18 resultados para Família Saúde e higiene
em Scielo Saúde Pública - SP
Resumo:
Objetivo Avaliar a ocorrência de depressão entre os médicos que trabalham nas Unidades de Saúde da Família (USF) em Aracaju. Métodos Em uma amostra de 83 médicos, foram utilizados o Inventário de Depressão de Beck (IDB) para rastreamento dos sintomas depressivos e um questionário elaborado pelos pesquisadores para coletar informações sociodemográficas. Foram realizadas estatística descritiva e análise por meio do qui-quadrado e regressão logística. Resultados A prevalência de sintomas depressivos na amostra foi de 27,7% (IC 95% 19,3-37,3). Observou-se que as variáveis que tiveram associação com o aparecimento dos sintomas (p < 0,05) foram: problemas de relacionamento, grau de satisfação com o trabalho e o número de consultas em relação à hora de trabalho. Após ajuste de regressão logística múltipla, foi observado que os médicos que tinham problemas de relacionamento e os insatisfeitos com o trabalho apresentaram, respectivamente, 5,63 e 4,59 vezes mais sintomas depressivos quando comparados àqueles que não possuíam esses sintomas Conclusões . A prevalência de sintomas depressivos em médicos que trabalham nas USF de Aracaju é alta e provavelmente está associada ao trabalho e a problemas de relacionamento.
Resumo:
O Programa de Saúde da FamÃlia prevê ações de saúde humanizadas, tecnicamente competentes e intersetorialmente articuladas, tornando fundamental "acolher". Este estudo objetivou identificar como se processa o "acolhimento" em Unidades de Saúde da FamÃlia, em São Paulo. Os sujeitos foram profissionais de saúde que realizavam "acolhimento" e os dados foram coletados através de observações e entrevistas. Os resultados apontaram que o "acolhimento" realiza uma escuta clÃnica, focalizada na queixa, com uma intervenção pontual, pouco resolutiva e não construtora de vÃnculo. É necessário repensar o "acolhimento", nos seus aspectos teóricos e práticos, para que este possa efetivamente se constituir em uma prática capaz de instaurar um modelo de saúde de "porta aberta" consoante com as diretrizes do SUS.
Resumo:
Este estudo objetivou identificar as representações sociais de agentes comunitários de uma unidade de Programa Saúde da FamÃlia sobre o transtorno mental. Optamos pela pesquisa qualitativa, utilizando o estudo de caso. Para a coleta de dados, recorremos à entrevista semi-estruturada, enriquecida pelo uso de Técnica Projetiva, e à análise temática para analisar o material obtido. Os resultados evidenciam representações sociais ancoradas no paradigma psiquiátrico tradicional. Esse considera a pessoa acometida pelo transtorno mental passiva, sem condições de protagonizar os próprios caminhos que, por sua vez, são marcados pelo preconceito. Desse modo, denota-se a grande necessidade de investimento na capacitação em saúde mental, junto aos atores do cenário da assistência do Programa de Saúde da FamÃlia. De acordo com o estudo, tal investimento contribuirá para a efetivação de práticas e construção de novos saberes, contribuindo para a melhoria da assistência em saúde.
Resumo:
Trata-se de reflexão teórica sobre cuidado clÃnico de enfermagem em saúde mental dado à famÃlia. Diante da existência de um membro em sofrimento psÃquico, a famÃlia delegava ao manicômio o cuidado do seu parente, cabendo à enfermagem colaborar com o trabalho médico, organizando o ambiente e garantindo o isolamento familiar e social. Com o advento da Reforma Psiquiátrica, pautada na proposta de atenção psicossocial, a famÃlia passa a ser alvo de atenção dos profissionais de saúde. Enquanto subsÃdios para o cuidado clÃnico de enfermagem em saúde mental, acredita-se na necessidade de mudança conceitual, na implementação da educação em saúde, no trabalho interdisciplinar e na clÃnica ampliada, garantindo a integralidade e a autonomia dos sujeitos. Compreende-se que o cuidado clÃnico de enfermagem deve permear a politização dos sujeitos, na qual os atores militam em busca da produção de autonomia e as práticas envolvem dignidade, criatividade, acolhimento, interdisciplinaridade, escuta e compartilhamento de saberes.
