12 resultados para Rosa officinalis

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Este artigo discute a temática da loucura por meio da análise dos contos “O alienista”, de Machado de Assis, e “A terceira margem do rio”, de Guimarães Rosa; privilegiando a abordagem que neles encontramos dos discursos político e social da época. Esclarecemos que a história faz parte das obras de Machado e Rosa não como instrumento de protesto social, mas como um vínculo indissociável entre literatura e sociedade.

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RESUMO: Em Grande sertão: veredas, de Guimarães Rosa, há uma ligação intensa entre poesia e pensamento. Pretendemos com o presente texto especular, então, em torno dessa aproximação entre a poesia e o pensamento na obra do autor, partindo da narrativa do personagem e narrador Riobaldo. A linguagem como expressão do pensamento e da poesia é na obra de Guimarães Rosa, antes de tudo, saga, isto é, linguagem que mostra, que faz aparecer o real sem que, no entanto, se comunique nada a respeito desse mesmo real. Desta forma, a linguagem é o que em Grande sertão: veredas faz exceder a realidade para além de seus contornos, de suas margens.

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This paper analyzes the short story "Intruge-se" within the book Tutameia (1967) from the brazilian writer João Guimarães Rosa. We shall approach the relation between the main character and a mystery involving a murder he decides to solve. The tale reveals a twofold perspective, that allows, not just bare reading, but a meditation about the human nature. We will tour the tale with thorough look and proposed to find, in the intricacies of writing rosiana, the multiple meanings that involve the actions and choices of the main character and how, through them, the author seeks to represent one of the most pressing questions of humanity. We intend to show how the aesthetic element acts in the formation of the individual, providing in addition to an objective experience of leisure, also a spontaneous learning ability which inexcusably enforces the reader's restlessness and need to reflect. This work is an observation about the story and what makes it what it is. Guimarães Rosa traces this story about subjectivity worlds, worlds that involve a context that triggers the story, which want to refer the reader out of it, which provides a spiral, by nature of its form, the most varied questions about the actions and feelings humans. The experiences with this observation, as well as those arising from variations, resulting in a rich learning, in that it enables and habituate critical eye, doubt and reflection. With that purpose, literature functions as a learning gear, according to what is sustained by Antonio Candido.

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O presente estudo apresenta algumas reflexões acerca do pensamento infantil e seus aspectos poéticos. Para tanto, inspiramo-nos em um conto de João Guimarães Rosa, extraído do livro Primeiras estórias, intitulado “A partida do audaz navegante”. A protagonista do conto é uma criança cujo olhar poético é traduzido em um discurso também poético e polifônico, rico em desvios sintáticos e em criações vocabulares insólitas e instigantes. O conto enfocado revela a presença de um olhar lírico e filosófico sobre as situações cotidianas, que rompem com os paradigmas tradicionais e trazem à tona o imprevisível. A protagonista da história em questão apreende e compreende a realidade pelo viés poético, criando, deste modo, revoluções discursivas poéticas para as situações cotidianas. E é justamente este olhar que a faz ver novas possibilidades onde ninguém consegue ver. Esta forma singular e imprevisível de produzir os discursos por parte da criança na obra de Guimarães Rosa é similar aos gestos discursivos da criança de um modo geral, que, no presente estudo, relacionamos aos do poeta. As surpreendentes desacomodações sintático-gramaticais presentes nas falas da protagonista, longe de serem encaradas como erros gramaticais, fazem-nos refletir sobre o vigor do discurso infantil e as suas idiossincrasias, reflexos de um universo lírico e criativo. O pensamento mágico da criança e sua perplexidade diante do universo que a cerca se expressam por meio de um discurso também mágico e insólito, como o dos poetas. Deste modo, por meio de um diálogo com o filósofo Bachelard, em sua Poética do devaneio, propomos, neste estudo, uma apreciação do discurso infantil no que ele possui de mágico e original, fruto de devaneios criativos, desamarrados dos condicionamentos da linguagem mecânica e instrumentalizada.

