896 resultados para Henríquez Ureña, Pedro, 1946-1996


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O objetivo dessa tese é aprofundar, a partir do discurso pós-colonial, uma crise na perspectiva teológica da libertação. Esta promoveu, na década de 1970, uma reviravolta nos estudos teológicos no terceiro mundo. Para tanto, leremos um conto de Gabriel García Márquez chamado “El ahogado más hermosodel mundo” (1968) analizando e avaliando as estratégias políticas e culturais ali inscritas. Para levar a frente tal avaliação é preciso ampliar o escopo de uma visão que divide o mundo em secular/religioso, ou em ideias/práticas religiosas e não religiosas, para dar passo a uma visão unificada que compreende a mundanalidade, tanto do que é catalogado como ‘religioso’ quanto do que se pretende ‘não religioso’. A teologia/ciências da religião, como discurso científico sobre a economia das trocas que lidam com visões, compreensões e práticas de mundo marcadas pelo reconhecimento do mistério que lhes é inerente, possuem um papel fundamental na compreensão, explicitação, articulação e disponibilização de tais forças culturais. A percepção de existirem elementos no conto que se relacionam com os símbolos sobre Jesus/Cristo nos ofereceu um vetor de análise; entretanto, não nos deixamos limitar pelos grilhões disciplinares que essa simbologia implica. Ao mesmo tempo, esse vínculo, compreendido desde a relação imperial/colonial inerente aos discursos e imagens sobre Jesus-Cristo, embora sem centralizar a análise, não poderia ficar intocado. Partimos para a construção de uma estrutura teórica que explicitasse os valores, gestos, e horizontes mundanos do conto, cristológicos e não-cristológicos, contribuindo assim para uma desestabilização dos quadros tradicionais a partir dos quais se concebem a teologia e as ciências da religião, a obra de García Márquez como literatura, e a geografia imperial/colonial que postula o realismo ficcional de territórios como “América Latina”. Abrimos, assim, um espaço de significação que lê o conto como uma “não-cristologia”, deslocando o aprisionamento disciplinar e classificatório dos elementos envolvidos na análise. O discurso crítico de Edward Said, Homi Bhabha e GayatriSpivak soma-se à prática teórica de teólogas críticas feministas da Ásia, da África e da América Latina para formular o cenário político emancipatório que denominaremos teologia crítica secular.

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Essa pesquisa objetiva a análise da relação entre religião e política, em perspectiva de gênero considerando a atuação de parlamentares evangélicos/as na 54ª Legislatura (de 2011 a 2014) e a forma de intervenção desses atores no espaço político brasileiro quanto à promulgação de leis e ao desenvolvimento de políticas públicas que contemplem, dentre outras, a regulamentação do aborto, a criminalização da homofobia, a união estável entre pessoas do mesmo sexo e os desafios oriundos dessa posição para o Estado Brasileiro que se posiciona como laico. Ora, se laico remete à ideia de neutralidade estatal em matéria religiosa, legislar legitimado por determinados princípios fundamentados em doutrinas religiosas, pode sugerir a supressão da liberdade e da igualdade, o não reconhecimento da diversidade e da pluralidade e a ausência de limites entre os interesses públicos / coletivos e privados / particulares. Os procedimentos metodológicos para o desenvolvimento dessa pesquisa fundamentam-se na análise e interpretação bibliográfica visando estabelecer a relação entre religião e política, a conceituação, qualificação e tipificação do fenômeno da laicidade; levantamento documental; análise dos discursos de parlamentares evangélicos/as divulgados pela mídia, proferidos no plenário e adotados para embasar projetos de leis; pesquisa qualitativa com a realização de entrevistas e observações das posturas públicas adotadas pelos/as parlamentares integrantes da Frente Parlamentar Evangélica - FPE. Porquanto, os postulados das Ciências da Religião devidamente correlacionados com a interpretação do conjunto de dados obtidos no campo de pesquisa podem identificar o lugar do religioso na sociedade de forma interativa com as interfaces da laicidade visando aprofundar a compreensão sobre a democracia, sobre o lugar da religião nas sociedades contemporâneas e sobre os direitos difusos, coletivos e individuais das pessoas.

