853 resultados para Ritual


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As narrativas Dois irmãos e Órfãos do Eldorado, de Milton Hatoum, estão cercadas pelo ambiente dos rios, espaço fluido, aquoso, profundo, que representa o limite entre a vida e a morte. O rio, cenário mítico, simbólico para o material ficcional das narrativas, metaforicamente também pode ser entendido como o lugar mais íntimo e profundo do ser, onde os personagens são levados a uma imersão, um voltar-se para si mesmo. Espaço de transcendência, permitida pelo mergulho na memória, que, assim como os rios, é dinâmica, instável, fluida. Temos nos livros de Hatoum narradores em primeira pessoa que se dedicam a recompor os fios dos tempos através de relatos, num processo solitário, por vias da memória. Eles fazem um mergulho no íntimo do homem e descobrem sua condição humana, frágil. Num trabalho de catarse e de autorreflexão, alimentado pela memória, eles se descobrem estranhos a si mesmos, uma vez que, ao reconstruir a própria história, o sujeito está calcado no momento presente. O eixo temporal da narração é, desse modo, presente-passado. Nesse sentido, há importância em compreendermos que a memorização exige estratégias. Os contos, os ritos, os mitos, as fábulas fazem parte desse conjunto de estratégias, que, através de imagens e símbolos, transmitem, de geração em geração, a realidade de um povo, em tempo e espaço diferentes. É verdade que os narradores de Dois irmãos e Órfãos do Eldorado contam histórias particulares, mas eles o fazem se valendo dos elementos de que a memória individual e coletiva dispõem, memórias estas permeadas pelo ambiente em que estão inseridos. Entendemos, portanto, que estudar a memória é estudar a cultura e a história vivida de cada sujeito e de seus grupos. Quando se entende que a memória de um indivíduo é também a de sua região e dos grupos de que faz parte, considera-se o processo memorialístico como uma construção coletiva. Isso significa que a memória individual é parte da memória coletiva. Desse modo, nos textos estudados, é pelo viés da memória que se entrelaçam espaços e tempos num lugar em que o rio se coloca entre os mundos narrados

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A história da pólis de Esparta como, por vezes, nos foi apresentada tomou uma perspectiva historiográfica dotada de pressupostos Atenocêntricos, os quais acabaram apresentando-a como rústica, dotada de uma economia e uma cultura estática e demasiadamente inclinada às atividades militares. No entanto, através de nossa pesquisa verificamos que as práticas político-culturais dos cidadãos de Esparta eram dinâmicas, para sua época. Seguindo por esse viés, verificamos que as representações de Esparta, sobretudo dos esparciatas e dos seus basileus, variaram de acordo com o grupo social e o contexto histórico em que foram empregadas. Com isso, observamos que embora os cidadãos de Esparta tenham sido, em algumas circunstâncias, criticados pelos pensadores antigos, esta não foi uma tendência hegemônica. Sendo assim, mediante os indícios da documentação literária do período Clássico, notamos que os esparciatas e os seus basileus teriam sido homens dotados de um habitus tradicional, o qual valorizava o aprimoramento físico e mental, assim como a responsabilidade com os deveres sagrados. Através da interação entre os vestígios documentais e dos estudos historiográficos mapeamos parte das representações de Esparta que figuraram os diversos discursos no decorrer da história do Ocidente, no intuito de materializarmos as possíveis motivações político-culturais nas apropriações do habitus espartano. Por conseguinte, recorremos à documentação literária para entendermos como parte dos pensadores clássicos concebeu, por meio de uma memória ancestral, a formação da região da Lacedemônia e da pólis de Esparta, a qual teria se dado concomitantemente com a legitimação político-cultural da identidade étnica dos basileus e dos esparciatas. Por fim, analisamos as práticas rituais em honra ao deus Apolo como um mecanismo empregado pelos segmentos sociais hegemônicos da Lacedemônia para ratificar o seu poder político frente a grupos sociais submetidos.

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O presente trabalho tem o objetivo de explorar algumas das ambiguidades constituintes do universo religioso do candomblé, a partir da temática da mudança de status e das relações de poder. Trata-se de um estudo de caso que evidencia a história de uma mãe de santo iniciante e o processo de consolidação de seu terreiro, tendo como pano de fundo as ideias e regras gerais do candomblé. Antes de se tornar mãe de santo, Carla era equede em um terreiro angola comandado pelo seu pai biológico. A ruptura com o terreiro e a mudança de status de equede para mãe de santo geraram controvérsias, na medida em que esta mudança não poderia ocorrer sem estar remetida a algum tipo de erro iniciático. Contudo, é sabido que esse tipo de mudança não é incomum, porém depende de uma série de condições e situações que orientam as práticas religiosas no candomblé. Além disso, pretende-se também, abordar questões relativas à estruturação da família de santo e os conflitos decorrentes da interposição entre laços de sangue e de santo, bem como a relação com o universo religioso umbandista e suas implicações cosmológicas e rituais.