Resumo:
A inclusão das ações de saúde mental no contexto do Sistema Único de Saúde (SUS) contribuiu para a consolidação da Reforma Psiquiátrica Brasileira bem como demanda a reorientação da prática das equipes de saúde da famÃlia junto aos usuários com necessidades do campo da saúde mental. Este estudo tem por objetivo identificar e analisar na produção cientÃfica as ações realizadas pelos profissionais da equipe de saúde da famÃlia na atenção à saúde mental. Mediante análise sistemática emergiram os seguintes temas: visita domiciliar ao doente mental e seus familiares; vÃnculo e acolhimento; encaminhamento; oficinas terapêuticas. Concluiu-se que as ações de saúde mental desenvolvidas na atenção básica não apresentam uniformidade em sua execução e ficam na dependência do profissional ou da decisão polÃtica do gestor indicando que os profissionais devem apropriar-se de novas práticas para desenvolverem uma assitência integral e, portanto, há necessidade de investimentos para qualificação dos profissionais.
Resumo:
Este estudo teve como objetivo conhecer os aspectos profissionais relacionados à Qualidade de Vida dos enfermeiros das equipes saúde da famÃlia da Macrorregião de Saúde do Triângulo Sul. Trata-se de um estudo descritivo e transversal. Os 90 enfermeiros sujeitos da pesquisa responderam a um questionário contendo as variáveis profissionais e o instrumento para avaliação da Qualidade de Vida WHOQOL-100. Os resultados mostram o impacto negativo do número de vÃnculos, do vÃnculo empregatÃcio inseguro, da excessiva carga horária de trabalho e da insatisfação com o trabalho nos domÃnios da Qualidade de Vida dos enfermeiros. Considera-se necessária a (re)definição de polÃticas públicas voltadas para as condições de trabalho desses profissionais. Ações que contribuam no desenvolvimento da Qualidade de Vida dos enfermeiros são importantes considerando sua forte influência na qualidade da assistência prestada.
Resumo:
A democracia deve promover a satisfação de interesses diversos (o bem comum), o que é imprescindÃvel à construção dos consensos, quando possÃvel, entre os distintos atores. A partir de meados da década de 1970, o Brasil passa por importantes transformações polÃtico-democráticas, configurando-se em anos de mudanças nos paradigmas da saúde. Com a Constituição de 1988 e a criação do Sistema Único de Saúde (SUS), os gestores, trabalhadores e usuários do sistema se deparam com uma nova forma de pensar, estruturar, desenvolver e produzir serviços e assistência em saúde - modelo de produção social em saúde. Entretanto, para promover o desenvolvimento da real ruptura com o modelo sanitário anterior - flexneriano -, as relações trabalhistas devem superar a precarização do trabalho por meio de medidas como investimentos consistentes nas áreas da gestão de recursos humanos, com a criação de meios de discussão para uma gestão democrática. O presente artigo tem como proposta repensar as relações entre a democracia e a saúde, a partir da análise reflexiva das práticas de gestão do trabalho no Programa de Saúde da FamÃlia (PSF), no contexto das reformas polÃticas. Entende-se que a efetiva consolidação do PSF como reorganizador da Atenção Básica, possibilitará configurar novos arranjos institucionais, capazes de repercutir na cultura sociopolÃtica do PaÃs, e contribuirá para a construção de polÃticas mais eficazes, justas e solidárias propostas pelo SUS.
Resumo:
OBJETIVOS: Avaliar a adesão ao rastreamento para câncer do colo do útero em população assistida pela Estratégia Saúde da FamÃlia (ESF) e identificar as causas referidas da não adesão.MÉTODOS: Estudo de prevalência seletiva sobre rastreamento para câncer do colo do útero entre mulheres assistidas pela ESF dos municÃpios de Duque de Caxias e Nova Iguaçu, nove anos após a participação em estudo conduzido pelo Instituto Nacional de Câncer. Foram elegÃveis apenas as mulheres que não tiveram diagnóstico de NIC II ou lesão mais grave na avaliação histopatológica, não se submeteram à histerectomia no perÃodo e ainda residiam nas comunidades. Foram identificados os locais, os resultados e os intervalos dos exames, as caracterÃsticas socioeconômicas e demográficas, e as causas referidas de não adesão. Os resultados foram coletados por meio de entrevista e consulta a prontuários. Foi calculada a prevalência de adesão ao rastreamento e o teste qui-quadrado foi utilizado para comparar as proporções das variáveis estudadas e sua relação com os motivos referidos de atraso na realização dos exames.RESULTADOS:Foram entrevistadas 764 mulheres, das quais 70,7% estavam com os exames atualizados. As causas referidas para não adesão à coleta dos exames foram: não percepção de risco (44,6%), barreiras sociais (26,3%), barreiras percebidas à ação (22,3%) e barreiras institucionais (21,4%). Estas foram proporcionalmente mais frequentes entre residentes de Nova Iguaçu do que de Duque de Caxias (p<0,01), exceto quanto à s barreiras institucionais (p=0,19).CONCLUSÕES: Apesar das dificuldades e barreiras apontadas pelas mulheres, observou-se boa adesão ao rastreamento do câncer do colo do útero. No entanto, há necessidade de treinamento dos profissionais para cumprimento das recomendações do Ministério da Saúde quanto à regularidade de exames e facilitação do acesso ao rastreamento.
