720 resultados para Mental retardation services
Resumo:
Analisa-se o processo de produção do cuidado em serviços de saúde mental na cidade do Rio de Janeiro, tomando como lócus de investigação duas instituições psiquiátricas universitárias, que mantém sua estrutura asilar, com aparente modernização e a rede pública municipal dos dispositivos da atenção psicossocial, os Centros de Atenção Psicossocial, que operam na construção de um novo tipo de referência terapêutica cujo foco de suas práticas coloca o usuário-centrado na cena do cuidado e privilegia as questões de existência dos mesmos quando reconhece esse sujeito em sua singularidade, subjetividade e na diferença de andar a vida. Para tanto, a investigação teve por objetivo a produção de conhecimento atualizado sobre os discursos e práticas que os agentes institucionais veiculam e representam sobre a produção do cuidado nas instituições em questão. No sentido metodológico exploramos os dados do discurso e da prática do cuidar, entendendo que o processo de trabalho em saúde é um conjunto de práticas institucionais articuladas às demais práticas. Desta forma, a pesquisa procurou caracterizar o processo de produção do trabalho do cuidado em saúde mental, no contexto dos serviços. Pretendeu-se compreender os elementos constitutivos que operam esse trabalho, identificando e estabelecendo suas tendências no cenário socioinstitucional. Assim, não se trata de uma avaliação da qualidade dos serviços de saúde mental, mas sim, de uma análise qualitativa das práticas no cotidiano da produção deste cuidado. Observou-se que são múltiplos os sentidos e significados presentes na gestão do cuidado desenvolvida no campo da saúde mental, particularmente, no campo da atenção psicossocial. São ainda vários os desafios no cotidiano dos serviços públicos de saúde mental na construção dos novos modelos técnico-assistenciais. Isso se observa quando se toma o coletivo que o faz, técnicos, usuários e familiares, que tem como referência esse ethos da produção do cuidado, principalmente, na direção ético-estética e política por parte de todos esses na concretização de um equipamento aberto e de base territorial-comunitário.
Resumo:
O retardo mental (RM) representa um problema de saúde pública mundial ainda negligenciado no Brasil e, em especial nas regiões mais pobres como o Nordeste. A síndrome do X frágil (SXF) é uma das formas mais estudadas de RM hereditário em seres humanos. Esta doença monogênica, de herança ligada ao X dominante, é decorrente de uma mutação no exon 1 do gene FMR1, localizado na região Xq27.3. A mutação no FMR1 se caracteriza pelo aumento de repetições de trinucleotídios CGG em tandem na região 5 UTR desse gene, sendo a expansão dessas trincas o principal evento mutacional responsável pela SXF. De maneira geral, os fenótipos cognitivos de indivíduos do sexo masculino com a síndrome incluem deficiência intelectual de moderada à grave. No presente trabalho, realizamos um estudo transversal da SXF em indivíduos portadores de retardo mental de causa desconhecida, engajados em Programas de Educação Especial e em instituições psiquiátricas de São Luís-MA, rastreando amplificações de sequências trinucleotídicas no gene FMR1. A amostra foi composta por 238 indivíduos do sexo masculino, não aparentados, na faixa etária de 4 a 60 anos (média = 21 9 anos). O DNA dos participantes foi obtido a partir de 5 mL de sangue coletados em tubos com anti-coagulante EDTA e a análise molecular da região gênica de interesse foi realizada através da reação em cadeia da polimerase, utilizando-se três primers. Dentre os indivíduos triados quanto à presença de mutações no gene FMR1, apenas um apresentou um resultado inconclusivo e 2 (0,84%) foram positivos para a SXF, sendo que um deles (3503) apresentou mais de 200 repetições CGG no locus FRAXA e o outro indivíduo (3660) apresentou uma deleção de ~197 pb envolvendo parte das repetições CGG e uma região proximal às repetições CGG. Ambos possuíam história familiar de RM ligado ao X. No indivíduo 3503 observamos as seguintes características clínicas: temperamento dócil, orelhas grandes, mandíbula proeminente e flacidez ligamentar. O indivíduo 3660 apresentava hiperatividade, contato pobre com os olhos, orelhas grandes, mandíbula proeminente, pectus excavatum, macroorquidismo e pouca comunicação. O esclarecimento sobre a doença oferecido às famílias de ambos contribuiu sobremaneira para o entendimento da condição, do prognóstico e dos riscos de recorrência. A prevalência da SXF em nossa amostra, 0,84%, embora relativamente baixa, encontra-se na faixa de incidência de casos diagnosticados em outras populações que, em sua maioria, relatam incidências variando de 0 a 3%. Em parte, atribuímos o percentual encontrado aos critérios de inclusão utilizados em nosso estudo. Concluímos que o protocolo de triagem molecular utilizado em nosso estudo se mostrou eficiente e adequado para a realidade do Maranhão, podendo constituir uma ferramenta auxiliar a ser aplicada na avaliação de rotina dos portadores de RM, com grandes benefícios para o Estado.
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Dissertação apresentada à Universidade Fernando Pessoa como parte dos requisitos para obtenção do grau de Mestre em Psicologia Clínica e da Saúde.
