963 resultados para Saúde do Adolescente


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A introduo das tecnologias duras no setor saúde transformou o processo de trabalho, e, apesar dos inestimveis benefcios, deve ser vista com cautela pelos trabalhadores devido a problemas relativos confiabilidade, fidedignidade dos dados e necessidade de manuteno preventiva e corretiva de aparelhos por especialistas. Por outro lado, h exigncias impostas em termos de conhecimentos e habilidades para a sua utilizao, pois h riscos de erros e iatrogenias que devem ser identificados e trabalhados pela organizao com vistas segurana no desempenho, satisfao e bem estar do trabalhador. Nesse sentido, a sua utilizao acarreta o aumento do nmero de tarefas, a intensificao do ritmo de trabalho, devido necessidade de controle extenuante por parte do trabalhador no intuito de manter o equilbrio das demandas advindas da mquina e do paciente. Tais exigncias repercutem na saúde do trabalhador e acarreta problemas de ordem fsica e psquica. Objetivou-se neste estudo: identificar a percepo do trabalhador de enfermagem sobre a utilizao da tecnologia dura em Unidade de Terapia Intensiva (UTI); descrever os fatores intervenientes em relao ao uso da tecnologia dura pelo trabalhador de enfermagem em UTI e analisar as repercusses da utilizao da tecnologia dura para o processo de trabalho e a saúde do trabalhador de enfermagem em UTI. Estudo qualitativo descritivo, cujos dados foram obtidos em uma UTI de um hospital pblico situado no municpio de Niteri-RJ no perodo de dezembro 2011 a fevereiro 2012 com 25 trabalhadores (11 enfermeiros e 14 tcnicos de enfermagem), a partir dos critrios de incluso adotados. Trabalhou-se com a tcnica de entrevista semiestruturada, mediante um roteiro contendo questes sobre a problemtica do estudo. O projeto atendeu as exigncias presentes na Resoluo 196/96, do Ministrio da Saúde (MS), tendo sido aprovado pelo Comit de tica em Pesquisa (CEP) sob n CAAE: 2063000025811. Na categorizao dos depoimentos utilizou-se a tcnica de anlise do contedo de Bardin e os resultados discutidos a luz da Psicodinmica do Trabalho. Identificou-se que a incorporao da tecnologia dura em UTI, na viso dos trabalhadores de enfermagem um instrumento de trabalho por proporcionar maior segurana, rapidez na execuo das tarefas, confiabilidade e controle em relao ao estado clnico do paciente e minimizar atividades repetitivas. Por outro lado h problemas relativos manuteno preventiva e corretiva dos aparelhos que acarretam incmodo, interrupes e sobrecarga mental e fsica devido necessidade de ajustes frequentes dos alarmes e parmetros estabelecidos, troca de aparelhos e reposio de peas; fatores limitantes e que exigem a interveno de especialistas. Diante desta situao de trabalho, as tecnologias duras utilizadas em UTI configuraram-se como fatores de risco psicossocial por acarretarem estresse ocupacional e cujos recursos internos e externos utilizados pelos trabalhadores mostraram-se insuficientes para o seu enfrentamento. Cabe a organizao do trabalho, juntamente com os trabalhadores realizar aes que minimizem os fatores de riscos apontados com vistas satisfao, a motivao e a saúde dos trabalhadores de enfermagem e demais membros da equipe.

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O Estado, em seus mbitos econmico, poltico e social, tem papel decisivo na formulao das cincias. A cincia, que buscava explicar os fenmenos naturais, desenvolveu-se e desdobrou-se em diversas reas e campos, buscando responder s complexas questes que fazem parte do mundo moderno. A saúde se coloca enquanto um desses campos complexos, que inicialmente compreendia a histria das doenas e das condies de vida e teve que ser questionada medida que somente essa teoria no mais justificava as complexas existncias e modos de andar a vida. Especificamente a Saúde Coletiva no Brasil reinventou formas de responder aos inmeros e complexos questionamentos que se colocam no mbito da vida e das condies de vida. Assim, buscou-se explorar a trajetria histricopoltica-conceitual da constituio do campo da Saúde Coletiva no Brasil apoiado em uma metodologia que se utiliza de elementos analticos da prpria reflexo que o estudo traz, em um movimento de investigao denominado como entre-meios. So apresentadas as falas dos participantes, abordando episdios e reflexes sobre os acontecimentos que marcaram a histria da Saúde Coletiva em nosso pas, o que deu base para compor uma caixa de ferramenta para o desenvolvimento do estudo. Os diferentes significados da Saúde Coletiva foram apresentados a partir do material emprico, bem como de uma anlise considerando outros olhares sobre o mesmo objeto, pela qual se buscou construir um olhar autoral sobre o objeto estudado. Alm disso, aps a busca de conceitos e teorias sobre os campos, foram apresentadas diferentes abordagens para a conceituao de campo, sendo que a caixa de ferramentas e as anlises dos significantes antes expostos foram utilizados para construir algumas consideraes e questes. Desenvolveu-se, atravs das bases de dados empricos e terico conceituais, uma anlise sobre a Saúde Coletiva no Brasil para compreender o campo a partir de um olhar crtico sobre a cientifizao das reas de conhecimento. Considerando a singularidade de um campo ainda em transformao que se constituiu em um cenrio poltico particular, onde a Reforma Sanitria Brasileira estava em construo compreendesse sua conformao enquanto um campo de saberes e prticas militantes, para a construo de novos paradigmas para explicar e intervir na saúde do povo brasileiro.

