136 resultados para Fibrilhação Auricular


Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

Introdução: A fibrilhação auricular é uma arritmia comum e com risco tromboembólico bem documentado, estando definidas nas recomendações internacionais indicações referentes ao uso de anticoagulantes orais. Existem, contudo, lacunas de informação nomeadamente no que se refere à duração dos episódios de fibrilhação auricular e sua relação com o risco de tromboembolismo. Esta questão tem particular interesse em doentes com dispositivos electrónicos cardíacos implantados com documentação contínua da duração de episódios de taquidisritmias auriculares, que são frequentemente curtos e assintomáticos. Material e Métodos: Foi feita uma análise crítica da evidência disponível sobre a relação da duração dos episódios de FA paroxística e a ocorrência de eventos embólicos, com base numa pesquisa na base de dados bibliográfica PubMed. Resultados: Foram selecionados oito artigos com abordagens diferentes no estudo deste tema; sete com recurso a monitorização cardíaca com dispositivos electrónicos cardíacos implantados (pacemakers, cardioversores-desfibilhadores implantáveis e ressincronizadores cardíacos) e um com base em registo de Holter. Metade destas publicações, correspondendo globalmente às maiores amostragens, aborda a questão do ponto de vista do somatório diário de episódios de fibrilhação auricular (carga diária) e não da duração de cada episódio. O risco tromboembólico aumenta gradualmente com a carga arrítmica, tendo sido demonstrado um aumento significativo do risco quando esta ultrapassa os cinco minutos num dia. Discussão: A formação de um trombo intracavitário, e consequente potencial embólico, é um processo dinâmico que resulta da interacção de várias condicionantes anatómicas e funcionais. O risco individual dependerá da interacção destes factores. A associação entre fenómenos embólicos e curtos períodos de fibrilhação auricular é inequívoca, apesar do mecanismo não ser óbvio, tendo em conta a discrepância frequentemente observada entre os períodos de fibrilhação auricular e os eventos clínicos. Conclusões: O risco de eventos tromboembólicos aumenta significativamente mesmo para períodos curtos de fibrilhação auricular (≥ cinco minutos de fibrilhação auricular em um dia), apesar da relação causa-efeito não estar definida. A decisão final sobre o recurso à anticoagulação oral deve basear-se na avaliação clínica individualizada.

Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

A Fibrilhação Auricular é uma alteração do ritmo cardíaco designada por arritmia. Esta patologia é considerada a forma de arritmia mais frequentemente observada na prática clínica e que constitui uma importante causa de morbilidade pelo risco inerente de desenvolvimento de AVC. Em 2010 foi realizado um estudo epidemiológico na população Portuguesa com o objectivo determinar a prevalência de Fibrilhação Auricular na população portuguesa com idade igual ou superior a 40 anos, sob o acrónimo de FAMA. Os dados publicados indicaram uma estimativa de prevalência de 2,5%, com um aumento da prevalência em função da classe etária. A nível regional não foram observadas diferenças na taxa de prevalência. Estudos de mapeamento de doenças mostraram que a determinação de taxas de prevalência por região, quando o número de casos observados é relativamente baixo, apresentam sobredispersão e, consequentemente, uma falta de precisão nas estimativas obtidas através um método frequencista clássico. A utilização de modelos Bayesianos hierárquicos no mapeamento de doenças tem apresentado vantagem na estimação de valores de risco da doença comparativamente à abordagem clássica. Assim, é objectivo deste trabalho determinar a prevalência de Fibrilhação Auricular na população Portuguesa por região, ao nível da NUTS III, usando modelos hierárquicos Bayesianos. Os dados utilizados neste estudo são os dados referentes ao estudo FAMA, pós-estratificados para correcção dos ponderadores. O modelo Bayesiano proposto por Besag, York e Mollié (1991) foi usado para modelar os dados, covariando para a idade e índice de massa corporal. A revisão do desenho do estudo e o recálculo dos ponderadores foi realizado com recurso ao software R, survey, e a análise Bayesiana efectuada através do WinBugs. iii Os resultados deste estudo demonstram que o uso de modelos Bayesianos são uma melhor opção para a estimação de valores risco relativo e prevalência da doença. Contudo, a utilização de covariáveis não resultou numa melhoria considerável ao contrário do que seria esperado. Conclui-se que a Fibrilhação Auricular apresenta variações regionais significativas, a nível de NUTS III, que não devem ser desvalorizadas na determinação de políticas de saúde pública para controle da doença.

Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

Trabalho Final do Curso de Mestrado Integrado em Medicina, Faculdade de Medicina, Universidade de Lisboa, 2014

Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

Objetivo: Verificar se os benefícios da TRC nos pacientes em FA são semelhantes aos benefícios nos pacientes em RS. População e Métodos: Estudaram-se 397 pacientes (137 em FA e 260 em RS), com ICC refratária à terapêutica médica, nos quais foi implantado um sistema para TRC, em 4 centros distintos. Incluíram-se os pacientes que, antes do procedimento, apresentavam FEVE ≤ 35% e perturbação da condução, com um QRS≥ 120ms e estivessem em Classe NYHA II a IV. Foram recolhidos os dados relativos às diversas características clínicas, eletrocardiográficas e ecocardiográficas dos pacientes antes da implantação e após o período de seguimento. Registaram-se ainda o número de internamentos por descompensação de IC, mortes e de MACE, ocorridos no período de seguimento. Avaliou-se a ocorrência de resposta ecocardiográfica e clínica (melhoria ≥ 1 classe NYHA). Resultados: Ambos os grupos apresentaram melhorias significativas e comparáveis a nível ecocardiográfico na remodelagem inversa e função ventricular e a nível clínico na classe funcional NYHA. Os pacientes com RS apresentaram redução significativa nos internamentos e maior sobrevida. Nos pacientes em FA, observou-se uma maior ocorrência de MACE. Quando se procedeu a ablação NAV nos pacientes em FA, obteve-se uma sobrevida para mortalidade total comparável à do RS. Por análise univariada, a presença de FA, a ausência de ablação NAV, género masculino, história familiar de morte súbita são preditores de mortalidade total e MACE. A história familiar de morte súbita e a HTP foram preditores de morte cardíaca. Na análise multivariada, apenas a idade, presença de FA, FEVE e NYHA pós-TRC foram preditores de mortalidade total. Os preditores de mortalidade cardíaca foram a FEVE, NYHA e diâmetro TD do VE pós-TRC. A FEVE e o diâmetro e volumes telesistólicos após a TRC revelaram-se capazes de predizer a resposta clínica pela melhoria da classe funcional NYHA Conclusão: Os pacientes em FA submetidos a TRC têm uma sobrevida semelhante aos pacientes em RS, se forem submetidos a ablação NAV. Porém, os benefícios na capacidade funcional e a nível ecocardiográfico são semelhantes aos pacientes em RS, independentemente da preseça da ablação NAV.

Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

Introdução: A insuficiência cardíaca (IC) e a fibrilhação auricular (FA) coexistem frequentemente e estão associadas a elevada morbilidade e mortalidade. O impacto da terapia de ressincronização cardíaca (TRC) nestes doentes é incerto. Também a influência da ablação auriculoventricular (AV) continua por esclarecer. Objetivo: Combinar os resultados da melhor evidência científica de forma a comparar os efeitos da TRC em doentes com IC em FA e em ritmo sinusal (RS) e determinar a influência da ablação AV no grupo de doentes em FA. Métodos: A pesquisa realizou-se nas bases de dados eletrónicas da PubMed, B-On e CENTRAL e de forma manual, incluindo ensaios clínicos controlados randomizados e estudos de coorte até novembro de 2012. Analisou-se a mortalidade total e cardiovascular e a resposta à TRC. Resultados: Foram incluídos 19 estudos que envolveram 5324 pacientes: 1399 em FA e 3925 em RS. O grupo com doentes em FA apresenta maior risco de mortalidade total, comparativamente ao grupo de doentes em RS (OR = 1,69; IC 1,20–2,37, p = 0,002). Não foram verificadas diferenças estatisticamente significativas quanto à mortalidade cardiovascular (OR = 1,36, IC 0,92–2,01, p = 0,12). A não resposta à TRC foi maior no grupo em FA (OR = 1,41; IC 1,15–1,73; p = 0,001). Entre os indivíduos em FA, a ablação do nódulo auriculoventricular foi associada à redução da mortalidade total (OR = 0,42; IC 0,22–0,80; p = 0,008), mortalidade cardiovascular (OR = 0,39; IC 0,20–0,75; p = 0,005) e número de não respondedores à TRC (OR = 0,30; IC 0,10–0,90; p = 0,03). Conclusão: A presença de FA está associada a maior probabilidade de morte por todas as causas e de não resposta à TRC, comparativamente aos doentes em RS. Contudo, um número significativo de doentes em FA beneficia da TRC. A ablação AV parece aumentar os benefícios da TRC nos doentes com FA.

Relevância:

70.00% 70.00%

Publicador:

Resumo:

Mestrado em Tecnologia de Diagnóstico e Intervenção Cardiovascular - Área de especialização: Intervenção Cardiovascular.

