906 resultados para Hermenèutica bíblica
Resumo:
O presente trabalho apresenta uma reflexão sobre o papel da teologia no estudo da religião, no atual contexto universitário brasileiro. A tese principal deste trabalho está fundamentada na idéia de que a teologia, no estudo da religião, deve ser compreendida como hermenêutica teológica de orientação antropológica, e ver o seu exercício como interpretação da linguagem da fé e da existência cristã.
Resumo:
A busca pela identidade religiosa dos brasileiros a partir do olhar de Darcy Ribeiro constitui o desafio que empreendemos neste trabalho. Trata-se de perceber o sentido de ser humano no mundo tempo e espaço do ponto de vista do religioso e do obscuro, mediante as narrativas de Darcy. Embora uma investigação como essa pudesse ocorrer pelos múltiplos caminhos das ciências e seus fundamentos, decidimos pela via das Ciências da Religião. A partir dos escritos de Darcy, vamos oferecer informações novas quanto à perspectiva religiosa no Brasil conforme se deu e ainda ocorre. Paradoxalmente, este antropólogo que sempre se afirmou ateu nos oferece algumas novas intuições que ampliam nossas conceituações no domínio das Ciências da Religião. Por não encontrarmos uma sistematização sobre a linguagem religiosa no pensamento de Darcy, buscamos estabelecer uma aproximação com a filosofia hermenêutica de Paul Ric ur. A noção de identidade narrativa, segundo Ricoeur, foi o elemento metodológico fundamental na articulação hermenêutica das intuições sobre o religioso em Darcy. Esta identidade narrativa encontra no trabalho da memória e na polissemia do símbolo outras formas de diálogo e enriquecimento da discussão. A articulação heurística, fruto de nossa intuição, nos permitirá revelar a identidade religiosa dos brasileiros pelo viés hermenêutico. A presente tarefa é efetuada com o olhar nas confissões de Darcy, no panorama histórico-religioso eivado de entrecruzamentos espirituais das diversas matrizes e do ambiente atual, particularmente complexo, existente no Brasil. Para nós, a obra de Darcy Ribeiro contribui de maneira coerente à expansão dos estudos em Ciências da Religião e sugere, de igual modo, a identidade religiosa dos brasileiros em fazimento. Darcy Ribeiro parte da antropologia, mas não se restringe à perspectiva do puro estruturalismo, desenvolvendo uma espécie de antropologia dialética em discussão com a filosofia. Esta pesquisa procura situar também a identidade religiosa dos brasileiros, apesar da cegueira que afeta o tecido religioso, marcado pelo radicalismo, pelo fundamentalismo e o conservadorismo. Para evidenciar melhor essa identidade, utilizamos duas metáforas: sexta lança e bricolagem, ambas alinhadas com o olhar de Darcy. A inusitada interpretação e busca da identidade religiosa dos brasileiros segundo Darcy Ribeiro somente foi possível pelas lentes hermenêuticas oferecidas por Paul Ric ur. Na perspectiva da noção de identidade narrativa, segundo Paul Ric ur, nos deparamos com as bases que nos ajudam a considerar esta identidade religiosa, seus limites e possibilidades, seus encontros e desencontros, seu fazimento e inacabamento.
