24 resultados para Língua portuguesa Vícios de linguagem

em Universidade Federal do Pará


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Nesta dissertao de mestrado, objetivamos investigar a relao entre o professor e o livro didtico na 4 srie do ensino fundamental em seis escolas pblicas, localizadas na cidade de Belm. Para tanto, buscamos perceber quais critrios adotados na seleo, quais objetos de ensino evidenciados no livro e nas aulas de língua portuguesa, quais sees usadas e quais estratgias instauradas pelas professoras no momento em que usam o livro didtico. Neste estudo, adotamos uma pesquisa de carter etnogrfico, pois consideramos as vozes das professoras sobre o processo de seleo e a utilizao do livro em sala de aula. Fazemos uso tambm de idias de base scio-interacionista de Vygotsky (1984, 2003) e Bakhtin (1993, 1997, 1999) a respeito da linguagem, da interao, da construo do sujeito, dentre outras; e recorremos a alguns estudos referentes ao ensino de língua portuguesa e ao livro didtico. Na anlise, refletimos sobre as propostas dos livros didticos (publicados entre 2003 e 2005) atinentes compreenso e produo (oral e escrita) e sobre o objeto de ensino priorizado nesse material. Analisamos as entrevistas com seis professoras e as aulas de língua portuguesa, comparamos as propostas dos livros s das professoras e apresentamos algumas sugestes para um melhor aproveitamento do livro. Os resultados da pesquisa indicam que os livros didticos, adotados pelas escolas envolvidas neste estudo, parecem no desempenhar a funo de direcionadores do ensino nem assumir a funo das professoras, uma vez que eles so apenas utilizados para complementar as atividades, planejadas previamente por elas.

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Esta pesquisa teve como objetivo identificar e analisar quais as possveis dificuldades advindas da linguagem que alunos enfrentam na converso da língua natural para a linguagem matemtica. A investigao foi realizada ao longo do ano letivo de 2008 em classes de Ensino Mdio de duas escolas pblicas da cidade de Belm, onde foram coletadas informaes por meio de registros produzidos pelos alunos em testes e avaliaes bimestrais. Para subsidiar a investigao foram utilizadas, como aporte terico, idias de Raymond Duval acerca da teoria dos registros de representao semitica; o conceito de significado ligado a filosofia da linguagem segundo Wittgenstein; algumas consideraes feitas por Gottlob Frege sobre a distino entre sentido e referncia assim como algumas idias do filsofo Gilles-Gaston Granger no que concerne ao problema das significaes e do aspecto formal da linguagem matemtica. As anlises das informaes que foram coletadas no decorrer do processo investigativo revelaram que, na perspectiva dos alunos, a converso da língua natural para a linguagem matemtica se depara com quatro tipos de dificuldades: a primeira apontou para o fato de existirem em cada registro de representao de um mesmo objeto matemtico, diferentes contedos a serem mobilizados; a segunda mostrou que os alunos fracassam ao realizar a converso da língua natural para a linguagem matemtica quando no interpretam corretamente as regras matemticas implcitas no enunciado de uma situao problema; a terceira surgiu do fato de existirem no texto de uma situao problema, palavras que os alunos no compreendiam o seu significado ou que geravam ambigidade de sentidos; a quarta surgiu a partir do fato dos alunos no conseguirem compreender o significado matemtico das letras utilizadas nos enunciados dos problemas.

