140 resultados para Novo Progresso - PA
Resumo:
No intuito de suprir a carncia de informaes sobre a comunidade ictioplanctnica da regio amaznica, o presente trabalho procurou investigar as variaes espaciais e temporais de densidade, diversidade e dos estgios ontognicos das larvas de peixe, alm disso, visou relacionar essas informaes qualidade ambiental da gua e s caractersticas hidrodinmicas dos cursos amostrados. As amostragens foram realizadas em outubro/2008, janeiro, abril e julho/2009 de acordo com os perodos climticos que caracterizam a regio. As capturas foram realizadas nos cursos hdricos que margeiam as ilhas do Combu e Murucutu, ou seja, nas guas do rio Guam, do canal do Benedito e do furo da Pacincia, o qual separa as duas ilhas. As larvas foram capturadas atravs de arrastos superficiais na coluna de gua, com uma rede de plncton cnico-cilndrica de malha 330 m, com 0,5 m de dimetro e 2,5 m de comprimento. Em paralelo a captura das larvas, foram realizadas amostragens superficiais da gua para anlise de sua qualidade, assim como, foram coletados dados referentes hidrodinmica. A anlise dos dados consistiu na aplicao das tcnicas univariadas (ANOVA) e multivariadas (ACP; RDA). A comunidade de larvas de peixe representada por 4.983 indivduos que se distriburam entre as famlias Clupeidae, Engraulidae, Sciaenidae, Carangidae, Tetraodontidae e Hemiramphidae. As famlias Engraulidae e Clupeidae foram dominantes, seguidos pela famlia Sciaenidae. O pico larval, assim como, a maior densidade do estgio de pr-flexo, ocorreram em outubro/2008, ms incluso na estao seca, o que indica um perodo de desova na rea. No furo da Pacincia as larvas foram mais abundantes na extremidade Norte, devido ao maior fluxo de gua oriunda do rio Guam. Alm disso, o furo da Pacincia que diferiu em termos de densidade larval, representou um local de maior proteo s larvas de peixe, por concentrar a maior quantidade de indivduos, sobretudo no ms de outubro/2008. Na rea Leste do rio Guam as larvas tambm foram abundantes, provavelmente por representar uma rea menos agitada que a rea Oeste. Entre todos os parmetros analisados, os hidrodinmicos foram os que apresentaram melhores associaes com a comunidade ictioplanctnica. No houve variao espacial dos estgios ontognicos durante os quatro meses amostrados, porm ocorreu uma ocupao diferenciada ao nvel taxonmico no ms de outubro/2008. Quanto diversidade e a densidade larval, estas foram consideradas baixas, o que pode estar relacionado grande influncia das guas fluviais na rea de estudo. A qualidade de gua no entorno das ilhas Combu e Murucutu no representou um fator limitante para as larvas de peixe, portanto o impacto antrpico na rea pode ser considerado um fator que ainda no est afetando a desova dos peixes. A dinmica do fluxo de gua no furo da Pacincia permitiu definir que existe uma restrio quanto ao transporte de larvas de peixe entre o rio Guam e o canal do Benedito.
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A dissertao foi elaborada no formato de artigo, intitulado de Immunohistochemical and structural biomarkers in two fish species exposed to the industrial area in Amazon Estuary, submetido revista Environmental Monitoring and Assessment, formatado segundo os padres da revista, no contendo resumo em portugus.