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Nesta pesquisa foi analisado um ritual religioso com particularidades relevantes ao campo da ciência geográfica. A investigação procurou compreender como o Sagrado se manifesta em seu território, considerando a particularidade do objeto de pesquisa. A partir do aprofundamento conceitual em tela, as perspectivas acerca da acepção de território, apoiadas em um embasamento sócio-antropológico, buscam descrever, analisar e classificar, dentro da Geografia Humana, especificamente da Geografia Cultural Renovada, uma performance ritualística cultural e religiosa de grande expressividade demográfica e ainda pouco divulgada. Portanto, o conhecimento deste ritual islâmico agrega, de maneira abrangente e oportuna, novas possibilidades de interpretar o lugar e o território, ampliando seu significado e propondo novas formas de apropriação dos conceitos, ultrapassando assim, o recorte espacial da pesquisa, a cidade de São Paulo, e adentrando na subjetividade com a territorialidade móvel através da Terra Imaginalis. Os geossímbolos exponenciados em sua representatividade como alicerce e estandarte de um aparato ideológico, ganham nesta pesquisa, foco e relevância. Através dessa nova construção territorial observam-se novos desdobramentos de grande impacto social, como as construções de novas identidades e a manutenção de uma comunidade oriunda de uma grande massa migratória pós 1880, e que hoje, compõe a sociedade brasileira em contínuo processo de assimilação. Para um maior aprofundamento da prática religiosa da comunidade islâmica analisada, fez-se necessário e adequado o método etnográfico de coleta e análise de dados. Dessa forma o material audiovisual e fotográfico coletado serviram de substrato para um melhor embasamento da pesquisa bibliográfica. As conclusões parciais observadas até então, nos induzem à continuidade da pesquisa e á constatação inequívoca da plasticidade profícua e necessária às ciências humanas em geral, e especificamente, à Geografia Cultural, visto que as possibilidades de reinterpretar os conceitos geográficos á luz dos fenômenos religiosos são infinitas

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Wydział Teologiczny: Zakład Teologii Fundamentalnej i Ekumenicznej

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Celem artykułu jest zarys koncepcji paradygmatu nauki sprowadzonego do widowiska kulturowego. Zasadniczymi kontekstami dla naszych rozważań sa definicje paradygmatu podane przez T. S. Kuhna i Z. Kwiecińskiego. W nawiązaniu do nich zostanie wyłonionych siedem faz rozwoju/przekształceń paradygmatu, następnie sięgniemy do jego odniesień naukowych i mitycznych powiązanych z technologią, z różnymi formami i funkcjami rytuału oraz z procesem rytualizacji. W wyniku zebranych tutaj informacji dojdziemy do stanowiska, z którego może wynikać, że paradygmat nauki jest widowiskiem społeczno-kulturowym. Zestawione tutaj wnioski pozwolą nam przejść do przykładu związanego z wychowaniem, - z paradygmatem wychowania i wyjaśnić sobie, na czym polega – zgodnie z tytułem artykułu – różnica między uściskiem a uciskiem wychowania. Całość kończy podsumowanie, w którym omówimy związek technologii rytualizacji i polityczności z władzą oraz zestawię w punktach informacje na temat paradygmatu. (PS – w tytule u(ś)cisk można tłumaczyć: ucisk/uścisk)

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This project investigates how religious music, invested with symbolic and cultural meaning, provided African Americans in border city churches with a way to negotiate conflict, assert individual values, and establish a collective identity in the post- emancipation era. In order to focus on the encounter between former slaves and free Blacks, the dissertation examines black churches that received large numbers of southern migrants during and after the Civil War. Primarily a work of history, the study also employs insights and conceptual frameworks from other disciplines including anthropology and ritual studies, African American studies, aesthetic theory, and musicology. It is a work of historical reconstruction in the tradition of scholarship that some have called "lived religion." Chapter 1 introduces the dissertation topic and explains how it contributes to scholarship. Chapter 2 examines social and religious conditions African Americans faced in Baltimore, MD, Philadelphia, PA, and Washington, DC to show why the Black Church played a key role in African Americans' adjustment to post-emancipation life. Chapter 3 compares religious slave music and free black church music to identify differences and continuities between them, as well as their functions in religious settings. Chapters 4, 5, and 6 present case studies on Bethel African Methodist Episcopal Church (Baltimore), Zoar Methodist Episcopal Church (Philadelphia), and St. Luke’s Protestant Episcopal Church (Washington, DC), respectively. Informed by fresh archival materials, the dissertation shows how each congregation used its musical life to uphold values like education and community, to come to terms with a shared experience, and to confront or avert authority when cultural priorities were threatened. By arguing over musical choices or performance practices, or agreeing on mutually appealing musical forms like the gospel songs of the Sunday school movement, African Americans forged lively faith communities and distinctive cultures in otherwise adverse environments. The study concludes that religious music was a crucial form of African American discourse and expression in the post-emancipation era. In the Black Church, it nurtured an atmosphere of exchange, gave structure and voice to conflict, helped create a public sphere, and upheld the values of black people.