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Esta pesquisa tem como objetivo analisar processos de construo da identidade do professor de língua materna na imprensa, legitimada no apenas por seus discursos, mas como uma construo que se estabelece socialmente e encontra na mdia um lugar privilegiado para sua emergncia. O corpus composto por textos coletados de revistas, jornais, blogs e sites, que tratam de ensino de língua portuguesa, assinados por professores ou por outros profissionais. Este trabalho de pesquisa se baseia nos postulados da Anlise do Discurso e das Cincias Sociais, por meio dos conceitos de Discurso, Hegemonia e Memria Discursiva, abordados no primeiro captulo desta dissertao, em que perceberemos como estes conceitos ajudam na reproduo dos discursos (pblicos) e na construo identitria do professor de língua portuguesa. A noo de Formao Discursiva abordada no segundo captulo, com base nos postulados tericos de Foucault (2004) e Pcheux (2009), bem como a circularidade nas posies de Identificao e Contra-identificao. As Formaes Imaginrias (PCHEUX, 1997) servem de ancoragem terica para o terceiro captulo, em que analisamos como os professores ocupam lugares (A, B e R) nos discursos, validados por eles mesmos ou por aqueles que enunciam publicamente. No quarto captulo discutimos a polmica estabelecida entre as duas Formaes Discursivas por meio da noo Simulacro MAINGUENEAU, 2005), abordada no mesmo captulo, em que percebemos imagens distorcidas projetadas nos discursos. Buscamos demonstrar a importncia dos estudos discursivos no campo do ensino-aprendizagem, partindo do pressuposto de que a formao dos professores tem se dado no apenas por prticas pedaggicas, mas tambm em prticas discursivas. Na anlise destes dados, estamos buscando o lugar discursivo do professor e a maneira que este professor, ao tomar a palavra na imprensa, forja sua identidade. Espera-se com este trabalho verificar como o professor de língua portuguesa tem legitimado sua(s) identidade(s) no ambiente miditico, que tem se mostrado um lugar de grande efervescncia discursiva e instncia de formao e reproduo de discursos sobre ensino de língua materna.

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Este trabalho tem como objetivo investigar a forma como os estudantes de Letras, em nveis de formao diferentes, incorporam o conceito de gnero em seu discurso a partir de sua produo escrita. Procuramos refletir sobre a tentativa de construo de um ethos que busca a criao de uma imagem agradvel e confivel, mas que nem sempre sustentada por argumentos no discurso. Teoricamente, este trabalho se insere nas reas de leitura e escrita e anlise do discurso, especificamente nas reflexes de Bakhtin sobre o gnero e nos estudos sobre discurso de Foucault, Pcheux e Maingueneau. luz desse quadro terico, realiza-se uma investigao sobre a forma como tem se realizado a incorporao do conceito de gnero no discurso dos estudantes de Letras durante o perodo da graduao e ps-graduao, levando-se em conta a cobrana da sociedade a partir de um novo paradigma de ensino. A realizao desta pesquisa consistiu em trs etapas: as leituras para o embasamento terico, a coleta de dados e a anlise. Para a coleta de dados foi utilizado um corpus de trs Trabalhos de Concluso de Curso, TCCs, escritos dentro de um recorte temporal na Universidade Federal do Par, contamos tambm cinco Dissertaes de Mestrado de diversas universidades, pblicas e particulares, de nosso pas. A anlise dos dados divide-se em duas partes: um recorte panormico das regularidades de uma formao discursiva presentes em diferentes enunciados e a anlise das disperses do discurso presentes num mesmo enunciado. Chegou-se concluso de que h, no discurso desses acadmicos, a presena constante de uma tenso que aponta para um sujeito interpelado por discursos conflitantes em sua formao profissional, discursos estes incompatveis e provenientes de diferentes lugares que o constituem.

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Os povos indgenas que habitavam o Vale do Amazonas durante o perodo da colonizao portuguesa foram submetidos em distintos momentos, por diferentes agentes e por variados instrumentos, a incisivos processos de aculturao visando sua insero no mundo civilizado. Sendo o uso das letras humanas, compreendido pela prtica da leitura e da escrita na língua portuguesa sua maior evidencia. Durante um sculo (1650-1750) a Companhia de Jesus destacou-se entre as ordens regulares que se estabeleceram na regio como aquela que mais implantou aldeias missionrias objetivando alm da catequese o ensino das letras humanas aos povos nativos. Na segunda metade do sculo dezoito no contexto da chamada Era Pombalina o Estado Luso, a partir especialmente das cartas e relatrios de Francisco Xavier de Mendona Furtado Governador do Estado do Gro- Par e Maranho entre 1751 e 1759, oficializou a viso que denunciava o lamentvel estado do ensino no Vale do Amazonas evidenciado no descaso das ordens missionrias em geral e dos jesutas em particular, com o ensino da língua do Rei aos sditos nativos. Prova maior desta incmoda realidade era o uso massificado da chamada Língua Geral em detrimento da língua portuguesa. Em face desta realidade e considerando que o uso da língua portuguesa se constitua a base fundamental da civilidade conforme expressava o texto do Directrio que se deve observar nas povoaes dos ndios do Par e Maranho, O Estado encampa e assume a tarefa de promover o ensino das letras humanas nas Vilas, Lugares e Povoaes do Vale do Amazonas. Tarefa que o sucessor de Mendona Furtado o Governador Manuel Bernardo de Mello e Castro (1759-1761) envidar grande esforo e particular empenho para cumprir, em face dos enormes obstculos estruturais e conjunturais que se apresentavam. Esta dissertao tem como objetivo essencial melhor compreender estes eventos, perscrutando o seu processo, destacando seus percalos e refletindo sobre suas consequncias para os povos indgenas que o vivenciaram.

