6 resultados para Determinantes sociais da saúde
em Instituto Politécnico de Bragança
Resumo:
O estado nutricional dos idosos, nomeadamente a malnutrição constitui um dos principais determinantes de doença e diminuição da qualidade de vida (Elia & Stratton, 2005). A malnutrição deve ser encarada como uma das maiores ameaças para a saúde, bem-estar e autonomia dos idosos; prejudica a saúde física e psicológica predispondo-os ao desenvolvimento de doenças, ao mesmo tempo que condiciona negativamente o seu prognóstico (Cowan, Roberts, Fitzpatrick, While & Baldwin, 2004; Elia & Stratton, 2005). O trabalho de investigação desenvolvido pretende conhecer o estado nutricional dos idosos inscritos no centro de saúde Santa Maria de Bragança. Definem-se como objetivos principais: caracterizar o estado nutricional, identificar a prevalência de malnutrição e relacionar o estado nutricional com variáveis socioeconómicas demográficas, comportamentais e clínicas. Face aos objetivos delineados opta-se por um estudo observacional, analítico, transversal e de abordagem quantitativa. A amostra é composta por 385 idosos, representativos da população alvo com distribuição por sexo e faixa etária da população. Para a colheita de dados utiliza-se um formulário, no qual é incluído o MNA® e o Índice de Barthel. Como principais resultados e segundo o IMC, evidencia-se uma acentuada prevalência de malnutrição (57,66%), rastreando-se 43,11% dos idosos como sobrenutridos e 14.54% desnutridos. Através da aplicação do MNA® identificam-se 25% de situações de risco nutricional. Conclui-se que o estado nutricional segundo o MNA® está significativamente associado com o estado civil, escolaridade, coabitação, solidão, consumo de álcool, polimedicação, existência de hospitalizações recorrentes, estado de dentição e ao nível de independência do idoso. Segundo o IMC está significativamente associado ao estado civil, escolaridade, coabitação, estado da dentição e ao nível de independência do idoso.
Resumo:
A saúde e o bem-estar dos adolescentes são hoje evidenciados como determinantes do desenvolvimento humano, a afetividade, a formação de personalidades moral e socialmente sólidas relativamente à sexualidade, passam por atitudes pedagógicas, particularmente na adolescência, porque podem influenciar a saúde (Moura 1992). Promover a compreensão da sexualidade é tão imperativo, que seria inconcebível deixar ao acaso (Young 1995; Prazeres 1998). Se este processo adolescente decorrer de forma saudável, a sexualidade evoluirá sem grandes receios e ansiedades (Sampaio 2006). Metodologia: Quantitativa, amostra aleatória composta por 1735 enfermeiros que exerciam em 226 centros de saúde de Portugal. Colheita de dados feita por questionário, respeitando as considerações éticas. Resultados: Dos enfermeiros (67,3%), considera que a escola não lhe proporcionou formação sobre sexualidade. Enfermeiros dos Açores (56,1%), Madeira (38,4%) e Sub-regiões Saúde Viana Castelo (48,8%), Porto (41,6%), Lisboa (35,4%), Guarda (34,7%), Castelo Branco (32,7%) apresentam percentagens superiores à média relativamente à formação sobre sexualidade. Análise replicada às Regiões de Saúde, permite inferir que os enfermeiros do Norte (36,3%), Açores (56,1%) e Madeira (38,4%) sugerem ter recebido formação sobre sexualidade. Discussão: Enfermeiros com formação sobre sexualidade, têm idades entre 22-30 anos. Da análise estatística (p<0,01) podemos inferir que a formação sobre sexualidade dos enfermeiros, não é independente da escola frequentada, nem da Sub-região (p<0,001) e Região de Saúde (p<0,001) onde trabalham Enfermeiros com 22-30 anos têm 2,736 vezes mais probabilidades da escola lhes ter proporcionado formação sobre sexualidade que enfermeiros com idades entre 31-68 anos. Enfermeiros de escolas privadas apresentam 1,367 vezes maiores probabilidades de ter recebido formação sobre sexualidade que os das escolas públicas. Educação afectivo-sexual deve entender-se como direito de todos, colaborando a família, a escola e a saúde pelo que é imperativo que as escolas repensem os seus programas nesta área.
Resumo:
Perscrutando a História e perpetuando as suas raízes culturais ao longo de gerações, a alimentação terá emergido de um ato irracional, fortemente orientada para a manutenção de vida e da sobrevivência das espécies. Além de assegurar a sobrevivência humana traduz ainda o contexto em que o ser humano se move e as práticas alimentares que elege. Objetivo: Reconhecer comportamentos e atitudes de excessos alimentares e respetivas práticas sociais, através das narrativas proverbiais. Metodologia: pesquisa bibliográfica sobre as repercussões que os excessos alimentares têm na saúde. Em simultâneo pesquisaram-se achados paremiológicos sobre a temática recorrendo à AIP-Associação Internacional de Paremiologia bem como a utilização de provérbios conhecidos das autoras. Conclusões: Verificou-se existirem provérbios que encerram verdades e comportamentos a seguir relativamente à alimentação. A ingestão regrada em alimentos e bebidas é algo que os provérbios nos fazem refletir sendo muitos deles corroborados cientificamente.
