmente grande aumento da incidncia na rea de Planejamento mais pobre da cidade e reduo acentuada na mais rica. Observou-se uma tendncia linear decrescente entre o ano de diagnstico e o ndice de desenvolvimento humano (IDH). CONCLUSES: O estudo aponta a necessidade de investimento em servios de sade sexual e reprodutiva nas reas mais pobres da cidade e aes de promoo de sade direcionadas aos rapazes HSH e s adolescentes.
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INTRODUO: A contagem de clulas CD4+ representa marcador da resposta imune celular em pacientes infectados pelo HIV-1. Testes cutneos de hipersensibilidade tardia (DTH) podem ser empregados para avaliar in vivo respostas celulares a antgenos comuns. MTODOS: DTH para derivado proteico purificado de tuberculina (PPD), esporotriquina, tricofitina, candidina e estreptoquinase/estreptodornase foram realizados. Foram testados crianas/adolescentes infectados pelo HIV-1 (n=36) e indivduos saudveis (n=56), soronegativos para HIV-1/HIV-2 pareados por sexo-idade, todos com cicatriz vacinal por BCG. Teste exato de Fisher foi aplicado (p<0,05). RESULTADOS: Entre as crianas/adolescentes infectados pelo HIV-1, mediana de idade=8,1 anos; 20/36 eram do sexo masculino; 35 casos de transmisso vertical; 34 casos de AIDS sob terapia antirretroviral; mediana de carga viral = 3.04lc10 cpias/ml; mediana de contagem de clulas CD4+ = 701 clulas/μl. Entre os infectados e saudveis a reatividade DTH a pelo menos um dos antgenos foi, respectivamente, 25% (9/36) e 87,5% (49/56) (p<0,001). Reatividade candidina predominou nos infectados (8/36, 22%) e ao PPD nos indivduos saudveis (40/56, 71,4%). A reatividade ao PPD entre infectados foi de 8,3% (p<0,01). A mediana da indurao ao PPD foi 2,5mm (variao: 2-5mm) entre infectados e 6,0mm (variao: 3-15mm) entre os saudveis. No observamos correlao entre positividade ao PPD e idade. No grupo de infectados, no observamos correlao entre contagens de clulas CD4+ e reatividade ao DTH. CONCLUSES: Respostas DTH significativamente diminudas, incluindo a reatividade ao PPD foram observadas em crianas/adolescentes infectados pelo HIV-1 comparadas com controles saudveis, provavelmente refletindo doena avanada e supresso da imunidade mediada por clulas T.
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RESUMO - Introduo: Os distrbios osteomioarticulares envolvem diversas condies donde se destacam a lombalgia e a escoliose, a primeira considerando o fato que a sua prevalncia tem vindo a aumentar em adolescentes consistindo num problema crescente de sade pblica que envolve custos indiretos e a escoliose pela ausncia de estudos nacionais. Diversos fatores fsicos, genticos, mecnicos, comportamentais e ambientais podem estar envolvidos na patognese das lombalgias e escolioses. O ambiente escolar, incluindo as posturas adotadas pelos alunos e o transporte das mochilas escolares, e alguns hbitos de estilos de vida constituem fatores que podem contribuir para o desenvolvimento destes distrbios osteomioarticulares. Este estudo tambm aborda o estado ponderal, nomeadamente o excesso de peso e a obesidade, pois este referido frequentemente como um potencial fator de risco destes distrbios osteomioarticulares (apesar de ainda apresentar controvrsia na literatura), alm de ser, por si s, atualmente considerado como um dos mais graves problemas de sade pblica a nvel mundial. Objetivos do estudo: (1) determinar a prevalncia pontual, anual e ao longo da vida de lombalgia, assim como a prevalncia de escoliose em adolescentes da regio do Algarve; (2) identificar os fatores associados ao desenvolvimento destes distrbios osteomioarticulares; (3) determinar a prevalncia de excesso de peso e de obesidade e explorar a sua eventual associao com a prevalncia de lombalgia e escoliose em adolescentes; (4) comparar os resultados obtidos nos diferentes mtodos antropomtricos (ndice de massa corporal - IMC, medio das pregas cutneas e circunferncia abdominal) e verificar a sua concordncia. Material e mtodos: O desenho deste estudo foi de natureza observacional, analtico e transversal. O estudo foi aprovado pela Comisso de tica da Administrao Regional de Sade do Algarve, pela Direo Regional de Educao do Algarve, pela Direo-Geral de Inovao e de Desenvolvimento Curricular, Ministrio da Educao e Cincia, e pelas Direes dos