268 resultados para anti-proliferative
Resumo:
Buscou-se avaliar os fatores relacionados à adesão ao tratamento anti-retroviral no Distrito Federal. De 150 pacientes entrevistados em sete centros de referência, 35 não aderentes foram definidos como casos, sendo selecionados 70 controles aderentes, pareados por idade. Avaliaram-se variáveis sócio-demográficas, hábitos, suporte social, qualidade de vida, questões relacionadas a doença, estado clínico, tratamento e serviço. Na análise bivariada, houve associação da adesão com raça/cor, escolaridade, centros de referência em que faz acompanhamento e renda familiar. Após ajuste, cor parda, centros de referência localizado no Plano Piloto, escolaridade alta e receber apoio dos amigos quanto às necessidades permaneceram associados com adesão. Retirando raça/cor do modelo, mantiveram-se centros de referência, escolaridade, profissão, renda, apoio (contar com alguém que demonstre gostar de você) e satisfação com o atendimento na farmácia de dispensação. Além dos fatores já consolidados na literatura, questões relacionadas ao apoio no âmbito micro-social e aos serviços de assistência mostraram-se associados à observância terapêutica.
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Avaliar a microbiota intestinal de indivíduos que sofreram acidente ocupacional com materiais biológicos e receberam anti-retrovirais foi o objetivo deste estudo. O grupo de estudo constou de 23 indivíduos com idade entre 18-45 anos, sendo 13 doadores de sangue e 10 que sofreram acidente ocupacional. Foram avaliados a microbiota intestinal, antropometria e exames laboratoriais pré, pós e 30 dias após o término da medicação. Zidovudina mais lamivudina foi utilizada em 70% dos indivíduos associado ao nelfinavir, 20% ao efavirenz e 10% ao ritonavir. As alterações nutricionais e dietéticas-laboratoriais e de microbiota intestinal foram analisadas em três momentos. M1: até dois dias do início da profilaxia; M2: no último dia da profilaxia e M3: 30 dias após o término da profilaxia. Náuseas, vômitos e diarréia estiveram presentes em 50% no segundo momento do estudo. Sobrepeso em 70%, desnutrição e eutrofia em 10%, dos indivíduos, não se modificaram durante o estudo. Transaminases, triglicérides, LDL-colesterol se elevaram no segundo momento e normalizaram 30 dias após término da medicação. Houve redução significativa dos Lactobacillus, Bifidobacterium e Bacteróides nos três momentos. Uso de anti-retrovirais provocou impacto significativo na microbiota intestinal dos indivíduos, sem recuperação em 30 dias.
Resumo:
Um estudo seccional foi realizado nas Vilas Waimiri e Atroari em Balbina, entre julho e outubro de 2006, com o objetivo de estimar a freqüência de anticorpo antiToxocara canis da classe IgG e avaliar as variáveis epidemiológicas e socioculturais. Foram estudadas 34 famílias e incluídos 100 indivíduos, o que correspondeu a 5% (100/2.000) da população das vilas. A idade variou de zero a 76 anos (M=22,9 Dp=18). Quanto ao gênero, 53% eram femininos e 47% masculino; 52% das amostras foram positivas para Toxocara canis, 44,5% negativas e 3,2% inconclusivas. Observou-se menor número de indivíduos com sorologia negativa na Vila Atroari 29,5% (13/44) em comparação com a Waimiri 46,4% (26/56). Com relação ao contato com cães, dos 55 indivíduos com contato domiciliar 60% (33/55) foram positivos para anticorpo antiToxocara canis Apresentaram sorologia positiva 66,6% (10/15) dos indivíduos que tinham contato domiciliar com filhotes de cão (chi²22,149 p=0,008). A existência de contato domiciliar com cães e filhotes mostrou associação com a presença de anticorpo anti-Toxocara canis na população estudada.
