999 resultados para Mercado de trabalho - Politica governamental
Resumo:
O mercado de trabalho está a mudar rapidamente e de muitas formas, nomeadamente, a revolução das tecnologias de informação e comunicação, a globalização, a flexibilização e as alterações da estrutura do trabalho, que conduzem a uma crescente imprevisibilidade e à necessidade de lidar com este contexto de incerteza. Estas mudanças, inevitavelmente, têm implicações no conjunto de competências necessárias para que os trabalhadores sejam capazes de funcionar adequadamente num mercado global cada vez mais competitivo e em constante mutação. Desta forma, nos dias de hoje, o mercado de trabalho requer mais do que conhecimentos teóricos e técnicos, reclama por um conjunto de competências transversais que servirão de suporte e ligação entre o conhecimento técnico e a prática profissional. É neste cenário que emergem as competências transversais que cada vez mais assumem uma importância maior. O objetivo deste estudo consiste em identificar as competências transversais requeridas aos recém-diplomados do ensino superior no mercado global. Inicialmente, analisa-se o conceito de competência transversal, apresentando algumas definições e assinalando as suas características comuns, destacando ainda a variedade de designações utilizadas para as nomear. No âmbito do estudo foi realizada revisão da literatura nacional e internacional sobre as competências transversais nos diplomados, quer na perspetiva dos próprios diplomados, quer dos empregadores. Através da análise de conteúdo, foram identificadas as competências transversais mais valorizadas por continente e, a partir da análise das mesmas, definiram-se as competências transversais exigidas no mercado global. Finalmente são discutidas as implicações teóricas e empíricas das conclusões deste trabalho.
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Tese apresentada para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Doutor em Sociologia, ramo de Sociologia da Cultura, do Conhecimento e da Educação
Resumo:
A inserção profissional de diplomados do ensino superior é uma área de investigação relativamente recente. Os diversos estudos levados a cabo a nível nacional e internacional sobre esta temática têm discutido questões de natureza objetiva – origens sociais e familiares, percursos escolares e académicos, percursos profissionais, situação profissional, posse de capitais e a sua mobilização para o ingresso no mercado de trabalho. Outros estudos têm sido desenvolvidos incorporando as dimensões subjetivas da inserção, centrando-se na avaliação que os graduados fazem da sua situação profissional, de si mesmos e no grau de satisfação na e com a atividade profissional. A presente pesquisa insere-se numa investigação mais ampla, “Percursos de inserção dos licenciados: relações objetivas e subjetivas com o trabalho” e tem como objeto os diplomados da UL e da UNL que concluíram as suas licenciaturas no ano letivo 2004/2005. Tendo como inspiração o trabalho iniciado e desenvolvido, por elementos que compuseram a equipa de investigação, acerca da relação subjetiva que os indivíduos que compartilham este nível educacional estabelecem com o trabalho, a nossa análise recairá nos valores do trabalho que procuram concretizar (no e através do trabalho) ou, dito de outro modo, nas suas aspirações, contribuindo deste para aprofundar o conhecimento sobre esta temática. O nosso enfoque recaí na observação do comportamento de dois tipos de valores do trabalho: os valores intrínsecos e extrínsecos. Se considerarmos que as análises unicamente centradas em universos constituídos exclusivamente por diplomados não têm sido abundantes, esta análise assume maior relevo. Por outro lado, se num passado não muito distante a perceção algo generalizada era a de que os graduados do ensino superior enfrentavam menores obstáculos no ingresso no mercado de trabalho, a partir dos anos de 1990 os dados começaram a sugerir uma realidade diferente. A incerteza e a precariedade passaram a pautar o quotidiano e o futuro destes jovens, pelo que, importa questionar: Qual impacto das transformações, entretanto ocorridas, no modo como se relacionam com o trabalho? Quais as suas aspirações? Que tipo de recompensas procuram obter? Esgotar-se-ão no plano estritamente material? Ou, pelo contrário, procurarão outras fontes de gratificação? Que significados lhes conferem? Para a prossecução do nosso trabalho conjugámos duas metodologias distintas, mas complementares. Foi aplicado um inquérito extensivo, a uma amostra representativa, e realizadas entrevistas em profundidade. Esta opção permitiu expandir as potencialidades analíticas, conjugando uma orientação explicativa, com outra de cariz compreensivo. Procurámos, deste modo, explorar o conteúdo atribuído pelos indivíduos aos valores intrínsecos, uma vez que o conhecimento do significado que lhes é atribuído tem sido pouco explorado na análise sociológica, não fazendo pois jus à sua aparente relevância no conhecimento das relações subjetivas que os sujeitos estabelecem com o trabalho.
