977 resultados para Kilburn Brothers
Resumo:
As narrativas Dois irmãos e Órfãos do Eldorado, de Milton Hatoum, estão cercadas pelo ambiente dos rios, espaço fluido, aquoso, profundo, que representa o limite entre a vida e a morte. O rio, cenário mítico, simbólico para o material ficcional das narrativas, metaforicamente também pode ser entendido como o lugar mais íntimo e profundo do ser, onde os personagens são levados a uma imersão, um voltar-se para si mesmo. Espaço de transcendência, permitida pelo mergulho na memória, que, assim como os rios, é dinâmica, instável, fluida. Temos nos livros de Hatoum narradores em primeira pessoa que se dedicam a recompor os fios dos tempos através de relatos, num processo solitário, por vias da memória. Eles fazem um mergulho no íntimo do homem e descobrem sua condição humana, frágil. Num trabalho de catarse e de autorreflexão, alimentado pela memória, eles se descobrem estranhos a si mesmos, uma vez que, ao reconstruir a própria história, o sujeito está calcado no momento presente. O eixo temporal da narração é, desse modo, presente-passado. Nesse sentido, há importância em compreendermos que a memorização exige estratégias. Os contos, os ritos, os mitos, as fábulas fazem parte desse conjunto de estratégias, que, através de imagens e símbolos, transmitem, de geração em geração, a realidade de um povo, em tempo e espaço diferentes. É verdade que os narradores de Dois irmãos e Órfãos do Eldorado contam histórias particulares, mas eles o fazem se valendo dos elementos de que a memória individual e coletiva dispõem, memórias estas permeadas pelo ambiente em que estão inseridos. Entendemos, portanto, que estudar a memória é estudar a cultura e a história vivida de cada sujeito e de seus grupos. Quando se entende que a memória de um indivíduo é também a de sua região e dos grupos de que faz parte, considera-se o processo memorialístico como uma construção coletiva. Isso significa que a memória individual é parte da memória coletiva. Desse modo, nos textos estudados, é pelo viés da memória que se entrelaçam espaços e tempos num lugar em que o rio se coloca entre os mundos narrados
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Longline fisheries have grown throughout the world’s oceans for more than 40 years. This type of fisheries has captured high-quality fish (mature individuals rather than unwanted juveniles), has had minimal destructive effects on bottom habitats, and has produced a low bycatch of nontargeted fish (Brothers et al., 1999). Seabirds, however, are hooked accidentally when they swallow or are snagged on the baited hooks set by commercial longline crews (Brothers, 1991; Barnes et al., 1997; Tasker et al., 2000; Belda and Sanchez 2001; Jahncke et al., 2001
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Trata-se de uma pesquisa qualitativa que buscou descrever e analisar a vivência do pai no trabalho de parto, parto e pós-parto de seu filho e discutir as repercussões advindas com essa vivência em sua vida conjugal e familiar. Foram entrevistados 24 homens-pais, aleatoriamente, dentre aqueles que estavam presentes no momento das consultas/atividades de puericultura de seus filhos, realizadas em quatro centros municipais de saúde do município do Rio de Janeiro e que participaram do processo de parturição de sua companheira. Para coleta de dados foi utilizada a entrevista semi-estruturada na qual se investigou condições sócio demográficas e aspectos relativos à sua vivência no parto. Para análise dos dados, foi utilizada a Análise Temática. Emergiram um tema (A vivência do pai no parto) e quatro subtemas: sentimentos, sensações e emoções paterna, a importância da presença paterna e as repercussões na vida do pai: conjugal e familiar. Os resultados revelaram que o parto foi para os pais um momento único com mistura de sentimentos. Outros se sentiram úteis por terem conseguido oferecer suporte emocional. Sua presença foi vista por eles mesmos como fundamental, seja por desejo da mulher, seja por decisão do casal. Mostraram ainda a existência de um novo modelo de pai, que se preocupa com o sustento de sua nova família e está à disposição para cooperar nas tarefas domésticas. Ressalta-se que a figura do pai provedor ainda se faz presente. Destaca-se a preocupação dos pais para não prejudicar a equipe e os procedimentos médicos no momento do parto. A vivência do pai no parto mudou o imaginário social da figura da mulher, mãe de seu filho, tornando-a mais corajosa, mais forte e até mais bonita aos olhos desse homem. Para outros, sua presença trouxe uma aproximação na relação conjugal, uma demonstração de que agora ele é um homem de confiança. Considera-se urgente uma reavaliação dos profissionais de saúde sobre a presença e preparação do pai durante todo o processo de nascimento. Na vida familiar, os resultados mostraram que os pais não souberam retratar como esta vivência afetou os membros, ditos por eles, como família. Principalmente aqueles que enumeraram pais, irmãos e enteados como integrantes. Nesse sentido, ressalta-se a importância de uma efetiva preparação dos pais para as transformações que uma vivência do parto repercute em todos os campos de sua vida.
