994 resultados para Memória Rio de Janeiro


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Esta pesquisa investigou a formao de depsitos arenosos localizados na plancie costeira da Baixada de Sepetiba, em Itagua, estado do Rio de Janeiro. A deposio sedimentar e a evoluo desta rea, na Baixada de Sepetiba tem sido estudada nas trs ltimas dcadas, principalmente, porque um ambiente de depsitos arenosos antigo de idade Holocnica a Pleistocnica que corresponde a uma linha de praia, originada com eventos transgressivos e/ou regressivos que tiveram seu pice durante o Quaternrio. A metodologia de Radar de Penetrao no Solo (GPR) usada, principalmente nos casos de trabalho em que se estuda um ambiente costeiro arenoso. Este campo da Geofsica tem sido usado para examinar caractersticas, tais como: a espessura de depsitos arenosos, a profundidade de um aqfero, a deteco de uma rocha ou um aqfero, e determina a direo de progradao. Esta pesquisa usa tcnicas de radar de penetrao no solo (GPR) para analisar as estruturas, em subsuperfcie desde que o ambiente estudado seja definido como linha de costa, as margens de uma lagoa mixohalina, chamada Baa de Sepetiba. Neste trabalho realizamos um total de 11 perfis, que foram processados pelo software ReflexWin. Durante o processamento do dado aplicamos alguns filtros, tais como: subtract-mean (dewow), bandpassfrequency e ganhos. E as melhores imagens dos perfis foram realizadas usando-se uma antena de 200 MHz (canal 1) e outra antena de 80 MHz. Neste caso, obtivemos imagens de alta resoluo a uma profundidade de at 25 metros.

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Situado sob as coordenadas 22-2223S, 4115-4145W ao Norte do Estado, o Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba PNRJ possui uma rea de 14.860 hectares, abrangendo parte dos Municpios de Carapebus, Maca e Quissam tendo aproximadamente 60 km de praia sem interrupes rochosas e um vasto complexo lagunar. O PNRJ possui um grande mosaico paisagstico composto por dez fitoformaes: formao psamfila reptante, formao arbustiva fechada ps-praia, formao aberta de Clusia, formao arbustiva aberta de Ericaceae, formao arbustiva aberta de Palmae, formao herbcea brejosa, mata de cordo arenoso, mata periodicamente inundada, mata permanentemente inundada, alm da vegetao aqutica. Para o inventrio das espcies de Leguminosae do PNRJ foram visitadas todas estas formaes durante o trabalho de campo. Os espcimes coletados foram processados consoante o protocolo tradicional e depositados nos Herbrios da UERJ (HRJ), Museu Nacional (R), Herbarium Brade anum (HB). No PNRJ a famlia possui at o momento 55 espcies distribudas em 32 gneros com representantes nas trs subfamlias: Caesalpinioideae com quatro gneros e 12 espcies, Mimosoideae com seis gneros e dez espcies e Papilionoideae com 22 gneros e 33 espcies. Chamaecrista e Aeschynomene foram os gneros de maior riqueza, com cinco espcies cada. Tais valores da famlia no PNRJ representam 14% dos gneros e 1,9% das espcies de Leguminosae ocorrentes no Brasil, bem como 30% dos gneros e 12% das espcies ocorrentes no estado do Rio de Janeiro. A riqueza de espcies de Leguminosae no PNRJ mostrou-se mais elevada quando comparada com outras trs reas de restinga: Ilha do Cardoso (SP), Reserva da Praia do Sul (RJ) e Restinga de Maric (RJ). Em relao preferncia de habitat das espcies ocorrentes no PNRJ, a maior riqueza de espcies foi observada na formao arbustiva aberta de Palmae e na mata de cordo arenoso, com 22% e 23% das espcies respectivamente. No tratamento taxonmico so apresentadas chaves para a identificao de subfamlias, gneros e espcies, alm de descries sinpticas das espcies. Entre os caracteres morfolgicos diagnsticos destacaramse a quantidade e forma dos fololos, a presena e forma dos nectrios extraflorais e os tipos de frutos. Para cada txon especfico ou infraespecfico so ainda includas informaes sobre a distribuio geogrfica no Brasil, florao e frutificao, ocorrncia nas fitoformaes e comentrios sobre as caractersticas diagnsticas. Tambm so includas 38 pranchas ilustrativas que combinam imagens das espcies em campo a e imagens de exsicatas. Na anlise dos dados sobre florao e frutificao para a famlia como um todo, no ficou evidenciado um perodo de maior concentrao destes eventos.