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A hipertenso uma das principais causas de morbidade e mortalidade no Brasil. Os hipertensos muitas vezes apresentam perfil lipdico e glicidico desfavorveis. A alimentao pode desempenhar um papel importante na reduo da presso arterial (PA) e no perfil lipdico e controle glicmico desses pacientes. Avaliar o impacto de uma interveno nutricional adaptada ao padro alimentar brasileiro no controle dos nveis pressricos e metablico de pacientes hipertensos em acompanhamento em um servio de ateno primria de saúde do municpio de So Lus do Maranho. Metodologia: ensaio clnico randomizado utilizando uma dieta de baixo ndice glicmico combinada ao aumento do consumo de frutas, vegetais, gros integrais e laticnios desnatados que so os princpios do Dietary Approach to Stop Hypertension (dieta DASH). Foram alocados randomicamente 206 pacientes hipertensos que foram acompanhados por 6 meses. O grupo controle (GC, n=101) recebeu aconselhamento padro, focado na reduo da ingesto de sal. Resultados: Dos 206 pacientes randomizados, 156 (37 homens, 119 mulheres) completaram o estudo. A idade mdia dos participantes foi de 60,1 (DP 12,9) anos. Aps 6 meses, houve reduo na mdia da presso arterial sistlica (PAS) em 14,4 mmHg e na diastlica (PAD) de 9,7 mmHg no grupo experimental (GE), em comparao a 6,7 mmHg e 4,6 mmHg, respectivamente, no GC. Aps o ajuste para mudana de peso corporal, PA na linha de base e idade, essas diferenas entre os grupos foram de aproximadamente 9,2 mmHg e 6,2 mmHg, respectivamente. Ocorreram tambem variaes estatisticamente significantes na excreo urinria de sdio, reduzida em 43,4 mEq/24 h no GE, bem como o colesterol total (-46.6mg/dl) , LDL colesterol (-42.5mg/dl), triglicrides (-31.3mg/dl), glicemia de jejum (-9.6mg/dl ) e hemoglobina glicada (-0,1%). O consumo alimentar modificou-se no GE com aumento do consumo de vegetais, passando de 2,97 para 5,85 ; frutas (4,09-7,18); feijo (1,94-3,13) e peixes (1,80 para 2,74). Modificaes importantes relacionadas reduo significativa de carboidratos, teor lipdico e carga glicmica da dieta, foram observadas. Concluso: Este estudo mostrou a viabilidade e a eficcia de uma abordagem diettica com base no padro alimentar brasileiro, na reduo da PA e parmetros bioqumicos inadequados, podendo causar um grande impacto na saúde pblica.

