1000 resultados para Contacto profissional
Resumo:
Introdução, Objectivos e Finalidade: Os cuidados de saúde primários (CSP) são o primeiro ponto de contacto dos cidadãos com o sistema de saúde. O reforço da qualidade desta primeira e fundamental interface é um dos mais importantes objectivos da Reforma de 2005 dos CSP em Portugal, abrindo caminho a uma necessária e profunda mudança organizacional. É neste sentido que surgem as unidades funcionais dos centros de saúde como parte integrante do processo de reestruturação e, muito em particular, as Unidades de Saúde Familiar (USF). O presente estudo tem como objectivo geral caracterizar as USF quanto ao seu desenvolvimento organizacional e à opinião e satisfação dos seus profissionais em relação à Reforma de 2005 dos CSP em Portugal. Esta caracterização tem como finalidade contribuir para o planeamento da monitorização e do apoio à evolução da Reforma de 2005 dos CSP em Portugal. Os objectivos específicos são: medir a satisfação dos profissionais de saúde das USF em relação à Reforma de 2005 dos CSP em Portugal e à actividade da sua USF; identificar os parâmetros de qualidade da actividade das USF reconhecidos como importantes pelos coordenadores das USF; identificar as necessidades de formação dos profissionais das USF; descrever os instrumentos de apoio à gestão utilizados pelas USF; conhecer a opinião dos coordenadores das USF sobre o processo de contratualização da actividade destas com as Administrações Regionais de Saúde; medir a satisfação dos coordenadores das USF em relação às condições técnicas para a actividade das USF; identificar as áreas prioritárias de mudança na actividade das USF na perspectiva dos seus coordenadores. População e Métodos: O estudo é observacional, descritivo, transversal e censitário. Utilizou-se um questionário semi-estruturado para recolha da informação, aplicado a todos os indivíduos que desempenhavam funções de coordenação de USF em actividade no território de Portugal Continental (N=230, a 8 Fevereiro 2010 [Missão dos Cuidados de Saúde Primários, 2010]). Na análise de resultados foi utilizada estatística descritiva - percentagens e frequências - das variáveis e a análise de conteúdo para os resultados das variáveis medidas por questões de resposta aberta. Foram definidos como parâmetros de caracterização das USF e variáveis deste estudo, as dimensões: qualidade, formação profissional, sistemas de informação e comunicação e aplicações informáticas, articulação com as unidades parceiras (manual de articulação), processo de contratualização, condições técnicas (recursos físicos e humanos) e a satisfação. Tendo em consideração que a caracterização das USF sofre influência das suas condições territoriais, temporais e estruturais, a USF de cada participante foi identificada de acordo com a Administração Regional de Saúde a que pertencem, o tipo de modelo em que opera e o número de anos de actividade.Para este estudo delineou-se uma estratégia de recolha de dados em que foi salvaguardado o anonimato dos dados recolhidos. Neste estudo não existiu qualquer conflito de interesses. Resultados e discussão: A taxa de resposta obtida foi de 59,1% (n=136). Observou-se que a distribuição dos coordenadores de USF respondentes, em relação aos parâmetros Administração Regional de Saúde de pertença da USF e tipo de modelo das USF, é proporcional à distribuição dos coordenadores no universo, dando suporte à generalização das conclusões deste estudo para toda a população em estudo. Conseguiu-se construir um quadro complexo correspondente à caracterização das USF em 2010, como reflexo actual do estado de implementação da Reforma de 2005 dos CSP em Portugal. Os parâmetros referentes ao desenvolvimento organizacional das USF mostram que existe preocupação com a área da qualidade da prestação dos cuidados, uma utilização de instrumentos de gestão como manuais de articulação e de boas práticas, estudos de satisfação do cidadão ou de satisfação no trabalho e um reconhecimento de que o processo de contratualização de actividade para a USF actua como um estímulo para trabalhar com maior qualidade. Estes resultados indicam que o processo de mudança que decorre pode estar a corresponder a uma melhoria organizacional dos serviços de saúde. Quanto à satisfação dos profissionais de saúde em relação à Reforma de 2005 dos CSP em Portugal, pode-se afirmar que os resultados obtidos são positivos e concordantes com um processo de mudança mobilizador dos profissionais (59,8% referem estar satisfeitos ou muito satisfeitos). Estes valores positivos são reforçados com os 83,3% de respostas de satisfação ou muita satisfação dos profissionais das USF em relação ao modo como decorre a actividade da USF, o que tem de ser considerado um sinal de que a componente organizacional das USF pode estar a conseguir garantir um adequado nível de qualidade de funcionamento das unidades. Foram, no entanto, assinaladas várias áreas em que se poderiam registar melhorias para a optimização da actividade das USF: maior autonomia funcional e financeira das USF, maior descentralização de competências das Administrações Regionais de Saúde para os Agrupamentos de Centros de Saúde, melhores sistemas de informação, entre outras. Pode-se assim concluir que a evolução que se pretendia favorecer com a Reforma de 2005 dos CSP em Portugal está, de facto, a acontecer mas, ainda, com ritmos, condições e resultados desiguais.