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Este trabalho est inserido na confluncia entre a Lingustica e o Ensino-Aprendizagem de Língua e tem como objetivo investigar a maneira como se configura a autoria em atividades de ensino de Língua Portuguesa produzidas por graduandos de Letras (UFPA).Para tanto, precisamos percorrer as discusses j empreendidas sobre a formao do professor de língua portuguesa, principalmente acerca das perspectivas da reflexividade(-crtica) (CONTRERAS, 2002;PIMENTA, 2005;MAGALHES, 2004;HORIKAWA, 2004), da discursividade (TPIAS-OLIVEIRA, 2005;EUFRSIO, 2007;FAIRCHILD, 2009; 2010 etc.), e na de materiais de ensino de língua(MARCUSCHI, 2002;SALZANO, 2004;LEFFA, 2003;CERQUEIRA, 2010), dasnoes tericas no campo do discurso de autoria (FOUCAULT, 2006a; 2006b; BARTHES, 1984; POSSENTI, 2002; entre outros), subjetividade (PCHEUX, 2010; BAKHTIN, 1997; AUTHIER-REVUZ, 1990; 2004; entre outros), escrita (NASIO, 1993; GERALDI, 1997;RIOLFI, 2003; 2008). Inserida ao Projeto de Pesquisa O desafio de ensinar a leitura e a escrita no contexto do ensino fundamental de nove anos e da insero do laptop na escola pblica brasileira, que dentre seus objetivos tem o de refletir acerca da formao inicial de professores (Licenciatura em Letras e Pedagogia) e sua relao com as demandas emergentes do cotidiano escolar brasileiro, esta pesquisa teve uma abordagem qualitativa, j que de carter descritiva/interpretativista,com a coleta do corpus em dois contextos: (i) na disciplina Recursos Tecnolgicos no Ensino do Portugus (1 semestre de 2011), como professor e (ii) na disciplina Estgio no Ensino Fundamental(1 semestre de 2012), como observadoras aulas ministradas pelo professor da disciplina. Nesses dois momentos, houve registro e documentao dos materiais para ensino de língua elaborados pelos graduandos.A anlise se deu da seguinte forma: compreenso global de todos os exerccios a fim de se descrever tipologicamente as atividades e mapear as vozes discursivas que as entrecortam; em seguida, detivemo-nos em seteatividades para analisar a maneira como se deu o gerenciamento das vozes, a constituio da subjetividade e por fim os indcios de autoria presentes nos exerccios. Os resultados mostram certa dificuldade dos graduandos em gerenciar as vozes (i) das orientaes terico-metodolgicas da rea, (ii) do material lingstico-discursivo objeto de ensino e (iii) do suposto aluno alvo da atividade para que consigam de forma original serem autores de seus exerccios, e no serem meros consumidores de teorias e de materiais didticos prontos para serem aplicados em sala de aula.