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Ototoxicidade e terapia anti-retroviral parecem estar associadas. O objetivo desse estudo foi avaliar essa possível correlação. Foram avaliados 779 prontuários médicos de pacientes infectados pelo HIV e regularmente acompanhados, sendo 162 tratados com terapia anti-retroviral e 122 não tratados (controle). Pacientes em tratamento eram mais velhos (média 42 anos), com maior tempo de confirmação sorológica (80 meses) e com menor carga viral (p=0,00). CD4+ foi semelhante entre os grupos (P=0,60). No grupo tratado, três (1,8%) casos de perda auditiva idiopática e dois (1,3%) de perda auditiva relacionada a otosclerose foram observadas e ambas iniciadas após terapia anti-retroviral. Nenhuma diferença estatística relacionada à perda auditiva idiopática foi encontrada entre os grupos. Enquanto estudos descritivos consideram possível ototoxidade associada à terapia anti-retroviral, esse possível efeito adverso não foi relacionado à terapia anti-retroviral neste estudo. Contrariamente, otosclerose poderia estar correlacionada à terapia anti-retroviral. Este assunto merece ser estudado.
Resumo:
As reações hansênicas são fenômenos imuno inflamatórios que ocorrem durante a evolução da hanseníase. Atualmente com os critérios de finalização de tratamento esta intercorrência pode ser observada após a alta da poliquimioterapia. Trata-se de um estudo caso-controle onde foram comparados, laboratorialmente, os casos de reação hansênica após alta da poliquimioterapia multibacilar (PQT/MB) com o grupo controle para analisar a possível associação entre a reação hansênica após alta e a carga bacilar, utilizando o ML Flow, teste sorológico para detecção de anticorpos contra o Mycobacterium leprae, e os resultados das baciloscopias cutâneas. O estudo foi realizado em dois serviços de referência na cidade de Recife - Pernambuco - Brasil, onde participaram 208 pacientes. Os resultados encontrados indicam que a reação após alta está estatisticamente associada à carga bacilar através da positividade do teste sorológico após alta. Conclui-se que existem fatores de riscos comuns entre a recidiva e a reação após alta.
Resumo:
Tatus têm sido envolvidos na transmissão da hanseníase e considerados como fonte de Mycobacterium leprae em muitas publicações. Médicos de partes dos EUA consideram o contato com tatus um fator de risco para hanseníase. Entretanto, há um desafio associado ao papel do tatu na perpetuação da hanseníase no Continente Americano. Foi pesquisada a presença de anticorpos anti-PGL-I em tatus selvagens de áreas endêmicas em hanseníase do Estado do Espírito Santo, Brasil, através de ELISA realizado em amostras de soro de 47 animais. Elisa positivo foi encontrado em 5 (10.6%) tatus. Tatus infectados podem ter algum papel na transmissão da hanseníase disseminando bacilos no meio ambiente, talvez tornando mais difícil a interrupção da cadeia de transmissão e redução do número de casos novos de hanseníase. A técnica de ELISA é um eficiente método para investigação soroepidemiológica da presença do Mycobacterium leprae em tatus.
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O objetivo desta pesquisa foi avaliar os fatores preditores e o grau de adesão aos anti-retrovirais por meio de auto-relato e data de retirada da medicação. Trata-se de um estudo transversal em que foram entrevistados 67 pacientes. Foram considerados aderentes aqueles pacientes que utilizaram mais de 90% das doses. Os resultados de adesão foram: referida (72,7%); calculada por dose esquecida no último dia (70%); por três dias (76,1%); por sete dias (80,5%); e por quinze dias (80,5%); calculada pela data de retirada da medicação no período de três meses (53,7%); e em seis meses (47,8%). As variáveis associadas significativamente com a adesão foram: escolaridade, fato de viver com a família, referir boa adesão, avaliação positiva da terapia anti-retroviral, diagnóstico por doença oportunista, menor contagem de linfócitos CD4 maior que 200 células/mm³ e o fato de estar no primeiro tratamento. A partir da identificação dos fatores que comprometem a adesão, devem ser elaboradas estratégias individuais e coletivas para a promoção da adesão.
Resumo:
A partir de um caso canino de leishmaniose tegumentar americana na localidade de Santa Rita de Cássia, município de Barra Mansa, Rio de Janeiro, foi realizado um inquérito sorológico em 177 cães e 43 gatos. Na avaliação das amostras de soros caninos, 10% foram positivos na reação de imunofluorescência indireta e 10,7% no ensaio imunoenzimático. Entre as amostras de soros felinos testados, nenhum animal foi positivo na reação de imunofluorescência indireta e apenas um (2,4%) felino apresentou reação positiva ao ensaio imunoenzimático. A detecção de Leishmania braziliensis, autóctone em Barra Mansa, faz um alerta para a instalação de um possível foco de leishmaniose tegumentar americana nessa região.