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A abordagem das relações trabalho/saúde(doença) implica um conhecimento adequado das variáveis (factores) profissionais em jogo e das respectivas repercussões, positivas ou negativas, sobre a saúde dos trabalhadores. Tal conhecimento adquire-se mediante análise das (sempre complexas) situações reais de trabalho. As substâncias químicas constituem o mais extenso dos grupos de factores de risco de natureza profissional. O número de substâncias químicas a que se encontram expostos os trabalhadores aumenta dia a dia, sendo actualmente conhecidas mais de 100 000. Os autores procedem à revisão de alguns conceitos que, numa perspectiva de prevenção, são essenciais para o diagnóstico das situações profissionais de risco.
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Tese apresentada para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Doutor em Sociologia, ramo de Sociologia da Cultura, do Conhecimento e da Educação
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Relatório profissional para obtenção do Grau de Mestre em Ensino da Física e da Química
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Dissertação para obtenção do Grau de Mestre em Ensino da Biologia e Geologia no 3.º Ciclo do Ensino Básico e no Ensino Secundário
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Este trabalho descreve um estudo de análise e avaliação de riscos (AAR) focado nos acidentes de trabalho de uma empresa Portuguesa do setor da hotelaria, restauração e catering (HORECA). O objetivo foi modernizar práticas correntes, incorporando novas características em técnicas de AAR tradicionais; esta evolução dá especial atenção à integração de variáveis harmonizadas estabelecidas pelo Eurostat dentro do sistema de classificação das Estatísticas Europeias de Acidentes de Trabalho (EEAT). O estudo consistiu em duas partes e utilizou algumas variáveis harmonizadas para descrever o acidente e as suas circunstâncias: 1) caracterização do “acidente típico” da empresa, definido aqui como o tipo de acidente mais frequente (no período 2011-2012), e 2) análise e avaliação dos riscos ocupacionais utilizando o novo procedimento, i.e., a “metodologia modernizada”. No último caso, a ideia foi fazer um teste piloto da aplicação e utilidade do procedimento, especialmente em termos da sua capacidade de identificação de forma mais clara dos “cenários de acidente”. Em ambos os casos, as variáveis base usadas foram: contacto (ou modo lesão), tipo de lesão, e parte do corpo atingida; no entanto, para caracterizar o “acidente típico” foram também aplicadas outras variáveis (p.e.: sexo, idade e nacionalidade da vitima, atividade física especifica, desvio, contacto e agente material de contacto). Os resultados permitiram mapear as situações de risco mais relevantes, onde as “quedas contra o chão” são o tipo de acidente (contacto) prevalente; este modo de acidente está associado a duas categorias de atividade física: levar na mão/ transportar cargas, ou movimentos comuns (p.e.: andar, correr, ir para cima/ baixo, etc.). Os tipos de lesão mais frequentes são deslocações, entorses e distensões, ou então feridas e lesões superficiais. As conclusões destacam as vantagens do uso de classificação harmonizada com qualquer tipo de metodologia de avaliação de risco. Este procedimento modernizado provavelmente deverá produzir informação comparável (outputs de análise), que pode englobar tanto acidentes de trabalho como doenças profissionais.
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O relatório da atividade profissional, que constitui a primeira parte deste documento, salienta parte do meu percurso, desde as escolas onde fui professora, passando pelas formações que realizei e focando algumas atividades que mais me marcaram. Pretende também ser reflexivo na medida em que as minhas competências são produto das minhas vivências. A segunda parte é constituída por um estudo e uma proposta de abordagem a aplicar aos alunos do 8.º ano, com o objetivo de ensinar o subdomínio ―Explicação e Representação de Reações Químicas‖, que constam nas Metas Curriculares do 3.º ciclo para Ciências Físico-Químicas. A metodologia de abordagem proposta contempla didáticas diversificadas, como a leitura, o diálogo, a realização de experiências, a visualização de filmes, entre outras, de modo a que ao aluno seja dado a oportunidade de ser construtor, através da orientação do professor, do seu próprio conhecimento. Apresenta-se também a validação da proposta da metodologia.