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Leitura da narrativa O estrangeiro, de Albert Camus, e da narrativa fílmica O homem que não estava lá, dos irmãos Ethan Coen e Joel Coen, com vistas a propor uma reflexão literária sobre o desconcerto do sujeito num mundo de solidão, indiferença e nonsense existencial. Oriundas do esmaecimento de qualquer sentimento diante da inexorabilidade da consciência da finitude, pelo comparatismo e com apoio no conceito de intertextualidade, são passadas em revista as trajetórias contingentes de Ed Crane − protagonista da obra cinematográfica − e Meursault, personagem central do romance camusiano. Luz e sombra potencializam a aterradora atmosfera de absurdo na qual se desequilibra Ed Crane, em sua existência obscura, em contraponto com a claridade reinante no percurso de Meursault. Ambos os personagens são condenados pela sociedade, de maneira insólita e definitiva, por intermédio de textos que denunciam, outrossim, a engrenagem trágica do sistema judiciário, permitindo-nos conectar os citados personagens, Plume Um certo Plume, de Henri Michaux e Joseph K. angústia errante engendrada por Franz Kafka em O processo
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A busca do homem pela reprodução do movimento através das imagens é antiga. Tão antiga que é difícil fixar uma data para marcar a invenção do cinema. Para a indústria cinematográfica comercial, no entanto, esse marco costuma ser definitivo: o dia 28 de dezembro de 1895, por ocasião da primeira exibição pública paga de filmes dos Irmãos Lumiére com seu cinematógrafo. Mas o que parece ser inaugurado aí não é simplesmente uma técnica ilusória de reprodução do movimento, e sim um conceito de espetáculo que se sedimentou durante os dez ou vinte anos seguintes. Graças a interesses econômicos e ideológicos, o cinema passou de um exercício de escrita do movimento com a luz, para uma gramática muito bem sedimentada e padronizada. Junto com esse modelo de narrativa, determinou-se também a situação-cinema. Nela, o público é submetido a uma arquitetura de espectação estanque, que favorece a inatividade motora e a concentração na obra em detrimento da interação social e de uma postura participativa do espectador. Desde o surgimento da televisão e da videografia, porém, essa situação-cinema vem sendo contestada. Com essas novas tecnologias, seguidas pelo advento dos aparatos digitais, o audiovisual deixou de estar confinado às salas escuras, poltronas confortáveis e telas brancas. Todo e qualquer ambiente passou a ser uma paisagem de exibição audiovisual em potencial. Essa ruptura, por suas características estéticas, sociais, culturais, acabou encontrando na arte um campo de expansão. Ao longo dos últimos sessenta anos, a quantidade de aparelhos audiovisuais em circulação, portáteis, interativos só cresce. O resultado é que o audiovisual se tornou nosso principal meio para trocas de informações de toda ordem textual, visual, sonora etc. No seu dia-a-dia, o ser humano transita velozmente entre espaço físico e ciberespaço sem qualquer constrangimento. A materialidade é sempre um estímulo para acessar a virtualidade e vice-versa. Diante desse contexto cultural contemporâneo, de onipresença do audiovisual e de permanente troca entre essas duas janelas, é que este trabalho se posiciona. A busca aqui é por desvendar o ponto em que as duas dimensões de espaço e tempo se tangenciam e se mesclam. Deixam de ser ou para se tornar e. O pano de fundo para esse mergulho é justamente um exercício de exploração da potencialidade estética e criativa da exibição audiovisual entre todos os seus elementos constitutivos, incluindo aí o espectador participador. Assim se criam os cinemas para paisagens