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A etiologia do processo diarréico na AIDS pode ser causada por vírus, bactérias, fungos, protozoários e helmintos, assim como pelo próprio HIV. Este trabalho avaliou enteropatogenos relacionados à diarréia em pacientes HIV que fazem uso de terapia anti-retroviral. Os métodos parasitológicos utilizados foram Faust, Hoffmann e Kinyoun. O isolamento e cultura dos fungos foram realizados conforme metodologia recomendada por NCCLS M27-A standard. A identificação das espécies de leveduras foi realizada através da reação em cadeia da polimerase. O isolamento de bactérias, foi feito em agar Mac Conkey e agar SS, a identificação das espécies através do Enterokit B (Probac do Brasil) e métodos bioquímicos. Foram avaliados 49 pacientes, 44,9% apresentaram enteroparasitas, 48,1% Candida sp com 61,5% Candida albicans, 7,6% Candida sp e 30,7% Candida não- albicans. Foram isoladas bactérias de 72% dos pacientes, 49% Escherichia coli, 13% Salmonella parathyphi, Klebsiella sp ou Proteus e 6% Citrobacter freundii ou Yersinia sp. Houve alta prevalência de Candida sp nos pacientes HIV com diarréia e foram isoladas espécies não albicans cuja presença pode ser entendida como cúmplice ou causa da infecção.
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INTRODUCTION: Vaccination is the main tool for preventing hepatitis B virus (HBV) infection; however, following the completion of the vaccination series, the concentrations of anti-HBs can decline over the years and reach levels less than 10mIU/mL. The persistence of protection in these individuals is still unknown. The present study aimed to determine the anti-HBs antibody levels among children and adolescents who had received a complete vaccination course for hepatitis B. METHODS: Antibodies against HBV surface antigen (anti-HBs) were tested in 371 individuals aged 10 to 15 years-old. RESULTS: Volunteers who showed undetectable quantities of anti-HBs accounted for 10.2% of the population studied and 39.9% presented antibody titers of less than 10mIU/mL. Anti-HBs > 10mIU/mL were verified in 49.9%. CONCLUSIONS: These results corroborate other studies indicating levels of anti-HBs below 10mIU/mL in vaccinated individuals. Additional studies are required to assess whether this indicates susceptibility to HBV infection and the need and age for booster doses.
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INTRODUCTION: The aim of this study was to evaluate the frequency of anti-Toxocara antibodies in serum from 7-year-old children attending elementary school in Vitória-ES, Brazil and to correlate these antibodies with socio-demographic factors, the presence of intestinal helminths, blood eosinophil numbers, past history of allergy or asthma, and clinical manifestations of helminth infections. METHODS: The detection of anti-Toxocara antibodies was performed using an ELISA (Cellabs Pty Ltd)on serum from 391 children who had already been examined by fecal examination and blood cell counts. Data from clinical and physical examinations were obtained for all children. RESULTS: The prevalence of anti-Toxocara antibodies was 51.6%, with no gender differences. No significant differences were observed between positive serology and the presence or absence of intestinal worms (60.3 and 51.7%, respectively; p = 0.286). The only variables significantly related to positive serology were onycophagy and the use of unfiltered water. Although eosinophilia (blood eosinophil count higher than 600/mm³) was significantly related to the presence of a positive ELISA result, this significance disappeared when we considered only children without worms or without a past history of allergy or asthma. No clinical symptoms related to Toxocara infection were observed. CONCLUSIONS: There is a high prevalence of anti-Toxocara antibodies in children attending elementary schools in Vitória, which may be partially related to cross-reactivity with intestinal helminths or to a high frequency of infection with a small number of Toxocara eggs.
