1000 resultados para estrutura e funcionamento da escola
Resumo:
O presente trabalho é composto por dois estudos independentes sobre o Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT). O primeiro estudo empregou procedimentos paralelos de análise de componentes principais em duas versões do Screen for Posttraumatic Stress Symptoms (SPTSS) respondidas por estudantes universitários norte-americanos (n = 2.389) e brasileiros (n = 755). Três componentes de primeira ordem (revivência/ansiedade; depressão; evitação) e um componente de segunda ordem (TEPT) representaram a estrutura interna do SPTSS. O segundo estudo empregou testes neuropsicológicos em estudantes universitários (N = 72) com graus variados de sintomatologia pós-traumática. Foi encontrada diferença significativa no desempenho em tarefas de atenção seletiva, função executiva e processamento emocional. Os estudos realizados contribuem para a compreensão do modelo conceitual e dos prejuízos cognitivos associados ao TEPT.
Resumo:
o presente estudo discute o poder e contribuição de diferentes metodologias e estiLos de ação pedagógica nas mudanças cognitivas de adolescentes de Classe social baixa. Trata-se de um estudo de caso onde tomamos uma amostra de alunos dos cursos de aprendizagem para menores do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) da cidade do R-lo de Janeir'o~ comparados com alunos de· escolas acadêmicas de 1o e 2o graus. Os dados qualitativos mostram que a ação pedagógi ca das escolas acadêmicas analisadas está ~estruturada dentro de uma concepção genérica" difusa e indiferenciada. presa a modismos. "mitos" e "antimitos" pedagógicos. Mantem os mesmos valores" 'Linguagem e os mesmos programas das escoLas de etite~ sem contudo possuir a mínima infra-estrutura humana e material.. A ação pedagógica do SENAI restringe-se a objetivos muito especificos, pragmáticos, buscando ensinar apenas aquilo que "serve". Utiliza uma metodologia de ensino mais adequada ao universo social. e lingU'Ístico dos alunos de classe social baixa. Os resultados quantitativos, em parte inconclusivos. mostram que as diferenças metodológicas entre os grupos, ainda que profundas, não exercem influências a ponto de gerar mudanças mensuráveis, no prazo médio de um ano~ nos componentes cognitivos. Os dados revelam, ainda, que ao existiram ganhos cognitivos significativos entre 08 niveis de ?a. e 8a. série do primeiro grau e entre 8a. ssrie do 1P grau e la. do 29 grau. Pa tenteia-se, de um modo geral, neste estudo uma fraca influência da escola nas mudanças cogn.itivas de Zunos de cl.asse social bai:z:a. Um dos resultados significa',iv". oiona-S8 à forte interação dos component do estudo relacognitivos e não-co~ iii nitivos. Os dados qualitativos evidenciaram que o ambiente org~ niaacional rico em estimulas, a presença dE: conteúdos 8ubstanti vos, tanglveis,concretoB e uma metodologia de ensino que permita avanço progressivo, possibilitam, ao al mo de classe social baiza, a internali.aação de auto-confiança Ej: auto-estima. O êxito ou o fracasso escolar parecem marcar in '!elevelmente o aluno. Neste contexto ter-se-ia um efeito não-cogr.!itivo como resultado mais perceptivel do aprendi.aado cognitivo. A mensagem -metodologia, conteúdos, ambiência, etc. - seria o meio.
Resumo:
Apoiando-se em proposições teóricas de Althusser, Baudelot & Establet e Bourdieu & Passeron, levantaram-se subsídios para a verificação da hipótese principal de que a disciplina Ciências do currículo de 1o grau, serve de veículo para a inculcação da ideologia dominante, visando a reprodução das relações de produção e da estrutura de classes vigentes no Brasil. Partindo-se do pressuposto básico de que a disseminação de uma cultura científica popular, tal como o incentivo às carreiras ci entíficas, gera oposições da classe dirigente. O trabalho desenvol - veu-se em duas etapas: na primeira, procedeu-se à análise de dados históricos relacionados com a evolução do ensino de Ciências na esco la secundária brasileira. Essa análise mostrou que, desde as reformas pombalinas até à reforma do ensino de 1o e 2o graus, em 1971, praticamente não ocorreram mudanças nos objetivos fixados, programas e procedimentos didáticos da disciplina. Vez que não se modificaram substancialmente as forças condicionantes da estrutura de classes brasileira e das relações de produção aqui encontradas e que determinam as características da escola. Na segunda etapa do trabalho, lançou-se mão de informações obtidas em escolas goianas, não só por meio de entrevistas com professores e alunos de Ciências de 8a série do 1o grau mas também através da análise de livros didáticos. Informações que, permitindo uma reconstrução aproximada da visão de mundo de mes tres e alunos bem como das suas condições materiais de trabalho, serviram para comprovar a hipótese e para mostrar a natureza dos conteú dos da ideologia e as formas pelas quais a mesma é inculcada através da disciplina.
