970 resultados para Agustina Bessa-Luís


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A escrita da História, na obra de Agustina Bessa-Luís, é aqui encarada na óptica de uma “desconstrução” do discurso da História. Veremos como as ficções historiográficas desmantelam a imagem do « Portugal-super-homem » constitutiva da identidade nacional. É denunciado pela incidência do “insucesso” na História portuguesa, um processo cultural de «desdramatização», favorecendo a emergência do recalcado. Enfim, observaremos que para a autora, esta fragilidade identitária lusa se cristaliza à volta de figuras femininas, acrescentando-lhe uma dimensão política. Através destas mulheres exprime-se uma revolta que transcende as épocas e abala o discurso dominante.

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In the narrative A Quinta Essência Agustina Bessa-Luís proposes an original reading of the Portuguese postcolonial History, by reinvesting the topics of the intercultural relation and the meeting with the Other. In fact, in the troubled context of April 1974, the character of Jose Carlos Pessanha expatriates towards the East, more precisely towards Macao, one of the last Eastern colonies of the Portuguese colonial Empire. However, the characteristic of this tour of rediscovery of the East is that it makes the destiny of a character in search of himself coincide with the questioning of a country still looking for its own identity. Thus, in this voyage backwards into the Luso-Eastern History, the Author draws the portrait of a Nation-Empire split between the desire of incarnating this “genetic superiority of the Occident” and the fascination for the culture of the Other, symbolizing an “excess of otherness” (B. of Sousa Santos) in the Portuguese identity. Macao, will be the territory of an “entre-deux” and an intercultural circulation, as well as an emblematic ground to the expression of the “ambivalent and hybrid” position (colonizing/colonized) of Portugal in the Occident. As a consequence, the uncomfortable “non-inscription” (J. Gil) and the “nomadism” (Deleuze/Guattari) which characterizes José Carlos Pessanha, would be a reflection of yesterday’s and today’s Lusitanian epopee.

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Propomos analisar quatro ficções historiográficas de Agustina Bessa-Luís (Adivinhas de Pedro e Inês, A Monja de Lisboa, Eugénia e Silvina, O Concerto dos Flamengos), para demonstrar como abalam com os modos de representação do feminino na Historiografia. Com efeito, há um questionamento das “máscaras impostas” às mulheres através de uma sobreexposição dos papéis femininos autorizados na História (mãe, noiva, esposa), para depois favorecer a emergência de papéis paradoxais: vítima e monstro. Delineia-se então um lento percurso no feminino, desembocando sobre uma tomada de consciência e sobre actos radicais: o parricida. Os códigos da feminilidade são definitivamente transpostos por uma feminilidade ao mesmo tempo “inquietante” e “actuante”.

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The aim of this work is to analyse some of the main elements that constitute the originality and singularity of the literary production of the Portuguese writer Agustina Bessa-Luís, in order to reveal it's connection with an « écriture-femme ». The analyse of some historiographical metafictions which, by defenition, have a close link with canonic historical texts, allows us to understand that her narratives tend to a certain form of unreading of those texts, creating other texts and images of the past, inherent to the construction of a "Herstory". This characteristic writing in Agustina Bessa-Luís narratives reveals a female poetics expressing the recognition of female experience and gives also back History, and Literature, to women.

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Dissertação de Mestrado apresentada no Instituto Superior de Psicologia Aplicada para obtenção de grau de Mestre na especialidade de Psicologia Clínica

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Résumé : Cette étude cherche à déconstruire l’idée selon laquelle, dans l’œuvre de l’auteure Agustina Bessa-Luís, une caractérisation forte des personnages féminins conduit nécessairement à un effacement et à une absence de figures masculines fortes, ceci afin de démontrer que, la zone d’ombre dans laquelle ces hommes s’inscrivent, est symptomatique de ce que l’auteure définit comme le « refus d’un destin » au masculin. En effet, en dépeignant des personnages masculins fuyants et « borderline », l’auteure révèle chez ses personnages de papier un trouble dans le genre, lié à une « désorientation » résolument queer.   Mots-clés : Subversion/déconstruction, identités de genre, l’un/l’autre, Dandysme, queer.

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No seu romance, Adivinhas de Pedro e Inês, Agustina Bessa-Luís procura recuperar através de um trabalho intertextual, a experiência feminina de Inês de Castro para escrever uma História no feminino: uma “Herstory”. Com efeito, é a partir de uma “des-leitura” dos textos historiográficos, que ela consegue sublinhar a sua dimensão ideológica e normativa, inaugurando um processo de emancipação face aos cenários por eles legitimados. O recurso à intertextualidade com textos literários inicia uma tentativa de focalização sobre a personagem de Inês de Castro, ampliando a sua voz e centrando o texto nela. Emerge então um discurso eminentemente carnavalesco e polifónico que se opõe a uma forma de tradição de escrita logocêntrica e deixa aparecer a multiplicidade dos percursos femininos na História.