Resumo:
Perscrutando a História e perpetuando as suas raízes culturais ao longo de gerações, a alimentação terá emergido de um ato irracional, fortemente orientada para a manutenção de vida e da sobrevivência das espécies. Além de assegurar a sobrevivência humana traduz ainda o contexto em que o ser humano se move e as práticas alimentares que elege. Objetivo: Reconhecer comportamentos e atitudes de excessos alimentares e respetivas práticas sociais, através das narrativas proverbiais. Metodologia: pesquisa bibliográfica sobre as repercussões que os excessos alimentares têm na saúde. Em simultâneo pesquisaram-se achados paremiológicos sobre a temática recorrendo à AIP-Associação Internacional de Paremiologia bem como a utilização de provérbios conhecidos das autoras. Conclusões: Verificou-se existirem provérbios que encerram verdades e comportamentos a seguir relativamente à alimentação. A ingestão regrada em alimentos e bebidas é algo que os provérbios nos fazem refletir sendo muitos deles corroborados cientificamente.
Resumo:
Introdução - O papel dos cuidadores informais junto de pessoas idosas tem vindo a ser considerado pertinente na medida em que proporciona estabilidade e melhor qualidade de vida à pessoa idosa. É uma tarefa praticada na grande maioria por mulheres, originando efeitos sociais e familiares que modificam as relações entre familiares e até entre a rede de amigos. Objetivo - Identificar os efeitos sociais e familiares decorrentes do cuidar de idosos. Método – Trata-se de uma revisão da literatura com busca nas bases de dados eletrónicas: Repositório Científico de acesso aberto de Portugal (RCCAP) e Scielo. Foram selecionados artigos publicados entre os anos 2008 e 2015, a partir da questão de investigação: “Quais os efeitos sociais e familiares decorrentes do cuidar de idosos ”. Resultados - Após análise dos estudos selecionados verificou-se que os cuidadores são predominantemente do sexo feminino, nomeadamente esposa, filha ou neta da pessoa idosa. Apurou-se que existem alterações nas relações sociais e familiares devido ao excesso de tarefas que o cuidar exige. Identificaram-se o impacto financeiro, ausência de apoios sociais e familiares, impactos sociais, sobrecarga física e emocional, impactos na saúde, impacto profissional, a falta ou escassa formação/ preparação para exercer a função de cuidador, a falta ou diminuição do tempo para o casamento e para os filhos, a diminuição do tempo de lazer o que origina o isolamento social, o afastamento da rede de amigos e por último as alterações familiares como efeitos decorrentes do cuidar de idosos. Conclusão - conclui-se que apesar das dificuldades da prática de cuidar, os familiares sentem-se realizados por ser possível proporcionar um final de vida digno ao seu familiar, contudo seria pertinente a existência de formações e o desenvolvimento de estratégias que auxiliem o cuidador informal na execução das suas tarefas.
Resumo:
Uma ostomia de eliminação intestinal resulta de um procedimento cirúrgico que consiste na ligação de uma parte do intestino delgado ou grosso, a um orifício externo na cavidade abdominal designado de estoma. O utente portador de uma ostomia de eliminação intestinal, devido à sua situação clínica, manifesta um misto de emoções resultante do enorme impacto físico e emocional devido à doença e ao tratamento. A sua própria vida vai desencadear alterações profundas no seu EU, nos estilos de vida, nas relações familiares e sociais, na sua imagem corporal e na autoestima (Pinto, 2012). Foi objetivo deste estudo analisar a perceção que a pessoa portadora de ostomia de eliminação intestinal, seguida na Unidade Local de Saúde Nordeste (ULSNE), tem sobre a sua qualidade de vida (QV). A investigação enquadra-se no domínio da investigação observacional, optando-se pela realização de um estudo descritivo, analítico e transversal, de abordagem quantitativa. Como instrumento de colheita de dados foi utilizado um formulário com questões relativas às características sociodemográficas, a escala de Graffar e a escala de avaliação da qualidade de vida do utente ostomizado. Aceitaram participar no estudo 105 utentes portadores de eliminação intestinal. O sexo predominante é o masculino (50,5%). A classe etária mais representativa é a dos 65 aos 92 anos (78,1%) e o estado civil predominante antes (67,6%) e depois (55,2%) da cirurgia é o de casado. Quanto à atividade laboral, o abandono do trabalho a tempo inteiro, devido à nova situação clínica, foi referido por 94,3% dos inquiridos. Em relação às habilitações académicas, 46,7% sabe ler e escrever, enquadrando-se na classe social média (57,1%). A consulta de estomaterapia na ULSNE ainda não está implementada, mas os inquiridos consideram que a sua implementação seria pertinente (93,3%), facilitando principalmente a adaptação à nova realidade (40%), a ultrapassar dificuldades (28,6%), a evitar complicações/resolver os problemas (9,5%). A média da QV dos participantes neste estudo é de 279,92, superior à média teórica da escala (215), indicando os inquiridos evidenciam um bom nível de qualidade de vida. O enfermeiro estomaterapeuta é o profissional que melhor pode proporcionar toda a informação e suportes necessários, que permitam ultrapassar os problemas e as limitações sentidas pelo ostomizado e pelas pessoas significativas na sua vida.