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Esta dissertao busca analisar as particularidades do trabalho do(a) assistente social na universidade pblica brasileira. A universidade vem sofrendo os rebatimentos das mudanas impostas pelos processos de reestruturao capitalista e de internacionalizao da economia em ampla expanso desde o final do sculo XX e a Poltica de Educao Superior vm apresentando submisso s regras e ditames do mercado. Nesse sentido, o presente trabalho procurou identificar as transformaes da universidade pblica brasileira na contemporaneidade; a anlise da dinmica da poltica de educao na rea da educao superior; as particularidades do trabalho profissional no mbito da poltica de assistncia estudantil, j que essa uma das principais requisies apresentadas aos assistentes sociais inseridos nesta rea de atuao. Para tanto, tomou-se por referncia de estudo a experincia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro que j possui uma marca histrica de desenvolvimento de aes na rea de assistncia ao estudante. Por essa razo, este trabalho buscou examinar, atravs de uma pesquisa documental e entrevistas semi-estruturadas realizadas com as profissionais da UERJ que atuam com aes de assistncia estudantil, as novas configuraes e particularidades para o processo de trabalho do(a) assistente social neste contexto. Os dois grandes eixos de anlise que evolveram essa pesquisa foram: as condies e particularidades do trabalho do(a) assistente social no mbito da poltica de educao superior na UERJ; Programa ou Poltica de Assistncia Estudantil na UERJ? Os principais resultados dessa pesquisa apontaram que existem diferentes processos de trabalho nos quais se inscreve a atividade do (a) assistente social e esses processos so organizados a partir da funo poltica, ideolgica e econmica do Estado no formato da prestao de servios sociais. Diante do contexto de reduo dos direitos sociais conforme preconizado pela agenda neoliberal, a Poltica de Assistncia Estudantil afirma-se no espao universitrio pblico, fazendo interface tanto com a Poltica de Educao quanto com a Poltica de Assistncia Social, e, portanto, compartilha das mesmas caractersticas das referidas polticas, a saber: aes pontuais, seletivas e focalizadas. Apesar da existncia de uma Poltica Nacional de Assistncia Estudantil PNAES, a prtica da Assistncia Estudantil no mbito estadual encontra limites para a sua operacionalizao e apresenta necessidade de articulao com outras Polticas, que devem ser apreendidas a partir de uma noo ampliada de Assistncia Estudantil. Desta forma, verificamos que o processo de trabalho do(a) assistente social na universidade pblica no prescinde das determinaes que incidem sobre o mundo do trabalho e das condies objetivas que particulariza a educao superior.

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O presente trabalho apresenta como objetivo analisar, por meio de uma viso comparativa de histria, as transformaes polticas ocorridas no Rio de Janeiro e em Buenos Aires, a partir de 1808, que modificaram por completo o antigo mundo ibrico, trazendo consigo o processo de emancipao poltica para as regies em estudo. Por conseguinte, tais mudanas possibilitaram ainda a elaborao de projetos constitucionais para legitimar tais processos, que culminaram em 1824, com a Constituio Outorgada no Rio de Janeiro, sede do Imprio do Brasil, e com o Projeto Constitucional de Buenos Aires, que foi a base da constituio argentina anos depois. Na realizao desse estudo, priorizaram-se como fontes os projetos constitucionais de 1813 at 1824, alm de leis e decretos, que englobam o mesmo perodo, e de peridicos, tendo como destaque a Gazeta de Buenos Aires. No caso das fontes para o processo constitucional estabelecido no Rio de Janeiro, a nfase foi dada aos debates da Assembleia de 1823, e seu projeto constitucional, a Constituio de 1824, alm de peridicos, como Revrbero Constitucional Fluminense e o Sentinella da Liberdade na Guarita de Pernambuco. Frente s questes poltico-sociais procurou-se estudar a trajetria poltica e de vida de dois fundamentais personagens na construo da poltica nacional das regies em questo. Mariano Moreno e Antonio Carlos R. Andrada Machado Silva e Arajo que se apresentaram como principais agentes para a discusso constitucional. Por fim, buscou-se compreender que as questes que permitiram a elaborao de uma monarquia constitucional e de uma repblica para as sociedades em tela, apesar de destoarem frente aos respectivos projetos, mantiveram o status quo em suas sociedades.

