984 resultados para 1926 - 1984


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Practices and Thought in Michel Foucault s Philosophy The present thesis examines Michel Foucault s (1926-1984) notion of practice and argues that it is an essential concept in his philosophy, especially in his analysis of knowledge, power and ethics. The thesis reveals a previously neglected chronological and methodological unity in Foucault s work. The first chapter clarifies Foucault s philosophy by outlining it according to four central themes. First, the main philosophical goal of his historical studies is to analyse how human subjects have become objects of their own thinking. Second, this goal calls for methodological precaution to avoid all anthropological universals. Third, Foucault s studies are directed towards fields of practices. Fourth, the analysis of practices is executed along three axes: knowledge, power and ethics. The second chapter concerns the notion of practice in Foucault s archaeological method. Foucault s archaeological analysis is not directed towards objects and subjects as such, but to the way that the rules of discursive practice form them in the discourse. Many commentators have neglected Foucault s concept of practice when discussing his ideas concerning rules of discourse and limits of knowledge. I argue that Foucault s analysis concerning the limits of knowledge relates to local and contingent rules of discursive practice, not to transcendental rules of thinking in general. The third chapter deals with power relations and practices. I clarify Foucault s concept of dispositif by defining it as a functional ensemble of practices, and argue that this concept is crucial to his understanding of power relations. I stress a conceptual definition, which separates relations of power from the practices of government and show that the latter is based on the idea that power relations are integrated into practices. This conceptual clarification also helps in understanding Foucault s critique concerning modern practices of power. The fourth chapter examines Foucault s way of perceiving ethics as a practice. He separates three essential dimensions in morals: moral codes, moral behaviour and practices of self. His ethics concern practices of self and he studies how these practices have constituted different relations that subjects have to themselves, to others and to their societies. I argue that Foucault s own ethical views can be found in the ideas on the importance of practices of self in the modern world, and emphasize that these ideas should be connected to his views concerning the tradition of the Enlightenment, and to his own political action.

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Nossa tese tem por objeto o percurso Da Sujeição à Coragem da Verdade na obra de Michel Foucault, filósofo que, efetuando uma mudança radical do pensamento adotado pela tradição clássica, afasta-se da concepção cartesiana de sujeito como substância - res cogitans-, suporte a partir do qual todo conhecimento é possível e o insere como um sujeito objetivado e subjetivado, um efeito da relação poder-saber, que se efetiva nas práticas sociais, a partir de sua aproximação com os pensamentos de Nietzsche e Canguilhem. Temos como objetivo investigar de que maneira Foucault, a partir deste sujeito, objetivado e subjetivado, encontra a possibilidade de constituição de um sujeito ético, que resistindo à objetivação e à subjetivação dadas, elabora uma estética da existência. Nossa hipótese de trabalho é que Foucault, ao convergir suas pesquisas ao período helenístico-romano, identifica a possibilidade de um governo de si, que permite a elaboração de uma estética da existência, afirmada pela Coragem da Verdade, que tem no cinismo sua maior expressão. Utilizamos como metodologia, a leitura, interpretação e análise crítica de textos de Foucault, bem como de textos de seus comentadores. Como resultado de nossa pesquisa foi possível verificar que Foucault encontra a passagem de um sujeito assujeitado para um sujeito capaz de se subjetivar, através do exercício de um governo de si, de um cuidado de si, calcado na Parrhesía, na Coragem da Verdade. Através do exemplo cínico, pode ser colocada em prática, por um ato de escolha, uma filosofia militante, que faça da vida filosófica e da vida verdadeira uma vida outra: uma estética da existência.