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A presente pesquisa investiga como os sujeitos envolvidos no processo de aprendizagem de Portugus no curso de formao de professores do Bacharelato emergencial em Cincias Naturais, ofertado em Timor-Leste pela cooperao brasileira no perodo entre outubro/2009 e dezembro/2010, traduzem / interpretam o discurso de (re)introduo da língua portuguesa nesse pas. A pesquisa baseia-se em dados produzidos ou reconstitudos a partir de minha experincia como professora do curso de formao de professores em língua portuguesa, atravs do Programa de Qualificao e ensino da Língua Portuguesa em Timor-Leste (PQLP), coordenado pela Fundao CAPES. Para proceder discusso, tomo como ferramentas terico-metodolgicas conceitos de Maingueneau (2008), especialmente os de interincompreenso e simulacro, como tambm os conceitos de estratgia e ttica de Michel de Certeau (2012), que compem seu modelo polemolgico das apropriaes culturais. As anlises apontam que a maneira como cursistas e formador se apropriam do discurso da poltica de (re)introduo da língua portuguesa em Timor determinada por formaes discursivas diferentes, e que a relao interdiscursiva estabelecida entre elas desencadeia o fenmeno da interincompreenso. Compreender como essas formaes discursivas se traduzem mutuamente na sala de aula, dentro das atividades que a princpio se destinariam ao ensino e a aprendizagem do portugus, contribui para que se possa (re)definir as intervenes didticas das aulas de Portugus na formao de professores, assim como a poltica de (re)introduo do portugus em Timor-Leste. Defendemos que o ensinoaprendizagem do portugus, no contexto de Timor-Leste, precisa ser compreendido no apenas do ponto de vista didtico, no que diz respeito construo e mediao de saberes entre alunos e professores, como tambm do ponto de vista ideolgico, uma vez que nesse pas as propostas de formao atuais representam um projeto que pode conflitar com valores e crenas existentes na sociedade a respeito do idioma portugus e da relao entre a escola e outras instituies.

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Contra a ideia de que os conhecimentos tcnicos do professor de língua materna sirvam prioritariamente ao contedo de seu ensino ou ao planejamento de suas aulas, neste artigo, discute-se o preceito de que tal conhecimento seja assumido tambm como base para a elaborao de uma atitude a ser mantida nas interaes face a face da sala de aula. Essa atitude diz respeito constante necessidade de tomar decises diante do inesperado e aponta para a construo de um lugar discursivo especfico do professor de língua - o de quem escuta a palavra do aluno e a enlaa sua, de maneira a garantir que a assuno de um lugar de sujeito passe por uma reflexo sobre os meios lingusticos disponveis para tanto. Toma-se como exemplo para esse debate a interpretao inusitada que alguns alunos fazem da palavra "rataria", presente num texto de Monteiro Lobato. Discutem-se certas atitudes que poderiam ser tomadas em relao a esse erro de leitura e suas implicaes: requisitar a modificao da resposta, modificar o material didtico, explicitar o trabalho lingustico subjacente ao erro ou utilizar o erro como pretexto para outras atividades. Os encaminhamentos discutidos fundamentam-se na premissa de que erros e outras manifestaes imprevistas no apenas revelam procedimentos de construo do conhecimento, mas tambm oferecem oportunidades importantes para que o professor se faa incluir na palavra do aluno, sendo, portanto, um aspecto fundamental na construo de uma relao em que o ensino se torne possvel.

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A presente pesquisa desenvolve uma discusso acerca da formao inicial de professores de Licenciatura em Letras - Portugus. A crise pela qual passa a educao no Brasil hoje afeta a universidade brasileira e tem reflexos diretos sobre a qualidade da educao bsica, na medida em que deveria constituir centro de formao, reflexo e produo de conhecimento para a escola. Os problemas que a universidade encara, especificamente no tocante s licenciaturas, tm razes muito mais complexas do que a formulao de metas quantitativas para a formao inicial de professores ou para a alocao de recursos financeiros. Logo, importante (e necessrio) que se conhea melhor a constituio dos cursos de licenciatura que esto formando os professores contemporneos. A pesquisa proposta tem como objetivo investigar, em duas instituies de ensino superior da regio metropolitana de Belm-PA (uma pblica e uma privada), a constituio das disciplinas de Metodologia do Ensino de Língua Portuguesa, denominadas como MELP. O quadro terico que norteia este trabalho o da Anlise do Discurso de linha francesa, de maneira particular os conceitos de Funo Enunciativa, Formao Discursiva e Disciplina, apresentados por Michel Foucault em suas obras Arqueologia do Saber (1987) e A Ordem do Discurso (1996). Analisamos dados coletados em pesquisa documental (Projeto Pedaggico do Curso, Ementas, Planos de ensino e Material didtico) e pesquisa de campo (observao em sala de aula, anotaes de alunos e dirio de campo), com o intuito de verificar quais elementos de disciplinas, no sentido foucaultiano (FOUCAULT, 1996), se fazem presentes na constituio das atividades curriculares de MELP desses Cursos de Licenciatura em Letras. Os dados de duas disciplinas foram analisados a fim de identificar que objetos, mtodos, proposies, definies/conceitos so reconhecidos e de que maneira se relacionam. Os resultados mostram um cenrio bem diverso quanto organizao das atividades de prtica de ensino e estgio supervisionado nos dois cursos no que tange a) distribuio da carga horria no currculo; b) articulao de objetos, mtodos, conceitos e proposies de disciplinas variadas e c) ao prprio papel do aluno de Letras. O desafio que se apresenta constituir as MELP a partir de um processo disciplinar de produo de saberes.