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Esta tese busca analisar os significados da reatualizao de prticas e discursos sobre a remoo de favelas atualmente no Rio de Janeiro. Para a realizao da pesquisa que resultou neste trabalho acompanhei diversas situaes de realocao conduzidas pela prefeitura. Analiticamente, esta tese se articula a partir de trs nveis: no primeiro, busco retraar as condies de possibilidade, na atual conjuntura, que permitiram a retomada do termo/ao "remoo" como forma especfica de interveno estatal nas favelas cariocas. No segundo, analiso como operaram, concretamente, estas intervenes, a partir da observao dos inmeros contatos entre agentes estatais e moradores daquelas localidades em processo de realocao. Por fim, trato das dinmicas de ao coletiva constitudas a partir da crtica que estes moradores, bem como outros atores, individuais e coletivos, realizam a estes processos.

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O Transtorno do estresse ps-traumtico (TEPT) um transtorno mental que ocorre em resposta a um evento traumtico que coloca em risco a vida do indivduo ou de outras pessoas. O TEPT no perodo ps-parto foi documentado pela primeira vez em 1978. Porm, h poucos estudos sobre o tema, principalmente em gestantes de alto risco materno e fetal. Visando preencher essa lacuna, essa dissertao tem por objetivo estimar a magnitude de TEPT no perodo ps-parto em uma maternidade de alto risco fetal no municpio do Rio de Janeiro e identificar subgrupos vulnerveis ao transtorno. Trata-se de um estudo transversal, cuja populao de estudo foi composta por 456 mulheres que tiveram o parto no Instituto Fernandes Figueira e realizaram a consulta de reviso ps-parto entre fevereiro e julho de 2011. Casos suspeitos de TEPT foram identificados por meio de dois instrumentos: Trauma History Questionnaire (THQ) utilizado para a captao de situaes potencialmente traumticas ao longo da vida e Post-Traumatic Stress Disorder Checklist (PCL-C) para rastreio de sintomas de TEPT. A prevalncia agregada de TEPT no perodo ps-parto foi de 9,4%. Subgrupos considerados vulnerveis foram: mulheres com trs ou mais partos anteriores (15,1%), com o recm-nascido com APGAR menor ou igual a 7 no primeiro minuto (13,6%), com histrico de psicopatologia anterior (29,0%) ou concomitante gestao (36,7%), com depresso ps-parto (31,5%), mulheres que sofreram violncia fsica (19,8%) e psicolgica (11,6%) perpetrada por parceiro ntimo durante a gestao, mulheres que sofreram abuso sexual na infncia (25,7%) e com histrico de 5 ou mais situaes traumticas anteriores (25,9%). A elevada prevalncia de TEPT encontrada entre as mulheres entrevistadas pode ser, em parte, atribuda s particularidades da populao assistida nessa instituio, de reconhecido risco materno e fetal. A alta prevalncia de casos suspeitos de depresso ps-parto entre as mulheres com suspeio de TEPT um fator de preocupao adicional, j que dificulta o manejo clnico dos casos e afasta a mulher e a criana dos servios de sade. TEPT no perodo ps-parto no um evento raro e merece ateno. Rpido diagnstico e tratamento so fundamentais para a melhor qualidade de vida da me tornando-a apta aos cuidados do recm-nascido.

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O objetivo desse trabalho foi analisar a formao de chores na Escola Porttil de Msica (EPM) do Rio de Janeiro. Nesse projeto de formao musical, que rene alunos interessados pelo choro, possvel perceber como os msicos passam a compartilhar determinados gostos e preferncias e como eles se submetem a determinadas regras quanto forma de tocar. H regras na formao do pandeirista do choro que o distinguem dos pandeiristas de samba, por exemplo. Na Escola Porttil h a formulao de regras, o fortalecimento do grupo que l se forma e seu distanciamento de outros grupos que no tm a mesma formao. O uso do pandeiro de couro uma das regras que contribui para o fortalecimento do grupo. Essas regras, que so passadas por um grupo de professores, direta ou indiretamente, a seus alunos, so apreendidas e incorporadas ao cotidiano da Escola, fortalecendo a identidade do grupo. O resultado a formao de msicos, pouco receptivos a formulaes distintas daquelas geradas na Escola. Por outro ladonovas configuraes do choro surgem a partir da disseminao da msica que traduzida na Escola tanto na esfera nacional como internacional. Em suma, este trabalho surge a partir da tentativa de avaliar o universo de regras que surge na Escola Porttil de Msica do Rio de Janeiro, levando em conta a afirmao da identidade a partir da diferena.