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A Dissertação busca compreender e julgar criticamente a hermenêutica teológica de Paul Tillich, a partir do estudo de sua interpretação simbólica da doutrina cristã clássica do pecado, em sua forma protestante-agostiniana. O trabalho se desenvolve em três etapas: primeiramente é apresentada a teoria do símbolo religioso de Paul Tillich. Em seguida, a sua interpretação da doutrina do pecado, presente no complexo de símbolos míticos e conceptuais que foram reunidos sob o nome simbólica da Queda . Na terceira e última parte, a partir de uma avaliação da prática hermenêutica de Tillich seguida de uma discussão com seus críticos, especialmente William Alston e Reinhold Niebuhr, e de um diálogo especial com Paul Ricoeur, o autor conclui: tanto a teoria do símbolo de Tillich como o seu enfoque hermenêutico, que vai principalmente da analítica existencial ao símbolo, necessitam de aperfeiçoamento; e a teoria simbólica de Ricoeur, associada à sua proposta indutiva de reflexão hermenêutica fornece uma importante contribuição. Ao mesmo tempo, o sucesso de Tillich na interpretação da simbólica da Queda parece refutar a tese de Ricoeur de que uma abordagem que parte da ontologia para o símbolo é inadequada por princípio. Conclui-se, portanto, que a abordagem de Tillich é válida, mas que precisa ser complementada; é necessário pensaruma hermenêutica de mão dupla , que dê igual voz aos símbolos religiosos e à ontologia existencial.(AU)
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O tema desta tese é a relação entre hermenêutica, niilismo e religião no pensamento do filósofo italiano Gianni Vattimo. Partindo da articulação das idéias de Nietzsche e Heidegger, Vattimo afirma que a superação da metafísica tem como finalidade o niilismo. Este termo assume três significados: (1) Tudo é interpretação. (2) Fazer esta afirmação também é interpretação, pois o ser não é estrutura, mas evento, impossibilitando a afirmação da existência de algo originário. (3) O niilismo é o destino da história do ser, promovendo o enfraquecimento das estruturas fortes da metafísica. Estes três aspectos engendram a hermenêutica e são igualmente engendrados por ela. A vocação da hermenêutica e da história do ser para o enfraquecimento da metafísica é devedora da concepção cristã de esvaziamento de Deus. Por causa disto, segundo Vattimo, o cristianismo é o elemento niilista operante no interior da metafísica.(AU)
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Esta tese, baseada na exegese, defende que as maldições do Salmo 137 devem ser interpretadas levando-se em conta o princípio da reciprocidade praticado na justiça do AT, o famoso "olho por olho, dente por dente". Apresenta auxílios para a interpretação das maldições nos salmos; analisa o estado atual da questão; verifica a coerência ou não da utilização do termo "Salmo Imprecatório"; trata da difícil questão do contexto histórico dos salmos e, ainda, destaca alguns pontos que dificultam a interpretação cristã deste tipo de literatura. Ela trata das questões do texto, da estrutura, do gênero literário, da autoria, e do contexto de vida e histórico do Salmo 137. Além disso, apresenta paralelos deste gênero no mundo bíblico e compara versões do Salmo 137 em português. Mostra que no AT a palavra era tratada como algo que possui poder intrinseco; verifica como, normalmente, era feito o uso das maldições no AT em geral, preparando o caminho para a verificação de seu uso específico no Salmo 137; faz uma rápida retrospectiva histórica mostrando a longa trajetória de desavenças de Israel/Judá com Edom e Babilônia, o que leva o salmista a sentir-se no direito de pedir que estas duas nações sejam destruídas e sofram; levanta, ainda, a possibilidade do Salmo 137 não ser o único do Saltério com maldições contra Edom e Babilônia, e destaca que nesta composição existe uma automaldição e duas maldições, uma contra Edom e outra contra Babilônia, todas elas levando em conta o princípio da reciprocidade na justiça do AT.(AU)
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Elabora-se estudo de hermenêutica constitucional que envolve neoconstitucionalismo e estruturas míticas da realidade jurídica em face do automatismo judicial. Utiliza-se de método dialético em estudo teórico-descritivo de base documental. Busca analisar se há relação entre mitos jurídicos e automatismo do juiz na interpretação constitucional, bem como procura identificar se a mitificação do direito e o automatismo judicial influenciam o exercício da jurisdição pelo magistrado. Constata-se que há diferença entre interpretação constitucional e interpretação da Constituição, bem como que inexiste especificidade da interpretação constitucional em relação à interpretação jurídica. Comprova-se que os marcos histórico, filosófico e teórico do neoconstitucionalismo perdem seu sentido quando submetidos a apreciação crítica. Demonstra-se que a realidade jurídica decorre de processo mítico, no sentido de uma representação da realidade através da verdade compartilhada na crença e disseminada nos mitos, tal qual ocorre nos mitos da força normativa da constituição e do sentimento constitucional. Identifica-se a relação implicação recíproca entre mitos jurídicos e automatismo do juiz, além de verificar que o maagistrado atua no automático não apenas quando se conforma em ser o juiz boca da lei, mas também quando torna-se juiz boca do juízo, quer do juízo pessoal subjetivo, quer do juízo Institucional do Judiciário. Verifica-se que, uma das nuanças dos mitos está na representação de uma construção social compartilhada que descreve a realidade cultural circundante através das normas jurídicas e, nesse sentido, os mitos jurídicos são histórias com fundamento em verdades que merecem confiança, mas que, por outro lado, há mitos que atuam contra a normatividade positivada, como o mito do neoconstitucionalismo. Conclui-se que é imprescindível ao magistrado perceber que trabalha com mitos, compreender o processo de atuação e difusão dos mitos, e atuar de forma comprometida com sua atividade em benefício da sociedade, evitando incidir em automatismos de pensamento e ação, haja vista que o constitucionalismo é síntese de mudança (para adequar-se ao tempo vivencial) e permanência (para salvaguardar seu núcleo primordial) e precisa de um magistrado em estado de vigília para operar adequadamente a perspectiva de um direto de Estado democrático.