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Nos anos 80, a crise vivenciada pela escola pblica, materializada no aumento da repetncia e da evaso escolar, teve como conseqncia uma maior conscientizao por parte dos estudiosos da rea de educao em relao necessidade de melhorar o processo de ensino/aprendizagem. Na rea da avaliao escolar, essa crise, dentre outros problemas, fez com que os estudiosos dessa rea criticassem o tipo de avaliao exclusivamente somativa, predominante nas prticas avaliativas tradicionais, e valorizassem a avaliao de cunho mais formativo. Surgiram ento numerosas propostas de transformao das prticas avaliativas, dentre elas a avaliao autntica, a democrtica, a dialgica, a formativo-reguladora, a mediadora, a avaliao para conhecer e a participativa, geralmente pouco ou nada especficas no que tange ao ensino de línguas. A aparente multiplicidade de concepes avaliativas e as dificuldades que essa variedade suscita para o professor de portugus língua materna por si s justificam que seja empreendido um estudo no sentido de oferecer a este profissional melhor clareza conceitual e condies para integrar reflexo em língua e reflexes em avaliao. O objetivo deste trabalho contribuir para melhor conhecer as noes que envolvem a concepo formativa de avaliao com vistas integrao de concepes mais atuais de avaliao no processo de ensino/aprendizagem de portugus língua materna, condio sine qua non para a renovao efetiva dessa rea. A hiptese centra-se na idia de que por trs dessas diferentes propostas, expostas nas modalidades de avaliao apresentadas pelas obras do corpus, h caractersticas que se interseccionam, ligando essas modalidades de avaliao entre si e concepo formativa de avaliao. Essa pesquisa fundamenta-se, por um lado, nas concepes formativa e formadora de avaliao da aprendizagem1 (NUNZIATI, 1990; ALLAL, BAIN & PERRENOUD, 1993; BONNIOL & VIAL, 2001), bem como nos estudos sobre autoavaliao e autorregulao da aprendizagem (ALLAL, 1993; PERRENOUD, 1993; PARIS & AYRES, 2000), e por outro, nas concepes que influenciam o ensino/aprendizagem do portugus, como as concepes de linguagem e as concepes de ensino/aprendizagem de línguas (GERALDI, 1984; BERTOCHINI & CONSTANZO, 1989; SOARES, 1998). Este estudo foi realizado por meio de uma pesquisa bibliogrfica, tendo como corpus obras impressas e acessveis aos profissionais de educao brasileiros, as quais apresentam modalidades de avaliao que respondam ao critrio principal de se apresentarem como uma alternativa avaliao tradicional, favorecendo o processo de aprendizagem. Esta pesquisa aponta o desenvolvimento das competncias avaliativas como meio de ampliao das competncias discursivas e a avaliao formativa a servio da aprendizagem da língua materna.