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Com a chegada dos europeus ao Brasil, inicia-se a intensa explorao dos recursos da Mata Atlntica, direcionados primeiramente para uso da coroa e, posteriormente, para os assentamentos populacionais da colnia. As informaes sobre o uso de madeiras na poca do Brasil-colnia de Portugal (1630-1822) so escassas e se encontram dispersas. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi realizar uma referncia cruzada utilizando trs diferentes tipos de culturas materiais: documentos histricos, artefatos e paisagem. Tendo como foco as senzalas da Fazenda Ponte Alta no estado do Rio de Janeiro/RJ, relacionou-se os dados histricos sobre o uso de madeiras de construo no perodo colonial com o conhecimento cientfico atual sobre a flora de Mata Atlntica, identificando as espcies utilizadas no passado e sua ocorrncia nos fragmentos florestais remanescentes. Para tal, foram visitadas bibliotecas nacionais e internacionais; analisadas amostras das madeiras da estrutura das senzalas e realizado um inventrio fitossociolgico nos fragmentos florestais remanescentes. Como um dos principais resultados, destaca-se o expressivo nmero de espcies madeireiras da Mata Atlntica que eram utilizadas nas construes do Brasil-colnia. E que a preferncia de uso de determinados txons pertencentes Leguminosae, Sapotaceae e Lauraceae, reflete a disponibilidade e abundncia dessas famlias no Bioma. Das espcies identificadas nas estruturas das senzalas, 68% foram citadas nos documentos histricos como sendo utilizadas em construes no perodo colonial e 37% dessas, tambm foram amostradas no inventrio fitossociolgico realizado. Constatou-se que as espcies utilizadas para construo no Brasilcolnia apresentavam, na maioria, boa qualidade e alta resistncia o que lhes conferia uma multiplicidade de uso. Essa demanda, certamente, tem reflexos diretos na distribuio geogrfica, no tamanho populacional e no status de conservao atual das espcies. Os resultados indicam, tambm, que os construtores do perodo, principais atores da histria, detinham o conhecimento necessrio utilizao das florestas locais. Assim, os dados obtidos nos diferentes materiais analisados se mostraram complementares e com interao entre si, agregando informao e veracidade aos argumentos inicialmente postulados

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Esta dissertao foca o processo de reorganizao das aes e servios de sade bucal no estado do Rio de Janeiro. Este processo, em tese, deve ser orientado pelas diretrizes da Poltica Nacional de Sade Bucal (PNSB) que priorizam a ateno bsica em sade bucal atravs da Estratgia Sade da Famlia e ampliam a ateno em sade bucal na mdia e alta complexidades. O Ministrio da Sade lana mo de incentivos financeiros para induzir, sob condies especficas, a adeso s diretrizes formuladas pela Poltica Nacional de Sade Bucal (PNSB) e assim promover um processo de reorganizao da ateno sade bucal nas esferas subnacionais. O ncleo deste trabalho tem por base uma pesquisa que analisa um amplo espectro de dados sobre os servios e as aes de sade bucal realizadas pelo conjunto dos municpios do estado do Rio de Janeiro no perodo de janeiro de 1998 a dezembro de 2007. As principais concluses da pesquisa apontam para o carter inconcluso do processo de reorganizao da ateno em sade bucal na grande maioria dos municpios estudados e para a necessidade de uma ao conjunta entre as autoridades sanitrias das esferas federal, estadual e municipal orientada para promover uma efetiva melhoria das condies de sade da populao tal como a proposta da PNSB.