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A presente pesquisa analisou a posição e ação política nas Assembleias de Deus do Brasil nos períodos 1930-1945 e 1978-1988. Defendemos a tese de que desde 1930 há no interior do pentecostalismo brasileiro posições e intervenções no mundo da política. Tanto no período de 1930-1945 como o de 1978-1988 nossas análises serão realizadas a partir das temporalidades discutidas por Giorgio Agamben: chronos, aiôn e kairos. No que diz respeito ao primeiro período 1930-1945, as pesquisas quase sempre vinculam o discurso escatológico do pentecostalismo a processos de alienação e não envolvimento com a política partidária. Entretanto, acredita-se que as narrativas escatológicas não foram causa de certo afastamento da esfera pública brasileira, mas sim efeito de processos de exclusão aos quais homens e mulheres de pertença pentecostal estiveram circunscritos. Doutrinas como a escatologia e a pneumatologia foram potencializadoras de processos que aqui denominamos de biopotência. Já no segundo período, de 1978-1988, a posição e a ação política que predominaram no pentecostalismo estiveram relacionadas com a biopolítica. Chamamos de capítulo intermedário ou de transição o período correspondente às datas 1946-1977. Nele descreveremos e analisaremos personalidades pentecostais de destaque no campo da política brasileira. Metodologicamente, fizemos nossa análise a partir de artigos publicados no órgão oficial de comunicação da denominação religiosa em questão, o jornal Mensageiro da Paz. Esse periódico circula desde 1930. Além dos artigos, destacamos também as autoras e os autores, todas elas e todos eles figuras de destaque no assembleianismo. Ao longo da pesquisa questionamos a ideia do apoliticismo pentecostal. Defendemos a tese de que desde 1930, que é o início de nossa pesquisa, há posição e ação política nas Assembleias de Deus. Como resultado disso, questionamos a ideia do apoliticismo pentecostal. Nossa hipótese é de que no período 1930-1945 o pentecostalismo foi um polo de biopotência. Se a biopolítica é o poder sobre a vida, a biopotência é o poder da vida. Doutrinas como a escatologia e pneumatologia contribuíram para que nos espaços marginais onde se reuniam os pentecostais fossem criados novos modelos de sociabilidade e de cooperação; eram também espaços de criação de outras narrativas e de crítica a modelos hegemônicos e excludentes. O pentecostalismo foi um movimento que promoveu a dignidade humana de sujeitos subalternos.

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A presente dissertação analisa como o Partido Social Cristão (PSC), ao longo do tempo, se apropriou da identidade religiosa de seus atores políticos que na sua maioria são membros da Frente Parlamentar Evangélica, os quais defendem no espaço público a “família tradicional”, em detrimento da pluralidade de arranjos familiares na contemporaneidade. Para explicitar o objeto - “família tradicional” e PSC -, foi necessário retroceder no tempo e investigar na historiografia os primórdios da inserção dos evangélicos na política brasileira. Em vista disso, analisamos a participação dos evangélicos nos respectivos períodos do Brasil: Colônia, Império e República. A dificuldade da entrada de evangélicos na política partidária, dentre outros fatores, se deve àinfluência do catolicismo no Estado. Assim sendo, averiguamos em todas as Constituições (1824, 1891, 1934, 1937, 1946, 1967, 1969 e 1988) o que a mesma diz no que tange a proibição e a liberdade religiosa no país. Logo, verificamos entre as Eras Vargas e República Populista, que ocorreu com intensidade a transição do apoliticismo para o politicismo entre os evangélicos brasileiros, porém, eles não recebiam o apoio formal de suas igrejas. Em seguida, a participação dos evangélicos na arena política durante a ditadura militar foi investigada com destaque para o posicionamento de vanguarda da IECLB, através do Manifesto de Curitiba e, também com a presença de parlamentares evangélicos no Congresso Nacional. A politização pentecostal é ressaltada em nosso trabalho, através do pioneirismo de Manoel de Mello e, depois na Redemocratização quando as instituições evangélicas se organizaram para eleger seus candidatos à Assembleia Nacional Constituinte. E, com o fim do regime militar, o PSC surge como partido “nanico”, contudo, deixa o anonimato e ganha visibilidade midiática quando o pastor e deputado, Marco Feliciano, assume a presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias, em 2013. Esse é o pano de fundo histórico que projetou o PSC e seus atores no pleito de 2014 com o mote “família tradicional”.