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O objeto deste estudo o contedo de ensino relacionado ao campo da Saúde do Trabalhador e sua forma de abordagem no curso de graduao de enfermagem de uma universidade pblica do municpio do Rio de Janeiro, tendo como base as ementas curriculares e os relatos dos docentes responsveis pelas Subreas. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, descritiva, e exploratria, cujos objetivos so: identificar os contedos desenvolvidos no curso de graduao em enfermagem, de uma universidade publica do Rio de Janeiro, referentes ao campo da Saúde do Trabalhador; descrever as metodologias de ensino utilizadas pelos docentes de enfermagem para o desenvolvimento dos contedos referentes ao campo da Saúde do Trabalhador; e analisar as fragilidades e potencialidades envolvendo o desenvolvimento do ensino da Saúde do Trabalhador no curso de graduao de enfermagem de uma universidade publica do Rio de Janeiro. Os sujeitos so 12 docentes efetivos que atuavam h pelo menos dois anos nas Subreas do currculo que desenvolvem os contedos sobre Saúde do Trabalhador. Os instrumentos de coleta so a entrevista semiestruturada e o formulrio para coleta de dados documentais, especificamente nas ementas, planejamentos de ensino e fluxograma curricular. A pesquisa foi aprovada pelo Comit de tica em Pesquisa da universidade na qual ocorreu este estudo, sob protocolo de nmero 06/2012. A etapa de coleta ocorreu entre maio e julho de 2012, e os dados foram analisados atravs da tcnica de Anlise de Contedo, evidenciando trs categorias: a dinmica do processo ensino aprendizagem relacionada aos contedos da Saúde do Trabalhador; potencialidades e limitaes relacionadas ao ensino da Saúde do Trabalhador; e aspectos dialticos envolvendo o ensino da Saúde do Trabalhador. Os resultados evidenciaram que o currculo do curso de enfermagem prev os contedos essenciais ao campo da Saúde do Trabalhador para a formao do enfermeiro, permeando aspectos de promoo, proteo, preveno e recuperao da saúde, bem como questes conceituais e polticas relacionadas ao contexto do trabalho. Contudo, as ementas no delimitam estes contedos, evidenciando que h distanciamentos entre os discursos dos sujeitos e o que consta nos documentos curriculares analisados. Tambm verificam-se distanciamentos no que se referem s metodologias de ensino, pois, pelas falas dos sujeitos, se apreendem variados mtodos para desenvolvimento desses contedos, variedade no contemplada pelos planejamentos de ensino. Deste modo, concluiu-se que h fragilidades no desenvolvimento dos contedos relativos ao campo da Saúde do Trabalhador e que preciso atualizar as ementas e reaproximar os docentes da proposta original do currculo. Concluiu-se tambm que existem potencialidades neste currculo, como por exemplo, uma elevada carga horria destinada ao ensino da Saúde do Trabalhador, o significativo nmero de Trabalhos de Concluso de Curso ligado temtica e a produo cientifica de alguns docentes vinculada rea da Saúde do Trabalhador.

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O presente estudo tem como objetivo analisar os contedos das memrias sociais, construdas por profissionais de saúde, acerca da epidemia do HIV/Aids no Brasil, desde o seu surgimento at os dias atuais. Trata-se de um estudo exploratrio-descritivo, pautado na abordagem qualitativa, orientado pela Teoria das Representaes Sociais, em interseo com as Memrias Sociais. Os sujeitos do estudo foram 23 profissionais de saúde graduados de servios ambulatoriais e/ou da ateno bsica, atuantes em 18 instituies pblicas de saúde da cidade do Rio de Janeiro que possuem o Programa Nacional de DST/Aids. A coleta de dados deu-se por meio de um roteiro de entrevista semiestruturada e um questionrio de caracterizao scio profissional. Para a anlise dos dados foi utilizada a tcnica de anlise lexical, realizada pelo software ALCESTE 4.10. Na anlise do grupo total de sujeitos foram definidas trs categorias denominadas: As primeiras dcadas da epidemia: a formao da representao social do HIV/Aids e das memrias, abordando a formao das representaes e os elementos de memria nas dcadas de 80 e 90; As prticas multiprofissionais e o atendimento pessoa com HIV/Aids nos dias atuais, abordando a cotidianidade e as representaes acerca do HIV/Aids na atualidade e Formas de transmisso e precauo pessoal e profissional, abordando a precauo pessoal e profissional implicada na preveno, enquanto contedo atemporal e transversal aos perodos analisados. A anlise dos dados revelou que os profissionais de saúde delimitaram as memrias acerca da Aids no inicio da epidemia, associadas ao homossexualidade e morte, tendo as mesmas se estruturado atravs da difuso dos conhecimentos estabelecidos na poca pela mdia e pelo aparecimento dos primeiros casos assistidos pelos profissionais, que determinaram um cenrio de esteretipos atrelados ao HIV e Aids. A dcada de 90 foi relembrada como aquela de uma nova esperana com a insero dos antirretrovirais e o estabelecimento de protocolos de acompanhamento determinando o incio de uma mudana da representao. Na atualidade, as representaes reconstroem a dinmica estabelecida pelo Programa de Aids e Hepatites Virais enfatizando o papel das equipes multiprofissionais, a interdisciplinaridade, o tratamento e as prticas de cuidado. Observa-se a insero de uma nova dinmica relacionada diminuio da importncia da morte e da homossexualidade na centralidade da representao e a insero de outros elementos relacionados ao Programa de Aids e Hepatites Virais estabelecido. Conclui-se que as memrias e representaes sociais acerca do HIV/Aids e das pessoas acometidas foram construdas com base nas prticas de saúde estabelecidas pelos profissionais e, ainda, apoiadas nas caractersticas dos pacientes com Aids em cada perodo, conforme representadas.