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Este relatório visa dar resposta ao Decreto-Lei 74/2006 que regulamenta o Processo de Bolonha, nomeadamente o artigo 20.º ”Estrutura do ciclo de estudos conducente ao grau de Mestre” e ao artigo 45º, creditação. Através do Despacho/Circular nº 20/2010, os licenciados com mais de cinco anos de experiência profissional na área de especialidade da respectiva Licenciatura deverão: requerer a equivalência à parte escolar do Mestrado da sua especialidade e apresentar um relatório detalhado da sua actividade profissional, devidamente comprovada, incluindo a discussão da experiência e competências adquiridas. Este trabalho descreve a actividade docente mais relevante desde o ano lectivo de 1991/2 a 2011/12 e uma reflexão sobre o trabalho desenvolvido enquanto docente em todas as suas vertentes. Refere ainda um exemplo de trabalho de investigação ao nível do ensino básico, estratégias adoptadas para recuperar as aprendizagens não realizadas pelos alunos assim como actividades de desenvolvimento que permitam desenvolver nos alunos o interesse para o estudo da física e da química.
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Neste trabalho de projecto, é abordado o estatuto do intérprete, as suas atribuições e a forma como se integra em face dos novos pressupostos, no contexto da globalização, onde se defrontam visões conformistas e inconformistas que lhe abrem novos horizontes, num tempo que aparenta ser cada vez mais rápido. As possibilidades de avaliação da qualidade do seu desempenho serão também alvo de reflexão. Fazendo referência ao leque de temáticas envolvidas nas actividades em questão, serão analisados exemplos de aplicação efectiva em contexto por parte do autor, em particular: dois trabalhos de interpretação simultânea em televisão e um de interpretação consecutiva e sussurrada em conferência – todos alvo de visionamento e audição em DVD. Pretende-se aquilatá-los, por um lado, à luz da intersecção entre o juízo (em causa própria) do prestador do serviço, como corolário da sua experiência; e, por outro lado, o julgamento dos clientes e a análise inter pares. Através do relato das dificuldades práticas desta realidade profissional, aspirou-se abordar eventuais soluções que pudessem contribuir para reforçar a qualidade do serviço de interpretariado.
Resumo:
O presente relatório descreve as principais actividades desenvolvidas no estágio pedagógico, realizado no âmbito do Mestrado em ensino de Física e de Química. A prática profissional efectuou-se na Escola Secundária do Monte de Caparica, no ano lectivo de 2011/2012. A professora estagiária acompanhou as actividades de três turmas (uma de 7.º ano e duas de 12.º ano, uma delas do Curso Profissional). Leccionou algumas aulas de várias unidades temáticas e colaborou nas funções de Directora de Turma. Frequentou formação acreditada, nos cursos de “Prevenção da Toxicodependência” e “Academia Quantum”. Este relatório contempla também uma secção sobre a pesquisa realizada no âmbito da unidade curricular de Investigação Educacional. O objectivo deste trabalho foi averiguar qual é a influência do tipo de abordagem à actividade laboratorial para a aprendizagem em Ciências. Pretendeu-se saber como reagem os alunos a dois tipos de abordagem à actividade laboratorial, com estratégias diferentes; seguindo o grupo de controlo, um protocolo “tipo receita” e o grupo experimental uma actividade laboratorial de resolução de problema “investigação CSI”. O estudo foi desenvolvido com alunos numa turma de 7.º ano de escolaridade, durante o ensino do tema “Densidade”. A abordagem empírica ao estudo combinou técnicas de pesquisa (qualitativa e quantitativa) para melhor interpretação. Utilizou-se uma estratégia de pesquisa de quase-experimentação, testando e avaliando conhecimentos dos dois grupos (controlo e experimental), antes e após a intervenção. De acordo com os dados obtidos neste estudo, ambos os grupos, no geral, melhoraram os seus resultados do pré para o pós-teste; verificando-se um maior aumento nos resultados do grupo experimental. A abordagem à actividade laboratorial do grupo experimental contribuiu para a melhor apreensão do tema estudado. Apesar das limitações da investigação, a análise dos resultados revelou uma tendência no sentido da diferente abordagem à actividade laboratorial ter influenciado na aprendizagem.