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The present work is an exploration of the beliefs and practices of three lay Catholic devotional communities in and around the city of Cork, Ireland. The research is guided by the theory that folk, or popular, religion is a dynamic process in which individuals and groups utilise the resources of orthodoxy, popular tradition, and personal creativity, to better interpret, articulate, and create religious experiences. Ethnographic fieldwork was the principal method of data collection. Four areas of folk religion are given special attention: the use of religious narrative to represent and reproduce religious experience, the use of material artefacts to create channels for sacred presence and activity, the use of ritual and pilgrimage to establish sacred time and space, and the use of prayer to accomplish all of these goals. These sections are followed by a more holistic analysis of the material, a critical examination of the work, and suggestions for further research.

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This article explores some of the ways of remembering and honouring the ancestors in contemporary Pagan religious traditions, with a focus on the Irish context. An overview is provided of how the "ancestors" are conceptualised within Paganism, as well as where they are believed to be located in the afterlife or Otherworld. Veneration of ancestral peoples is a significant part of many Pagan rituals. Some methods of honouring the dead, and contacting the dead, through ritual practices are described. Remembering and honouring the dead, whether distant forebears or more recent relatives, is particularly important during the Pagan celebration of the festival of Samhain, feast of the dead, on October 31. Issues around ancestors, lineages and ethnicity are significant in many Pagan traditions, and attention is paid to these factors in terms of the Irish Pagan community's sense of cultural belonging as well as their sense of place in a physical respect in relation to the landscape, proximity of sacred sites, and other features of their geographical location.

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In a landmark book published in 2000, the sociologist Danièle Hervieu-Léger defined religion as a chain of memory, by which she meant that within religious communities remembered traditions are transmitted with an overpowering authority from generation to generation. After analysing Hervieu-Léger’s sociological approach as overcoming the dichotomy between substantive and functional definitions, this article compares a ritual honouring the ancestors in which a medium becomes possessed by the senior elder’s ancestor spirit among the Shona of Zimbabwe with a cleansing ritual performed by a Celtic shaman in New Hampshire, USA. In both instances, despite different social and historical contexts, appeals are made to an authoritative tradition to legitimize the rituals performed. This lends support to the claim that the authoritative transmission of a remembered tradition, by exercising an overwhelming power over communities, even if the memory of such a tradition is merely postulated, identifies the necessary and essential component for any activity to be labelled “religious”.

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The Lucumi religion (also Santeria and Regla de Ocha) developed in 19th-century colonial Cuba, by syncretizing elements of Catholicism with the Yoruba worship of orisha. When fully initiated, santeros (priests) actively participate in religious ceremonies by periodically being possessed or "mounted" by a patron saint or orisha, usually within the context of a drumming ritual, known as a toque de santo, bembe, or tambor. Within these rituals, there is a clearly defined goal of trance possession, though its manifestation is not the sole measure of success or failure. Rather than focusing on the fleeting, exciting moments that immediately precede the arrival of an orisha in the form of a possession trance, this thesis investigates the entire four- to six-hour musical performance that is central to the ceremony. It examines the brief pauses, the moments of reduced intensity, the slow but deliberate build-ups of energy and excitement, and even the periods when novices are invited to perform the sacred bata drums, and places these moments on an equal footing with the more dynamic periods where possession is imminent or in progress. This document approaches Lucumi ritual from the viewpoint of bata drummers, ritual specialists who, during the course of a toque de santo, exercise wide latitude in determining the shape of the event. Known as omo Ana (children of the orisha Ana who is manifest in drums and rhythms), bata drummers comprise a fraternity that is accessible only through ritual initiation. Though they are sensitive to the desires of the many participants during a toque de santo, and indeed make their living by satisfying the expectations of their hosts, many of the drummers' activities are inwardly focused on the cultivation and preservation of this fraternity. Occasionally interfering with spirit possession, and other expectations of the participants, these aberrant activities include teaching and learning, developing group identity or signature sound, and achieving a state of intimacy among the musicians known as "communitas."