999 resultados para conceito de Saúde doença e Paciente
Resumo:
OBJETIVO: Avaliar a prevalncia de saúde auto-avaliada como ruim e fatores associados. MTODOS: Foram analisados dados de 54.213 pessoas com idade >18 anos, coletados pelo sistema de Vigilncia de Fatores de Risco e Proteo para Doenças Crnicas por Inqurito Telefnico (VIGITEL) nas capitais brasileiras e Distrito Federal, em 2006. Um residente em cada domiclio, com ao menos uma linha de telefonia fixa, foi sorteado em amostras probabilsticas, respondendo ao questionrio. As variveis independentes analisadas foram de natureza demogrfica, comportamental e de morbidade referida. Foram estimadas prevalncias e razes de prevalncia brutas e ajustadas da saúde auto-avaliada como ruim utilizando regresso de Poisson. RESULTADOS: Saúde auto-avaliada como ruim foi mais freqente em mulheres, em indivduos mais idosos, de menor escolaridade, sem atividade ocupacional, e residentes em capitais do Norte e do Nordeste; entre homens, a prevalncia de auto-avaliao da saúde ruim foi mais elevada na regio Sudeste comparativamente Sul. Fumar > 20 cigarros/dia, no praticar atividade fsica no lazer regularmente e apresentar baixo peso ou obesidade associaram-se a auto-avaliao de saúde como sendo ruim em ambos os sexos; pr-obesidade e consumo freqente de frutas e hortalias foram significantes entre mulheres e, no assistir televiso, entre os homens. A prevalncia de saúde como sendo ruim cresceu com o aumento do nmero de morbidades referidas. Apresentar quatro ou cinco morbidades resultou em RP=11,4 entre homens e RP=6,9 entre mulheres, em comparao queles que no apresentavam morbidades. CONCLUSES: Desigualdades regionais, de sexo e escolaridade foram observadas na prevalncia da saúde auto-avaliada como ruim, e sua associao com comportamentos nocivos saúde e comorbidades reforam a necessidade de estratgias de promoo de hbitos saudveis e de controle de doenças crnicas.
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Nos ltimos anos, o mtodo etnogrfico revelou-se como um adequado instrumento para as intervenes em saúde pblica e na educao em saúde. No obstante, seu uso contradiz determinados modelos de interveno definidos como monolgicos, a exemplo das campanhas de meios de comunicao de massa e as filosofias do "ator racional". Foram analisadas criticamente algumas bases epistemolgicas desses modelos, como a unidimensionalidade na anlise dos processos de saúde/doença/atendimento, a unidirecionalidade comunicativa e a hierarquia. No seu lugar, prope-se um modelo dialgico baseado no mtodo etnogrfico e organizado a partir dos critrios de multidimensionalidade, bidirecionalidade e simetria. A etnografia permite melhorar a efetividade das intervenes ao fornecer uma base emprica para o desenho dos projetos e ao propiciar a participao social em saúde.
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OBJETIVO: Descrever a frequncia de rastreadores de potenciais resultados adversos em internaes no Sistema nico de Saúde. MTODOS: Estudo retrospectivo, incluindo as internaes de adultos na clnica mdica (n = 3.565.811) e clnica cirrgica (n = 2.614.048) no Brasil em 2007. O Sistema de Informaes Hospitalares foi utilizado como fonte de informao. A mensurao dos resultados adversos baseou-se no rastreamento de 11 condies clnicas, definidas em estudos internacionais anteriores, registradas no campo diagnstico secundrio. Foram realizadas anlises bivariada e multivariada, no intuito de associar resultado adverso, bito (varivel dependente) e outras variveis como idade, utilizao de unidade de terapia intensiva e realizao de cirurgia. RESULTADOS: A frequncia obtida foi 3,6 potenciais resultados adversos por 1.000 internaes para ambas as clnicas, superior na clnica mdica (5,3 por 1.000) em relao clnica cirrgica (1,3 por 1.000). Houve diferenas no perfil das internaes: na clnica mdica predominaram idosos, maior tempo mdio de permanncia, maior taxa de mortalidade e menor custo total de internao. O rastreador de resultado adverso mais frequente foi pneumonia hospitalar. Choque/parada cardaca apresentou maior risco de bito (OR = 5,76) em relao aos demais resultados adversos. Os maiores gastos com internaes estiveram relacionados sepse hospitalar. Os rastreadores de potencial resultado adverso apresentaram altas chances de bito, mesmo com a introduo de variveis como uso de terapia intensiva e realizao de cirurgia. CONCLUSES: A alta frequncia de resultados adversos em internaes indica a necessidade de desenvolver estratgias de monitoramento e melhorias dirigidas para a segurana do paciente.