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Como compreender a constituição do sujeito em uma obra que tantas vezes modificou seu trajeto, abordou campos problemáticos bastante diversos, utilizou metodologias tão distintas? Onde reside o ponto de inflexão que cria o sujeito em toda experiência? Estaria ele na linguagem, nos saberes e suas práticas discursivas? Ou seria melhor buscarmos o sujeito nas relações de poder que o constituem? Haveria espaço para práticas de liberdade em um exercício ativo de subjetivação? Partindo dessas questões buscamos apresentar a obra de Foucault como um corpo coerente, apesar de suas diferentes modificações de percurso. Ao buscarmos o sujeito em sua filosofia, o que obtemos é um projeto filosófico baseado nas noções de experiência e de prática, no qual o mundo é pensado como produção, e onde qualquer sujeito e objeto não passam de modulações: figuras gêmeas que nascem como imagens efêmeras em um caleidoscópio. A filosofia de Foucault, portanto, é uma filosofia notadamente empirista, que busca o sujeito em um campo de imanência, em um jogo de relações que o constituirão como correlato subjetivo da experiência. Esta busca empirista é o que se sobressai em sua obra, seja em suas análises sobre os discursos e saberes, sobre a produção artística em geral e literária em especial, sobre as relações de poder, ou sobre a dimensão ética que aponta o exato lugar onde o sujeito é convocado, pelas formas históricas da moral, a tomar parte na própria produção de si.

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Esta tese é uma investigação sobre os sentidos da constituição da subjetividade a partir da ação do pedagógico. O exame das questões que envolvem o conceito de formação e de humano é pensado a partir da indagação: como se chega a ser o que se é? Pelos caminhos da educação e da filosofia tratamos de observar no Humanismo as influências que o afirmaram como um movimento filosófico que toma por fundamento a natureza humana e os limites e interesses do homem, bem como as marcas que, na educação brasileira, permitiram reiterar um humanismo pedagógico na figura do educador Paulo Freire. O tema da formação humana é analisado desde o enfrentamento de uma educação condutora de uma verdade sobre o ser e o saber, a uma ação do pensamento voltada a encontrar possibilidades para pensar com mais potência a educação. Com Michel Foucault conhecemos e refletimos sobre o conhece-te a ti mesmo (gnôthi seautón) e o cuidado de si (epiméleia heautoû), considerando este último como condição de reconfiguração da relação pedagógica que se potencializa no trabalho atento e permanente em torno de si mesmo. Ele afirma uma relação com o saber de maneira a experimentar a vida a partir de uma conversão a si mesmo; de uma relação mais ativa com o processo de aprender; e uma relação nova em que o professor/mestre torna e se torna visível com/em seus educandos/discípulos a partir da manifestação do cuidado traduzida na palavra grega epimelephanía, na medida em que ela desloca o professor do espaço confortável de sabedor e o educando da condição de receptor passivo do saber.

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O presente trabalho é resultado de uma pesquisa no campo da ética e da filosofia política contemporâneas cujo objetivo geral consiste em analisar o modo pelo qual se articulam, no pensamento tardio de Michel Foucault (1926-1984), as noções de governo, resistência e práticas de subjetivação. A questão que o conduz é a do papel das práticas de subjetivação na constituição de novas formas de resistência às práticas de governo da vida humana na atualidade. Procurando respondê-la a partir do pensamento foucaultiano, desenvolvemos a seguinte hipótese: em Foucault, as práticas de constituição dos sujeitos teriam papel de fundamental importância para a elaboração de novas formas de resistência política às diferentes técnicas de governo e condução da vida humana na atualidade, isto é, a importância conferida às formas de subjetivação ética ou às práticas de governo de si, não implica num individualismo ético ou numa redução da política à esfera da ética. Trata-se, ao contrário, de uma investigação acerca do modo pelo qual as práticas de si se encontram inseridas num contexto mais amplo de práticas sociais e de lutas, podendo se constituir como pontos de resistência aos tipos de governamentalidade que, ao longo dos séculos, impuseram aos indivíduos determinadas formas de existência. Trata-se, em todo o trabalho, de uma possível articulação entre ética e política a partir da noção foucaultiana de governamentalidade, que concerne ao par governo dos outros/governo de si, e que é também o fio condutor desta investigação. Método: para verificar nossa hipótese, julgamos necessário articular elementos da trajetória filosófica tardia de Foucault presentes em seus últimos cursos e livros, que permitissem compreender mais apropriadamente a relação que há entre: as formas históricas de governar os indivíduos e as populações nas sociedades ocidentais modernas; as formas de resistência possível a essas formas de governar; e as práticas de subjetivação. Com a pesquisa, verificamos o caráter estratégico e móvel tanto das práticas de governar a si mesmo e aos outros quanto das formas de resistência expressas nas lutas da atualidade e nos modos de subjetivação elaborados por indivíduos e grupos.

