4 resultados para RELATO AZUAYO

em Línguas


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Nesse artigo pretendemos demonstrar a maneira como o viajante italiano Antonio Pigafetta descreveu as coisas e as realidades com as quais se deparou na primeira viagem ao redor do mundo, acompanhando a armada de Fernão de Magalhães. O diário da viagem de Pigafetta contém a descrição de objetos, fauna, flora, culturas que eram até então desconhecidas ao europeu: desse modo a descrição da coisa contém especificações tais que constituem por si só um enunciado enciclopédico. Para o viajante italiano não importa o referente linguístico, a palavra, mas sim todos os processos discursivos que a contém: a forma, o sabor, o aspecto, o uso, etc., de modo que o seu leitor possa visualizar, comparar, e até mesmo sentir a ‘coisa’ descrita. Como afirma Nunes (1997, p.16): “Nos relatos dos viajantes [...] temos um desencadeamento de processos de referências, dos quais resulta uma espécie de sintonização da relação entre palavras e coisas, incluindo-se aí mecanismos de nomeação, de tradução, de identificação, que se inserem nas formas narrativas, descritivas e dialogais dos relatos.” Percebe-se que o significado da unidade lexical é explicitado mediante um percurso semasiológico que marca uma forte relação entre o conhecimento de mundo do viajante e o sujeito que o interpreta. 

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Desde a publicação dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN – BRASIL, 1997; 1998), os gêneros textuais são propostos como objeto de ensino de Língua Portuguesa (LP) e de Línguas Estrangeiras (LE) nos níveis Fundamental e Médio. Na prática, isso implica o planejamento e a execução de um trabalho com enunciados concretos, ou seja, com textos que circulam num contexto real de interação verbal, e não mais uma abordagem da língua voltada para a estrutura descontextualizada do processo enunciativo. Esse enfoque sustenta a proposta apresentada no Projeto de Iniciação Científica Voluntário (PICV) intitulado Práticas de leitura pautadas na proposta de sequência didática com gêneros textuais, aplicada em Cascavel/PR, numa turma de 5ª série do Ensino Fundamental, durante o segundo semestre de 2008, sendo a mesma objeto de reflexão e apresentação do presente artigo. Essa pesquisa tem, como base teórica, os estudos de Bakhtin (2003) e Bakhtin/Volochínov (2006), a proposta de ensino de língua materna do grupo de Genebra (DOLZ; NOVERRAZ; SCHNEUWLY, 2004) e a adaptação desta ao contexto educacional da região Oeste do Paraná, realizada por Costa-Hübes e colaboradores (AMOP, 2007a; 2007b).

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Neste estudo analisamos o relato de Caminha, entendendo que o relato de viagem constitui-se no entremeio da história e da literatura. Essa aproximação entre estas formas de conhecimento ou discursos sobre o mundo dilui fronteiras. A relação de aproximação e distanciamento faz emergir no discurso em análise elementos constitutivos desses campos de conhecimento. A Carta de Caminha é parte do processo histórico de constituição do outro e de apropriação do espaço descoberto. Tal como outros viajantes o escrivão valeu-se da tradição para dar conta do novo. Historicamente o relato de viagem servia para contar aos reinos e às confrarias do sucesso de seus investimentos. Embora cumprisse uma praxe e seu discurso tivesse um tom oficial, foi também com elementos do maravilhoso que Caminha descreveu os acontecimentos do tempo presente da chegada à terra. Assim, visão e apropriação, mito e maravilhoso constituem esse discurso que se insere tanto na história e quanto na literatura.    

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Enquanto um fantasma branco de um velho ou de uma mulher demoníaca fia uma linha translúcida e frágil em uma tenda, um samurai poderoso, com um punho fortemente cerrado sobre sua espada, percebe que seu destino está sendo desenrolado ali, e partir-se-á tão facilmente quanto o fio de uma teia de aranha. Um outro samurai, não tão jovem, mas com uma espada em riste, derrama seu sangue em terra familiar. Um menino e uma menina têm de vestir máscaras demoníacas a fim de sobreviver em um mundo que não permite a doçura. Estes são alguns dos personagens e dos temas encontrados freqüentemente na obra de Akira Kurosawa; motivos sinistros e dolorosos, recusados geralmente por mentes comuns, mas abraçados com coragem pelo gênio brilhante e sensível que transforma tudo isto em arte e beleza. Isto é o que procuraremos nesse ensaio: o casamento da beleza com o sofrimento em seus filmes, como aconteceu também em sua vida e foram encenados em seus filmes com suas leituras prediletas, as pinturas que admirava, a música da qual gostava, como uma parte essencial do trabalho científico, como disse Fritjoff Capra, n’O Tao da Física, refere-se a minha vida também, pois era inevitável, sendo um fotógrafo deste casamento como fui.