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OBJETIVO: Analisar a qualidade dos servios oferecidos por empresas operadoras de planos de saúde, segundo a percepo de usurios. MTODOS: Estudo transversal com 360 usurios de sete operadoras de planos de saúde da cidade de Curitiba, PR, e regio metropolitana em 2008. Foi aplicado questionrio sobre as preferncias dos usurios em relao a seis atributos (localizao dos pontos de atendimento; efetividade da ao dos mdicos, clnicas e hospitais; rapidez e amabilidade no atendimento; facilidade na liberao de guias; preo; abrangncia da rede credenciada) de cada uma das empresas operadoras. Para a anlise das respostas foi utilizado o mtodo Analytic Hierarchy Process (AHP, ou Processo Analtico de Hierarquia), ferramenta de anlise de deciso e planejamento de mltiplos critrios. RESULTADOS: O atributo mais valorizado pelos usurios foi "preo". As empresas foram agrupadas em dois conjuntos de preferncias em relao aos atributos: dos sete planos de saúde, dois apresentaram menor preferncia (entre 23% e 19%) e cinco, maior preferncia (em torno de 10%). CONCLUSES: Com esse tipo de pesquisa, as empresas operadoras de planos de saúde poderiam reformular suas estruturas, processos, preos e redes credenciadas com o objetivo de melhorar seu posicionamento no mercado.
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As atividades de Coordenao, Acompanhamento e Avaliao do Programa de Desenvolvimento Integrado do Noroeste do Brasil - POLONOROESTE - so analisadas, com base nos objetivos gerais e especficos do Programa e nos resultados parciais alcanados pelos pesquisadores, at o presente momento. Destaque especial dado auditagem tcnica dos projetos de pesquisa, realizada pela atual Coordenao de Cincias da Saúde, que passou a incrementar, a partir de 1986, as atividades de assessoramento e acompanhamento continuados dos projetos, prestao de servios de consultoria e incio de um processo de treinamento de recursos humanos locais envolvidos nos projetos em centros mais avanados. Ao final de cinco anos de existncia do Programa, os resultados alcanados so considerados positivos e os benefcios dos mesmos inquestionveis, principalmente quando se sabe que os problemas de saúde da regio alvo do POLONOROESTE, at o incio do Programa, eram pouco conhecidos, em funo da inexistncia de estudos sobre as condies de saúde-doença da populao e de dados que permitissem orientar a implementao de uma poltica de saúde adequada e prioritria para a Regio. Os resultados dos projetos sobre histria natural da malria, mosquitos vetores, imunopatologia da doença e estudos visando ao processo saúde-doença so analisados, concluindo-se que os mesmos daro suporte planificao das futuras aes de saúde e aplicao de solues adequadas s necessidades da populao da rea de abrangncia do POLONOROESTE.
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Introduo: A evoluo dos modelos de saúde ocorreu juntamente com as mudanas da definio do conceito de saúde e reabilitao, mas ainda desconhecido o modelo predominante de saúde em que se enquadra a prtica clnica dos fisioterapeutas que trabalham em terapia manual. Objetivo(s): Criao de um questionrio para avaliao do modelo de saúde em que se enquadra a prtica clnica dos fisioterapeutas e aps a aplicao, verificar o conhecimento dos modelos de saúde, o grau de concordncia entre o modelo de saúde em que os fisioterapeutas baseiam a prtica clinica e as atitudes e crenas dos fisioterapeutas face orientao biomdica e biopsicossocial (PABS-PT) e verificar se o perfil e as suas atitudes e comportamentos dos fisioterapeutas tm relao com o modelo de saúde. Mtodos: Estudo quantitativo analtico transversal com 203 indivduos. Para a construo do questionrio foi medida a validade de contedo e realizado um estudo preliminar da fiabilidade. O questionrio esteve disponvel durante 40 dias. Para anlise dos dados utilizou-se o Teste do Qui-Quadrado, o Coeficiente de Correlao Ordinal de Spearman e anlise descritiva. Resultados: Os fisioterapeutas consideram que a prtica clnica baseada no modelo holstico. Este modelo e o modelo biopsicossocial so os modelos mais conhecidos, contrariamente ao modelo ecolgico. Sobre a interveno, na avaliao dirigem maior ateno para a sintomatologia fsica, histria clnica e causa da patologia, referem que trabalham e do mais importncia ao componente biolgico e fsico. Aps verificao da definio do modelo de saúde, o modelo holstico destacou-se. Ao analisar as atitudes e crenas, quem refere o modelo biomdico como base, tem maior conscincia do prprio modelo. A escolha do modelo independente do perfil dos fisioterapeutas. Concluso: Os fisioterapeutas consideram que a sua prtica clnica baseada no modelo holstico, no entanto, mantm a interveno e avaliao focada no modelo biomdico.