Resumo:
OBJETIVO: Avaliar as condições de saúde de famÃlias ligadas ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra e de bóias-frias. MÉTODOS: Realizou-se estudo comparativo de três populações: assentamento e acampamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, e famÃlias de bóias-frias, em UnaÃ, MG, em 2005. Foram coletados os dados referentes à s caracterÃsticas sociodemográficas e familiares por meio de questionários aplicados a 202 famÃlias, e realizadas observação estruturada e discussões em grupo. Realizou-se a análise fatorial discriminante para se verificar diferenças entre as comunidades. RESULTADOS: As três comunidades apresentaram uma média de 89%, caracterizando-se como grupos distintos e reforçando a hipótese de que são realmente diferentes entre si em termos de suas condições de vida e saúde. Os trabalhadores bóias-frias apresentaram um alto Ãndice de insegurança alimentar (39,5%), quase o dobro da proporção entre as famÃlias acampadas e quatro vezes mais que as assentadas. Com uma renda variável e baixa, os bóias-frias estavam mais expostos aos agrotóxicos se comparados aos assentados e acampados. A produção animal desenvolvida por todas as famÃlias assentadas foi uma caracterÃstica marcante, ao contrário das famÃlias bóias-frias que praticamente não contavam com essa possibilidade na cidade. Segundo a percepção das famÃlias assentadas e acampadas, o Sistema Único de Saúde não tem atendido as necessidades de saúde da maioria delas, principalmente pela dificuldade do acesso aos serviços. Para esse grupo, o atendimento de suas necessidades se dá após reivindicações e pressões sobre os governos. CONCLUSÕES: Segundo a percepção das famÃlias do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, o fato de ser do Movimento e estar organizado melhora suas perspectivas de saúde, em comparação aos bóias-frias. Os resultados da modernização conservadora no campo brasileiro têm agravado as condições de vida dos bóias-frias gerando uma superexploração do trabalho humano, enquanto que a Reforma Agrária tem possibilitado uma melhor qualidade de vida e saúde para as famÃlias, quando comparadas nas áreas estudadas.
Resumo:
Dada a ênfase atual na questão famÃlia surgiu o interesse de trazer para a discussão alguns conceitos que fundamentam aabordagem sistêmica em cuidados de enfermagem, que tem como principal instrumento a entrevista com a famÃlia. Osconceitos discutidossão:sistema, ser humano, famÃlia, saúde familiar, intervenção de enfermagem, hipóteses, circularidade,hipótese sistêmica e neutralidade. Procurou-se fornecer exemplos práticos que facilitassem a compreensão dos conceitos, bem como sua aplicabilidade.
Resumo:
Pesquisa exploratória realizada de setembro a novembro de 2008, com seis famÃlias de portadores de transtorno mental em uma Associação de pacientes e familiares em Curitiba. Objetivos: conhecer o papel da famÃlia em relação ao portador de transtorno mental, e identificar a percepção da famÃlia com relação à saúde mental-transtorno mental, ao portador de transtorno mental e ao tratamento em saúde mental. Os dados foram obtidos mediante a técnica de Discussão de Grupo e organizados em categorias temáticas. Constatou-se que o papel da famÃlia é cuidar, incentivar, estar presente; a saúde mental é a capacidade de se relacionar, desempenhar atividades sem sofrimento; transtorno mental é o inverso, diante dele as famÃlias se percebem impotentes; o internamento é percebido como sofrimento, e destaca-se a importância do tratamento farmacológico. Há a necessidade de discutir essas questões com as famÃlias e instrumentalizar os profissionais de saúde para atender essas novas demandas de cuidados.