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Ensinar a produzir textos escritos em Portugus Língua Estrangeira (PLE) com turmas heterogneas do ponto de vista lingustico-cultural uma tarefa complexa que requer do professor (e do aprendente) um desempenho direcionado para a ao. Partindo desse fato, prope-se aos alunos do Programa de Estudantes-Convnio de Graduao (PEC-G) do MEC um trabalho com orientaes metodolgicas baseadas em uma Perspectiva Acional que considera o estudante como ator social que cumpre tarefas em situaes especficas, o que tambm nos direciona para uma concepo de língua-linguagem focada no interacionismo e para os gneros textuais. O objetivo analisar o desenvolvimento das habilidades de produo escrita dos alunos, em Portugus, e o impacto da heterogeneidade lingustico-cultural da turma nesse ensino. O corpus do trabalho foi composto por produes textuais de gneros da modalidade escrita da língua portuguesa como carta, artigo de opinio, e-mail etc., escritos pelos alunos do PEC-G. A hiptese aqui levantada a de que o ensino-aprendizagem da produo escrita a pblicos heterogneos do ponto de vista lingustico-cultural otimizado quando, nas prticas de sala de aula, se leva em conta concretamente o impacto dessa heterogeneidade e se insere os aprendentes em contextos significativos, com tarefas que tm um propsito e que os levam a agir em situao real e/ou simulada.

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O processamento de voz tornou-se uma tecnologia cada vez mais baseada na modelagem automtica de vasta quantidade de dados. Desta forma, o sucesso das pesquisas nesta rea est diretamente ligado a existncia de corpora de domnio pblico e outros recursos especficos, tal como um dicionrio fontico. No Brasil, ao contrrio do que acontece para a língua inglesa, por exemplo, no existe atualmente em domnio pblico um sistema de Reconhecimento Automtico de Voz (RAV) para o Portugus Brasileiro com suporte a grandes vocabulrios. Frente a este cenrio, o trabalho tem como principal objetivo discutir esforos dentro da iniciativa FalaBrasil [1], criada pelo Laboratrio de Processamento de Sinais (LaPS) da UFPA, apresentando pesquisas e softwares na rea de RAV para o Portugus do Brasil. Mais especificamente, o presente trabalho discute a implementao de um sistema de reconhecimento de voz com suporte a grandes vocabulrios para o Portugus do Brasil, utilizando a ferramenta HTK baseada em modelo oculto de Markov (HMM) e a criao de um mdulo de converso grafema-fone, utilizando tcnicas de aprendizado de mquina.

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Este estudo tem sua gnese em nossas indagaes e insatisfaes profissionais frente a um ensino tradicionalmente normativo de língua materna que, em confronto com os recentes estudos sobre a linguagem, tem contribudo para a cristalizao de uma imagem mitificada e reduzida da docncia. Partimos do pressuposto de que h mais sombra do trabalho do professor do que tem sido visto pelos estudos que se limitam aos procedimentos da denncia e da receita e chegamos concluso de que o dilogo entre a escola e a academia muito pode contribuir para o avano da profissionalizao e para a reduo da proletarizao do ensino na educao bsica, em nosso pas. Para constituir nossos dados, implementamos uma pesquisa de cunho colaborativo-etnogrfico junto a uma turma de alunos de primeiro ano de ensino mdio de uma escola pblica da periferia de Belm. Gravamos, em udio e vdeo uma seqncia de ensino sobre o gnero discursivo seminrio escolar, cujas aulas, aps gravadas, foram transcritas grafematicamente e resumidas pelo instrumento da sinopse. As transcries e a sinopse so os dados em que analisaremos o trabalho docente e os instrumentos didticos utilizados pelo professor para instituir o gnero seminrio escolar em objeto de ensino e transform-lo em objeto ensinado. Organizamos nosso estudo em cinco captulos: no primeiro, aportamos, do campo da Didtica, as vozes tericas de: Chervel (1998), Chevallard (1991), Geraldi (2003), Soares (2002) e Tardif e Lessard (2005); no segundo captulo, tambm de carter terico, buscamos fundamentar nossas concepes a respeito das relaes entre linguagem e ensino a partir de Bakhtin (1997; 2003), Vigotski (2005) e Schneuwly, Dolz e colaboradores; no terceiro captulo, convocamos Andr (1991; 1995) e Moita Lopes (1994; 1998; 2003), entre outros, para discutir conosco o procedimento etnogrfico-colaborativo; no quarto captulo, emprestamos os modos como Schneuwly (2000; 2001; 2004; 2005; 2006 etc) e seus colaboradores tm tomado os gneros do discurso enquanto objetos de ensino e apresentamos o modelo didtico, a seqncia didtica e a sinopse da seqncia didtica do gnero seminrio escolar, nosso objeto de ensino/ensinado; no quinto captulo, apresentamos nossa anlise dos dados. Do confronto entre as vozes tericas, advindas da academia, e as vozes da prtica docente, advindas da sala de aula, resultou o estudo que ora se inicia.