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Introdução: O desafio que constitui a rotação no trabalho pode motivar e incentivar o trabalhador, expandindo o seu campo de ação e ampliando competências, de modo a aumentar a produtividade. No entanto quando se implementa este sistema de rotação deve existir um balanço cuidado entre qualidade e quantidade, de modo a evitar sentimentos de irritação e frustração dos profissionais de saúde, nomeadamente dos enfermeiros. Torna-se assim importante perceber a relação entre rotação no trabalho dos enfermeiros e satisfação profissional dos mesmos, visto que a satisfação profissional está associada a melhores resultados no trabalho e para a organização e, neste caso, específico relaciona-se com uma otimização dos cuidados prestados ao utente. Objetivos: O objetivo geral deste estudo é compreender o impacto da rotação no trabalho, entre secções do mesmo serviço (cuidados intensivos, intermédios e enfermaria), na satisfação profissional dos enfermeiros, do serviço de cirurgia cardiotorácica, no Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE – Hospital de Santa Marta. Material e Métodos: Trata-se de um estudo quantitativo, com desenho de investigação observacional, analítico e transversal. Foi utilizado um questionário como instrumento de recolha de dados aplicado a 55 enfermeiros, do serviço de cirurgia cardiotorácica, incluídos no sistema de rotação entre postos de trabalho, nos meses de Janeiro e Fevereiro de 2012. Realizou-se análise estatística descritiva e bivariada dos dados. Resultados: Os profissionais provenientes da UCI apresentaram, na sua maioria, rotação mínima ou inexistente. Por outro lado, os enfermeiros provenientes dos restantes sectores apresentaram rotação intermédia e alta. Quanto ao número de turnos em cada sector, a maioria dos enfermeiros muito insatisfeitos e insatisfeitos, apresenta rotação intermédia. Os enfermeiros nem satisfeitos nem insatisfeitos não apresentaram rotação ou apresentaram rotação mínima. Já, os profissionais satisfeitos e muito satisfeitos com o número de turnos por sector não realizaram rotação. Também se verificaram resultados estatisticamente significativos na satisfação quanto ao ritmo de trabalho e à tecnicidade inerente ao sistema de rotação. Em geral, os enfermeiros muito insatisfeitos e insatisfeitos e nem satisfeitos nem insatisfeitos com a rotação estão profissionalmente satisfeitos. Os enfermeiros satisfeitos e muito satisfeitos com a rotação tendem a estar profissionalmente bastante satisfeitos. Discussão: De facto, na prática de enfermagem, a presença dos profissionais provenientes da UCI, na própria unidade de cuidados intensivos, como elementos de referência, é indispensável ao bom funcionamento da mesma, sendo compreensível que o seu esquema de rotação não seja de nível intermédio ou alto. Compreende-se também que a possibilidade dos enfermeiros participarem nas decisões acerca da organização do seu trabalho devia ser continuamente valorizada. O desafio que constitui a rotação no trabalho pode motivar e incentivar o trabalhador, expandindo o seu campo de ação. Não existe associação entre satisfação global e rotação entre sectores, mas de facto existe uma verbalização informal de insatisfação por parte dos profissionais. Assim, para um estudo mais aprofundado deste fenómeno seria imprescindível a realização de um estudo que seguisse o paradigma qualitativo ou misto, de modo a compreender especificamente a relação entre rotação no trabalho, entre secções do mesmo serviço, com a satisfação profissional dos enfermeiros.