Resumo:
Este estudo avalia a compreensão sobre o modelo de atenção básica nas ações de saúde. Trata-se de uma pesquisa de natureza qualitativa exploratória, desenvolvida em Unidades de Saúde da FamÃlia (USFs) de MarÃlia, com amostra composta por profissionais de saúde, usuários e estudantes de Medicina e Enfermagem inseridos nas unidades. Os dados foram coletados por meio de entrevistas semiestruturadas e analisados pela técnica de análise de conteúdo, modalidade temática. Pôde-se observar que, independentemente da categoria entrevistada e da área onde se encontra a USF, a compreensão dos entrevistados sobre o modelo de atenção é o modelo médico-assistencial privatista, que reflete o predomÃnio das ações curativas em uma relação individualista, operada diretamente pelo médico e oferecida na demanda espontânea, não sendo exclusiva do setor privado. Foi proposto utilizar o espaço de grupos organizados para educação em saúde, em que trabalhadores e usuários são participantes para uma interação com as necessidades da comunidade e participação ativa dos usuários no planejamento do serviço, além de investimento nas ações de promoção e prevenção, o que causaria adesão da população e geraria credibilidade no modelo não médico-centrado.
Resumo:
OBJETIVO: Analisar a influência de rastreamento positivo para transtornos mentais não-psicóticos, variáveis sociodemográficas e presença de doença crônica não-psiquiátrica nos escores da Escala de Satisfação Com a Vida. MÉTODOS: Participaram do estudo os moradores de uma área atendida pelo Programa de Saúde da FamÃlia em Santa Cruz do Sul (RS). De 30 de junho a 30 de agosto de 2006 os participantes responderam ao instrumento de rastreamento psiquiátrico Self-report Questionnaire-20 items e à Escala de Satisfação Com a Vida, esta para avaliar o componente cognitivo do bem-estar subjetivo. RESULTADOS: O total de indivÃduos participantes do estudo foi de 625. Ser do sexo feminino apresentou associação significativa e inversa com satisfação com a vida. O mesmo ocorreu entre escores do rastreamento psiquiátrico e da Escala de Satisfação com a Vida. Por outro lado, a idade apresentou associação significativa e positiva com a Escala. Após análise multivariada, todas as três variáveis permaneceram associadas ao desfecho. IndivÃduos com doença crônica não-psiquiátrica não diferiram dos sem doença nos escores da Escala de Satisfação com a Vida. CONCLUSÕES: A associação positiva entre a Escala de Satisfação com a Vida e idade está de acordo com sua validação no Brasil. A relação inversa entre escores do instrumento de rastreamento psiquiátrico e a Escala confirma o impacto negativo dos transtornos mentais.
Resumo:
Uma das complicações mais severas para a pessoa com lesão medular é a úlcera de pressão. Sendo assim a prevenção destas feridas e a identificação de fatores de risco são necessidades prementes para o enfermeiro. Trata-se de um estudo decorrente de uma pesquisa mais abrangente, que abordou a assistência de enfermagem ao lesado medular em reabilitação buscando identificar os fatores de risco para úlcera de pressão utilizando os registros das enfermeiras nos históricosde enfermagem e a Taxonomia I da NANDA e analisar as intervenções de enfermagem preconizados face ao diagnóstico potencial para prejuÃzo na integridade da pele. Os fatores de risco identificados referem-se à s alterações decorrentes da lesão neurológica, história prévia de ferida e lesão inicial. As intervenções de enfermagem preconizadas totalizaram. 16, com caráter de orientação ao paciente e à famÃlia voltadas para higiene corporal, mudança de decúbito, posicionamento no leito e em cadeira de rodas, denotando pertinência ao diagnóstico elaborado.
Resumo:
Este estudo objetivou identificar as orientações de cuidado à criança com infecções respiratórias agudas (IRA) e descrever o processo de comunicação entre profissionais e mães na consulta. Os dados foram coletados em Unidades Básicas de Saúde, em entrevistas e observação de consultas de enfermeiras e médicos a crianças com IRA. Os resultados mostram orientações variáveis e incompletas entre os profissionais, predominantemente prescritivas e centradas na doença, principalmente no tratamento medicamentoso. A comunicação é centrada no profissional, o que não favorece um processo educativo emancipatório. Conclui-se a necessidade de incluir esses conteúdos na formação inicial e permanente dos profissionais.