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A novel thermodynamic approach to the reversible unfolding of proteins in aqueous urea solutions has been developed based on the premise that urea ligands are bound cooperatively to the macromolecule. When successive stoichiometric binding constants have values larger than expected from statistical effects, an equation for moles of bound urea can be derived that contains imaginary terms. For a very steep unfolding curve, one can then show that the fraction of protein unfolded, B̄, depends on the square of the urea concentration, U, and is given by \documentclass[12pt]{minimal} \usepackage{amsmath} \usepackage{wasysym} \usepackage{amsfonts} \usepackage{amssymb} \usepackage{amsbsy} \usepackage{mathrsfs} \setlength{\oddsidemargin}{-69pt} \begin{document} \begin{equation*}\bar {B}=\frac{{\mathit{A}}^{{\mathit{2}}}_{{\mathit{1}}}{\mathit{e}}^{{\mathrm{{\lambda}}}n\bar {B}}{\mathit{U}}^{{\mathit{2}}}}{{\mathrm{1\hspace{.167em}+\hspace{.167em}}}{\mathit{A}}^{{\mathrm{2}}}_{{\mathrm{1}}}{\mathit{e}}^{{\mathrm{{\lambda}}}\bar {B}}{\mathit{U}}^{{\mathrm{2}}}}{\mathrm{.}}\end{equation*}\end{document} A12 is the binding constant as B̄→ 0, and λ is a parameter that reflects the augmentation in affinities of protein for urea as the moles bound increases to the saturation number, n. This equation provides an analytic expression that reproduces the unfolding curve with good precision, suggests a simple linear graphical procedure for evaluating A12 and λ, and leads to the appropriate standard free energy changes. The calculated ΔG° values reflect the coupling of urea binding with unfolding of the protein. Some possible implications of this analysis to protein folding in vivo are described.

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Inclui notas explicativas e bibliografia.

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Inclui bibliografia.

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Urea (200-400 milliosmolar) activates transcription, translation of, and trans-activation by the immediate-early gene transcription factor Egr-1 in a renal epithelial cell-specific fashion. The effect at the transcriptional level has been attributed to multiple serum response elements and their adjacent Ets motifs located within the Egr-1 promoter. Elk-1, a principal ternary complex factor and Ets domain-containing protein, is a substrate of the extracellular signal-regulated kinase (ERK) mitogen-activated protein kinases. In the renal medullary mIMCD3 cell line, urea (200-400 milliosmolar) activated both ERK1 and ERK2 as determined by in-gel kinase assay and immune-complex kinase assay of epitope-tagged] ERK1 and ERK2. Importantly, urea did not affect abundance of either ERK. Urea-inducible Egr-1 transcription was a consequence of ERK activation because the ERK-specific inhibitor, PD98059, abrogated transcription from the murine Egr-1 promoter in a luciferase reported gene assay. In addition, activators of protein kinase A, including forskolin and 8-Br-cAMP, which are known to inhibit ERK-mediated events, also inhibited urea-inducible Egr-1 transcription. Furthermore, urea-inducible activation of the physiological ERK substrate and transcription factor, Elk-1, was demonstrated through transient cotransfection of a chimeric Elk-1/GAL4 expression plasmid and a GAL4-driven luciferase reporter plasmid. Taken together, these data indicate that, in mIMCD3 cells, urea activates ERKs and the ERK substrate, Elk-1, and that ERK inhibition abrogates urea-inducible Egr-1 transcription. These data are consistent with a model of urea-inducible renal medullary gene expression wherein sequential activation of ERKs and Elk-1 results in increased transcription of Egr-1 through serum response element/Ets motifs.

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The renal urea transporter (RUT) is responsible for urea accumulation in the renal medulla, and consequently plays a central role in the urinary concentrating mechanism. To study its cellular and subcellular localization, we prepared affinity-purified, peptide-derived polyclonal antibodies against rat RUT based on the cloned cDNA sequence. Immunoblots using membrane fractions from rat renal inner medulla revealed a solitary 97-kDa band. Immunocytochemistry demonstrated RUT labeling of the apical and subapical regions of inner medullary collecting duct (IMCD) cells, with no labeling of outer medullary or cortical collecting ducts. Immunoelectron microscopy directly demonstrated labeling of the apical plasma membrane and of subapical intracellular vesicles of IMCD cells, but no labeling of the basolateral plasma membrane. Immunoblots demonstrated RUT labeling in both plasma membrane and intracellular vesicle-enriched membrane fractions from inner medulla, a subcellular distribution similar to that of the vasopressin-regulated water channel, aquaporin-2. In the outer medulla, RUT labeling was seen in terminal portions of short-loop descending thin limbs. Aside from IMCD and descending thin limbs, no other structures were labeled in the kidney. These results suggest that: (i) the RUT provides the apical pathway for rapid, vasopressin-regulated urea transport in the IMCD, (ii) collecting duct urea transport may be increased by vasopressin by stimulation of trafficking of RUT-containing vesicles to the apical plasma membrane, and (iii) the rat urea transporter may provide a pathway for urea entry into the descending limbs of short-loop nephrons.