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Os raros tumores pituitrios agressivos so chamados carcinomas quando so detectadas metstases, sejam sistmicas e/ou em sistema nervoso central. Alguns casos esto associados com superproduo de hormnio, mas a maioria diagnosticada em funo dos sintomas locais. Essas neoplasias so geralmente refratrias aos tratamentos atuais. Uma mulher com 51 anos de idade apresentou dor de cabea de incio sbito, paralisia de brao esquerdo e hipoestesia facial esquerda. A tomografia e a ressonncia magntica revelaram um tumor pituitrio invadindo os seios esfenoidal e cavernoso esquerdos. Os dados laboratoriais excluram hipersecreo hormonal. A paciente foi submetida cirurgia transesfenoidal, e os achados histolgicos mostraram uma neoplasia com Ki-67 estimado em 75%. As imagens excluram tanto um tumor oculto primrio quanto disseminao sistmica ou do sistema nervoso central. Trs semanas aps a cirurgia, a condio neurolgica apresentou piora com incio de ataxia, ptose bilateral, oftalmoplegia e aumento do tamanho da leso, levando interveno cirrgica por craniotomia, seguida por apenas algumas sesses de radioterapia devido progresso grave da doença. A paciente veio a bito depois de quase dois meses das manifestaes iniciais. O caso ilustra a agressividade de algumas leses pituitrias, a eficcia limitada das modalidades atuais de tratamento, como a cirurgia ou a radioterapia, e as limitaes da classificao atual de tumores pituitrios. At onde sabemos, esse caso corresponde a uma das neoplasias pituitrias mais agressivas descritas at hoje, com um nvel muito alto de Ki-67 (75%) e sobrevida curta (2 meses). O nvel de Ki-67 pode ser de valor prognstico em tumores pituitrios. A classificao da Organizao Mundial da Saúde (OMS) para tumores pituitrios deveria ser revisitada.
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Tese apresentada para cumprimento dos requisitos necessrios obteno do grau de Doutor em Filosofia
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Objetivo Avaliar a satisfação dos pacientes e familiares atendidos em um serviço ambulatorial de saúde mental da cidade de Rio Branco, Acre. Métodos Foi realizado um estudo transversal com uma amostra de 160 pacientes e 160 familiares. Para coleta de dados, foram utilizadas as versões abreviadas das Escalas de Satisfação com os Serviços de Saúde Mental – SATIS-BR para pacientes e familiares, e um questionário sociodemográfico e clínico. Foram feitos análises estatísticas descritivas, cálculos das médias e desvios-padrão dos escores de satisfação global e das subescalas, e análises bivariadas utilizando o programa SPSS, versão 17. Resultados Os resultados da média de satisfação global dos pacientes e familiares revelaram que eles estão satisfeitos com o serviço de saúde mental. As subescalas dos pacientes: competência e compreensão da equipe e acolhida da equipe e ajuda recebida foram elevadas. No entanto, a subescala condições físicas e conforto do serviço apresentou uma menor média de satisfação. Também apresentaram um elevado nível de satisfação as subescalas para os familiares: resultados do tratamento, acolhida e competência da equipe e privacidade e confidencialidade. Foi identificado que pacientes mais velhos e que não tinham tido crises estavam mais satisfeitos. Assim como os familiares mais jovens também tinham maior nível de satisfação. Conclusão Os resultados apontam para necessidades de melhorias nos aspectos relacionados a infraestrutura, conforto e aparência dos serviços, bem como a criação de estratégias que favoreçam maior participação do familiar no tratamento do paciente.