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Essa dissertao tem como objetivo identificar as percepes e representaes de Conselheiros de Direitos da Criana e do Adolescente sobre a possibilidade de afirmao da sexualidade como um direito dos adolescentes, explorando como diferentes perspectivas em relao sexualidade adolescente se articulam no discurso e atuao de atores do campo de garantia de direitos de crianas e adolescentes. Foram realizadas sete entrevistas qualitativas envolvendo conselheiros de direitos do Municpio e do Estado do Rio de Janeiro e do Conselho Nacional, tanto representantes governamentais quanto no-governamentais. O trabalho discute a emergncia no cenrio poltico dos direitos humanos de novos direitos e de novos sujeitos de direitos. A construo do iderio dos direitos sexuais, e do paradigma das crianas e adolescentes como sujeitos de direitos, trazido pela mudana no marco legal brasileiro, com a promulgao do Estatuto da Criana e do Adolescente (ECA), servem de base para uma debate acerca da possibilidade dos adolescentes serem titulares dos direitos sexuais, a partir das percepes dos conselheiros entrevistados. O trabalho se prope a contribuir para uma reflexo mais geral sobre o quanto a sexualidade adolescente coloca em xeque tanto o iderio dos adolescentes sujeitos de direitos como o processo de universalizao dos chamados direitos sexuais.

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Este estudo tem por objeto a compreenso do reconhecimento profissional e social do Agente Comunitrio de Saúde (ACS) destacando-se as influncias das relaes sociais impostas, mas que ao mesmo tempo trazem para o cenrio o fruto destas relaes, a desigualdade social, que remete ao conceito de classes sociais nas relaes entre Estratgia de Saúde da Famlia (ESF) e favela. O objetivo geral estudar e analisar a percepo dos ACS na Estratgia de Saúde da Famlia das reas programticas (AP) 2.1, 3.1 e 5.2 do municpio do Rio de Janeiro acerca do seu reconhecimento social e profissional a partir das categorias de reconhecimento e classe social. O estudo desenvolvido por meio de uma abordagem qualitativa, com base nas narrativas do trabalho, reconhecimento, classe social e gnero, com organizao e anlise segundo a metodologia do Discurso do Sujeito Coletivo. Os campos de pesquisas utilizados foram s reas programticas (A.P.) 2.2, 3.1 e 5.2. Os resultados geraram dois eixos temticos: Percepo do que levou este trabalhador a ser ACS; Falta de reconhecimento e valorizao. O fato de estar desempregado ou inserido em formas de subemprego surgiu como a maior motivao para ser tornar ACS; A divulgao do processo seletivo pblico leva o ACS a acreditar que ser contratado por um estatuto, gerando a expectativa em ser funcionrio pblico e ter garantias trabalhistas slidas, afastando a possibilidade de voltar a estar desempregado. Na segunda categoria, as questes destacadas incluem: A ACS morador de uma favela e pertence classe trabalhadora. A grande maioria destes trabalhadores so mulheres, que precisam estar perto de casa para exercer seu papel tambm como educadora dos filhos, mas tambm para aumentar sua renda ou at mesmo exercer seu papel como provedora de uma famlia inteira, o que tambm possui determinao de classe social. O ACS se percebe desvalorizado como mediador no trabalho educativo. Esta desvalorizao denota a compreenso do trabalho do ACS como de baixa complexidade. A questo salarial tambm um fato ao qual o ACS atribui sua desvalorizao como trabalhador, e retrata um pertencimento econmico a uma determinada classe social, a classe explorada pelo capital. Conclui-se que o que a insero de trabalhadores comunitrios, via seleo e contratao de ACS na ateno bsica aproveita as redes sociais de integrao pr-formadas nas comunidades para inserir e dar eficcia s aes de saúde. O atual contexto de trabalho do ACS representa um modo de produo da saúde que aliena este trabalhador, destituindo-o do seu processo de trabalho e reforando a estrutura de classes presente na sociedade, interferindo no reconhecimento social e profissional do ACS.

