779 resultados para Inclusive Education Policies
Resumo:
Na sociedade do conhecimento em que nos encontramos entendemos que todos os alunos devem ter acesso à informação e ao conhecimento, independentemente das suas capacidades e limitações. As novas tecnologias da informação e da comunicação constituem-se como uma mais-valia para os alunos com necessidades educativas especiais (NEE), sendo os apoios tecnológicos uma das soluções existentes para minorar as suas limitações físicas e intelectuais, aumentando deste modo, a qualidade de vida, a participação na sociedade e integração profissional dos mesmos. Para incluir digitalmente estes alunos, o Ministério da Educação criou os Centros de Recursos de Tecnologias da Informação e Comunicação (CRTIC, 2007), no sentido de cumprir com o Plano de Ação para a Integração das Pessoas com Deficiência (PAIPDI, 2006) e a reforma a Educação especial com a aplicação do decreto-lei n.º 3/08, de 7 de janeiro. Por conseguinte, decidimos investigar, após ter conhecimento da criação dos CRTIC para a Educação especial, realizando um estudo em cinco centros, a nível nacional, optando por uma investigação de natureza qualitativa, com entrevista, observação e pesquisa documental. O nosso principal objetivo foi verificar se estes centros disponibilizavam meios tecnológicos a todos os alunos com NEE, de acordo com os princípios da educação inclusiva ou se eram só para alguns. Após a análise dos dados recolhidos consideramos que existem algumas diferenças no cumprimento das normas orientadoras estipuladas pelo governo, no que diz respeito ao funcionamento e funções da equipa responsável, isto é, os responsáveis pelos centros incrementam a sua atividade essencialmente em duas vertentes: na avaliação dos alunos para adequação de tecnologias de apoio e acompanhamento/monitorização dos processos. Os docentes utilizadores dos centros disseram que os centros são úteis para a educação especial, no entanto, existe algum desconhecimento sobre os serviços prestados pelos mesmos.
Resumo:
A inclusão de alunos com necessidades educativas especiais no ensino regular tem vindo a revelar-se um desafio tremendo para os professores, que têm tentado incluir as crianças com deficiência sem negligenciar as necessidades das crianças ditas normais. Os professores assumem, assim, um papel determinante na promoção da educação inclusiva, que está fortemente ligada às atitudes dos professores face aos alunos com necessidades educativas especiais. O objectivo deste estudo é então investigar as atitudes gerais dos professores, determinando o modo como estes percepcionam as vantagens da inclusão quer para os alunos ditos normais quer para os alunos com deficiência e perceber de que forma essas atitudes são influenciáveis, tendo em conta a experiência profissional, a experiência no ensino de alunos com deficiência e a formação inicial dos docentes. A amostra foi constituída por 640 professores do ensino regular (N=463 do género feminino e N=177 do género masculino). Foi aplicado o APIAD – Atitudes dos Professores face à Inclusão de Alunos com Deficiência (Leitão, 2011). Concluiu-se que os docentes com menos de 5 anos de serviço apresentam atitudes gerais mais favoráveis em relação à inclusão (p=0,000) e em relação às vantagens da inclusão para os alunos ditos normais (p=0,024), quando comparados com o grupo com mais de 10 anos de experiência. Quanto à experiência no ensino de alunos com deficiência, os resultados indicaram que os professores com experiência possuem atitudes mais favoráveis, do que aqueles que não têm experiência, quer gerais (p=0,000) quer face às vantagens da inclusão (p=0,023) quer ainda às vantagens da inclusão para os alunos com deficiência (p=0,013). No que se refere à formação inicial, os professores, com contacto com alunos com deficiência durante a sua formação, revelaram atitudes gerais mais positivas (p=0,000) do que os professores sem essa formação inicial, o mesmo acontecendo no que se refere às atitudes percepcionadas no que diz respeito às vantagens da inclusão (p=0,016) e às vantagens da inclusão para os alunos com deficiência (p=0,006)
Resumo:
O presente Relatório de Estagio com o título: “O outro lado do espelho”, faz parte da avaliação final do Mestrado em Animação Sociocultural e Inclusão, ministrado na Escola Superior de Educação Almeida Garrett. O estágio foi realizado no Centro Educativo da Bela Vista, com uma metodologia de investigação-ação, tendo como objetivos gerais, gerar um novo modo de pensar: “pensar positivo” e favorecer as relações pessoais, permitindo o desenvolvimento social do individuo. É um projeto desenvolvido no local de trabalho, onde foi encontrada a oportunidade de desenvolver com os jovens em cumprimento de medidas de internamento, um projeto lúdico-pedagógico, com a finalidade de encontrar os aspetos positivos em 4 dimensões presentes na vida destes, sendo estas: o “Self”, a “Família”, o “Centro Educativo” e o “Bairro”. Foi desenvolvido com uma vertente maioritariamente lúdica, de forma a permitir uma maior envolvência por parte destes jovens com poucas capacidades de retenção, visando também a elaboração de um trabalho plástico para ser, após a sua conclusão entre a família do jovem, de forma a poder-se integrar de uma forma participante os familiares do mesmo e apresentar o trabalho realizado. Neste relatório, existe uma caracterização do CEBV e dos jovens em cumprimento de medidas de internamento, bem como um enquadramento teórico sobre a delinquência juvenil e uma sustentação teórica ao desenvolvimento do projeto, com base na Teoria Ecológica de Bronfenbrenner.