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A proposta deste trabalho consiste, primeiramente, em apresentar o pensamento de Michel Foucault quanto à instauração e existência da sociedade disciplinar. Apresenta ainda, inspirado na visão foucaultiana, uma análise do funcionamento de duas escolas públicas do 1o grau, a partir de alguns documentos. Tal análise pretende tornar explícitos os mecanismos e instrumentos da disciplina nas relações entre os elementos da escola, enfocando especialmente o papel do professor. Procuramos descrever a visão foucaultiana sobre a sociedade disciplinar, tomando seus estudos sobre as formas anteriores à disciplina, para melhor compreendêla. Tais objetivos foram determinados, portanto, pela necessidade de verificar a viabilidade de uma análise da complexa rede de produção de relações de poder na escola. Foi possível verificar a existência de um comprometimento dos atores da escola, na produção dos conhecimentos e das verdades que se fazem necessários à manutenção da ordem instaurada. Comprometimento este que se percebe na prática escolar, pelo uso de procedimentos que visam o alcance e continuidade dos efeitos de poder que essas relações trazem. O atendimento a mecanismos de controle que asseguram a função normalizadora da disciplina escolar, pode ser verificado na atribuição de papéis funcionais a cada profissional e, dentre estes, o professor. Ressalta-se, no entanto, os estreitos limites do campo de análise aqui utilizado, o que deixa antever as vantagens de utilização deste estudo a um universo de pesquisa mais abrangente, a fim de verificar o grau de generalidade das afirmações aqui contidas, a partir deste estudo particular.
Resumo:
As Teorias da Orientação Educacional, quando não consideram a ligação necessária entre Educação e Sociedade, podem não dar conta da prática que pretendem orientar. Assim, faz-se necessária uma abordagem teórica que explicite as determinações tanto da teoria como da prática da Orientação Educacional que, como as demais teorias científicas, são determinadas pela estrutura social. Nas sociedades, cuja existência é baseada no modo de produção capitalista, esta estrutura fun da-se em relações de exploração econômica e dominação política da burguesia sobre o proletariado. Desse modo, a produção intelectual origina-se de idéias da classe dominante e orienta práticas que legitimam esse domínio. Se, pois, a Orientação Educacional destina-se à realização de potencialidades humanas, deve, necessariamente, ver suas teorias e sua prática libertadas das ingerências da ideologia dominante que, baseadas no interesse de uma classe, não permite uma prática que se realize no interesse da totalidade da sociedade, pois essa é constituída de classes antagônicas. Assim, também a prática da Orientação Educacional que se quer orientada por uma nova Teoria deve transformar-se por inteiro, a começar da negaçao do Orientador, enquanto autoridade, o que só é possível através da tomada de consciência do papel político que o orientador desempenha enquanto intelectual. Essa tomada de consciência permitir-lhe-á , transformar sua prática e, colocando-se ao lado de interesses dominados, integrá-la em um projeto político mais amplo que vise à transformação social.
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A proposta deste trabalho consiste, primeiramente, em apresentar o pensamento de Michel Foucault quanto à instauração e existência da sociedade disciplinar. Apresenta ainda, inspirado na visão foucaultiana, uma análise do funcionamento de duas escolas públicas do lo grau, a partir de alguns documentos. Tal análise pretende tornar explícitos os mecanismos e instrumentos da disciplina nas relações entre os elementos da escola, enfocando especialmente o papel do professor. Procuramos descrever a visão foucaultiana sobre a sociedade disciplinar, tomando seus estudos sobre as formas anteriores à disciplina, para melhor compreendê-la. Tais objetivos foram determinados, portanto, pela necessidade de verificar a viabilidade de uma análise da complexa rede de produção de relações de poder na escola. Foi possível verificar a existência de um comprometimento dos atores da escola, na produção dos co nhecimentos e das verdades que se fazem necessários à manutenção da ordem instaurada. Comprometimento este que se percebe na prática escolar, pelo uso de procedimentos que visam o alcance e continuidade dos efeitos de poder que essas relações trazem. O atendimento a mecanismos de controle que asseguram a função normalizadora da disciplina escolar, pode ser verificado na atribuição de papéis funcionais a cada profissional e, dentre estes, o professor. Ressalta-se, no entanto, os estreitos limites do campo de análise aqui utilizado, o que deixa antever as vantagens de utilização deste estudo a um universo de pesquisa mais abrangente, a fim de verificar o grau de generalidade das afirmações aqui contidas, a partir deste estudo particular.