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O estabelecimento das Diretrizes Curriculares Nacionais do curso de graduao em Farmcia (DCNF) ocasionou muitas discusses acerca da formao dos farmacuticos, visto que demandam mudanas significativas nessa formao. Essas mudanas envolvem, entre outros aspectos, o componente humanstico e crtico da profisso, o que significa repensar a formao do farmacutico e at mesmo sua prpria identidade como profissional, que apresenta um perfil eminente tcnico. Este trabalho tem por foco o processo de implementao das DCNF no Estado do Rio de Janeiro. Buscou-se verificar com esta vem se desenvolvendo e identificar alguns dos embates, entraves e avanos nesse processo. Para a anlise, foram realizadas entrevistas semiestruturadas com os coordenadores de um conjunto de cursos selecionados, alm do exame dos currculos e projetos pedaggicos dos mesmos, com base nas DCNF. Os resultados demonstram que a construo das novas propostas de formao dos cursos, ocorreu a partir do currculo anterior. Houve uma baixa participao dos alunos e docentes no processo e tambm ocorreram conflitos entre departamentos, alm da inadequao da estrutura universitria. A diretriz da formao voltada para ateno sade com nfase no SUS estimulou a abertura para discusses acerca do Sistema de Sade e conduziu a insero dos alunos no mesmo, tambm causou questionamentos e preocupao, por se considerar essa formao restritiva em relao ao mercado de trabalho. A implementao das propostas enfrentou dificuldade que envolveram a carga horria docente, dificuldade de insero dos alunos em estgio em algumas reas de atuao e a falta de investimentos no setor pblico, tanto de infraestrutura, como de pessoal, alm das dificuldades inerentes ao processo de transio entre os currculos. Nenhum curso promoveu iniciativas sistemticas de desenvolvimento docente e a diversificao dos cenrios ensino-aprendizagem (e parcerias como servios de sade) ainda so muito incipientes. Foram apontados pelos prprios coordenadores alguns desafios a serem superados para mudana do perfil do farmacutico: ruptura da concepo tecnicista na formao; insero do farmacutico nas equipes multiprofissionais de sade (exercendo seu papel de forma eficiente e resolutiva); e a sensibilizao dos docentes para melhor compreenso e comprometimento com as mudanas necessrias para se alcanar a formao desejada. Em relao a avaliao do MEC e cobrana da implementao das DC, os entrevistados sugerem que os cursos privados, so mais pressionados pelo Ministrio. Paradoxalmente as universidade privadas podem acabar por implementar as DC em seus cursos com mais rapidez do que as universidades pblicas, e portanto estarem mais voltadas para atender as demandas do SUS, por serem mais sensveis a esta presso. De acordo com os resultados dessa pesquisa, considera-se que j ocorreram, alguns avanos em decorrncia do estabelecimento das DCNF, que se refletiram em mudanas nos cursos estudados. Entretanto, faz-se necessrio e urgente o desenvolvimento de estratgias que garantam avanos mais sistemticos nas mudanas na formao do farmacutico.

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A demarcao de Unidades de Conservao uma forma supostamente eficaz para a conservao da biodiversidade. A Mata Atlntica caracterizada por apresentar uma elevada biodiversidade e altos nveis de ameaa. O estado do Rio de Janeiro encontra-se totalmente inserido nesse bioma e seus remanescentes florestais so considerados um hotspot dentro de outro hotspot. O Rio de Janeiro pode ser considerado um dos estados melhor amostrados, porm ainda existem lacunas de conhecimentos geogrficos sobre a ocorrncia de morcegos. Esta tese foi desenvolvida em trs captulos com o objetivo de contribuir com conservao de morcegos no estado do Rio de Janeiro, focando em como e onde eles j foram amostrados e que locais ainda carecem de ateno. Para este estudo foram utilizados dados referentes a buscas bibliogrficas e dados de amostragens do Laboratrio de Diversidade de Morcegos da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. No primeiro captulo pode-se observar que as localidades com mais de 30 espcies de morcegos so resultado de grande esforo de captura e amostragens usando diversas metodologias. Para uma melhor amostragem da riqueza local, devem-se armar redes no somente em trilhas e prximas a rvores em frutificao, mas tambm sobre corpos de gua. Fazer busca em refgios diurnos tambm aconselhvel. Devem ser realizadas amostragens durante a noite toda e variar a fase do ciclo lunar, no restringindo a apenas uma ou partes das fases do ciclo lunar. No segundo captulo observou-se que 43% das Unidades de Conservao aqui estudadas apresentam 20 ou mais espcies. Localidades que apresentam de 20 a 40 espcies de morcegos na Mata Atlntica podem ser consideradas bem amostradas. Isso demonstra que mais da metade das Unidades de Conservao no podem ser consideradas bem inventariadas. Muitos projetos de pesquisas do prioridade para a localidade estudada ser uma Unidade de Conservao, porm existem poucos trabalhos de longa durao. No Rio de Janeiro ainda existem diversas Unidades de Conservao no amostradas, principalmente aquelas de difcil acesso e em altitudes elevadas. No terceiro captulo foi possvel observar que h uma maior proporo de espcies que apresentam distribuio geogrfica restrita. Esse padro constitui uma informao importante em termos de conservao, visto que indiretamente poderia indicar uma menor capacidade de disperso desses animais em mdias e grandes distncias. Entretanto existem lacunas de conhecimento em decorrncia da falta de amostragem em algumas regies, sendo imperativos maiores esforos de captura. Importantes municpios para a conservao e/ou preservao de morcegos como Varre-Sai, Cambuci, Miracema, Carmo, Cantagalo, Valena, Barra do Pira e Pira no esto sob proteo legal, mesmo constituindo possveis corredores entre Unidades de Conservao ou mesmo fragmentos importantes que ainda detm espcies que no esto representadas em Unidades de Conservao j estabelecidas. imperativo que mais estudos e esforos de conservao sejam direcionados para essas reas