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Dissertao de mestrado em Cincias da Comunicao (rea de especializao em Informao e Jornalismo)
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Trata-se de um ensaio sobre o processo de trabalho da enfermagem em saúde mental. Diversas concepes tm fundamentado a assistncia psiquitrica, assim como as propostas de reorientao dessas prticas; a enfermagem tem suas prticas referidas a esse processo. a viso de mundo dos profissionais que determina a escolha de uma determinada tendncia e o entendimento do processo saúde-doença. A necessidade de rever o seu objeto de trabalho, assim como sua prtica frente s transformaes na assistncia em saúde mental, tem apontado para novas posturas profissionais frente ao sujeito com transtornos psquicos, assim como para a aquisio de conhecimento para alm dos adquiridos nos cursos de graduao.
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Este estudo partiu de reflexes acerca dos movimentos da reforma da assistncia psiquitrica e o processo de desinstitucionalizao. Teve como objetivo identificar as representaes sociais construdas por familiares acerca do fenmeno saúde-doença mental. Adotou-se o referencial das representaes sociais na perspectiva dos pressupostos de Moscovici. Foram entrevistados oito familiares de portadores de transtorno mental. Identificou-se que os familiares explicitam sua no aceitao daquele que se mostra diferente, como ncleo de suas representaes sociais. Apontamos para a importncia dos profissionais de saúde mental considerarem, em suas intervenes, o saber produzido pelos familiares.
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Realizou-se um estudo com objetivo de analisar a produo do saber da enfermagem em saúde coletiva, resultante da ps-graduao vinculada ao Departa-mento de Enfermagem em Saúde Coletiva da Escola de Enfermagem da Universidade de So Paulo, no perodo de 1992 a 2004. Foram produzidas 86 teses e dissertaes sobre mltiplos objetos, principalmente sobre os perfis epidemiolgicos e de reproduo social, articulados aos processos de saúde-doença dos grupos sociais. Houve predomnio de anlises qualitativas e do referencial terico-metodolgico materialista-histrico e dialtico. Grupos populacionais de determinados territrios constituram a fonte emprica mais freqente. Concluiu-se que a adoo de categorias analticas relativas produo e reproduo social, assim como gnero e gerao, possibilitaram a aproximao real do objeto para interpretar e intervir, contribuindo para o avano dos conheci-mentos em saúde coletiva.
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O estudo teve por objetivo explicar a assistncia saúde da criana em idade escolar luz do materialismo histrico e dialtico, incluindo gnero para a abordagem do social. Os resultados referentes s representaes dos pesquisados (trabalhadores de saúde, professores e mes) revelaram que as concepes sobre o processo saúde-doença so altamente biologicistas apesar de, em menor escala, terem sido feitas referncias s suas dimenses psquica e social. A anlise dos dados, luz da teoria feminista, aponta que a subalternidade de gnero a origem das concepes preconceituosas em relao s mes das crianas estudadas. Tais preconceitos foram constatados nos trs loci estudados (servio de saúde, escola e famlia).
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de fundamental importncia uma linguagem especfica da profisso e a CIPESC -Classificao Internacional para as Prticas de Enfermagem em Saúde Coletiva tem como um dos objetivos desvelar a atuao dos enfermeiros na saúde coletiva. No Brasil, a ABEn, responsvel pela classificao, encontrou na Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba - PR aliada para efetiva implantao. O objetivo deste artigo foi validar a nomenclatura dos 52 diagnsticos de enfermagem do pr-natal - base CIPESC - Curitiba. um estudo exploratrio-descritivo, desenvolvido com enfermeiras assistenciais e com experts na rea de gineco-obstetrcia e terminologia. Os resultados foram apresentados pelo ndice de Concordncia por meio de freqncia absoluta, todas as definies foram validadas, porm necessitam de adequaes linguagem cotidiana. As enfermeiras apresentam dificuldades para inter-pretar interveno de enfermagem na promoo do bem-estar, sendo premente a discusso do conceito de promoo saúde e o processo saúde-doença na saúde coletiva.