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O tema central deste trabalho aborda as relações entre os diferentes grupos rurais do município de Cruz Alta, antes, durante e depois de ocorrer profundas transformações no sistema produtivo. É abordado o papel da escola no contexto de reestruturação da economia agrícola e no seu significado para os diferentes grupos. Pretendo mais precisamente neste trabalho, analisar como no meio rural de Cruz Alta, Rio Grande do Sul, em processo acelerado de inovações tecnológicas, capitalização e modernização da estrutura produtiva, a população se compõe, se diferencia e se relaciona e quais as espectativas dos diferentes grupos em relação à escola. Parto do pressuposto que o sistema produtivo determina as formas de atuação dos grupos na estrutura social, mais precisamente, numa organização capitalista dependente. O problema em foco, implica no estudo do meio agrário em momentos históricos distintos. Procura-se inicialmente fornecer uma visão de como se estruturava a sociedade agrária em seus diferentes grupos, desde a ocupação do Estado até o início do processo de inovações tecnológicas no meio rural. A partir daí, passa-se a abordar o avanço do capitalismo no campo em seus diferentes aspectos. A adoção de um modelo técnico na agricultura traz profundas consequências em todas as camadas da população. Dá-se então uma nova conformação na estrutura agrária e nas relações sociais. Os conflitos e tensões dai gerados, bem como as percepções pelos diferentes grupos de sua situação e de seu desempenho constitue a parte central deste estudo. Dentro deste contexto, a escola é situada, isto é: como a reestruturação no meio rural repercute no sistema escolar e quais os valores e espectativas dos direrentes grupos em relação à escola.
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Neste estudo discutem-se as influências da forma de composição do grupo (turma escolar), entre crianças da primeira série do 1º Grau, em função da maturidade necessária à aprendizagem da leitura e da escrita, relativamente à estrutura e mudança da estrutura sócio-afetiva. O problema teve origem no questionamento em torno do valor da prática e suas possíveis influências sobre o desenvolvimento social da criança que, por volta dos sete anos de idade - coincidindo com a entrada para a escola - é mais fortemente incrementado. O suporte teórico do estudo é dado pela Teoria de Campo de Kurt Lewin. O percentual de indicações positivas (PIP) , o percentual de indicações negativas (PIN) , o destaque da posição sociométrica (D), a qualidade do destaque (Qd) , e a mudança das posições sociométricas dos indivíduos nos grupos (MPS) , - constituiram-se em indicadores da variável composição do grupo. Do estudo realizado conclui-se que as formas homogênea e heterogênea de composição do grupo influenciaram de maneira não significativamente diferente em relação à estrutura e a mudança da estrutura sócio-afetiva do grupo, sendo, portanto, injustificada a prática da homogeneização das classes escolares em relação a estes aspectos.
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A presente dissertação discute e analisa como se constitui o processo de escolarização das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) em turmas de séries iniciais no âmbito da escola pública. Na articulação dos estudos de Michel Foucault e dos Estudos Culturais Pós-estruturalistas, procurei investigar práticas escolares e examinar as relações de poder-saber aí implicadas. Além disso, atentei para aqueles movimentos/ações com a finalidade de fuga, ruptura, que entraram em luta com os mecanismos/estratégias ligados à constituição do processo em questão. Com esse objetivo, para compor o corpus de pesquisa, incursionei no espaço escolar e desenvolvi observações no laboratório de Informática em um período de aproximadamente quatro meses. De acordo com essas observações, produzi um diário de campo. Também realizei entrevistas com direção e vice-direção, professora responsável pelo laboratório de Informática, professoras, alunos e alunas de séries iniciais. Participei de uma reunião de professores e reuni alguns materiais sobre as TICs que me foram disponibilizados pela escola. Explorei tais materiais atentando para as práticas de significação que os tornaram possíveis, valendo-me dos pressupostos da análise de discurso foucaultiana, que aponta para a total inseparabilidade de discurso e prática. Utilizei como ferramentas analíticas os conceitos de prática, relações de poder-saber, linguagem, disciplina. A trama das ferramentas com os materiais possibilitou-me argumentar que a constituição do processo de escolarização das TICs está relacionada a um elemento por mim identificado como tendo tornado esse processo possível, qual seja, a necessária associação das TICs à educação escolarizada e pública. Do mesmo modo, analisei a disciplinarização como um dos processos implicados na constituição da escolarização das TICs. Por meio desse processo, foi possível examinar algumas práticas/estratégias disciplinares, tanto no eixo do corpo quanto no eixo dos saberes, comprometidas em adequar/ajustar as TICs a uma determinada estrutura e organização escolarizadas.