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Ines de Castro is a theme in literature from the fourteenth century. The historical fact of his death, in 1355, became a landmark in the history of Portugal and, since then, several literary texts from various genres, have dealt with this theme, this made the couple Pedro and Ines a myth of love passion, of love beyond the barriers of death, like Tristan and Isolde, Romeo and Juliet, Abelard and Heloise. The literary myth - or any picture that mythologize literature - is always prepared before culturally and works in the same way that so many others, this is, as an element of cultural identity, either collectively or individually, making it also a feature poetic. Thereby, is an archetype confirmed through time and eventually reveals a series of webs of the human psyche. Ines de Castro became the Portuguese myth of eternal love: she became queen after your dead. The persistence of the myth makes the love story of Pedro and Ines continue to produce texts of various literary genres. This study examines six contemporary historical novels, to show that the way actually this kind o novel does a new formulacion of Pedro e Ines mythical, because now it s different view likes the victim in Os lusiadas and other texts from the past. Collaborate to this news relacions between history and literature and a novelist's new stance in relation to historical facts that relate like reffering to novel. The intention is to show, through the novels chosen now Ines de Castro have different profiles than it had before in tradicional historic novels from the period of Romanticism and New Romanticism. Authored by Agustina Bessa-Luís, João Aguiar, António Cândido Franco, Seomara da Veiga Ferreira and Luis Rosa, the six novels studied show the circularity cultural of inesian myth showing this new character of the new person Ines in the contemporany historical novel

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A partir de dados tomados a duas narrativas portuguesas contemporâneas - a História do Cerco de Lisboa (1989), de José Saramago, e a Crónica do Cruzado Osb. (1976), de Agustina Bessa-Luís - investiga-se, neste estudo, a forma de aproveitamento, que neles se dá, da fonte histórica (o relato medieval do Cruzado Osberno), tendo o objetivo de, pela observação desta forma de relação entre o texto histórico e o texto literário, discutir questões mais amplas, concernentes aos imbricamentos de fato e ficção.Palavras-chave: Narrativa portuguesa contemporânea; história e ficção; ironia.

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Não, não é uma gracinha minha nem é engano. É apenas o título bem-disposto do último livro de Paulo Moreira. Publicado pela Lua de Marfim no passado mês de outubro, foi escrito há quase 30 anos, tendo sido distinguido, em 1987, na 1ª Mostra Portuguesa de Artes e Ideias. O júri de então, constituído por relevantes nomes da literatura portuguesa (Agustina Bessa-Luís, Dinis Machado, Maria Ondina Braga, Fernando Dacosta e José do Carmo Francisco), recomendou a sua publicação. A vida deu muitas voltas e só agora essa publicação – em boa hora – aconteceu.

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São nítidas na cinematografia do emblemático realizador português Manoel de Oliveira as influências de outras artes, nomeadamente da literatura. Com efeito, a adaptação literária é objeto de interesse do cineasta em diversas produções fílmicas dando origem a obras centradas sobre variadas temáticas, onde sobressai a figura feminina e os textos de Agustina Bessa-Luís. O envolvimento do realizador neste contexto de diálogo intertextual remonta às suas primeiras produções ficcionais (Aniki-Bobó, 1942) e permanece ao longo da sua vasta carreira cinematográfica. Estudar o registo filmográfico ficcional Oliveiriano é repensar questões relativas à adaptação literária e às suas particularidades. É, similarmente, refletir sobre o lugar da adaptação no cinema português e, ao mesmo tempo, equiparar o cineasta luso à constelação de realizadores paradigmáticos da história do cinema mundial que estabeleceram uma relação dialógica com fontes escritas. Com o propósito de sustentar a argumentação, a reflexão encontra-se ancorada em estudos de literatura e cinema e na teoria da adaptação. Partindo do vínculo dialogal entre literatura e cinema na obra de Manoel de Oliveira, o presente texto procura estabelecer uma reflexão acerca da adaptação literária e paralelamente relembrar as singularidades da transmutação fílmica dando destaque às diversas adaptações literárias de índole Oliveiriana que o cinema português tem testemunhado. A literatura no cinema de Oliveira contribui para testemunhar o elo positivo que historicamente tem ligado estas duas formas de expressão e oferece um exercício de releitura original destacando liberdade criativa e a independência que caracterizam Manoel de Oliveira.

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Arnoia, Arnoia, do escritor galego Xosé Luís Méndez Ferrín, recorre a estruturas literárias arquetípicas do Maravilhoso, ressignificando-as. O herói, diante de provações que vivencia, sai em viagem na busca de um lugar ideal, sendo acompanhado de um personagem e variados objetos mágicos. Um passeio pelas sendas de Arnoia, Arnoia obriga a reler criticamente elementos de construção literária que retomam a tradição mítica, em especial a céltica medieval, uma vez que a literatura galega tem recorrido, em muito, à cultura celta para expressar o seu imaginário. Arnoia, Arnoia traz para a contemporaneidade variados elementos próprios do Maravilhoso, valendo-se deles para construir novos sentidos. Dessa maneira, o insólito, pacificamente esperado e mesmo demandado no Maravilhoso, surpreende na narrativa ferriniana