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The study presents the possibility of interpretation of axiological values of tourism as a practice conceived on a human being or Dasein as being-in-the-world of tourism. The value, as an object of Axiology, was considered the predictor of the human being conduct in the phenomenon reflecting this same value in tourism. The aim was to comprehend and interpret through the way of being of Dasein in tourism, which axiological values are chosen to the practice of tourism and the intentional feelings directed to these values. A phenomenological hermeneutics research with exploratory characteristics was accomplished in order to survey the values. Ten episodic interviews were conducted from the hermeneutic situation - constituted by fore-having, fore-sight and fore-conception of each Dasein interviewed, by adopting a sympathetic conduct and sympathy of Max Scheler and the use of emotional intuition to capture the intentional feelings, interpreted afterwards by the analysis of a Martin Heidegger's phenomenology in Being and Time. The results showed that, even without categorisation, the totality of the living experiences, the way of being of positive values outnumber the negatives ones in the existence of each Dasein, leading them to the Learning, which are comprising: experiences to provide self-knowledge, historical-cultural values, and memory as part of the learning experiences, hospitality as a way of openness and socio-cultural exchange, solidarity and peace. Intentional feelings directed at the values for the choice for practicing tourism were: love, happiness, pleasure, respect and trust. Four evidences were found concerning the use of sentimental perspective and intentional feeling of Scheler and regarding the logic of the heart of Pascal used by this author. The sociocultural interrelationships and exchanges form the basis for developing tourism as phenomenon. Therefore the character being-with or Mitsein is prevalent in tourism activities. Despite the learning was the purpose of the experiences, the ultimate goal was the improvement and personal enrichment of Dasein´s humanity development. The study also showed the hermeneutic phenomenological seeing opens the access of the living experiences of values, without making arbitrarily judgment and achieve "to the thing themselves", which, by the overlapping of categories, dispositions and intentional feelings, form the evaluative experiences and are possible to access through the fundamental ontology of Heidegger. The study contributes to broaden the vision concerning to the totality of tourism and the practitioners Dasein of it. As possibilities for deepening studies, was pointed out: the total person of Scheler; the care or Sorge as a form of love in Heidegger; happiness and pleasure in the practice of tourism and human flourishing or eudaimonia.
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En este trabajo nos proponemos mostrar de qué modo el alejamiento crítico de Heidegger respecto de la tradición moderna supone un cambio de marco conceptual que implica una redefinición de la idea de fundamento último de la realidad, central en la metafísica tradicional. Para esto nos basaremos especialmente en las críticas que este filósofo dirige a la fenomenología husserliana. Al mismo tiempo, daremos cuenta de la influencia de la filosofía práctica aristotélica que Heidegger recupera y que algunos intérpretes consideran determinante en la trasformación hermenéutica de la fenomenología que este filósofo lleva a cabo. Finalmente, esbozaremos una breve reflexión sobre la transformación de la cuestión del fundamento a lo largo de la obra heideggeriana
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La elaboración que Paul Ricoeur hiciera insistentemente para proponer una ética a la vez posible y justa tiene un rico desarrollo en la que cruza esas tesis con las de la identidad humana y las abre a preocupaciones presentes y conflictivas. El encuadre teórico es el que combina la descripción fenomenológica con una hermenéutica rigurosa pero que se define por la necesidad de aceptar su conflictiva y pluralidad -que es preciso explicar y comprender-. Este estilo dialéctico e itinerante puede encontrarse, a nuestro juicio, en varias obras como son: "Sí mismo como otro" donde encontramos la tensión y relación entre la identidad idem y la identidad ipse, mediadas por la identidad narrativa y entre los niveles de la eticidad y la moralidad, tal como aparecen allí, fundados