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Esta dissertação trata de duas temáticas importantes na vida de uma organização: a motivação e o stress profissional dos trabalhadores. Pretende-se compreender melhor certos aspectos destes fenómenos, centrando-se a análise num determinado grupo de trabalhadores de uma Instituição de Ensino Superior. A motivação é o processo de induzir uma pessoa ou grupo a atingir os objectivos pessoais e organizacionais, tendo em conta que esses objectivos devem ser coordenados para que tanto os indivíduos como as organizações alcancem resultados, nomeadamente a satisfação. O stress profissional é um fenómeno reconhecido pelo impacto adverso que tem no bem-estar dos indivíduos no contexto laboral, diminuindo a sua produtividade e satisfação. O estudo no terreno baseou-se na recolha quantitativa de informação, tendo sido realizados 74 questionários. Em articulação com o enquadramento teórico, a análise dos resultados obtidos através dos questionários permitiu extrair algumas conclusões, das quais destacamos: a) existem diferenças significativas entre a motivação e stress dos trabalhadores no local de trabalho; b) existe uma desmotivação no local de trabalho principalmente referente aos indicadores de segurança, realização profissional e ambiente de trabalho; c) existe algum stress no local de trabalho, nomeadamente nos indicadores de grau de controlo que o trabalhador sente na realização da tarefa e exigência psicológica do trabalho; d) não existe diferenças significativas na motivação e stress dos trabalhadores face aos que realizam atendimento ao público e os que não realizam, e por fim verificamos que a condição salarial, ambiente e condições de trabalho são as ideias que os trabalhadores mais procuram num novo trabalho. Este estudo mostrou-se assim pertinente, uma vez que saber o que motiva, o que satisfaz estes trabalhadores, pode ajudar a melhorar os procedimentos a serem adoptados na gestão da mudança da organização.
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RESUMO: O envelhecimento demográfico tem vindo a aumentar em todo o mundo. Porém, constata-se que os últimos anos de vida são, frequentemente, acompanhados de situações de incapacidade que poderiam ter sido prevenidas. Apesar da importância da actividade física na saúde, verifica-se que uma grande proporção de idosos são sedentários, aumentando o risco de incapacidade. Os profissionais de saúde podem ser influenciados por imagens negativas relativas ao envelhecimento. Tal pode conduzir a práticas de discriminação, com repercussão na forma como os idosos se vêem a si próprios e, consequentemente, no seu comportamento na prática de actividade física. Este estudo tem como objectivo analisar o modo como as imagens do envelhecimento e dos idosos, bem como as práticas idadistas percebidas pelos idosos no contacto com profissionais de saúde influenciam a sua prática de actividade física. Realizou-se um estudo qualitativo, com recurso à entrevista semi-estruturada e de associação livre das palavras, sendo entrevistados 18 utentes que recorreram a um Centro de Saúde. Pelos resultados, constatou-se que uma parte considerável dos participantes (n=8) mencionou que a forma como são vistos pelos profissionais de saúde e como estes lidam consigo influencia a sua prática de actividade física. A imagem mais referida como favorecendo esta prática foi o facto de se considerarem pessoas com vontade de viver. Como principal prática favorecedora identificou-se o aconselhamento/educação para a saúde. A imagem mais mencionada como dificultando a actividade física foi a de os idosos serem deprimidos/tristes/aborrecidos e rabugentos/teimosos. As práticas mais identificadas como dificultando a actividade física foram: o desinteresse face aos problemas de saúde; o não encaminhamento para intervenções adequadas às necessidades; a indicação de que o problema de saúde é devido à idade, não o sendo; a postura autoritária em que só o profissional decide a opção terapêutica; e a verbalização de que o utente já tem muita idade para realizar uma actividade. Conclui-se que as imagens negativas do envelhecimento e dos idosos bem como a existência de práticas idadistas por parte dos profissionais de saúde, condicionam de forma negativa a prática de actividade física nos idosos.---------------ABSTRACT: The aging population has been increasing around the world. However, it appears that the last years of life are often accompanied by situations of disability, which could have been prevented. Despite the importance of physical activity on health, it appears that a large proportion of elderly people are sedentary, increasing the risk of disability. Health professionals may be influenced by negative images related to aging and that may lead to discriminatory practices with repercussion in how older people see themselves and thus their behavior as related to physical activity. This study aims to examine how the images concerning aging and older people, as well as ageist practices perceived by older people in contact with health professionals, do influence their physical activity. A qualitative study was conducted using a semi-structured interview and techniques of free word association. Eighteen primary care elderly users were interviewed. A considerable proportion of the sample (n=8) mentioned that the way health professionals see them and deal with them influences their level of physical activity. The image that most favoured this practice was that people are willing to live. Counseling/health education was identified as the main favouring practice. The image which was most often mentioned as hindering physical activity was that of elderly as being depressed, sad or bored, and grumpy or stubborn.The practices most often identified as hindering physical activity were: lack of interest regarding health problems; non-referral to appropriate intervention needs; indicating that the health problem is due to age, not being the case; authoritarian professional attitudes regarding who decides the treatment options; verbalization that the user is already to old to perform an activity. This study concludes that the negative images of aging and older people as well the existence of ageist practices by health professionals negatively affect the practice of physical activity in the elderly.