995 resultados para Militares Palavras e expressões
Resumo:
O trabalho emocional (TE) foi um conceito cunhado por Hochshild em 1983, significando o gerenciamento das emoes prprias ou do outro para apresentar uma face exigida pela organizao. Os estudos sobre o TE se desenvolveram em vrios sentidos, principalmente em relao s metodologias de pesquisa, questes de gnero e as suas consequncias. A presente pesquisa, relacionada a esta ltima linha, confirmou a aplicabilidade do modelo de causa e efeito de Newman, Guy e Mastracci (2008) no TE executado por militares do Exrcito Brasileiro (EB) nas misses de paz das Naes Unidas, utilizando-se da metodologia das equaes estruturais. A anlise qualitativa dos dados tambm permitiu identificar especificidades: a dimenso mais importante do TE naquele contexto est relacionada ao gerenciamento do relacionamento interpessoal dos subordinados pelos chefes.
Resumo:
O objetivo desta dissertao constatar o nvel de relacionamento entre civis e militares, antes e depois da criao do Ministrio da Defesa, em 1999. Inicialmente descreve-se sobre o surgimento de cada Fora Armada e verifica-se que Marinha do Brasil e Exrcito Brasileiro, nos anos 1820, foram criados por necessidade de segurana e defesa ao Pas, mas obtidas por iniciativa e vontade do povo. A Aeronutica, nos 1940, originou-se da juno dos segmentos aeronuticos da Marinha e do Exrcito. Constata-se que a sociedade no se envolve, como deveria, nas questes de segurana e defesa nacionais, muito menos durante e aps o perodo dos Governos Militares. Percebe-se que esta apatia, por parte da sociedade, com o tema tem vrias explicaes. H falta de informaes sobre o assunto. Passados mais de vinte anos de os Governos Militares, a ferida ainda custa para ser cicatrizada e o estreitamento desejado, entre civis e militares, questo a ser estudada. Aps a criao do Ministrio da Defesa, constatou-se que, de alguma forma, houve aproximao entre civis e militares. Inclusive na troca de conhecimentos. Houve conferncias, simpsios, encontros, reunies sobre as questes de defesa, e documentos de alto nvel foram estudados e elaborados por civis e militares. A reviso da Poltica de Defesa Nacional, a elaborao da Estratgia Nacional de Defesa e os estudos para a confeco do Livro Branco de Defesa Nacional so exemplos que confirmam esta aproximao. Antes da existncia do Ministrio da Defesa isso no acontecia. O presente estudo objetiva avaliar a criao do Ministrio da Defesa como possvel ponto de inflexo na participao da sociedade nos assuntos de Defesa e a aproximao entre civis e militares.
Resumo:
Este trabalho apresenta relaes entre a produtividade do trabalho e as capacitaes que ocorreram nas Organizaes Militares (OM) de telemtica do Exrcito Brasileiro (EB), que representam o Sistema de Telemtica do Exrcito (SisTEx). O perodo do estudo se d entre janeiro de 2010 e julho de 2011. O SisTEx melhor caracterizado pelo Centro Integrado de Telemtica do Exrcito (CITEx), pelos Centros de Telemtica de rea (CTA) e pelos Centros de Telemtica (CT), subordinados ao Departamento de Cincia e Tecnologia (DCT) e dispostos ao longo de todo o territrio nacional. O estudo trata do conceito de produtividade do trabalho e do processo de capacitao no SisTEx. Fala sobre as reas do conhecimento de interesse sistmico e das reas estratgicas que devem ser atendidas com capacitaes, mostrando os resultados que surgiram em funo das capacitaes realizadas. Prope sugestes para alinhar as necessidades de capacitao com as reas estratgicas, destacando a importncia das capacitaes no planejamento estratgico, passando pelos interesses individuais. Relaciona estratgias que representam um diferencial competitivo na agregao de valor aos usurios. Traz comentrios sobre a utilizao do ensino a distncia(EAD) e presencial para realizao das capacitaes. Trata da interferncia das capacitaes na produtividade e na percepo sobre o retorno do investimento (ROI). Relaciona, ainda, as capacidades do SisTEx com os estudos de inovao tecnolgica no setor de servios. Destaca as capacitaes realizadas na reas da segurana da informao e defesa ciberntica. Considera que possvel melhorar a produtividade do trabalho em funo das capacitaes que ocorrem no SisTEx, que contribuem como um vetor de modernidade e transformao que agem diretamente no processo produtivo, proporcionando assim uma acelerao no desenvolvimento da qualidade dos servios de TI prestados. Traz recomendaes de estudos futuros para verificar a velocidade de acumulao das capacidades tecnolgicas, o uso do EAD para capacitaes de maior complexidade tcnica e a criao de mtricas para clculo efetivo do ROI. Para tal, foi feito um estudo bibliogrfico sobre a produtividade do trabalho e o processo de capacitao do SisTEx. O mtodo adotado foi o do estudo de caso. Foram feitos questionamentos (survey) e enquetes/votaes (poll) que foram aplicados nos chefes, exchefes de CTA/CT e nos discentes do SisTEx, militares que realizaram capacitaes no perodo considerado.