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O presente trabalho tem por objetivo investigar a relação do pensamento de Michel Foucault com o de Immanuel Kant a partir das perspectivas encontradas em dois momentos específicos de suas obras em que localiza o pensador alemão no limiar de nossa modernidade: em As palavras e as coisas (1966) e nos textos tardios (1978 a 1984) que versam sobre a resposta dada por Kant à pergunta Was ist Aufklärung?, de 1784. Na primeira parte, analisamos tal perspectiva a partir da distinção kantiana entre o empírico e o transcendental em sua relação com a problematização do sono antropológico". Para tal, centramo-nos nos primeiros escritos de Foucault, tomando como pontos de ancoragem a Tese Complementar (1961) e As palavras e as coisas (1966). Na segunda parte, ela é abordada a partir da questão da Aufklärung em sua relação com a noção de governo, examinando a maneira pela qual Foucault vincula seu trabalho à tradição crítica de uma ontologia do presente que teria sido instaurada pelo pensador alemão. O resultado obtido através do entrecruzamento destas duas perspectivas permite reconhecer que o pensamento de Kant ocupa, para Foucault, um lugar de singularidade na história da filosofia, caracterizado pela reativação permanente de uma atitude que é em si mesma um êthos filosófico, isto é, uma crítica permanente de nosso ser histórico.

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A presente tese inicia-se por uma encruzilhada e um segredo: na encruzilhada está a psicologia, entre os apelos instrumentais, antropológicos e neurocientíficos; já o segredo refere-se à quase desconhecida leitura de Kierkegaard por Foucault. Os dois filósofos se inscrevem na esteira da experimentação filosófica, caminho oposto ao da metafísica. Experimentação, aqui, não diz respeito a qualquer empirismo; inspira-se nos exercícios espirituais da Antiguidade grega e romana, e nas práticas da ironia, do cuidado de si e da parresía filosófica. As aproximações possíveis entre o pensamento de Kierkegaard e o de Foucault por esse viés da filosofia antiga, visam a contribuir para uma compreensão da psicologia e de suas práticas que permita o enfrentamento dos dilemas acima referidos, ou seja, os instrumentais, antropológicos e neurocientíficos. O percurso do trabalho tem como ponto de partida as suspeitas direcionadas à psicologia, desde o questionamento colocado por Canguilhem há mais de cinqüenta anos acerca das intenções pouco claras da disciplina, passando pelas críticas aos processos de subjetivação psicologizantes, até chegar ao grave enquadramento contemporâneo que busca convencer os sujeitos de que são, em última análise, nada mais do que cérebros. Os processos de subjetivação engendrados pelas práticas psi se vêem, pois, colocados hoje frente a impasses de difícil solução. Tantas são as suspeitas e temores quanto aos efeitos psi, que os próprios profissionais da área têm, em muitos casos, assumido a posição de que a psicologia se tornou inviável e deve desaparecer. As referências objetivantes ou antropológicas, quando priorizadas pela psicologia, de fato não deixam saídas, tornando urgente o encontro com outros referenciais que possibilitem respirar novos ares. O pensamento de Kierkegaard e o de Foucault surgem como intercessores em face desse horizonte sombrio. Os dois filósofos se dedicaram a tornar o homem atento a si e ao mundo, priorizando saídas singulares e criativas em lugar da reprodução dos modos de ser hegemônicos que ameaçam igualar tudo e todos. Desnaturalizadores do presente e avessos às grandes especulações teóricas sobre a vida, escreveram obras que é preciso experienciar, mais do que simplesmente ler, a fim de captar-lhes a atmosfera e com elas operar. A partir dessa atitude, a psicologia experimental ou interpretativa pode dar lugar a uma psicologia experimentante, que acompanha o cotidiano ao invés de se colocar como uma curiosidade sem paixão. Tal psicologia segue de maneira interessada os movimentos da existência e a apropriação pessoal da verdade, que deixa de ser transcendente, metafísica ou sonhada, e aparece encarnada nas lutas, receios, enganos, ações e tensões do dia-a-dia dos sujeitos de carne, osso e espírito. É na tensão constituinte-constituído que o sujeito se forja, seja ele lançado por Deus, como pensa Kierkegaard, seja, como propõe Foucault, mergulhado nos esquemas e objetivações que toma como naturais: a tarefa do sujeito é tornar-se si mesmo, participando de forma mais livre da própria constituição, exercendo de maneira refletida e ética a liberdade e transparecendo a si mesmo, ao invés de tomar como suas as determinações que lhe são oferecidas. A presente tese visa, portanto, a estabelecer o diálogo entre Foucault e Kierkegaard, pelo viés da filosofia antiga, buscando inspiração para promover, no tempo presente, processos de subjetivação outros que os modos desesperados de ser, e práticas psicológicas mais experimentantes e menos disciplinadoras.