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Quanto ao conteúdo e à forma, este trabalho pretende ser de utilidade didática, buscando apresentar claramente as ideias acerca do conhecimento básico de organizações, sendo sua validade proporcional a sua capacidade explicativa. As teorias que procuram explicar as organizações mudam mais que as próprias organizações. Desde os estudos pioneiros da chamada escola de administração científica, que se sucedem diferentes modelos procurando refletir a realidade das organizações em diferentes épocas.
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Este trabalho tem como objetivo a análise de um conjunto de obras que pertence ao grupo da vertente modernista brasileira, parte da escola carioca e parte da escola paulista. O fator comum entre elas é a independência dos elementos estruturais em relação aos demais que compõem os edifícios. O período delimitado para este estudo começa em 1936 e vai até 1961, de acordo com as datas dos projetos analisados. Como os momentos de consolidação das duas escolas não são coincidentes, o período entre essas datas é o maior, de acordo com o panorama nacional e internacional, que não deve ser considerado isoladamente em relação a cada escola. A Arquitetura Moderna Brasileira, tendo por base os princípios do racionalisma estutural, sob forte influência corbusiana, trilha o caminho de uma produção própria, valendo-se da cultura e tecnologia locais. Utilizando-se os exemplos de Lúcio Costa, Affonso Eduardo Reidy e Vilanova Artigas, de temas diversos, puderam ser analisadas as influências internacionais recebidas e o legado deixado por eles à produção arquitetônica brasileira desde então. Acompanham o texto escrito ilustrações que, além de seu caráter complementar, são imprescindíveis para a compreensão deste trabalho.
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Este estudo tem com tema central recuperar a memória associada às relações, trajetórias e modos de vida de ex-alunos e sua instituição escolar de formação profissional: o Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca- Cefet-RJ. O objetivo é resgatar sociologicamente a influência deste espaço de ensino, à luz da percepção dos egressos de seus cursos técnicos das décadas de 1960 e 1980. O propósito foi realizar uma análise com o intuito de desvendar significados que a instituição denominada Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca tem na vida de alguns de seus alunos egressos. O trabalho foi feito a partir de entrevistas com ex-alunos com a finalidade de estabelecer pontos em comum e/ou divergentes no que diz respeito à formação que receberam; influência da escola em suas escolhas profissionais e/ou pessoais; constituição de suas carreiras; leitura que fazem das mudanças ocorridas na instituição até os dias de hoje e ainda a forma como a escola está presente em suas memórias. Esta investigação procura evidenciar aspectos do cotidiano escolar no período em que cada aluno entrevistado estudou; algumas peculiaridades sobre funcionamento e o andamento dos cursos na época e ainda, as lembranças de personagens que contribuíram na construção da história e da memória desta instituição.
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A prestação do serviço de acolhimento institucional para crianças e adolescentes ainda é um grande desafio para as organizações que realizam este trabalho, não só pelas atuais mudanças do perfil dos abrigados, que passa a exigir novas respostas institucionais, com pela fragilidade da estrutura de financiamento público. Desse modo, o presente trabalho tem como propósito identificar as principais fragilidades da estrutura de financiamento público desse serviço, a partir do estudo de caso do Programa Abrigos Solidárias da Liga Solidária, organização social sem fins lucrativos que mantém três abrigos via convênio firmado com a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social de São Paulo (SMADS). Para tanto, foi realizada pesquisa qualitativa baseada em entrevistas semi estruturadas junto a gestores e técnicos da Liga Solidária, bem como uma revisão bibliográfica sobre os principais marcos da Política Nacional de Assistência Social, referências sobre a Reforma Gerencial do Estado e o funcionamento básico do Sistema Único de Saúde (SUS). Com base nos dados encontrados na pesquisa, foi possível realizar um diagnóstico da atual estrutura de financiamento público e complementar que subsidiou a elaboração de uma proposta integrada de aperfeiçoamento da estrutura de financiamento desse serviço respaldado por uma análise comparativa com o SUS e resgatando as propostas de contratualização previstas na Reforma Gerencial do Estado de 1995.