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A garantia de Segurana Alimentar e Nutricional (SAN) remete necessidade de aes intersetoriais que articulem as dimenses alimentar e nutricional, alm da questo contempornea da sustentabilidade e da perspectiva do direito humano alimentao adequada. O setor saúde tem funes especficas e importantes que contribuem para o conjunto das polticas de governo voltadas para a garantia da SAN a populao. Desta forma, aes promotoras de SAN devem ser desenvolvidas em todos os nveis de ateno do Sistema nico de Saúde, sendo a Ateno Bsica Saúde, por meio da Estratgia Saúde da Famlia (ESF), um campo privilegiado de implementao dessas aes, uma vez que est configurada como a porta preferencial de entrada dos usurios no sistema de saúde e como o centro norteador da rede de assistncia. Este um estudo exploratrio e descritivo de abordagem qualitativa que teve como objetivo conhecer o que profissionais de equipes de saúde da Famlia, gestores dos mbitos federal e municipal ligados ESF, alm de representantes de organizaes da sociedade civil atuantes no campo da SAN entendem sobre SAN e sobre prticas promotoras de SAN na ESF. A construo das informaes ocorreu por meio de entrevistas semi-estruturadas e grupos focais. Os profissionais referiram-se a SAN como a garantia de uma alimentao que atenda s necessidades nutricionais e que seja segura para o consumo, enquanto que entre os representantes da sociedade civil organizada e gestores predominou uma compreenso mais ampla da SAN. Os diferentes atores identificaram a ESF com um espao promotor de SAN a partir do levantamento de aes j desenvolvidas ou que possam vir a ser desenvolvidas, porm as aes citadas encontram-se majoritariamente ligadas dimenso nutricional da SAN. Os atores referiram um conjunto de problemas estruturais que desencadeiam dificuldades no cotidiano da organizao dos servios e das prticas dos profissionais e consequentemente na execuo de aes promotoras de SAN nessa estratgia. Este trabalho levantou a necessidade de difundir a interdependncia entre saúde e SAN entre gestores e profissionais ligados ESF para que estes possam identificar melhor nas aes dos servios de saúde elementos promotores da SAN, e desta forma compreender seu papel de agentes promotores de saúde e SAN.

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O desenvolvimento de habilidades de comunicao em mdicos tem sido apontado como uma necessidade e uma competncia fundamental para o exerccio da medicina. A empatia uma habilidade interpessoal que pode ser descrita como a capacidade de compreender o ponto de vista e os sentimentos de uma outra pessoa sem julg-los e de comunicar esse entendimento de modo que a pessoa que fala se sinta verdadeiramente compreendida pela pessoa que ouve. Essa habilidade promove um senso de validao na pessoa que fala, especialmente em situaes de conflito, reduzindo a probabilidade de rompimento e fortalecendo os vnculos interpessoais. A empatia dos mdicos atribuda sua educao pessoal, sendo raro o desenvolvimento dessa competncia social durante o curso de formao mdica. O desconhecimento sobre essa habilidade e sua funo no exerccio profissional motivou a realizao deste estudo sobre a empatia em mdicos que atuam em diferentes contextos de ateno saúde no municpio do Rio de Janeiro. Participaram desta pesquisa 75 profissionais, dos quais 25 atuavam no nvel da Ateno Primria, composto por equipes de saúde da famlia e por centros municipais de saúde; 12 pertenciam a unidades mais especializadas que correspondem ao nvel de Ateno Secundria e 38 trabalhavam nos ambulatrios de hospitais universitrios da Ateno Terciria. Foi aplicado o Inventrio de Empatia (I.E.), que avalia os quatro fatores que compem a habilidade emptica: 1) Tomada de Perspectiva: capacidade de compreender o ponto de vista e os sentimentos da outra pessoa; 2) Flexibilidade Interpessoal: capacidade de aceitar perspectivas muito diferentes das prprias; 3) Altrusmo: capacidade de suspender temporariamente as prprias necessidades em funo do outro; 4) Sensibilidade Afetiva: sentimento de compaixo e de preocupao com o outro. Os resultados mostraram que o grupo avaliado obteve mdias semelhantes s apresentadas nos dados normativos do I.E. nos fatores Tomada de Perspectiva e Flexibilidade Interpessoal, enquanto superou a mdia no fator Altrusmo e ficou abaixo da mdia no fator Sensibilidade Afetiva. Esses dados indicam que a amostra de mdicos avaliada possui uma capacidade mais acentuada de sacrificar suas prprias necessidades para atender ao outro, ainda que no associada necessariamente a um sentimento de compaixo equivalente. Isto pode estar relacionado com a reduzida importncia dada ao aspecto emocional na formao mdica. Em relao avaliao da empatia por contexto de ateno em saúde, no foi encontrada diferena significativa entre os grupos com exceo do fator Tomada de Perspectiva. Neste componente, os mdicos do Programa Saúde da Famlia destacaram-se significativamente do grupo de Ateno Secundria, o que parece estar relacionado com a proximidade do profissional com o contexto de vida do paciente e com a educao continuada que recebem atravs de treinamentos e capacitaes onde so valorizadas as habilidades de comunicao desses profissionais. A partir desses resultados prope-se que o desenvolvimento da empatia seja includo nos cursos de formao mdica e no planejamento das condies de trabalho nos diversos nveis de ateno saúde.