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Nesta pesquisa, elegemos Alma Infantil (1912) como fonte e objeto de estudo: obra escrita pela poetisa Francisca Júlia da Silva em parceria com seu irmão, o também poeta Júlio César da Silva. A pesquisa busca evocar o cenário literário escolar do entresséculos (XIX-XX) e do início do século XX, em suas particularidades, coordenando o projeto político e pedagógico que conformava as escolas no período com os temas, autores e textos que circulavam nas salas de aula, sobretudo no estado de São Paulo, onde se verifica, no período, a maior incidência de planos e ações pedagógicas. Temos por finalidade exprimir as relações entre Alma Infantil e alguns projetos de nação propostos pelo governo na Primeira República (1889-1930). Alma Infantil, publicado pela Livraria Editora Magalhães no início do século XX é livro para uso escolar, mais especificamente, livro de leitura suplementar. Este material, assim como muitos outros, estava comprometido com a moral e a ordem cívica dos primeiros anos do novo regime, com a exaltação à natureza, aos animais e às riquezas naturais do país, conforme a análise dos poemas indica. O livro dos irmãos Silva, em seus 48 poemas e quatro hinos, apresenta linguagem acessível e adaptada à leitura da criança, de fácil compreensão, conformados por um conceito de moral notoriamente verificado. Em grande parcela dos poemas, encontramos referências a uma linguagem leve, descompromissada com a rigidez e culto à forma diferentemente da que o exaltava. Outrossim, a presença dos hinos em Alma Infantil demarca ainda mais esta unidade patriótica a que o Brasil se propunha compor no entresséculos. Os temas dos hinos estudo, escola, trabalho, pátria - alinham os ideais republicanos de ordem, trabalho e progresso que vigorava no Brasil naquele momento. Sendo assim, através da pesquisa histórica que resultou neste texto, podemos afirmar por meio de análise textual e documental que Alma Infantil é obra confeccionada para uso escolar, como sua própria capa o diz, e mais, é uma legítima amostra do maquinário político educacional dos primeiros anos do regime republicano neste país.
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Spectroscopic factors have been extracted for proton-rich Ar-34 and neutron-rich Ar-46 using the (p, d) neutron transfer reaction. The experimental results show little reduction of the ground state neutron spectroscopic factor of the proton-rich nucleus Ar-34 compared to that of Ar-46. The results suggest that correlations, which generally reduce such spectroscopic factors, do not depend strongly on the neutronproton asymmetry of the nucleus in this isotopic region as was reported in knockout reactions. The present results are consistent with results from systematic studies of transfer reactions but inconsistent with the trends observed in knockout reaction measurements.
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Single-neutron-transfer measurements using (p,d) reactions have been performed at 33 MeV per nucleon with proton-rich Ar-34 and neutron-rich Ar-46 beams in inverse kinematics. The extracted spectroscopic factors are compared to the large-basis shell-model calculations. Relatively weak quenching of the spectroscopic factors is observed between Ar-34 and Ar-46. The experimental results suggest that neutron correlations have a weak dependence on the asymmetry of the nucleus over this isotopic region. The present results are consistent with the systematics established from extensive studies of spectroscopic factors and dispersive optical-model analyses of Ca40-49 isotopes. They are, however, inconsistent with the trends obtained in knockout-reaction measurements.