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In ''Nietzsche, Genealogy, History," Foucault suggests that genealogy is a sort of "curative science." The genealogist must be a physiologist and a pathologist as well as an historian, for his task is to decipher the marks that power relations and historical events leave on the subjugated body; "he must be able to diagnose the illnesses of the body, its conditions of weakness and strength, its breakdowns and resistances, to be in a position to judge philosophical discourse." But this claim seems to be incongruent with another major task of genealogy. After all, genealogy is supposed to show us that the things we take to be absolute are in fact discontinuous and historically situated: "Nothing in man-not even his body-is sufficiently stable to serve as the basis for self-recognition or for understanding other men." If this is true, then the subjugated body can never be restored to a healthy state because it has no essential or original nature. There are no universal standards by which we can even distinguish between healthy and unhealthy bodies. So in what sense is genealogy to be a "curative science"? In my thesis, I try to elucidate the complex relationship between genealogy and the body. I argue that genealogy can be a curative science even while it "multiplies our body and sets it against itself." Ifwe place a special emphasis on the role that transgression plays in Foucault's genealogical works, then the healthy body is precisely the body that resists universal standards and classifications. If genealogy is to be a curative science, then it must restore to the subjugated body an "identity" that transgresses its own limits and that constitutes itself, paradoxically, in the very effacement of identity. In the first chapter of my thesis, I examine the body's role as "surface of the inscription of events." Power relations inscribe on and around the body an identity or subjectivity that appears to be unified and universal, but which is in fact disparate and historically situated. The "subjected" body is the sick and pathologically weak body. In Chapters 2 and 3, I describe how it is possible for the unhealthy body to become healthy by resisting the subjectivity that has been inscribed upon it. Chapter 4 explains how Foucault's later works fit into this characterization of genealogy

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Esta tesis estudia el conjunto de valores que llevaron a que la relación erótica entre hombres se constituyera en el foco principal de reflexión en la ética sexual griega. También intenta responder cuál es la propuesta de Michel Foucault respecto a la experiencia de la homosexualidad hoy.

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En el marco teórico foucaultiano la subjetividad se entiende como un elemento que da cuenta de la experiencia de los sujetos, respondiendo a particularidades que se presentan en cada momento histórico. Se identifican tres ejes de análisis para el estudio de la subjetividad, los cuales son el saber, el poder y la verdad. Cada uno de ellos usa metodologías particulares para el abordaje de la subjetividad, así entonces se usa la arqueología, la genealogía y la ontología respectivamente. En este texto se realiza una exploración del concepto de subjetividad desde la obra de M. Foucault, con el fin de encontrar una metodología para el estudio e investigación de la subjetividad como concepto de vital importancia para el abordaje de fenómenos sociales y culturales. En un primer momento se describen dinámicas correspondientes al saber y los juegos de veridicción, en un segundo momento se describen dinámicas correspondientes al poder, donde se describen las fuerzas que intervienen en la disposición de un ordenamiento particular de la experiencia. Por último en un tercer lugar, se da paso al concepto de la verdad en relación con la constitución subjetiva, la relación entre los juegos de poder y saber, como sistemas de ordenamiento y la verdad como efecto de los mismos, de esta manera se habla del foco de experiencia como unidad y elemento objeto de análisis.