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O presente relatório recapitula as diversas etapas de um trabalho de projeto de investigação-ação, no âmbito do Mestrado em Educação Especial - Domínio Cognitivo e Motor. Com ele pretendeu-se elaborar uma investigação-ação numa turma do 1º ciclo de escolaridade onde dois alunos sentiam grandes dificuldades de integração. A rejeição e a indiferença em que viviam provocavam, consequentemente, grandes dificuldades de aprendizagens académicas. O foco principal deste trabalho foi o desenvolvimento da interação dos alunos, promovendo a troca de saberes pela entreajuda. Daí resultaram os sucessos escolares esperados dos dois alunos visados a que se juntou a dinamização de todos os alunos da turma e dos restantes intervenientes educativos, professores, técnicos, encarregados de educação e comunidade escolar na construção efetiva de uma verdadeira escola inclusiva. Valorizaram-se as diferenças como património comum. Na fundamentação teórica deste projeto abordam-se a educação inclusiva e suas respetivas estratégias, a aprendizagem cooperativa, as dificuldades específicas de aprendizagem, a inter/multiculturalidade e o modelo pedagógico do Movimento da Escola Moderna como estrutura organizativa da intervenção. De seguida, é caracterizado o projeto e a situação inicial onde se interveio, referenciando o plano de ação implementado. As reflexões conclusivas evidenciam que trabalhar em cooperação permite progressos por parte de todos, tanto a nível das aprendizagens académicas como a nível da interação social.
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Numa época em que todas as crianças com necessidades educativas especiais estão a frequentar as escolas regulares, é fundamental repensar as práticas educativas e até que ponto são ou não condutoras de uma escola inclusiva. Este estudo acompanhou a inclusão de uma criança com diagnóstico de trissomia 21 numa turma de 1º ano. A intervenção foi realizada semanalmente, de fevereiro a junho de 2012, tendo cada sessão a duração de uma hora e trinta minutos. Utilizando como metodologia para desenvolver o projeto a modalidade qualitativa investigação-ação, as técnicas aplicadas foram a pesquisa documental, a observação naturalista, a sociometria e a entrevista. Após a caracterização da situação inicial programou-se a intervenção em parceria com a professora titular de turma, tendo sempre como preocupação o grupo/turma como um todo. Para desenvolver a intervenção recorremos a metodologias de aprendizagem cooperativa, ensino diferenciado e parceria pedagógica. A análise dos resultados indica que através do recurso a práticas de educação inclusiva é possível a inclusão de crianças com diagnóstico de trissomia 21 no ensino regular.