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O debate sobre o grau de flexibilidade/rigidez do mercado de trabalho é um tema recorrente quer para economistas quer para os agentes políticos, tendo assumido particular relevância a partir da crise petrolífera dos anos 70. A manutenção de elevados níveis de desemprego nos anos 70 e 80 colocaram em questão os regimes de proteção do emprego e da regulação das relações laborais até então praticados, considerados agora como excessivamente penalizadores dos despedimentos e dotados de uma rigidez excessiva, quer no domínio da fixação dos salários, quer no que diz respeito à organização do trabalho no interior da empresa. A solução encontrada para flexibilizar o mercado de trabalho adotada em muitos países, nomeadamente os do sul da Europa, e assim facilitar a criação de emprego, foi a de introduzir novas formas contratuais, nomeadamente contratos temporários, não alterando de forma substancial os direitos anteriormente adquiridos.
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Dissertação de mestrado em Sociologia (área de especialização em Organizações e Trabalho)
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Trata-se de pesquisa sobre recursos humanos em enfermagem, particularmente na perspectiva da força de trabalho, com os objetivos de identificar a produção científica nacional sobre recursos humanos em enfermagem; analisar, particularmente, as publicações sobre força de trabalho de enfermagem; e elaborar uma série histórica sobre a composição e a distribuição dessa força de trabalho no país. A pesquisa bibliográfica foi realizada nas bases de dados LILACS, PeriEnf, DEDALUS, BDENF, PAHO, MS, ADSAUDE, ENSP, FSP, TEXTOC, SIDORH e nos Catálogos do CEPEn, no período de 1958 a 2001. Identificaram-se 469 publicações, 345 (73,6%) com o descritor recursos humanos de enfermagem, 79 (16,8%) e 45 (9,6%) respectivamente com os unitermos força de trabalho de enfermagem (FTE) e mercado de trabalho de enfermagem. Observa-se uma concentração da produção na segunda metade dos anos 80 e toda a década de 90.
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Estudo qualitativo da satisfação do egresso da Faculdade de Enfermagem da Universidade do Estado do Rio de Janeiro no mundo do trabalho. Identifica e analisa a percepção do egresso sobre sua atuação e vivência no mundo do trabalho. O estudo faz parte do processo avaliativo institucional subseqüente a reforma curricular e implantação do projeto político pedagógico, baseado na Teoria Crítica da Educação. Os doze sujeitos graduaram-se no período de 2000 a 2005. Aplicaram-se entrevistas, e através da análise de conteúdo temática emergiram duas categorias empíricas: o prazer advindo do trabalho e o sofrimento advindo do trabalho. Conclui-se que o novo currículo tem produzido os resultados esperados. Os egressos vêm desempenhando atribuições de competência do enfermeiro e mostraram-se críticos e reflexivos em suas auto-avaliações. Considerou-se que são necessárias avaliações contínuas, capazes de permitir a identificação das exigências evolutivas do mercado de trabalho e conseqüentes reajustes nas propostas curriculares.
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O artigo analisa, com base em múltiplas fontes de dados secundários, a participação das mulheres no mercado de trabalho em dois pólos opostos de atividade. Do primeiro, que abriga as ocupações de má qualidade quanto aos níveis de rendimento, formalização das relações e proteção no trabalho, foi selecionado como objeto de estudo o emprego doméstico. Nos anos 90, esse segmento manteve algumas das marcas de precariedade que sempre o caracterizaram, como as longas jornadas de trabalho, os baixíssimos níveis de rendimento e de formalização, embora em relação a esses dois últimos aspectos haja alguns sinais promissores de mudanças. Do segundo pólo, composto por "boas" ocupações, caracterizadas por níveis mais elevados de formalização, de rendimentos e de proteção, selecionamos algumas carreiras universitárias, quais sejam, a engenharia, a arquitetura, a medicina e o direito. Os dados revelaram que as mulheres que ingressaram nessas profissões são mais jovens do que seus colegas. No mais, seu perfil de inserção ocupacional é muito assemelhado ao dos homens, exceção feita aos rendimentos. Seguindo um padrão de gênero encontrado no mercado de trabalho, os ganhos femininos são sempre inferiores aos masculinos.
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Apoiado em pesquisas empíricas realizadas no Rio de Janeiro nos últimos anos, este relato focaliza profissionais considerados "potenciais ganhadores", "potenciais perdedores" e "ideológicos alternativos em processo de integração" no contexto das transformações ocorridas na estrutura produtiva e no mercado de trabalho dos últimos anos. Tem-se pesquisado segmento profissional e sua característica, no que diz respeito à microeletrônica e aos novos meios de comunicação (potenciais ganhadores), aos professores aposentados e profissionais que entraram em Planos de Demissão Voluntária (potenciais perdedores); e professores ativos, que complementam sua renda com atividades informais e pessoas ligadas a segmentos dedicados a diferentes práticas alternativas no processo de integração à nova era capitalista (terapeutas corporais, praticantes de "adivinhações" e de alimentação alternativa). O tratamento conjunto dos três grupos pretende oferecer uma visão ampla dos processos que os afetam e suas contradições, focalizando também as novas estratégias formadoras acionadas em meio à fragmentária qualificação nos anos mais recentes.