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Relación entre la confesión y los mecanismos de control, el problema de los procesos de construcción de subjetividad y la producción de verdad. En términos generales, decir que ese problema está implícito en el desarrollo de todo el trabajo

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El siguiente texto rastrea el uso del pensamiento de Foucault en las principales obras de Judith Butler. En ese sentido, no se abarca una exposición sistemática y exhaustiva de la obra de Butler o de las lecturas y críticas feministas que se han realizado del análisis foucaultiano. Este escrito es una indagación de la matriz foucaultiana en Butler, cuestionándose ¿qué impacto genera la obra de Foucault en el pensamiento de Butler? ¿Continúa Butler el “proyecto” foucaultiano? ¿En qué aspectos se asocian y en cuáles se distancian ambos autores? Sin duda, Judith Butler a lo largo de sus textos retoma y reelabora, comparte y se distancia del pensamiento foucaultiano. En no pocas ocasiones sus textos se dedican a entablar un diálogo, incluso, existen puntos de encuentro entre los temas profundos que estudian ambos como lo son la cuestión del poder, la sexualidad y, en la última etapa de los dos, un giro ético.

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Este ensayo analiza los legados del pensamiento de Michel Foucault para el estudio de las prácticas visuales, la mirada y las tecnologías de la imagen. A partir la recepción de Foucault en el campo de los estudios visuales, me interesa reflexionar sobre cómo la imagen y la mirada se inscriben dentro de una red de relaciones, saberes, tecnologías, normativas e instituciones que develan formas de operación del poder y de construcción de los sujetos. Para empezar, pongo en diálogo conceptos como “cultura visual”, “visualidad” y “regímenes escópicos” con la perspectiva arqueológica y genealógica propuesta por el pensador francés. En un segundo momento, reflexiono sobre los procesos de sujeción y construcción de sujetos derivados de distintos regímenes de vigilancia y visibilidad. Finalmente, ofrezco una serie de notas para conceptualizar el dispositivo audiovisual en comparación con el dispositivo panóptico.

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Meninas no papel faz parte das discussões onde se examinam as relações entre a invenção da infância, governo e subjetivação, preocupando-se, especificamente, com a produção das meninas nas revistas femininas infantis brasileiras. Para dar conta da trama que envolve a produção do sujeito menina, dos vários saberes e poderes que atravessam sua fabricação, divido a tese em partes que se entrecruzam. Trabalhadas separadamente, as mesmas não mantêm uma continuidade linear entre si. Suas transversalidades, porém, produzem os nós de uma teia de relações que dá significado aos vários começos de uma infância que não cessa de se transformar. Na primeira parte da tese, me alio à perspectiva genealógica do pensamento de Michel Foucault para tratar da invenção da infância, sua produção e governo na modernidade ocidental, a fim de mostrar como se constituiu essa infância de hoje. Ressalto as técnicas de produção dos sujeitos femininos, constituídos pelas práticas de governo: o governo dos outros e de si. Na segunda parte da tese, analiso a produção das meninas na prática discursiva e não discursiva das revistas, e em especial, das revistas femininas infantis brasileiras, perfazendo o processo de fabricação dos sujeitos femininos infantis no papel, na atualidade. Trato das relações de poder/saber que constituem a forma de governo de manuais de civilidade e de revistas femininas, que produzem sujeitos meninas como um ‘ser civilizado’, educado em seus desejos. Mostro as formas de subjetivação das meninas, bem como a produção do disciplinamento da sua sexualidade, através de um dispositivo que produz uma menina ao mesmo tempo inocente e pura, sensual e erotizada, ou seja, juvenescida. Sustento que essa posição de sujeito - a de juvenescido - produz efeitos na subjetivação de meninas e mulheres contemporâneas e, conseqüentemente, na forma de pensar a sua educação.