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More data will be produced in the next five years than in the entire history of human kind, a digital deluge that marks the beginning of the Century of Information. Through a year-long consultation with UK researchers, a coherent strategy has been developed, which will nurture Century-of-Information Research (CIR); it crystallises the ideas developed by the e-Science Directors' Forum Strategy Working Group. This paper is an abridged version of their latest report which can be found at: http://wikis.nesc.ac.uk/escienvoy/Century_of_Information_Research_Strategy which also records the consultation process and the affiliations of the authors. This document is derived from a paper presented at the Oxford e-Research Conference 2008 and takes into account suggestions made in the ensuing panel discussion. The goals of the CIR Strategy are to facilitate the growth of UK research and innovation that is data and computationally intensive and to develop a new culture of 'digital-systems judgement' that will equip research communities, businesses, government and society as a whole, with the skills essential to compete and prosper in the Century of Information. The CIR Strategy identifies a national requirement for a balanced programme of coordination, research, infrastructure, translational investment and education to empower UK researchers, industry, government and society. The Strategy is designed to deliver an environment which meets the needs of UK researchers so that they can respond agilely to challenges, can create knowledge and skills, and can lead new kinds of research. It is a call to action for those engaged in research, those providing data and computational facilities, those governing research and those shaping education policies. The ultimate aim is to help researchers strengthen the international competitiveness of the UK research base and increase its contribution to the economy. The objectives of the Strategy are to better enable UK researchers across all disciplines to contribute world-leading fundamental research; to accelerate the translation of research into practice; and to develop improved capabilities, facilities and context for research and innovation. It envisages a culture that is better able to grasp the opportunities provided by the growing wealth of digital information. Computing has, of course, already become a fundamental tool in all research disciplines. The UK e-Science programme (2001-06)—since emulated internationally—pioneered the invention and use of new research methods, and a new wave of innovations in digital-information technologies which have enabled them. The Strategy argues that the UK must now harness and leverage its own, plus the now global, investment in digital-information technology in order to spread the benefits as widely as possible in research, education, industry and government. Implementing the Strategy would deliver the computational infrastructure and its benefits as envisaged in the Science & Innovation Investment Framework 2004-2014 (July 2004), and in the reports developing those proposals. To achieve this, the Strategy proposes the following actions: support the continuous innovation of digital-information research methods; provide easily used, pervasive and sustained e-Infrastructure for all research; enlarge the productive research community which exploits the new methods efficiently; generate capacity, propagate knowledge and develop skills via new curricula; and develop coordination mechanisms to improve the opportunities for interdisciplinary research and to make digital-infrastructure provision more cost effective. To gain the best value for money strategic coordination is required across a broad spectrum of stakeholders. A coherent strategy is essential in order to establish and sustain the UK as an international leader of well-curated national data assets and computational infrastructure, which is expertly used to shape policy, support decisions, empower researchers and to roll out the results to the wider benefit of society. The value of data as a foundation for wellbeing and a sustainable society must be appreciated; national resources must be more wisely directed to the collection, curation, discovery, widening access, analysis and exploitation of these data. Every researcher must be able to draw on skills, tools and computational resources to develop insights, test hypotheses and translate inventions into productive use, or to extract knowledge in support of governmental decision making. This foundation plus the skills developed will launch significant advances in research, in business, in professional practice and in government with many consequent benefits for UK citizens. The Strategy presented here addresses these complex and interlocking requirements.
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Countries throughout the sub-Saharan (SSA) region have a complex linguistic heritage having their origins in opportunistic boundary changes effected by Western colonial powers at the Berlin Conference 1884-85. Postcolonial language-in-education policies valorizing ex-colonial languages have contributed at least in part to underachievement in education and thus the underdevelopment of human resources in SSA countries. This situation is not likely to improve whilst unresolved questions concerning the choice of language(s) that would best support social and economic development remain. Whilst policy attempts to develop local languages have been discussed within the framework of the African Union, and some countries have experimented with models of multilingual education during the past decade, the goalposts have already changed as a result of migration and trade. This paper argues that language policy makers need to be cognizant of changing language ecologies and their relationship with emerging linguistic and economic markets. The concept of language, within such a framework, has to be viewed in relation to the multiplicity of language markets within the shifting landscapes of people, culture, economics and the geo-politics of the 21st Century. Whilst, on the one hand, this refers to the hegemony of dominant powerful languages and the social relations of disempowerment, on the other hand, it also refers to existing and evolving social spaces and local language capabilities and choices. Within this framework the article argues that socially constructed dominant macro language markets need to be viewed also in relation to other, self-defined, community meso- and individual micro- language markets and their possibilities for social, economic and political development. It is through pursuing this argument that this article assesses the validity of Omoniyi’s argument in this volume, for the need to focus on the concept of language capital within multilingual contexts in the SSA region as compared to Bourdieu’s concept of linguistic capital.
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In recognizing 11 official languages, the 1996 South African Constitution provides a context for the management of diversity with important implications for the redistribution of wealth and power. The development and implementation of the language-in-education policies which might be expected to flow from the Constitution, however, have been slow and ineffective. One of the casualties of government procrastination has been African language publishing. In the absence of well-resourced bilingual education, most learners continue to be taught through the medium of English as a second language. Teachers are reluctant to use more innovative pedagogies without the support of adequate African language materials and publishers are cautious about producing such materials. Nonetheless, activity in this sector offers many opportunities for African language speakers. This paper explores the challenges and constraints for African language publishing for children and argues that market forces and language policy need to work in mutually reinforcing ways. Further progress is necessarily dependent on the political will to implement language-in-education policies that promote additive bilingualism and, in the process, guarantee sales for risk-averse publishers.