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O presente estudo tem como tema central o trabalho docente em instituies privadas de ensino superior, em um contexto em que os trabalhadores esto subsumidos ordem do capitalismo flexvel e s suas diversas formas de dominao. Analisam-se os modos de organizao do trabalho no campo educacional, e suas repercusses na educao superior. Realizam-se consideraes sobre os sentidos de esfera pblica e esfera privada, no mbito do atual Estado burgus. Destacam-se alguns momentos da histria da educao superior brasileira, e a trajetria de desenvolvimento desse nvel de ensino no Brasil e em especial no Maranho, estado que foi escolhido para ser o campo emprico da tese. Nesse percurso, d-se nfase para alguns dispositivos legais ps-LDB (1996) que facilitaram a expanso do setor privado/mercantil. O referencial terico-metodolgico assenta-se nas teorizaes marxianas e marxistas, portanto, na articulao com a pesquisa emprica, fazendo-se necessrio ultrapassar os limites das manifestaes fenomnicas, para buscar as suas razes, que, por sua vez, no so imediatamente observveis. Utiliza-se, tambm, para essa finalidade a Teoria Social do Discurso, elaborada por Norman Fairclough. A partir do estudo de campo realizado possvel identificar um contexto de intensa precarizao nas relaes de trabalho dos professores nessas instituies, com a combinao de muitos elementos, objetivos e subjetivos, no complexo cotidiano desse trabalhador, entre eles: controles e presses no cumprimento de prazos, salrios rebaixados, cobranas, constrangimentos, sofrimentos, dores, ausncia de democracia e de reconhecimento por parte dos superiores hierrquicos, sobrecarga de trabalho, desnimo, mas, tambm, transgresses de regras e normas, enfretamentos, satisfaes, prazeres, momentos de criatividade e motivao, esses ltimos componentes vividos, especialmente na relao com os alunos. Essas situaes e sentimentos que transitam entre a dualidade prazer-sofrimento geram muitas e diferentes repercusses na saúde dos professores e para essa discusso lana-se mo de autores da Psicodinmica do Trabalho. Conclui-se que para se pensar a possibilidade de uma educao humanizadora e avessa perspectiva pragmtica e mercantilista, to em voga na atualidade, tornam-se necessrios a superao do modelo neoliberal, a retomada da esfera pblica como central e estratgica e a defesa do trabalho docente, permeado por dignidade, sentido e reconhecimento.

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Este estudo tem como objeto de pesquisa as aes de cuidar da enfermeira na Estratgia de Saúde da Famlia (ESF) diante da vulnerabilidade feminina para o Vrus da Imunodeficincia Humana (HIV) considerando o contexto familiar. Discutir a vulnerabilidade para o HIV, ainda constitui um desafio social, principalmente considerando a mesma, a partir das relaes de gnero existente em nossa sociedade no que diz respeito ao papel social e sexual de homens e mulheres no interior de suas famlias. Esta pesquisa tem como objetivos: descrever a percepo sobre o HIV no contexto familiar para a enfermeira da ESF; compreender a percepo da enfermeira da ESF sobre a vulnerabilidade feminina para o HIV no contexto familiar e analisar as aes de cuidar da enfermeira da ESF acerca da vulnerabilidade feminina. Trata-se de uma pesquisa exploratria com abordagem qualitativa, a qual teve como sujeitos da pesquisa onze enfermeiras que foram selecionadas e atuavam na ESF no ano 2012, na rea Programtica 2.2 do municpio do Rio de Janeiro. A coleta de dados foi realizada atravs de entrevistas semi-estruturadas. A tcnica de anlise do contedo foi baseada em Bardin. Emergiram trs categorias: a) Percepes das enfermeiras em relao ao HIV e o contexto de familiar; b) Percepes das enfermeiras em relao vulnerabilidade feminina para o HIV; c) Aes de cuidar das enfermeiras relacionadas vulnerabilidade feminina para o HIV considerando o contexto familiar. Constatamos que o HIV para as enfermeiras, o determinante de uma doena grave, de difcil acompanhamento, que no tem cura, de carter complexo e tambm como um agravo que impe limites em relao a sobrevida. As enfermeiras pouco valorizam as questes de gnero e o contexto social sobre a condio de vulnerabilidade das mulheres, responsabilizando-as por sua contaminao. A preveno do HIV realizada em grande parte nas atividades de educao em saúde desenvolvidas pelas enfermeiras da ESF, entretanto ela no abordada considerando especificamente cada contexto familiar e social da mulher. Os valores pessoais ainda interferem nas aes das enfermeiras, e o HIV apontado como um agravo possuidor de estigmas tanto sociais quanto culturais. Considerando a ESF uma ao governamental que tem por objetivo a autonomia do sujeito, as mudanas de paradigmas em relao saúde dos indivduos, e importante aliada na minimizao dos problemas de saúde pblica como a vulnerabilidade para o HIV necessrio que as enfermeiras estejam mais sensibilizadas e capacitadas (educao permanente), nas questes sociais (gnero) especificas da populao feminina, para que suas aes possam minimizar a vulnerabilidade ao HIV nessa populao.