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In celebration of the 250th anniversary of the birth of Charles Carroll of Carrollton, Archaeology in Annapolis was invited to excavate the Carroll House and garden on 107 Duke of Gloucester Street in Annapolis, Maryland. The site, named the St. Mary's Site (18AP45) for the Catholic church on the property, is currently owned by the Redemptorists, a Roman Catholic congregation of priests and brothers who have occupied the site since 1852. Prior to the Redemptorists' tenure, the site was owned by the Carroll family from 1701-1852 and is perhaps best known as the home of Charles Carroll of Carrollton (1737-1832), signer of the Declaration of Independence. Excavations at the site were conducted during four consecutive summer seasons from 1987-1990. The investigation focused on three research questions. The first line of inquiry were questions surrounding the dating, architectural configuration, and artifact deposits of the "frame house," a structure adjoining the west wall of the brick Carroll House via a "passage" and later a three story addition. The frame house was partially demolished in the mid-nineteenth century but the construction was thought to pre-date the brick portion of the house. The second research question was spurred by documentary research which indicated that the property might have been the location of Proctor's Tavern, a late 17th-century tavern which served as the meeting place of the Maryland Provincial Assembly. Archaeological testing hoped to determine its location and, if found, investigate Annapolis' early Euro-American occupation. The third research question focused on the landscape of the site as it was shaped by its occupants over the past three hundred years. The research questions included investigating the stratigraphy, geometry, and architectural and planting features of Charles Carroll of Carrollton's terraced garden built during the 1770s, and investigating the changes to the landscape made by the Redemptorists in the nineteenth and twentieth centuries. While no structural evidence associated with Proctor’s Tavern was uncovered during limited excavations along Spa Creek, the historic shore of Spa Creek was identified, buried beneath deep fill deposits laid down during construction of the Carroll Garden. Features and deposits associated with this period likely remain intact in a waterlogged environment along the southeastern sea wall at the St. Mary’s Site. Evidence of extensive earth moving by Carroll is present in the garden and was identified during excavation and coring. This strongly suggests that the garden landscape visible at the St. Mary’s Site is the intact Carroll Garden, which survives beneath contemporary and late nineteenth century strata. The extant surviving garden should be considered highly sensitive to ground-disturbing activities, and is also highly significant considering demonstrable associations with the Carroll family. Other garden-related features were also discovered, including planting holes, and a brick pavilion or parapet located along Spa Creek to the south of the site. The Duke of Gloucester Street wall was shown to be associated with the Carroll occupation of the site. Finally, intensive archaeological research was directed at the vicinity of a frame house constructed and occupied by the Carrolls to the east of the existing brick house, which was replaced by the Redemptorists in the nineteenth century with a greenhouse. These superimposed buildings were documented in detail and remain highly significant features at the St. Mary’s Site.
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The Art Workers Guild, brother body to the SPAB and once presided over by William Morris and his followers, is 125 years old this year. Alan Powers looks back over its history, and sheds light on the characters and common bonds between the two bodies – while present Brothers of the Guild are pictured at work by photographer Lara Platman for new book to mark the event.
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This article shows the influence that journalistic genres had on the first organisation of communication studies in Spain as well as the role they remain to play in the teaching of journalism. A review is done starting from the origins of the didactics of genres, continuing with the role of genres in the beginning of regulated studies of journalism, and finalising with an analysis of their place in present education programmes which reveals that practical and theoretical knowledge of the genres are still a main objective in the training of future journalists in Spain.
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The journalistic boom that occurred in Argentina from the second half of the nineteenth century saw the emergence of an active afroporteña press that defend the interests of the black community. This paper, in addition to reviewing the history of the Afro-Argentines newspapers, emphasizes the role played by the elite of African descent in the promotion of modernity among his brothers, while exploring the possible bases for an identity in the ideas spread.
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Kin selection models of intracolonial conflict over the maternity of males predict that social hymenopteran workers should favour the production of sons and nephews over brothers when the effective mating frequency (me) of the queen is low (me2. Stingless bees have been used to support these models in that me within the group is considered low and workers are thought often to monopolise the parentage of males. We genetically analysed 20 worker and 20 male pupae from each of 10 colonies of the stingless bee Scaptotrigona postica (= Scaptotrigona aff. depilis) using six microsatellite loci and demonstrate queen monandry in eight nests and apparent low me in the other two. However, four colonies contained an additional matriline, possibly due to queen supersedure (serial polygyny), which complicated their genetic structure. Across colonies, workers were responsible for the maternity of 13% of all males. These data are broadly in agreement with predictions from kin selection theory, though the question remains open as to why workers do not secure a greater share of male maternity in this and other stingless bee species in which workers are more closely related to nephews than brothers.
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The intention of this article is not to affirm, but rather to question wether it is possible to speak of a loss of the ability to gaze in the context of the nineteenth century and especially in the context of the fin de siècle, in the bosom of the epistemological crisis that beset the Turn of the Century. And very especially, this article tries to question about the impact this crisis had, perhaps, in the birth of cinema. Is in this context that arises the work of Marey and the advent of the cinematograph of the Lumière brothers in the fin de siècle Europe, both of them showing a deep faith in a mechanical apparatus that would allow the redemption of a battered gaze. And it seems to be a dream that continues over time through the tradition of shooting the everyday life.