Agrupamentos de Escolas que participaram do projeto. A amostra incluiu 966 adolescentes da regio do Algarve, sul de Portugal, com idades compreendidas entre os 10 e 16 anos (12,241,53 anos), sendo 437 (45,2%) do sexo masculino e 529 (54,8%) do feminino. O mtodo de amostragem foi aleatrio estratificado, com base nos concelhos da regio do Algarve, assumindo que poderia existir heterogeneidades geogrficas. Os instrumentos de medida foram aplicados num nico momento (2011/2012) e incluram o Questionrio de Lombalgia e Hbitos Posturais para caracterizar a presena de lombalgia e os hbitos posturais adotados pelos alunos em casa e na escola, o escolimetro para avaliar a presena de escoliose, a balana, o estadimetro (sendo posteriormente calculado o IMC), o adipmetro e a fita mtrica. A anlise dos dados incluiu tcnicas de estatstica descritiva, grficas e analticas aplicadas todas as variveis em estudo. Para determinar a associao entre as variveis do estudo foi utilizada a estatstica inferencial, nomeadamente o teste de independncia do Qui-quadrado. Para analisar as correlaes entre as medidas obtidas com os mtodos antropomtricos (na sua forma quantitativa), foi utilizado o coeficiente de Spearman. A influncia das diversas variveis na presena de lombalgia foi aferida atravs de regresses logsticas binrias, sendo os resultados apresentados como odds ratios brutos e ajustados e respetivos intervalos de confiana. Resultados: O presente estudo revelou uma elevada prevalncia de lombalgia (anual: 47,2%; pontual: 15,7%; ao longo da vida: 62,1%). As raparigas apresentaram 2,05 de probabilidade de apresentar lombalgia comparativamente aos rapazes (IC 95%: 1,58-2,65; p<0,001), assim como os alunos com idades mais avanadas (13-16 anos) comparativamente aos mais novos (10-12 anos) que tiveram 1,54 de chances (IC 95%: 1,19-1,99; p=0,001). Os alunos que indicaram adotar uma postura de sentado com a coluna vertebral posicionada incorretamente apresentaram 2,49 de probabilidade de revelar lombalgia (IC 95%: 1,91-3,24; p<0,001), os alunos que afirmaram se posicionar de forma inadequada para assistir televiso ou jogar videojogos tiveram a probabilidade de 2,01 (IC 95%: 1,55- 2,61; p<0,001) e aqueles que adotaram a postura de p incorretamente tiveram 3,39 de chance de apresentar lombalgia (IC 95%: 2,19-5,23; p<0,001). A escoliose esteve presente em 41 (4,2%) alunos. As raparigas apresentaram a maior prevalncia (4,5% versus 3,9%) do que os rapazes e o mesmo foi observado nas raparigas que apresentaram a menarca tardia (8,6% versus 3,3%) e os que foram classificados como magros (7,1%), no sendo no entanto estas diferenas estatisticamente significativas. Relativamente prevalncia de excesso de peso e obesidade, os valores variaram de 31,6%, 61,4% e 41,1% de acordo com a medio do IMC, pregas cutneas e circunferncia abdominal, respetivamente. Os valores obtidos com a avaliao dos trs mtodos antropomtricos apresentaram um elevado alto grau de correlao entre o IMC e as pregas cutneas (p<0,001; r=0,712), entre o IMC e circunferncia abdominal (p<0,001; r=0,884) e entre a circunferncia abdominal e as pregas cutneas (p<0,001; r=0,701). Concluses: O presente estudo revelou valores de prevalncia de lombalgia semelhante a estudos anteriores sendo que os alunos com idade mais avanada, ou do sexo feminino ou aqueles que adotavam a postura sentada e de p de forma inadequada ou os que transportavam indevidamente a mochila escolar apresentaram a maior prevalncia. Quanto presena de escoliose, observou-se uma baixa prevalncia no sendo verificada nenhuma associao significativa com os fatores analisados. Relativamente ao estado ponderal, verificou-se uma elevada prevalncia de excesso de peso e obesidade, com a utilizao dos trs mtodos antropomtricos: IMC, medio das pregas cutneas e circunferncia abdominal, tendo sido verificado um elevado grau de correlao entre estes trs mtodos antropomtricos. Este estudo contribuiu para determinar a magnitude destes distrbios osteomiarticulares nesta populao especfica, assim como seus possveis fatores associados. De acordo os resultados obtidos no presente estudo, torna-se necessrio aes de interveno nas escolas, envolvendo no somente os alunos, mas toda a comunidade escolar, com o objetivo de preveno destes distrbios osteomioarticulares atravs da promoo de hbitos de vida saudvel.