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Alguns estudos vm apontando o hipotireoidismo como um fator de risco para depresso; entretanto, esta associao ainda controversa. Como objetivo o presente estudo estimou a prevalncia de sintomas depressivos numa amostra probabilstica de mulheres e investigou se existe uma associao entre nveis de TSH e a presena de sintomas depressivos. Conduzimos um estudo transversal de base populacional onde avaliou-se uma amostra de mulheres com 35 anos ou mais anos de idade, residentes no municpio do Rio de Janeiro (RJ), que foram entrevistadas e tiveram amostras de sangue coletadas. O desenho de amostra proposto para a pesquisa seguiu um modelo de amostragem probabilstica por conglomerado, em trs estgios de seleo, tendo por base os setores censitrios do municpio. A funo tireoidiana foi medida pelo TSH srico, a partir das amostras coletadas no domiclio. Para avaliao da presena/ausncia de sintomas depressivos utilizou-se um instrumento padronizado e validado (PRIME-MD). Foram tambm coletados dados scio demogrficos e outras informaes de sade da participante. A prevalncia de sintomas depressivos, frequncias e associaes foram calculadas levando-se em conta o desenho de amostra complexo, utilizando procedimentos especficos do pacote SAS (verso 9.1). Da amostra de 1500 mulheres, 1298 foram entrevistadas, sendo o percentual de no-resposta igual a 13,5%. A amostra final foi composta por 1249 participantes, onde foi encontrada uma prevalncia de sintomas depressivos igual a 45,9%. Em relao aos nveis de TSH, 4,8% da amostra apresentaram-se acima do ponto de corte adotado (&#8805;6,0 mUl/ml). Destas, 61,9% apresentaram sintomas depressivos, contra 44,9% entre as mulheres com TSH<6,0 (p=0,04). A anlise ajustada mostrou que mulheres com nvel de TSH&#8805;6,0 tiveram uma chance duas vezes maior de apresentarem sintomas depressivos do que aquelas com TSH normal (OR=2,04). Ao excluir da anlise as participantes que auto-referiram diagnstico prvio de doena tireoidiana, a associao entre nveis de TSH e sintomas depressivos perdeu a significncia. Concluindo, foi observada alta prevalncia de sintomas depressivos na amostra, especialmente entre o grupo com nveis elevados de TSH. Os resultados chamam ateno para a importncia de se investigar em pacientes deprimidos a comorbidade tireoidiana.

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Excesso de peso (sobrepeso e obesidade) e transtornos mentais comuns so importantes problemas de sade pblica no Brasil e no mundo. A associao entre ambos tem sido investigada por pesquisadores, porm os resultados ainda so conflitantes. Estudos realizados com nutricionistas tm dado maior nfase prtica de atuao, entretanto, poucos abordaram questes de sade desses profissionais, principalmente sobre o excesso de peso e sofrimento psquico. Objetivo - Analisar a associao entre sobrepeso, obesidade e transtornos mentais comuns nesses profissionais. Mtodos - Estudo seccional, realizado com 289 nutricionistas da rede pblica de hospitais do municpio do Rio de Janeiro, no perodo de outubro de 2011 a agosto de 2012. A avaliao do excesso de peso corporal foi realizada com base no ndice de Massa Corporal (kg/m2) atravs da aferio de peso e altura, e os transtornos mentais comuns atravs do General Health Questionarie (GHQ-12). Variveis scio-demogrficas, laborativas e de sade tambm foram includas no estudo. Resultados - A prevalncia de sobrepeso foi de 32,3% e de obesidade, 15,3%. A prevalncia de transtornos mentais comuns (TMC) foi de 37,7%. A anlise bruta demonstrou uma associao negativa entre transtornos mentais comuns e sobrepeso (OR 0,68; IC95% 0,39 1,20) e positiva para obesidade (OR 1,34; IC95% 0,65 2,75) que no se modificou quando ajustado pelas variveis socioeconmicas (SES), laborativas e de sade (OR= 0,60 IC95% 0.32 1,10) para sobrepeso e para a obesidade (OR= 1.09 IC95% 0,50 2,37). Concluso - Os resultados do estudo destacam as altas prevalncias de sobrepeso, obesidade e transtornos mentais comuns, bem como, a magnitude da associao entre os eventos, ambos sem significncia estatstica. Sugerimos novos estudos em que se possam identificar os mecanismos envolvidos nesta relao, bem como os fatores relacionados s condies de trabalho e de vida que possam estar afetando a sade do nutricionista que formado para cuidar da sade populao muitas vezes em detrimento da sua prpria sade.