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Although increasing numbers of students with disabilities are accessing higher education, there is relatively little information about the needs of students with Asperger syndrome. Crucially, students themselves have rarely been included in research examining their needs or the supports they might find helpful. Three focus groups, one with students with Asperger syndrome and two with staff were conducted to explore the challenges, barriers and supports to students’ successful progress though one university in the UK. Thematic analysis revealed some key differences between staff and student perspectives, particularly with regard to impact of sensory sensitivities and daily life difficulties on academic progress. Students and staff also held differing views about what is helpful, relating to disclosure of diagnosis and the value of formal social supports. The study highlights the importance of developing services beyond traditional academic supports that students with Asperger syndrome themselves feel are valuable.
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This paper focuses on the determinants of the labor market situation of young people in developed countries and the developing world, with a particular emphasis on the role of vocational training and education policies. We highlight the role of demographic factors, economic growth and labor market institutions in explaining young people's transition into work. Subsequently, we assess differences between the setup and functioning of the vocational education and training policies across major world regions as an important driver of differential labor market situation of youth. Based on our analysis, we argue in favor of vocational education and training systems combining work experience and general education and provide some policy recommendations regarding the implementation of education and training systems adapted to a country's economic and institutional context.
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The overall aim of this thesis is to increase our knowledge of different occupational groups´ views on work with children in need of special support. This is explored in four separate studies. The first study investigates the views of occupational groups in preschools and schools in one municipality. A questionnaire was handed out to all personnel (N=1297) in the municipality in 2008 (72.5 % response rate). The second study explores the views of educational leaders (N=45) in the same municipality. Questionnaire # 2 was distributed in 2009. All the educational leaders responded to the questionnaire. The third study describes the views of different occupational groups concerning special educational needs coordinators´ (SENCOs) role and work. This was highlighted by comparing responses from questionnaire #1 and # 2. Responses concerning SENCOs´ work were also added using a third questionnaire. This questionnaire was handed out in 2006 to chief education officers (N=290) in all municipalities in Sweden. The response rate was 90.3%. Finally, the fourth study presents five head teachers´ descriptions of their work with special needs issues. Study four was a follow-up study of questionnaire # 2. These head teachers were selected because of their inclusive values and because they seemed to be effective according to certain criteria. They were interviewed in January 2012. The results reveal a number of interesting findings. For example, there are both similar and different views among the occupational groups concerning work with children in need of special support. A majority of the respondents in all groups state that children´s individual deficiencies is one common reason why children need special support in preschools/schools. Differences between the occupational groups become especially visible regarding their views of SENCOs‟ work. Critical pragmatism (Cherryholmes, 1988) is applied as a theoretical point of departure. Skrtic´s (1991) critical reading and analysis of special education relative to general education is specifically used to interpret and discuss the outcome of the studies. Additionally, Abbott´s (1988) reasoning concerning the “division of expert labor” is used to discuss the occupational groups´ replies concerning “who should do what to whom”. The findings in the studies are contextualized and theoretically interpreted in the separate articles. However in the first part of this thesis (in Swedish: Kappa), the theoretical interpretations of the empirical outcome are discussed in more detail and the results are further contextualized and synthesised. Inclusion and premises for inclusive education are also discussed in more depth in the first part of the present thesis.
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Este trabalho monográfico trata de Hospitais Universitários e Fatores Ambientais Relevantes na Implementação das Políticas de Saúde e Educação de Recursos Humanos para a saúde. Primeiramente, busca identificar a evolução das políticas, no Brasil, a partir da VªConferência Nacional de Saúde (1975) até a constitucionalização do Sistema Único de Saúde (1988), deixando evidente as dificuldades de implementação destas políticas no seu nível de orçamento e ação. Levanta, também, as características da instituição Hospital Universitário, desde de sua origem, na década de 60, para atender às necessidades das escolas médicas, até os questionamentos quanto às suas funções sociais nos nossos dias, assim como a forma de sua gestão ao inserir-se no Sistema Único de Saúde. Ainda, caracterizando os Hospitais Universitários como uma organização complexa, busca na literatura da Ciência Administrativa, referências sobre organização, análise ambiental e estratégia no planejamento e gerência. Na análise ambiental, salienta o estudo dos Fatores Ambientais Relevantes, para o melhor desempenho organizacional na implementação adequada das po~íticas. Com este embasamento, faz um estudo de caso do Hospital Universitário de Santa Maria, usando modelo de análise que associa métodos qualitativo e quantitativo com a participação de um grupo interdisciplinar da Universidade Federal de Santa Maria, e programa de processamento de dados - análise estrutural. Com este modelo, levanta os Fatores Ambientais de maior relevância no sistema da organização em estudo. Usa também a técnica da entrevista para atender o objetivo específico de identificar a percepção destes fatores, pelo grupo gerencial da organização hospitalar.