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A insero do psiclogo no campo da saúde vem crescendo de forma considervel no mbito nacional, principalmente nas ltimas duas dcadas. Est concentrada a, atualmente, a maior oferta de vagas em concursos pblicos para psiclogos, bem como uma ampliao de oportunidades na rede privada. Trata-se de um cenrio bastante amplo, que inclui a ateno bsica (postos de saúde, Programa de Saúde da Famlia, entre outros), a assistncia s demandas de saúde mental (Centros de Ateno Psicossocial, rede ambulatorial e hospitais psiquitricos), alm de institutos, hospitais especializados e hospitais gerais (HGs). Em franco processo de estruturao, o campo da psicologia na saúde marcado por pluralidades de papis, demandas e histrias, principalmente no que tange ao contexto do HG, onde a especificidade da psicologia permanece at hoje um tanto quanto enigmtica. A escassez dos dados sobre a entrada de psiclogos em HGs no Rio de Janeiro apontou o caminho que nossas buscas deveriam assumir. Assim, o objeto desta tese discutir alguns dos diferentes fazeres do psiclogo no HG. Para tanto, optamos por um percurso que inevitavelmente nos levou a uma perspectiva histrica. Na busca de elementos que pudessem contar quando e como a psicologia se tornou uma especialidade presente nos hospitais gerais, procuramos os agentes precursores desta empreitada, aqueles que participaram ativamente da construo desse espao como um dos lugares da psicologia na saúde. Foram realizadas cinco entrevistas com personagens dessa histria no contexto fluminense, psiclogas que, cada uma em seu hospital e em um dado momento histrico, tiveram papel decisivo para que a psicologia se tornasse uma especialidade legitimada nesse cenrio. Tivemos ainda como fontes de pesquisa alguns relatrios, conversas de bastidores, visitas a alguns HGs e a prpria vivncia da autora desta tese como psicloga vinculada Secretaria Estadual de Saúde e Defesa Civil do Rio de Janeiro (SESDEC/RJ). Verificamos que a histria da psicologia nos HG no Rio de Janeiro significativamente recente, oficializando-se em 1990 com a realizao do primeiro concurso pblico com provimento de vagas para psiclogos em HGs vinculados SES/RJ (atual SESDEC). Outros concursos ampliaram as equipes e a configurao de uma rotina na qual a palavra de ordem passou a ser a ateno ao risco psicossocial. At esse ponto, no entanto, foram travadas muitas batalhas: entre os psiclogos e as demais equipes, entre os novos psiclogos e as direes das suas unidades de saúde, entre psiclogos estatutrios e psiclogos prestadores, entre psiclogos e a prpria psicologia. Nossa empreitada privilegiou a narrativa desses personagens, as histrias por eles contadas, que nos auxiliaram na composio pregressa e atual da psicologia no HG no Rio de Janeiro. So memrias que contam das dificuldades e das vitrias de cada um desses momentos, na tentativa de se definir o quase indefinvel lugar da psicologia no HG. Nosso trabalho pretendeu construir um dos possveis mapas desse campo, objetivando, com isso, fornecer subsdios para que psiclogos possam ampliar seus estilos e coletivos de pensamento em prol de um exerccio profissional tico e responsvel.