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Este trabalho prope-se a discutir sobre os instrumentos didticos utilizados em prticas de ensino de textos narrativos. Essa discusso consiste na descrio e anlise dos modos como o professor utiliza tais instrumentos para proporcionar aos alunos o encontro com o objeto de ensino, levando-os a apropriarem-se da capacidade de produo de textos narrativos, transformando, assim, o objeto de ensino em objeto efetivamente ensinado. Nesse contexto, o corpus de que nos ocupamos decorre de entrevistas, questionrios, gravaes em udio e vdeo e anotaes em dirio de campo sobre as aulas de língua portuguesa observadas no segundo semestre do ano letivo de 2006. A coleta de dados aconteceu em uma turma de 4 etapa da Educao de Jovens e Adultos de uma escola pblica da periferia da cidade de Castanhal no Par. Do ponto de vista terico, buscamos as contribuies de Geraldi (2002) e Bakhtin (1929/1986) sobre a concepo interacionista de linguagem e as contribuies produzidas na rea da didtica das línguas pelo grupo de estudos de Genebra coordenado por Schneuwly, Dolz e colaboradores (2000, 2001, 2004, 2005), no que se refere ao trabalho do professor e os elementos que o compe (instrumentos e gestos didticos). Do ponto de vista metodolgico, apropriamo-nos das contribuies de Andr (2000, 2005) e Bogdan & Biklen (1999), para direcionarmos os procedimentos de constituio dos dados luz dos estudos da pesquisa etnogrfica. A anlise dos dados nos permitiu afirmar que os modos como o professor utiliza determinados instrumentos didticos direcionam sua prtica de ensino de Língua Portuguesa de modo a promover a apropriao dos saberes sobre texto narrativo pelos alunos. Tais prticas mostram o carter heterogneo de seu trabalho ao apresentar caractersticas do ensino considerado tradicional, que leva em considerao a concepo representacionista de linguagem, e caractersticas do ensino de língua baseado na lingstica textual que leva em considerao a língua como forma de interao.

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A fala apresenta aspectos paralingusticos que no pertencem ao cdigo lingustico convencional, mas contribuem significativamente para a unidade temtica do discurso, Essas realizaes se constituem em enunciados no-lexicalizados que funcionam que funcionam como atos de fala completos nas interaes comunicativas interpessoais. Sobre essas emisses no-verbais, Campbell (2002a, 2002b, 2003 e 2004), Maekawa (2004), Fujie et. al (2004), Hoult (2004), Key (1958) apud Steimberg (1988) postulam que elas constribuem para a manifestao da fala expressiva. Para os autores, justamente o fenmeno da paralinguagem que sinaliza informaes sobre atitudes, opinies e emoes do falante em relao ao interlocutor ou ao tpico discursivo. Nesse sentido, investigamos, neste trabalho, as manifestaes paralingusticas recorrentes em conversas informais para demonstrarmos seu papel expressivo na linguagem falada. Para tanto, fizemos um levantamento de 450 ocorrncias de elementos paralingusticos no processo de transcrio de amostras de falas do Portugus Regional Paraense produzidas em situaes reais de conversao. Pressupondo que essas realizaes no-verbais so caracterizadas por variaes prosdicas, ns as submetemos a uma anlise fontica por meio do software PRAAT. A partir dessa anlise, constatamos a contribuio de duas propriedades: a frequncia fundamental (F0) e o tempo de emisso, para a manifestao expressiva dos elementos paralingusticos no discurso falado. Alm disso, identificamos tambm a silabao como uma propriedade comum s realizaes sonoras focalizadas. Aps o processo de anlise, fizemos a descrio do uso e do funcionamento desses elementos nas conversas, bem como da contribuio deles para a manifestao da fala expressiva. Os resultados nos mostram que os elementos paralingusticos, alm de contriburem para a fluncia do discurso falado, desempenham a funo de sinalizar compreenso, interesse e/ou ateno, gerenciar relaes interpessoais e expressar emoes, atitudes e afeto.