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People living with HIV (PLWH) experience greater psychological distress than the general population. Evidence from high-incomes countries suggests that psychological interventions for PLWH can improve mental health symptoms, quality of life, and HIV care engagement. However, little is known about the effectiveness of mental health interventions for PLWH in low and middle-income countries (LMICs), where the large majority of PLWH reside. This systematized review aims to synthesize findings from mental health intervention trials with PLWH in LMICs to inform the delivery of mental health services in these settings. A systematic search strategy was undertaken to identify peer-reviewed published papers of intervention trials addressing negative psychological states or disorders (e.g., depression, anxiety) among PLWH in LMIC settings. Search results were assessed against pre-established inclusion and exclusion criteria. Data from papers meeting criteria were extracted for synthesis. Twenty-six papers, published between 2000 and 2014, describing 22 unique interventions were identified. Trials were implemented in sub-Saharan Africa (n=13), Asia (n=7), and the Middle East (n=2), and addressed mental health using a variety of approaches, including cognitive-behavioral (n=18), family-level (n=2), and pharmacological (n=2) treatments. Four randomized controlled trials reported significant intervention effects in mental health outcomes, and eleven preliminary studies demonstrated promising findings. Among the limited mental health intervention trials with PLWH in LMICs, few demonstrated efficacy. Mental health interventions for PLWH in LMICs must be further developed and adapted for resource-limited settings to improve effectiveness.
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BACKGROUND: Accurate detection of persons in need of mental healthcare is crucial to reduce the treatment gap between psychiatric burden and service use in low- and middle-income (LAMI) countries. AIMS: To evaluate the accuracy of a community-based proactive case-finding strategy (Community Informant Detection Tool, CIDT), involving pictorial vignettes, designed to initiate pathways for mental health treatment in primary care settings. METHOD: Community informants using the CIDT identified screen positive (n = 110) and negative persons (n = 85). Participants were then administered the Composite International Diagnostic Interview (CIDI). RESULTS: The CIDT has a positive predictive value of 0.64 (0.68 for adults only) and a negative predictive value of 0.93 (0.91 for adults only). CONCLUSIONS: The CIDT has promising detection properties for psychiatric caseness. Further research should investigate its potential to increase demand for, and access to, mental health services.
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Background: Minority ethnic groups in the UK are reported to have a poor experience of mental health services, but comparative information is scarce. Aims: To examine ethnic differences in patients’ experience of community mental health services. Method: Trusts providing mental health services in England conducted surveys in 2004 and 2005 of users of community mental health services. Multiple regression was used to examine ethnic differences in responses. Results: About 27 000 patients responded to each of the surveys, of whom 10% were of minority ethnic origin. In the 2004 survey, age, living alone, the 2004 survey, age, living alone, detention and hospital admissions were stronger predictors of patient experience than ethnicity. Self-reported mental health status had the strongest explanatory effect. In the 2005 survey, the main negative differences relative to the White British were for Asians. Conclusions: Ethnicity had a smaller effect on patient experience than other variables. Relative to the White British, the Black group did not report negative experiences whereas the Asian group were most likely to respond negatively. However, there is a need for improvements in services for minority ethnic groups, including access to talking therapies and better recording of ethnicity.
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OBJECTIVES: (1) Describe the population of mentally ill offenders over whom Ontario Review Board (ORB) held jurisdiction. (2) Assess the influences of psychopathology and criminal factors on criminal career. METHOD: This study was a retrospective case series design that reviewed all offenders who were court ordered for psychiatric evaluation at Mental Health Services Site of Providence Care in Kingston, Ontario from 1993 to 2007 (N=347). Eighty five subjects were found not criminally responsible on the account of mental disorder and were included in statistical analysis (n=85). Bivariate associations between five key variables and two outcome variables, seriousness of crime and recidivism, were examined. Logistic regressions were conducted to test the role of the predictor variables on the outcome variables. RESULTS: Age and change in principal psychiatric diagnosis over time were shown to be associated with seriousness of crime. Timing of psychiatric onset, early signs of deviance and change in diagnosis were shown to be associated with recidivism. On the whole, study population did not markedly vary in their distribution of variables by the outcome variables. Regression model included timing of psychiatric onset; psychiatric history; existence of criminal associate; child abuse history; and early signs of deviance. Recidivism was shown to be predicted by early signs of deviance (OR=8.154, p<0.05). Existence of criminal associates was shown to have substantial values of odds ratio at marginal significance (OR=7.577, p=0.13). CONCLUSION: Seriousness of crime is a complex factor that could not be sufficiently predicted by any one or combinations of study variables. Recidivism is better predicted by criminality factors than psychopathology. In the future, an exploratory analysis that more broadly examines the psychopathology and criminal factors in Canadian forensic population is needed. Findings from this study have important clinical and legal implications.
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In mental health services over recent decades, the positive move away from hospital-based care to community-based services has entailed that people with higher levels of need are being supported by community mental health services. This paper begins by reviewing the literature on coercion in the field of community-based mental health care and treatment. It is argued that the lack of a critical understanding of the concept and how it is used by practitioners and agencies can have serious repercussions for the rights of service users. Using a quasi-experimental, longitudinal design, the authors then seek to test some of the ideas about coercion by comparing the activities of assertive outreach and community mental health teams in Northern Ireland, particularly the key ideas of perceived coercion, workers’ strategies and engagement with services. Key findings were that assertive outreach appeared to be more successful at reducing perceived coercion, minimizing the need for coercive strategies, engaging high-risk clients and reducing inpatient bed use. These findings are compared with other studies in this area. The authors also argue that there is a need for greater transparency in the way that practitioners use coercive measures and more explicit guidance is required in this crucial area of mental health practice.