en el deseo. También en una obra anterior donde el fundamento es la libertad, "conjugada" en primera, segunda y tercera persona. Y entre lo que podríamos llamar su "cuarteto" de la ontología del hombre capaz y su cruce con la experiencia del sufrimiento. En la síntesis que es su "Recorridos del reconocimiento" se recogen esas tensiones y aperturas y se las corona con las tesis que desarrollara al comparar el amor y la justicia, en especial, el mandamiento del amor al enemigo. Partiendo de la riqueza y polisemia del verbo reconocer recorre el camino de su conjugación en voz activa, en la forma reflexiva y en la voz pasiva. Todo este entramado paciente y sostenido durante tantos años nos proporciona un marco teórico precioso para pensar el actual fenómeno de los derechos humanos: por su condición de históricos, pactados, parciales y sucesivos y, a la vez, universales -o, como dice Ricoeur, con pretensión de universalidad-. No pueden ser pensados en profundidad y honestamente sino con una filosofía que acepte la conflictiva hermenéutica, transite las tensiones presentes y se abra a una propuesta a la vez amplia, crítica y situada, dado que no parece posible pensar hoy la vida buena sin referirnos a este sistema de derechos humanos
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De manera paradójica, la actualidad de la hermenéutica debe buscarse en su diálogo con la tradición filosófica. Diálogo que daría comienzo, en primer lugar, con su recepción de Husserl, la cual no se puede entender tanto como una traición al proyecto fenomenológico cuanto como un llevarlo hasta sus últimas consecuencias. En segundo lugar, la vuelta sobre el proyecto moderno (no concebida como destrucción sino como intento de comprensión) conduciría a un dialógo con Kant y a la discusión de la posición de un sujeto trascendental como condición de la objetividad. Es precisamente esta idea de diálogo la que define la hermenéutica como una apertura a lo otro en tanto que otro y no como un ejercicio de asimilación. Finalmente, si esta apertura al otro no cristaliza en un proyecto ético definido es, justamente, porque trata de pensar el fundamento de lo ético.
Resumo:
Tesis (Maestría en Docencia). -- Universidad de la Salle. Facultad de Ciencias de la Educación. Maestría en Docencia, 2015
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A presente dissertação parte do problema sobe a possibilidade de compreender uma racionalidade não instrumental, em relação à dominação técnica e científica da natureza para pensar a Educação Ambiental. A pesquisa teve como principais objetivos compreender e interpretar a Natureza e a Educação Ambiental para alem do sentido historicamente produzido pela ciência sobre a relação homem e natureza em confronto com outras interpretações oriundas de uma visão ampliada de racionalidade. Propõe-se a desconstrução por meio de um exercício hermenêutico da concepção de natureza e forma de agir proposta pela ciência moderna como propósito de desvendar o caráter ideológico da ciência e dos múltiplos usos que carrega o conceito. A investigação permitiu identificar aspectos críticos da racionalidade que se desenvolveu no mundo ocidental e tem causado inúmeros problemas ao meio ambiente e à sobrevivência da natureza e da espécie humana. A presente Dissertação foi pensada na proposta de radicalização da ideia de compreensão como interpretação, de modo a apresentar como método de produção de conhecimento a interpretação narrativo-interpretativa proposta pela hermenêutica.
Resumo:
Tesis (Licenciado en Lenguas Castellana, Inglés y Francés).--Universidad de La Salle. Facultad de Ciencias de La Educación. Licenciatura en Lengua Castellana, Inglés y Francés, 2014
Resumo:
432 p.
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En este trabajo nos proponemos mostrar de qué modo el alejamiento crítico de Heidegger respecto de la tradición moderna supone un cambio de marco conceptual que implica una redefinición de la idea de fundamento último de la realidad, central en la metafísica tradicional. Para esto nos basaremos especialmente en las críticas que este filósofo dirige a la fenomenología husserliana. Al mismo tiempo, daremos cuenta de la influencia de la filosofía práctica aristotélica que Heidegger recupera y que algunos intérpretes consideran determinante en la trasformación hermenéutica de la fenomenología que este filósofo lleva a cabo. Finalmente, esbozaremos una breve reflexión sobre la transformación de la cuestión del fundamento a lo largo de la obra heideggeriana