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O artigo tece considerações sobre o trabalho das mulheres executivas no Brasil, no final do século XX. Na primeira parte, com base em estatísticas oficiais (Censos e Pesquisas Domiciliares, dados do Ministério do Trabalho, Ministério da Educação e outros), apresenta algumas tendências gerais da inserção laboral das brasileiras nesse período, visando compor o cenário no qual o trabalho das executivas surge e se consolida. Na segunda parte, é realizada breve análise da presença de executivas em cargos de diretoria em empresas brasileiras do setor formal, no ano 2000, com base em dados do Ministério do Trabalho. Na terceira e última, são apresentados resultados de entrevistas realizadas com 10 executivas de empresas diversas do mercado de trabalho.
Resumo:
Panorama da situação das mulheres no mercado de trabalho brasileiro. Com base em estatísticas oficiais, como as do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, do Ministério do Trabalho e Emprego e do Ministério da Educação, o texto destaca algumas das principais tendências da inserção laboral das brasileiras, que é marcada por progressos e atrasos. De um lado, a intensidade e a constância do aumento da participação feminina no mercado de trabalho, que tem ocorrido desde a metade dos anos 1970, de outro, o elevado desemprego das mulheres e a má qualidade do emprego feminino; de um lado, o acesso a carreiras e profissões de prestígio e a cargos de gerência e mesmo diretoria, por parte de mulheres escolarizadas, de outro, o predomínio do trabalho feminino em atividades precárias e informais. O perfil atual das trabalhadoras: mais velhas, casadas e mães revela uma nova identidade feminina, voltada tanto para o trabalho como para a família. A permanência da responsabilidade feminina pelos afazeres domésticos e cuidados com os filhos e outros familiares - indica a continuidade de modelos familiares tradicionais, que sobrecarregam as novas trabalhadoras, sobretudo as que são mães de filhos pequenos.
Resumo:
O objetivo deste trabalho é situar a problemática da conciliação entre trabalho remunerado e responsabilidades familiares no recente processo de transformação da estrutura das famílias e do mercado de trabalho no Brasil. A partir de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, é feita uma caracterização das mudanças nas estruturas das famílias brasileiras e da inserção das mulheres no mercado de trabalho de acordo com a estrutura da família. Particularmente, pretendemos mostrar que o baixo desenvolvimento de serviços coletivos que permitem socializar os custos dos cuidados com a família prejudica a quantidade e qualidade da inserção feminina, sobretudo das mães, no mercado de trabalho.
Resumo:
Nosso objetivo é estudar qual será a atitude das mulheres em face da maternidade e do emprego conforme os efeitos que a presença de um filho venha a exercer sobre suas condições e perspectivas de trabalho; e medir os efeitos positivos ou negativos de políticas públicas sobre suas decisões. Apresentaremos alguns resultados referentes ao custo dos filhos em termos de emprego e de eficácia das políticas públicas. A primeira parte é dedicada às estimativas dos efeitos específicos da maternidade sobre a participação no mercado de trabalho e sua duração. A segunda parte refere-se às políticas públicas implementadas em 15 países europeus em apoio ao modelo da família onde ambos os cônjuges trabalham. Essa comparação baseia-se na construção de indicadores compatibilizados que sintetizam as informações de um conjunto exaustivo de dados quantitativos e qualitativos sobre três formas de intervenção pública: os serviços de educação e cuidado infantil, as licenças ligadas ao nascimento e as ajudas diretas às famílias.
Resumo:
Um balanço da produção acadêmica sobre gênero e trabalho na Sociologia revela a enorme relevância dos estudos e pesquisas nesse campo para a compreensão das relações de gênero na sociedade. Sem pretender ser exaustivo, este artigo focaliza trabalhos que ilustram bem o que consideramos as três principais contribuições dessa produção, a saber: dar visibilidade à presença feminina no mercado de trabalho em suas diferentes ocupações; suscitar a discussão sobre divisão sexual do trabalho e sobre as relações espaço produtivo/espaço reprodutivo e trabalho profissional/trabalho doméstico; e refletir sobre as repercussões das mudanças provocadas pela globalização e a reestruturação produtiva nas formas de inserção da mulher no mercado de trabalho e na vida familiar.
Resumo:
O artigo realiza uma revisão das principais questões que hoje estruturam as investigações sobre trabalho doméstico remunerado, mostrando que uma multiplicidade de fatores, grande parte relacionados à entrada da mulher no mercado de trabalho, tem intensificado as problemáticas do campo. São apresentadas as continuidades na configuração do trabalho doméstico, assim como os processos em transformação. Por fim são apontados alguns temas que merecem aprofundamento em pesquisas futuras.