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INTRODUCTION: The production of anti-Cryptosporidium polyclonal antibodies and its use in direct immunofluorescence assays to determine the presence of Cryptosporidium in water are described in the present work. METHODS: Two rabbits were immunized with soluble and particulate antigens from purified Cryptosporidium oocysts. The sera produced were prepared for immunoglobulin G extraction, which were then purified and conjugated with fluorescein isothiocyanate (FITC). Slides containing known amounts of oocysts were prepared to determine the sensitivity of the technique. To test the specificity, slides containing Giardia duodenalis cysts were prepared. RESULTS: The conjugate was successfully used in water samples experimentally contaminated with Cryptosporidium oocysts, and it was possible to detect up to five oocysts/spot, corresponding to contamination of 250 oocysts/mL. CONCLUSIONS: The three immunizations performed in the rabbits were enough to produce antibodies against Cryptosporidium, the standard direct immunofluorescence assay permitted the detection of five oocysts in 20% of the samples, and no cross-reaction with Giardia duodenalis cysts occurred.
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INTRODUCTION: The goal was to develop an in-house serological method with high specificity and sensitivity for diagnosis and monitoring of Chagas disease morbidity. METHODS: With this purpose, the reactivities of anti-T. cruzi IgG and subclasses were tested in successive serum dilutions of patients from Berilo municipality, Jequitinhonha Valley, Minas Gerais, Brazil. The performance of the in-house ELISA was also evaluated in samples from other relevant infectious diseases, including HIV, hepatitis C (HCV), syphilis (SYP), visceral leishmaniasis (VL), and American tegumentary leishmaniasis (ATL), and noninfected controls (NI). Further analysis was performed to evaluate the applicability of this in-house methodology for monitoring Chagas disease morbidity into three groups of patients: indeterminate (IND), cardiac (CARD), and digestive/mixed (DIG/Mix), based on their clinical status. RESULTS: The analysis of total IgG reactivity at serum dilution 1:40 was an excellent approach to Chagas disease diagnosis (100% sensitivity and specificity). The analysis of IgG subclasses showed cross-reactivity, mainly with NI, VL, and ATL, at all selected serum dilutions. Based on the data analysis, the IND group displayed higher IgG3 levels and the DIG/Mix group presented higher levels of total IgG as compared with the IND and CARD groups. CONCLUSIONS: These findings demonstrated that methodology presents promising applicability in the analysis of anti-T. cruzi IgG reactivity for the differential diagnosis and evaluation of Chagas disease morbidity.
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INTRODUCTION: Since the emergence of antiretroviral therapy, the survival of patients infected with human immunodeficiency virus has increased. Non-adherence to this therapy is directly related to treatment failure, which allows the emergence of resistant viral strains. METHODS: A retrospective descriptive study of the antiretroviral dispensing records of 229 patients from the Center for Health Care, University Hospital, Federal University of Juiz de Fora, Brazil, was conducted between January and December 2009. RESULTS: The study aimed to evaluate patient compliance and determine if there was an association between non-adherence and the therapy. Among these patients, 63.8% were men with an average age of 44.0 ± 9.9 years. The most used treatment was a combination of 2 nucleoside reverse transcriptase inhibitors with 1 non-nucleoside reverse transcriptase inhibitor (55.5%) or with 2 protease inhibitors (28.8%). It was found that patients taking lopinavir/ritonavir with zidovudine and lamivudine had a greater frequency of inadequate treatment than those taking atazanavir with zidovudine and lamivudine (85% and 83.3%, respectively). Moreover, when the combination of zidovudine/ lamivudine was used, the patients were less compliant (χ2 = 4.468, 1 degree of freedom, p = 0.035). CONCLUSIONS: The majority of patients failed to correctly adhere to their treatment; therefore, it is necessary to implement strategies that lead to improved compliance, thus ensuring therapeutic efficacy and increased patient survival.
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INTRODUCTION: This study aimed to evaluate the response to hepatitis B (HB) revaccination of healthcare workers (HCW) who are negative for antibodies to HB surface antigen (anti-HBs) after a complete vaccination series. METHODS: HCW whose anti-HBs test was performed > 90 days after a HB vaccination course were given a 4th dose. A post-vaccination test was done within 30 to 90 days. RESULTS: One hundred and seventy HCW were enrolled: 126 (74.1%) were anti-HBs-positive after the 4th dose. CONCLUSIONS: Rechecking anti-HBs after the 4th HB vaccine dose is a practical approach in case of post-vaccination tests performed >90 days after the full vaccination course.