Relevância:

60.00% 60.00%

Publicador:

Resumo:

Tese de doutoramento, Medicina Clinica (Neurologia), Universidade de Lisboa, Faculdade de Medicina, 2014

Relevância:

60.00% 60.00%

Publicador:

Resumo:

INTRODUCTION AND OBJECTIVES:Recently, three novel non-vitamin K antagonist oral anticoagulants received approval for reimbursement in Portugal for patients with non-valvular atrial fibrillation (AF). It is therefore important to evaluate the relative cost-effectiveness of these new oral anticoagulants in Portuguese AF patients. METHODS: A Markov model was used to analyze disease progression over a lifetime horizon. Relative efficacy data for stroke (ischemic and hemorrhagic), bleeding (intracranial, other major bleeding and clinically relevant non-major bleeding), myocardial infarction and treatment discontinuation were obtained by pairwise indirect comparisons between apixaban, dabigatran and rivaroxaban using warfarin as a common comparator. Data on resource use were obtained from the database of diagnosis-related groups and an expert panel. Model outputs included life years gained, quality-adjusted life years (QALYs), direct healthcare costs and incremental cost-effectiveness ratios (ICERs). RESULTS:Apixaban provided the most life years gained and QALYs. The ICERs of apixaban compared to warfarin and dabigatran were €5529/QALY and €9163/QALY, respectively. Apixaban was dominant over rivaroxaban (greater health gains and lower costs). The results were robust over a wide range of inputs in sensitivity analyses. Apixaban had a 70% probability of being cost-effective (at a threshold of €20 000/QALY) compared to all the other therapeutic options. CONCLUSIONS:Apixaban is a cost-effective alternative to warfarin and dabigatran and is dominant over rivaroxaban in AF patients from the perspective of the Portuguese national healthcare system. These conclusions are based on indirect comparisons, but despite this limitation, the information is useful for healthcare decision-makers.

Relevância:

60.00% 60.00%

Publicador:

Resumo:

Orientação: Ana Mirco

Relevância:

60.00% 60.00%

Publicador:

Resumo:

AIMS: The aim of this study was to observe the percentage of thromboembolic and haemorrhagic events over a 2-year follow-up in patients with non-valvular atrial fibrillation (NVAF) undergoing closure of the left atrial appendage (LAA) with an occlusion device. Observed events and CHADS2 (congestive heart failure, hypertension, age, diabetes, stroke history), CHA2DS2-VASc (also adding: vascular disease and sex) and HAS-BLED (hypertension, abnormal liver/renal function, stroke history, bleeding predisposition, labile international normalised ratios, elderly, drugs/alcohol use)-predicted events were compared. METHODS: LAA closure with an occlusion device was performed in 167 NVAF patients contraindicated for oral anticoagulants and recruited from 12 hospitals between 2009 and 2013. At least two transoesophageal echocardiograms were performed in the first 6 months postimplantation. Antithrombotics included clopidogrel and aspirin. Patients were monitored for death, stroke, major and relevant bleeding and hospitalisation for concomitant conditions. Mean age was 74.68±8.58, median follow-up was 24 months, 5.38% had intraoperative complications and implantation was successful in 94.6% of subjects. Mortality during follow-up was 10.8%, mostly (9.5%) non-cardiac related. Bleeding occurred in 10.1% of subjects, 5.7% major and 4.4% minor though relevant, and 4.4% suffered stroke. Major bleeding and stroke/transient ischaemic attack events within 2 years (annual event rates, 290 patients/year) were less frequent than expected from CHADS2 (2.4% vs 9.6%), CHA2DS2-VASc (2.4% vs 8.3%) and HAS-BLED (3.1% vs 6.6%) risk scores (p<0.001, p=0.003, p=0.047, respectively). CONCLUSIONS: LAA closure with an occlusion device in patients contraindicated for oral anticoagulants is a therapeutic option associated with fewer thromboembolic and haemorrhagic events than expected from risk scores, particularly in the second year postimplantation.