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A proposta dessa pesquisa desenvolver uma discusso a respeito das prticas da medicina social brasileira e suas articulaes com as formas de governo emergentes no Ocidente. Para isso, utilizamos alguns conceitos foucaultianos como ferramentas analticas que propiciam uma desnaturalizao de objetos freqentemente tomados como fim ou como causa de uma realidade, ao situ-los no conjunto de prticas que lhes so correlatas. Buscamos evidenciar os processos que fizeram da medicina social brasileira um poderoso e efetivo instrumento de gesto e controle da populao. Analisamos, por fim, os discursos em defesa da saúde e da vida que caracterizaram o Movimento da Reforma Sanitria e a implementao do Sistema nico de Saúde no Brasil, enquanto prticas definidoras de modos de pensar e produzir saúde.

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O presente estudo tem por tema central a anlise do trabalho dos tcnico-administrativos em educao, ocupantes do cargo de assistente em administrao na Universidade Federal do Maranho (UFMA), bem como os impactos dessa atividade na saúde e nos modos de ser desses profissionais. O referencial terico-metodolgico para o desenvolvimento desse estudo assenta-se nos princpios do materialismo histrico-dialtico, implicando o entendimento do sujeito como ser social e histrico, que intervm na realidade na qual est inserido e sofre as determinaes dessa mesma realidade. Esse paradigma busca ultrapassar a aparncia do fenmeno, entendendo as mediaes que o determinam. Conceitos da abordagem da psicodinmica do trabalho tambm so priorizados e articulados na fundamentao terica. No contexto organizacional em questo, a partir da anlise de cinquenta questionrios e de vinte e uma entrevistas semiestruturadas identificou-se um nmero significativo de tcnicos com potenciais subutilizados, normalmente colocados margem dos processos de deciso, funcionando como mero apoio s atividades acadmicas, vivenciando, por conseguinte, sentimentos de invisibilidade e desprestgio. O modelo de organizao burocrtico a que esto submetidos gera frustrao ao impor a execuo de atividades predominantemente rotineiras, prescritas, atreladas a normas, que quase sempre os impedem de lanar mo de alternativas para a realizao de um atendimento ao pblico mais gil e eficaz. Observa que esse cenrio cria um terreno frtil para o surgimento de estratgias defensivas, de sofrimento patognico e, possivelmente, de menor engajamento e mobilizao. Questiona as anlises superficiais que no identificam a complexidade desse emaranhado de sentimentos e comportamentos suscitados, provavelmente, pelas dificuldades que permeiam o cotidiano laboral do assistente em administrao. Aponta a necessidade de se desconstruir a ideia de que toda acomodao fruto de malandragem e m f dos servidores, inferindo que o imobilismo e a apatia podem ser sinais de sofrimento psquico ou at mesmo de um processo de adoecimento, fruto de uma dinmica organizacional que reserva um lugar de anonimato ao profissional. Alerta sobre a importncia da criao de espaos laborais para os assistentes em administrao que favoream: valorizao, participao e negociao, viabilizando-se, ento, uma oportunidade para a atividade laboral ser um fim em si mesma, constituindo-se em uma atividade significativa para o sujeito, para a universidade e para a sociedade. Conclui que o trabalho, assim considerado, pode assumir sentidos de crescimento, utilidade, coerncia e realizao, emprestando, talvez, significado para todo o sofrimento experimentado diante do enfrentamento das adversidades to presentes no mundo do trabalho.

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Os manuais diagnsticos de psiquiatria e as classificaes internacionais de doenas vm apontando o transtorno de conduta como um dos principais distrbios que afetam crianas e adolescentes que vivem em meio urbano pobre. Esse trabalho investiga como a emergncia e o avano dessa categoria diagnstica vem de encontro s transformaes engendradas no cenrio cultural pelo capitalismo, como a falta de empregos, aumento dos ndices de violncia e o constante sentimento de insegurana social. Busca se conhecer como essa categoria diagnstica surge como uma forma de estigma e controle na sociedade contempornea dos jovens diagnosticados, pois este transtorno apontado como uma das explicaes para causa da violncia praticada por jovens. Esse estudo se deu no contexto de um ambulatrio de saúde mental, num bairro pobre da cidade do Rio de janeiro, com adolescentes diagnosticados com o transtorno de conduta. Como metodologia, foi utilizada a anlise do discurso dos profissionais de um ambulatrio pblico de saúde em relao aos jovens diagnosticados. Foi feita tambm anlise das condutas teraputicas dos profissionais dirigidas aos jovens. Este trabalho aponta para farta prescrio de medicamentos no tratamento desses jovens diagnosticados no cotidiano, apesar das poucas evidncias cientficas de sua eficcia.