Resumo:
Este estudo busca identificar os fatores que contribuem para a motivao dos indivduos nas organizaes da Marinha do Brasil e quais fatores gerenciais podem contribuir para os mtodos utilizados pelo Programa Netuno nas Organizaes Militares da Marinha do Brasil. A pesquisa bibliogrfica foi realizada com base na literatura existente sobre o assunto e seguiu, primeiramente, uma linha histrica da procura por um Estado mais eficiente at o momento da criao dos Programas GesPblica do Governo Federal e Programa Netuno da Marinha do Brasil. Foi estudado como a Motivao e a Liderana so tratadas dentro destes programas de gesto, seguindo-se uma anlise de algumas das principais teorias motivacionais de processo e contedo: Teoria Motivacional de Abraham H. Maslow; Teoria X e Y de Douglas McGregor; Teoria de Herzberg de Dois Fatores; Teoria das Necessidades Adquiridas de McClelland; Teoria ERG de Alderfer; Teoria da Equidade de Stacy Adams; Teoria da Modificao do Comportamento Organizacional (ModCO) de Luthans e Kreitner; e Teoria da Expectncia de Vroom. Alm destas, foram analisadas teorias da motivao no setor pblico, em especial a de James Perry. Tambm so descritos aspectos que contextualizam as Foras Armadas no cenrio mundial e o seu desdobramento na motivao do pessoal, a fim de analisar os diversos fatores que influenciam a motivao no pessoal da Marinha do Brasil, desenvolvendo-se um quadro de correlao destes fatores com os reflexos do desempenho.
Resumo:
Na Amrica Latina, um vasto legado de regimes militares tem contribudo para o fortalecimento de uma cultura de sigilo nos governos. Alm da defesa da ptria contra a ameaa comunista, a maioria destes golpes se deveu a um senso de dever das Foras Armadas em preservar o Estado. Deste ponto de vista, os prprios militares seriam os mais qualificados para determinar quando e como intervir na ordem poltica interna. No entanto, justificar a interveno militar na ordem poltica interna sempre um empreendimento repleto de contradies e riscos graves para a liberdade. Este contexto levou os estudiosos e autoridades a repensarem o controle civil sobre os militares, e a redefinirem os papis das foras armadas. Neste processo de consolidao da democracia, os militares ainda mantm alguns poderes polticos e de veto dentro dos governos civis. O controle civil democrtico das Foras Armadas na Amrica Latina enfrenta a falta de incentivos polticos para os civis a se envolverem e se especializarem no assunto, j que no h ameaas internas, quer externas observadas. De fato, a regio tem sido considerada como uma "zona de paz", onde os esforos diplomticos prevaleceriam sobre conflitos armados. A promulgao de leis de acesso informao pblica (LAI) abre uma maneira inteiramente nova de escrutnio pblico uma democracia monitorial, que afeta diretamente a autonomia militar e sua cultura organizacional. No estudo do surgimento e da fora legal das LAI na Amrica Latina, as relaes entre civis e militares no foram consideradas em profundidade como um fator influente. Buscou-se traar uma relao entre, por um lado, a existncia de LAI, a data de aprovao da LAI e sua fora geral e excees, e por outro lado, as relaes civis-militares na Amrica Latina. Um nmero considervel de pases suporta que as relaes civis-militares influenciam a regulamentao das excees e o momento em que a lei foi aprovada. H uma tendncia geral na Amrica Latina a adotar LAI fracas na regulamentao de excees. Tambm foi feito um estudo de caso do Brasil, pas muito representativo da influncia militar na poltica. Concluiu-se que as relaes entre civis e militares no Brasil foram um fator de grande influncia na aprovao final da LAI no pas. Este estudo contribui para a construo de uma ponte entre as agendas de pesquisa de transparncia e de relaes civis-militares, com vrias possibilidades de estudos de casos comparados.