Resumo:
RESUMO - Introduo: A prevalncia de obesidade apresenta valores preocupantes em todas as idades e reconhecida pela Organizao Mundial da Sade como um importante problema de sade pblica. Diversos estudos mostram que a sua prevalncia tem aumentado significativamente nas ltimas dcadas, particularmente nos pases industrializados. O objectivo da presente investigao foi calcular a prevalncia de excesso de peso e de obesidade em adolescentes do distrito de Viseu. Mtodos: Realizmos um estudo transversal onde avalimos os alunos de vinte e seis das quarenta e oito escolas pblicas do terceiro ciclo e secundrio do distrito de Viseu, frequentadas por um total de 23 895 alunos, do 7.o ao 12.o ano. A recolha dos dados foi efectuada atravs de um questionrio auto-aplicado e respondido pelos alunos em sala de aula. Dos 8768 questionrios distribudos recolhemos 7644 (87,2%). Foram excludos da anlise os questionrios sem informao para o sexo e para a idade. Ficmos com uma amostra global de 7563 adolescentes, sendo 4117 (54,4%) do sexo feminino. O excesso de peso e a obesidade foram avaliados utilizando o ndice de massa corporal (IMC) calculado pela razo entre o peso auto declarado em quilogramas e o quadrado da altura, em metros, tambm auto declarada (kg/m2). Definimos excesso de peso para valores compreendidos entre o percentil 85 e 95, obesidade para um percentil superior ou igual a 95, e excesso de peso e obesidade para um percentil superior ou igual a 85. Resultados: No total da amostra, a prevalncia de excesso de peso de 13,7%, superior no sexo masculino (16,0% vs. 11,6%). A prevalncia de obesidade de 3,4%, superior no sexo masculino (4,2% vs. 2,8%). A prevalncia de excesso de peso e obesidade de 17,1%, superior no sexo masculino (20,2% vs. 14,4%). Os concelhos situados a norte do distrito de Viseu apresentam prevalncias superiores, de excesso de peso (15,9% vs. 13,0%, OR = 1,3; IC95% 1,1-1,5), de obesidade (4,5% vs. 3,6%, OR = 1,3; IC95% 1,0-1,7) e de excesso de peso e obesidade (19,1% vs. 15,7%, OR = 1,3; IC95% 1,1-1,4). A prevalncia de excesso de peso e obesidade superior entre os adolescentes com o ndice de aglomerao superior a um. Concluses: Regista-se uma elevada prevalncia de excesso de peso e de obesidade, superior no sexo masculino, com diferenas geogrficas significativas.
Resumo:
O objetivo foi analisar a relao entre desempenho motor (DM) e variveis antropomtricas de crianas e adolescentes de escolas pblicas de Florianpolis. Metodologia: 300 alunos do 3 ao 5 ano e da 4 a 6 srie do Ensino Fundamental, entre os 8 e 16 anos. Os resultados vo ao encontro literatura, que indicam correlaes negativas entre DM e variveis antropomtricas em crianas e adolescentes.
Resumo:
Tese de Doutoramento em Cincias da Educao (rea de Conhecimento: Educao ambiental e para a Sustentabilidade)
Resumo:
Dissertao de mestrado integrado em Psicologia
Resumo:
Dissertao de mestrado integrado em Psicologia
Resumo:
Considerando a escassez de informaes quanto ao estado nutricional de atletas jovens, identificou-se a prevalncia de anemia ferropriva e sua associao com indicadores nutricionais de atletas adolescentes participantes do Programa de Iniciao Esportiva da Fundao Vila Olmpica de Manaus-AM. A amostra foi constituda por 194 atletas adolescentes do gnero masculino, voluntrios, praticantes de diferentes modalidades esportivas classificados como iniciantes. A coleta dos dados foi realizada mediante verificao de medidas antropomtricas (peso corporal, estatura e espessuras das dobras cutneas tricipital e subescapular), dosagem de hemoglobina utilizando o hemoglobinmetro porttil (Sistema Hemocue) e instrumento socioeconmico. No diagnstico do estado nutricional foram utilizados os indicadores Estatura para a Idade (E/I) e ndice de Massa Corporal para a idade (IMC/I), assumindo pontos de corte propostos pela OMS. Os resultados mostraram que 9,4% dos adolescentes apresentaram desnutrio, 8,2% sobrepeso e 4,6% obesidade. A prevalncia de anemia ferropriva encontrada na amostra foi de 41,7%, com predominncia na classe socioeconmica mais baixa. Embora a prevalncia de anemia tenha sido elevada, o estado nutricional dos adolescentes no influenciou sobre este resultado, considerando que a maioria dos adolescentes apresentou-se eutrfica. Diante do exposto, sugere-se a adoo de medidas efetivas de interveno e de educao nutricional visando minimizao e/ou o controle da anemia ferropriva.