3 resultados para Festschrift

em Línguas


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O presente trabalho aborda uma reflexão sobre como a Linguística Aplicada tem encaminhado suas pesquisas nos últimos anos e em que tem se debruçado para continuar a sua trajetória e conseguir alcançar e firmar o status que almeja enquanto produtora de conhecimento científico. O artigo destaca os aspectos mais relevantes da Linguística Aplicada, principalmente no Brasil, procurando mostrar o que os maiores nomes da área têm defendido, em que concordam e discordam, como têm direcionado a questão das inovações temáticas e epistemológicas e como as pesquisas atuais colaboram com os estudos linguísticos em geral. O entendimento desse estudo é de que a Linguística Aplicada no Brasil tem conseguido produzir substanciosa teoria proveniente de estudos da linguagem enquanto prática social, articulando pesquisas feitas de maneira transdisciplinar e insistindo na importância de voltar o olhar para os problemas localizados nas margens da modernidade recente. Fica claro, nesta observação, que apesar dos incontáveis desafios para essa área de estudo conquistar o espaço merecido entre outras áreas de prestígio, a Linguística Aplicada tem conseguido mostrar que fazer ciência no contexto atual requer olhares dispostos a abandonar crenças inarredáveis nos conhecimentos disciplinares tradicionais, promovendo pesquisas mais alinhadas com os problemas reais que emergem da superdiversidade da modernidade recente.http://dx.doi.org/10.5935/1981-4755.20170021

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O objetivo do artigo é discutir a condição do inglês como língua franca (ILF) na contemporaneidade, demonstrando que o seu avanço pelo mundo é um fenômeno sui generis, de caráter transcultural e que transcende a concepção tradicional de língua franca (OSTLER, 2010; MAURANEN, 2018). Em diálogo com os estudos de descolonialidade (QUIJANO, 2007; MIGNOLO, 2010), translinguismo (CANAGARAJAH, 2013; GARCÍA; WEI, 2014) e a partir das implicações político-pedagógicas das pesquisas em ILF (SEIDLHOFER, 2011; COGO, 2015), defende-se aqui um processo de descolonização de crenças, atitudes, premissas e métodos nos mais diversos níveis, visando, entre outros aspectos, à des(re)construção de discursos e práticas daqueles envolvidos diretamente com o ensino do idioma.

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Historicamente, o espanhol sempre esteve à margem das políticas de ensino de línguas no Brasil. Entretanto, nos últimos quatorze anos, vivenciamos dois processos que mudaram os rumos do ensino de línguas, a oficialização e a desoficialização do ensino do espanhol na educação básica. Dessa forma, nosso objetivo é discutir a(s) política(s) linguística(s) que levaram à oficialização e desoficialização do ensino do espanhol, bem como compreender, a exemplo do Amapá, como se deu a implementação do ensino desta língua nas escolas da rede pública. Para tanto, valemo-nos de discussões teóricas de autores como Paraquett (2014, 2009), Rajagopalan (2016, 2014) e Lagares (2013). Assim, a partir dos dados que dispomos, é possível observar que a a falta de clareza da regulamentação estadual refletiu em uma dúbia interpretação pelas escolas da rede pública, o que possibilitou que o ensino do espanhol fosse utilizado inclusive para preenchimento de lacunas de horários. Além disso, cumprimento das políticas linguísticas está acima da preocupação com o processo de ensino-aprendizagem, uma vez que a formação de professores também deveria fazer parte planejamento linguístico.