Resumo:
Nos ltimos anos foi grande a evoluo do estudo das relaes civis-militares e seus reflexos para a elaborao das polticas de defesa das naes. Neste contexto, o presente estudo discutiu a evoluo das relaes civis-militares e da poltica de defesa da Argentina nos governos democrticos do perodo de 1983 a 2013. Foi demonstrada a forte influncia exercida pelo controle civil sobre os militares na elaborao e na implementao da poltica de defesa argentina fato que pode ter redundado na perda considervel de efetividade do instrumento militar do pas. Foram verificados tambm, os aspectos positivos e negativos das polticas de defesa planejadas e implementadas pelos sucessivos governos do perodo. Por ltimo, observou-se a necessidade da utilizao dos modernos conceitos de efetividade e de eficincia com o objetivo de melhorar a qualidade da poltica de defesa do Estado Argentino.
Resumo:
Considerando que a anlise do grau de democratizao das relaes civis- militares, conforme proposto por Barany (2012) est diretamente associada anlise das interaes entre Estado e Foras Armadas; sociedade e Foras Armadas; e Estado e sociedade, e ainda, que o Brasil se encontra em estgio slido de democratizao, este trabalho buscou avaliar a influncia poltica da Fora Area Brasileira nas relaes civis- militares, por meio de trs aspectos: (1) a anlise do oramento da Fora Area em relao ao Exrcito Brasileiro e a Marinha do Brasil, de 2004 a 2014, (2) a participao da Fora Area em cargos do Executivo, comparada s demais Foras, de 2012 a 2013, e (3) a interao da Fora Area com a Academia atualmente. A suposio de que a Fora Area possui menos influncia poltica em relao ao Exrcito e Marinha foi rejeitada, por no terem sido identificadas evidncias de precedncia poltica de uma Fora em relao s outras, nas medidas analisadas.
Resumo:
Vivemos em uma sociedade cada vez mais globalizada, atenta, informada e exigente com os servios prestados pelas organizaes pblicas e privadas. A tecnologia disponibiliza a um nmero cada vez maior de pessoas, em tempo real, um conjunto enorme de informaes, opinies, possibilitando que elas interajam com diferentes culturas e, desconsiderando suas distncias, as unem de forma nunca antes experimentada pela humanidade. A influncia da tecnologia vem trazendo consequncias to profundas ao nosso estilo de vida que, a cada nova inveno, novas experincias podem ser vividas e palavras como inovao, reinveno e mudana esto constantemente em pauta. Nesse contexto que a gesto do conhecimento vem se tornando cada vez mais importante nos ambientes corporativos, unindo pessoas certas, desenvolvendo e compartilhando novos conhecimentos, enfim, tornando mais fcil lidar com as constantes mudanas e consequentes inseguranas geradas. Assim, este trabalho verificou qual o nvel de gesto do conhecimento realizado dentro de um rgo da administrao pblica federal brasileira, a Marinha do Brasil, e, especificamente no seu Corpo de Intendentes, mediu em oito de suas principais organizaes militares, por meio de mtodos qualitativos e quantitativos, como essa ferramenta vem sendo utilizada. Ao final, de forma propositiva, com base nos resultados das avaliaes realizadas e na reviso terica, foi sugerida uma estrutura de gesto do conhecimento que possibilite melhorar os atuais nveis de gesto do conhecimento detectados, contribuindo para que aes empreendidas nesse sentido sejam mais eficazes, eficientes e efetivas, acelerando, portanto, o desenvolvimento dessas organizaes.
Resumo:
Este trabalho tem por escopo investigar a normalizao das intervenes militares com propsitos humanitrios no mbito do Conselho de Segurana das Naes Unidas. Para tanto, abordou-se o tema em perspectiva histrica, considerando seu funcionamento e contexto de produo do discurso e focando por fim nas resolues e projetos vetados de resolues do Conselho de Segurana para a conteno dos conflitos civis na Lbia, entre fevereiro e outubro de 2011, e na Sria, entre maro de 2011 e julho de 2012, no mbito do fenmeno que ficou conhecido como Primavera rabe.