Relevância:

60.00% 60.00%

Publicador:

Resumo:

Chronic kidney disease (CKD) and atrial fibrillation (AF) frequently coexist. However, the extent to which CKD increases the risk of thromboembolism in patients with nonvalvular AF and the benefits of anticoagulation in this group remain unclear. We addressed the role of CKD in the prediction of thromboembolic events and the impact of anticoagulation using a meta-analysis method. Data sources included MEDLINE, EMBASE, and Cochrane (from inception to January 2014). Three independent reviewers selected studies. Descriptive and quantitative information was extracted from each selected study and a random-effects meta-analysis was performed. After screening 962 search results, 19 studies were considered eligible. Among patients with AF, the presence of CKD resulted in an increased risk of thromboembolism (hazard ratio [HR] 1.46, 95% confidence interval [CI] 1.20 to 1.76, p = 0.0001), particularly in case of end-stage CKD (HR 1.83, 95% CI 1.56 to 2.14, p <0.00001). Warfarin decreased the incidence of thromboembolic events in patients with non-end-stage CKD (HR 0.39, 95% CI 0.18 to 0.86, p <0.00001). Recent data on novel oral anticoagulants suggested a higher efficacy of these agents compared with warfarin (HR 0.80, 95% CI 0.66 to 0.96, p = 0.02) and aspirin (HR 0.32, 95% CI 0.19 to 0.55, p <0.0001) in treating non-end-stage CKD. In conclusion, the presence of CKD in patients with AF is associated with an almost 50% increased thromboembolic risk, which can be effectively decreased with appropriate antithrombotic therapy. Further prospective studies are needed to better evaluate the interest of anticoagulation in patients with severe CKD.

Relevância:

20.00% 20.00%

Publicador:

Resumo:

Objectives: To evaluate the feasibility of a randomized-controlled trial (RCT) investigating the effects of adding auricular acupuncture (AA) to exercise for participants with chronic low-back pain (CLBP). Methods: Participants with CLBP were recruited from primary care and a university population and were randomly allocated (n=51) to 1 of 2 groups: (1) "Exercise Alone (E)"-12-week program consisting of 6 weeks of supervised exercise followed by 6 weeks unsupervised exercise (n=27); or (2) "Exercise and AA (EAA)"-12-week exercise program and AA (n=24). Outcome measures were recorded at baseline, week 8, week 13, and 6 months. The primary outcome measure was the Oswestry Disability Questionnaire. Results: Participants in the EAA group demonstrated a greater mean improvement of 10.7% points (95% confidence interval, -15.3,-5.7) (effect size=1.20) in the Oswestry Disability Questionnaire at 6 months compared with 6.7% points (95% confidence interval, -11.4,-1.9) in the E group (effect size=0.58). There was also a trend towards a greater mean improvement in quality of life, LBP intensity and bothersomeness, and fear-avoidance beliefs in the EAA group. The dropout rate for this trial was lower than anticipated (15% at 6 mo), adherence with exercise was similar (72% E; 65% EAA). Adverse effects for AA ranged from 1% to 14% of participants. Discussion: Findings of this study showed that a main RCT is feasible and that 56 participants per group would need to be recruited, using multiple recruitment approaches. AA was safe and demonstrated additional benefits when combined with exercise for people with CLBP, which requires confirmation in a fully powered RCT.

Relevância:

20.00% 20.00%

Publicador:

Resumo:

Evidence supports the use of exercise for chronic low back pain (CLBP); however, adherence is often poor due to ongoing pain. Auricular acupuncture is a form of pain relief involving the stimulation of points on the outer ear corresponding with specific body parts. It may be a useful adjunct to exercise in managing CLBP; however, there is only limited evidence to support its use with this patient group.

Relevância:

20.00% 20.00%

Publicador:

Resumo:

Introduction: Many cancer patients experience sleeping difficulties which can persist several years after the completion of cancer treatment. Previous research suggests that acupuncture, and variants of acupuncture (acupressure, auricular therapy) may be effective treatment options for sleep disturbance. However, current evidence is limited for cancer patients.

Methods: Feasibility study with 3 arms. Seven cancer patients with insomnia randomised to receive either auricular therapy (attaching semen vaccariae seeds to ear acupoints) (n=4), self-acupressure (n=1) or no treatment (n=2). Participants assigned to receive auricular therapy or self-acupressure stimulated the acupoints each night an hour before retiring to bed. The duration of participant involvement was 5 weeks. Subjective sleep quality was measured at baseline and post-treatment using the Pittsburgh Sleep Quality Index (PSQI). The impact of treatment on concerns of importance to the participants themselves was measured using the Measure Yourself Concerns and Wellbeing (MYCaW). Each participant also completed a treatment log book.

Results: All participants completed their treatment. All auricular therapy and self-acupressure participants recorded clinically significant improvements in global PSQI scores. In the auricular therapy arm mean global PSQI reduced from 12.5 at baseline to 8 following completion of treatment. In the self-acupressure arm PSQI reduced from 15 to 11. While in the no treatment arm the mean PSQI score was 14.5 at both baseline and follow up.

Conclusions: Despite the limited sample size, both auricular therapy and self-acupressure may represent potentially effective treatments for cancer patients with insomnia. The positive findings suggest further research is warranted into both treatment modalities.