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This article presents an analysis of identity and representations of black women in the tales Keep Secret Esmeralda Ribeiro, Rosa and Fusilier and Voices d'Rachel de Queiroz Africa. The story of Esmeralda Ribeiro black author, published in Cadernos Negros: the best short stories (1998) reexamines Clara dos Anjos, Lima Barreto's novel character written between 1904 and 1922. In this work, the author lays bare, in a confessional tone, the daily life of Rio suburbs, from the perspective of racial prejudice, and is the protagonist as a passive woman, submissive, an object. Emerald, black writer, gives Clara a condition of the subject, building an identity as a woman and as a black. It is the chronicle of belonging. Rosa and the Marine and Voices of Africa Rose protagonist appointing chronic-tale first is the outcome of its history in the second text, both published in the first Rachel de Queiroz of chronic compilation entitled The Maiden and Moura Pie (1948 ). Rachel is the text representation of black women because they can not as white women have the lived experience as black to build identity and can do it in generalizing way considering his wife condition and his experience in the feminine universe. There are relations between the texts that go beyond the theme, Space Rio suburb and similarities between Rosa and Clara, Cassi and the Marines. You can see the works a dialogue between sex and race interests, identities and stereotypes, relationships that materialize in Literature.

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Affiliated with a literary context in which the poet seeks reconciliation between the self and the universe without rejecting the consciousness of the poetic process and the renovation of language, the poems of Guimarães Rosa in his book Ave, Palavra, are close to what Octavio Paz called "poetry of convergence." Such analogical point of view turns into metaphor in the poems through the myth of Narcissus and images that associate a reflexion and the meeting with the Other as a way to know yourself. This work presents a reading of these poetic compositions by examining how the analogy is established, relating those poems to his other works, identifying them, not as an accident in his trajetory, but as a work that carries Guimarães Rosa’s concerns explored in his literary career.

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Tutameia - Terceiras Estórias was published in July 1967 and it is the last book published by João Guimarães Rosa. The minimum narratives that make up the volume clash against the style presented by the author in previous works. Originally written for publication in the journal O Pulso, the 40 stories represent the capacity of the author to synthesize the fact narrated at the same the time the narrative extends the significant disposal through the words unspoken. The space unfolding narrative is the same that characterizes others works from Guimarães Rosa, populated by gangsters, cowboys, cattle herds and buritis. This article deals with the memorialist narrative strategy in “– Uai, Eu?” by Guimarães Rosa, a short story presented in Tutameia (1967). To accomplish that task, it was checked the literary criticism on the theme, highlighting considerations from Araújo (2001), Candido (2002), Coutinho (1997), Bosi (1988), Duarte (2001), Riedel (1980) and Santos (1991). As literary analysis procedure resorts on observation of the issues that make up the narrative organization of the short story, according to the narratological perspective by Gérard Genette, in Narrative discourse. The compositional details observation indicates a narrative strategy that works as an adjunct in narrator’s triparted goal: intelligence, kindness and justice. It concludes that the reformed and testimonial Jimirulino’s behaviour, represented by its own voice in narration, works as an argument in favor of the deponent that, through it, seems unable to perceive the contradictions in his own behavior at the crime time, in the past.

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Discorre-se, neste relato acerca de uma pesquisa relacionada à recepção da obra de João Guimarães Rosa no Vale do Urucuia, cenário de parte do romance Grande Sertão: Veredas. O objetivo principal da pesquisa foi levar a leitura dos textos rosianos às comunidades que se situam no território que inspirou o autor. Além disso, objetivou-se também desenvolver o letramento literário na mesma região. Destacam-se as “cirandas dialógicas” como procedimento metodológico eficaz, uma vez que os participantes do projeto se envolveram com os textos, mesmo com a ideia pré-formada de que a leitura do autor é difícil e para um grupo seleto. A proposta percorreu 5 comunidades da região e, a partir do relato, observam-se resultados positivos em relação à leitura de João Guimarães Rosa pelo interior do país: primeiro, as pessoas mais humildes e com pouca educação formal têm plenas condições de ler a obra do autor; segundo, o letramento literário, assim como outros letramentos, pode ser desenvolvido se houver um cuidado com as estratégias aplicadas para este fim.