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Este trabalho tem como principal objetivo refletir sobre as questões de gênero e diversidade nas políticas públicas de educação no Brasil. O propósito foi analisar o esforço investido em mudanças no processo de formação básica, que buscam tornar a escola um lugar mais igualitário, preparado para cumprir seu papel na formação de sujeitos para o exercício da cidadania. Também foi finalidade da pesquisa captar a percepção dos educadores em face desse esforço. Como estudo de caso, foi tomado o curso piloto do projeto Gênero e Diversidade na Escola (GDE), que propõe, através de formação complementar, uma discussão com educadores sobre assuntos da diversidade, gênero, sexualidade e relações étnico-raciais. O curso GDE, realizado no ano de 2006, ofertou 1200 vagas para professores do ensino fundamental de seis municípios das cinco regiões brasileiras: Dourados/MS, Niterói e Nova Iguaçu/RJ, Maringá/PR, Porto Velho/RO e Salvador/BA. Para viabilizar a pesquisa foram analisados 60 memoriais, desenvolvidos como parte da avaliação final dos professores que participaram do projeto.
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O Museu do Taquaril, criado em 2010, é estudado como instituição museológica contemporânea, como museu comunitário, como iniciativa impulsionada pelo setor governamental por meio da Ação-Piloto do programa Pontos de Memória, do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram). Com investigação realizada por meio de pesquisa documental e entrevistas, complementada por consulta a outras fontes, são descritos e analisados: o contexto de surgimento do Museu do Taquaril, etapas e processos de sua criação e de seu estabelecimento, desafios enfrentados e perspectivas para sua continuidade. O estudo é feito a partir de revisão de literatura sobre o desenvolvimento, a transformação e a diversificação dos museus no ocidente, observados como ferramentas utilizadas em processos sociais de construção de memórias e afirmação de identidades. São focalizados a chamada nova museologia e o surgimento em anos recentes de museus de cunho social, associados ao atendimento mais democrático de interesses da sociedade. É abordado o contexto nacional atual de implementação de políticas culturais inclusivas e de uma política pública nacional específica para o setor museal. Observa-se que a trajetória do Museu do Taquaril, iniciativa inserida nesse cenário, é impactada por agentes e circunstâncias do contexto interno da instituição e da comunidade local, assim como do contexto externo, especialmente a atuação do Ibram e o programa Pontos de Memória. Conclui-se que ainda há obstáculos a serem enfrentados pelo Museu do Taquaril para sua consolidação como museu comunitário.
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Esta tese buscou identificar e analisar os fatores que influenciam a implementação da política de Educação Infantil nas creches conveniadas da prefeitura de São Paulo. Ao constatar a existência de um cenário de desigualdade no atendimento oferecido pelas creches, a pesquisa investigou coincidências e singularidades entre dois grupos de creches, respectivamente consideradas de boa e de má qualidade. O objetivo principal foi verificar as causas que contribuem para a diferença na qualidade do atendimento e as implicações desses fatores para a implementação da política de Educação Infantil. Foram analisadas 25 creches pertencentes às Diretorias Regionais de Educação de Butantã, Campo Limpo e Guaianases. Verificou-se que os recursos da entidade mantenedora e a forma como esta apoia a creche têm grande peso no atendimento oferecido, além do papel exercido pela direção do equipamento e a sua localização. Adicionalmente, foi investigada a influência da atuação da Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Educação e, mais especificamente, das suas Diretorias Regionais. Constatou-se que, ao não lidar institucionalmente com as desigualdades existentes na rede conveniada, o poder público municipal contribui para sua manutenção. As condições que interferem no atendimento são materializadas por meio do espaço físico e dos materiais pedagógicos disponíveis, das características da equipe de profissionais (número de funcionários, acesso à formação continuada e nível de remuneração) e da diversidade de atividades oferecidas às crianças. A partir dos resultados encontrados propõem-se o aprofundamento do debate sobre as desigualdades presentes na rede de creches conveniadas que leve em conta a diferenciação existente entre rede direta e conveniada, a formação disponibilizada pela Prefeitura às equipes das creches conveniadas e outros recursos necessários para apoiar as creches que não dispõem de condições adequadas para oferecer um bom atendimento.