Resumo:
O presente trabalho visou identificar as percepes dos profissionais de TI, em uma empresa de petrleo brasileira, sobre o tema Governana de TI. Para isso, foi utilizada a Teoria da Representao Social (TRS), mais especificamente a Teoria do Ncleo Central inaugurada por Jean-Claude Abric. Para proceder s investigaes foi utilizado um questionrio online, que incluiu um teste de evocao de palavras, visando interpretao do ncleo central da representao social. Ao todo, foram consideradas as respostas de 140 profissionais da rea de TI da empresa pesquisada que responderam ao questionrio. A partir do teste de evocao de palavras, foi identificada a representao social de Governana de TI, por meio da construo do quadrante de Vergs, sendo os clculos realizados em planilhas eletrnicas com posterior confirmao pelo software EVOC. Os elementos identificados no ncleo central, responsveis por consolidar a viso consensual do grupo, foram Controle, Estratgia, Alinhamento, Gesto, e Planejamento. Os trs primeiros elementos encontram slido respaldo na literatura sobre Governana de TI, j que os profissionais de TI tem a viso de que a Governana de TI responsvel pelo controle da rea de TI, garantindo seu contnuo alinhamento estratgia da organizao. J os elementos Gesto e Planejamento parecem estar ligados s especificidades e caractersticas mais operacionais do modelo de Governana de TI implantado na empresa pesquisada, sugerindo uma falta de clareza na distino entre os conceitos Gesto e Governana de TI. Em relao aos elementos perifricos, foram encontradas as expressões Deciso, Diretrizes e Padronizao. Alguns elementos como Deciso, Direo e Responsabilidades, de acordo com a literatura, apresentam relevncia para o conceito de Governana de TI, mas no foram identificados no ncleo central. Adicionalmente, no foi indicada qualquer expresso relacionada a mecanismos de relacionamento, os quais, de acordo com a Academia, so elementos fundamentais e necessrios a uma efetiva Governana de TI. Tambm no foram identificados outros elementos destacados pela literatura, como a noo de que a Governana de TI responsvel por garantir que os investimento em TI gerem valor, gerenciar o desempenho da TI e gerir os riscos existentes pelo uso de TI na organizao. Compreender a representao social de Governana de TI pode ajudar a explicar o comportamento da organizao analisada em relao a diversos aspectos da Governana de TI, permitindo a identificao de oportunidades de melhoria do modelo atualmente adotado.
Resumo:
Esta dissertao teve como objetivo verificar qual foi e tem sido o papel do Instituto da Defesa Nacional IDN nas Relaes Civis Militares em Portugal, aps a Revoluo dos Cravos. Fazendo uso de uma abordagem mista, a pesquisa visou avaliar a penetrao do IDN na sociedade portuguesa, conhecer o impacto dos eventos, produes editoriais e capacitaes, em especial do Curso de Defesa Nacional - CDN, ofertados pelo IDN, na formao de um pensamento crtico sobre as relaes civis-militares e ainda verificar a interao entre o IDN, universidade e outros institutos congneres. Foi aplicado um questionrio a 39 respondentes, escolhidos aleatoriamente entre Auditores da Defesa Nacional, afim de perceber a opinio deles sobre esse tema. Para complementar os dados coletados foram realizadas duas entrevistas com pesquisadores renomados. As evidncias apontam para o fato de o IDN no conseguir atingir a toda sociedade portuguesa. Apesar disso, ficou claro que o trabalho desenvolvido pelo IDN influenciou positivamente na formao de um pensamento crtico sobre as RCM. Foi possvel perceber tambm que a ampliao desse cenrio tem se dado pelas importantes parcerias que o IDN tem mantido com universidade e institutos congneres. Por fim, percebeu-se que, apesar das dificuldades que impedem o Instituto de atingir a toda sociedade, o papel desenvolvido por ele foi e tem sido muito relevante na formao de civis e militares que atuam direta ou indiretamente nas Relaes Civis-Militares.
Resumo:
A partir de 2008, o Brasil empreendeu um conjunto de aes na rea de defesa nacional sem precedentes desde a redemocratizao do pas. A publicao da Estratgia Nacional de Defesa foi um marco nesse processo. O documento viabilizou reformas no Ministrio da Defesa e a expanso de projetos estratgicos para reaparelhar as Foras Armadas. Pela primeira vez, os investimentos chegaram a superar os gastos com custeio no oramento destinado defesa. Alm disso, os militares ampliaram os servios sociais na Amaznia e participaram mais ativamente de aes de segurana pblica nas metrpoles brasileiras. O objetivo deste estudo avaliar como essa nova conjuntura impactou nas atividades parlamentares relacionadas defesa nacional e aos assuntos militares. Para isso, foi feito um levantamento de todas as proposies de deputados federais e de senadores relacionadas ao tema desde 1999, ano de criao do Ministrio da Defesa. Os resultados demonstram que a defesa nacional continua tendo um papel secundrio no Congresso Nacional. Apesar da instalao de frentes parlamentares, subcomisses e o uso de outros instrumentos inditos que conferiram visibilidade ao tema nas casas legislativas, a quantidade de iniciativas diminuiu nos ltimos anos. Em contrapartida, instituies de controle, fiscalizao e investigao, como o Ministrio Pblico e o TCU, tm sido mais atuantes. No mais, observamos que os deputados mais ativos vm de estados com maior quantidade de militares em proporo ao nmero de habitantes. Isso sugere uma conexo eleitoral na atuao nas questes de defesa.