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Neste trabalho, escolheu-se a estrada canal Arroio Pavuna, em Jacarepagu, para avaliar quimicamente a qualidade do solo que recebe diariamente resduos slidos urbanos. A regio deste estudo tambm conhecida como estrada do Urubu, sendo este animal um dos principais vetores presente no local. Para uma caracterizao qumica, foram determinados pH, carbono orgnico, matria orgnica, concentraes dos metais alumnio, cdmio, chumbo, cobre, cromo, ferro, nquel e zinco, utilizando a tcnica de Absoro Atmica por Chama, alm da identificao dos principais compostos orgnicos atravs da tcnica de Cromatografia Gasosa acoplada a Espectrometria de Massas. Tambm foi realizado o teste de comportamento com oligoquetas da espcie Eisenia andrei para avaliar a funo de habitat do solo analisado. Os resultados obtidos apontaram que a regio apresenta um solo cido na faixa de 5,51 a 6,70, bem como as concentraes de Cobre, Cromo, Nquel e Zinco acima dos valores orientadores de referncia de qualidade dos solos, um teor mdio de matria orgnica na faixa de 21,71 g.kg-1 a 29,73 g.kg-1, alm de presena de compostos orgnicos com estruturas muito complexas. O solo apresentou funo de habitat limitada. E como sugesto para a remediao deste solo, a fitorremediao apresenta bons rendimentos na literatura para remoo parcial ou total desses metais

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Esta pesquisa um estudo de caso com abordagem qualitativa e quantitativa, de natureza exploratria que se prope a analisar as caractersticas de oferta e produo das prticas integrativas e complementares, no perodo de 2006 a 2013 no municpio do Rio de Janeiro. Como fontes de dados foram utilizados os bancos de dados nacionais sobre oferta de servios, de profissionais e de produo: o SCNES- Sistema do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sade onde so registrados dados da capacidade fsica e recursos humanos dos estabelecimentos de sade e o SIASUS Sistema de Informao Ambulatorial onde so registrados os dados da produo ambulatorial do SUS. Optou-se por esses dois bancos de dados por serem ferramentas institucionais de gerenciamento da capacidade instalada e produo utilizadas pelas esferas federal, estadual e municipal. Buscou identificar profissionais cadastrados no SCNES que so autorizados a oferecer prticas integrativas e complementares no municpio do Rio de Janeiro, detectar os servios de prticas integrativas e complementares cadastrados no CNES do municpio do Rio de Janeiro e analisar no Sistema de Informao Ambulatorial, registros de produo em prticas integrativas e complementares do municpio do Rio de Janeiro. A lista de prticas integrativas e complementares estabelecidas na portaria no 971 de 2006 so homeopatia, medicina tradicional chinesa (onde se inclui a acupuntura), medicina antroposfica, plantas medicinais e fitoterapia, termalismo/crenoterapia. Este estudo proporciona maior visibilidade quanto s caractersticas de implementao e institucionalizao de uma recente poltica pblica de sade e contribui com base na anlise dos dados encontrados em ferramentas de gesto, para o aprimoramento de aes de acompanhamento e avaliao, estruturao dos servios, bem como o desenvolvimento sustentvel de polticas locais de oferta das terapias complementares do SUS, em consonncia com as diretrizes da Poltica Nacional de Prticas Integrativas e Complementares.