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Em suas manifestações iniciais, a literatura na América Latina desempenhou um papel determinante no processo colonizador, funcionando muitas vezes como expressão dos padrões culturais do colonizador. Conforme desenvolveu-se, entretanto, a produção literária latino-americana possibilitou uma resistência às tendências colonizadoras, promovendo o resgate e revalorização de elementos característicos das tradições culturais nativas do continente americano. Esse papel de resistência foi amplamente estudado pelo crítico uruguaio Ángel Rama, sobretudo em seus escritos sobre a transculturação narrativa, conceito formulado a partir das contribuições do antropólogo cubano Fernando Ortiz. Rama mostrou-se particularmente interessado pelo modo como alguns escritores latino-americanos rearticularam no âmbito ficcional os aspectos próprios das tradições populares das regiões rurais da América Latina, criando a partir da fala dos habitantes do interior uma linguagem literária mais apropriada para expressar a visão de mundo engendrada por esses elementos culturais. Um dos autores estudados por Rama é Guimarães Rosa. De fato, os pontos centrais da proposta poética do escritor mineiro vão ao encontro do conceito de transculturação desenvolvido pelo crítico uruguaio. Nesse sentido, a proposta deste artigo é analisar o conto “Meu tio o iauaretê” (1961) para explicitar os procedimentos de transculturação narrativa empregados por Guimarães Rosa. O objetivo é explorar a partir da obra rosiana o papel de resistência cultural desempenhado pela literatura latino-americana, mostrando como o conto contribui para uma reafirmação e valorização de elementos próprios da cultura indígena frente a problemática da colonização.

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O presente trabalho analisa a figura do “excluído” no conto Famigerado pertencente à obra Primeiras Estórias de João Guimarães Rosa (1908-1967), e a partir da Teoria Crítica da Sociedade de Herbert Marcuse (1898-1979). Com base em uma revisão bibliográfica, observa-se que na filosofia de Herbert Marcuse os excluídos despontam como sujeitos capazes de mudar a realidade que estão inseridos. No conto Famigerado verifica-se que Damázio é um notório excluído da sociedade brasileira, excluído economicamente, excluído das cidades e um não-escolarizado que não tem acesso ao conhecimento produzido em linguagem oficial. Mas Guimarães Rosa não o retrata como um incapaz, mas sim um homem que tem o poder das armas, que luta para sobreviver e ter uma vida que considera digna. Marcuse define a literatura como uma das dimensões estéticas que estabelecem negação a realidade hodierna e pode falar a linguagem e experiência dos oprimidos e excluídos.

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O ator do espetáculo solo Espelhos, baseado em contos de Machado de Assis e de Guimarães Rosa,  Ney Piacentini  contribui, de modo singular, com o número temático da Revista Línguas&Letras, edição comemorativa, voltada aos estudos críticos e criativos em torno da obra de Guimarães Rosa, por meio de entrevista, por nós intitulada Guimarães Rosa: Incursões poéticas no palco.

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Este artigo trata da importância da expressão da cultura surda por meio da literatura surda, discutindo a construção do cenário de produções literárias, especialmente as adaptações. Servindo como mais uma ferramenta para profissionais que trabalham com literatura e folclore na educação de surdos. Durante anos a comunidade surda vem lutando por seus direitos de vez e de voz em meio a sociedade ouvinte e dominante, na adaptação para a literatura surda, o surdo vê-se representado. Tendo em vista ao deparar-se com as mesmas dificuldades propostas no texto dos personagens surdos, com a identidade e as lutas que no decorrer da literatura vai sendo descrita. Por meio de contos e lendas podemos alcançar a atenção para esse debate, despertando interesse de surdos e ouvintes para a cultura surda. Ver-se a relevância de mais produções nessa área, por isso realizamos esse trabalho e propomos a criação de outros. No Amazonas temos a Lenda do boto cor-de-rosa, adaptação da literatura escolhida, pois é um ícone na cultura ribeirinha contada, enaltecida em diversas correntes literárias. Essa adaptação também pode ser útil para disseminação nas escolas da rede pública e privada da Língua Brasileira de Sinais, cultura e literatura surda divulgando sua importância na quebra das barreiras comunicacionais, bem como apresentar a determinada lenda aos alunos surdos despertando-lhes o interesse e valorização na cultura e identidade nortista. Para embasamento teórico desse trabalho foram utilizados como referência alguns autores indispensáveis ao referir-se a temática da surdez, da literatura surda e da cultura: Strobel, Skliar e Eagleton.