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Esturios so ambientes ricos em nutrientes, favorecendo a reproduo e desenvolvimento de diversas espcies. Nestes, o fitoplncton representa uma considervel parcela da produo primria e, em conjunto com outros fatores, regula os nveis de produtividade biolgica. Este estudo teve o objetivo de conhecer a dinmica do microfitoplncton e sua correlao com os fatores ambientais no esturio do rio Guajar-mirim, na cidade de Vigia- PA, que um importante plo pesqueiro do estado do Par. Foram realizadas coletas bimestrais de fitoplncton e parmetros fsico-qumicos em quatro estaes de coleta ao longo do esturio, durante os perodos de mar vazante e enchente. Foram determinadas a composio especfica e densidade do microfitoplncton (org.L-1) e realizadas anlises de frequncia de ocorrncia, diversidade e equitabilidade, agrupamento e componentes principais (ACP). Sazonalmente, nota-se, principalmente durante a mar vazante, uma considervel variao dos parmetros fsico-qumicos que est fortemente relacionada ao ciclo hidrolgico da regio. Foram registrados 78 txons pertencentes s Divises Bacillariophyta (65), Chlorophyta (6), Cyanophyta (3), Dinophyta (3), e Ochrophyta (1). A diviso Bacillariophyta foi predominante em numero de espcies, frequncia de ocorrncia e densidade (99,89%). A densidade mdia mensal do microfitoplncton variou de 9.999 (julho) a 535.411 org. L-1 (janeiro). Durante o ms de janeiro ocorreu uma florao de Skeletonema costatum (mx = 1.996.613 org. L-1). A comunidade microfitoplanctnica caracterizou-se como de diversidade mdia (mdia geral anual = 2,40). A variao sazonal dos parmetros fsico-qumicos e da densidade das espcies foi o fator preponderante no agrupamento de amostras, tendo se formado dois grandes grupos, o primeiro composto por amostras do perodo chuvoso e o segundo grupo composto por amostras do perodo de estiagem. A anlise de componentes principais mostrou que, apesar de os parmetros fsico-qumicos apresentarem baixa variabilidade espacial e sazonal, a variao do ndice de pluviosidade, do teor de slidos totais dissolvidos e da salinidade foi determinante na variao da densidade de grande parte das espcies e tambm favoreceu um leve aumento da diversidade no perodo de estiagem.
Resumo:
O abastecimento de gua de suma importncia no s para a sobrevivncia humana, como tambm para o desenvolvimento de atividades econmicas e institucionais, ou seja, para vida orgnica/bitica e para a vida social. Com relao disponibilidade desse recurso, o Brasil um pas com enormes reservas potencias para atender a esse fim. A Cidade Universitria Professor Jos da Silveira Netto, Campus da UFPA, atualmente produz sua gua, com a captao atravs de aquifero subterrneo, e, em pequena quantidade, tambm compra da Concessionria Local. Contudo, em relao produo na Universidade Federal do Par no h conhecimento quanto aos custos de manuteno da linha de produo, da mo-deobra envolvida, etc. A falta desse conhecimento no permite que o Gestor possa agir de forma estratgica, com relao a essa situao. Este trabalho visa levantar os custos diretos e indiretos da produo de 1m de gua tratada na Cidade Universitria Professor Jos da Silveira Netto, comparando-o com os valores cobrados pela Concessionria Local, a fim de demonstrar ao gestor qual a situao mais vantajosa Administrao com relao ao assunto a ser abordado. Ademais, foram criados cenrios futuros, tendo em vista que a atividade universitria dinmica e crescente, alm do que se incorporaram condies como custo de energia e valor da outorga para captao de gua, ainda no integrados nos custo atuais de produo. Os resultados demonstram claramente que a opo de produzir gua para consumo a mais vantajosa em termos econmicos para a Instituio, em qualquer cenrio proposto. Ressalta-se que o custo por m da gua produzida varia de R$ 0,31 a R$ 0,45, enquanto que a compra atravs da Concessionria Local, em torno de R$ 4,30/m para o ano de 2011, s se mostrar vivel se esse preo for de no mximo de R$ 0,50/m. Com essas informaes e anlises devidamente apresentadas de forma clara e tecnicamente consideradas, este trabalho poder ser utilizado como instrumento de gesto pblica capaz de permitir o melhor ou mais adequado sistema de Abastecimento de gua na Cidade Universitria Professor Jos da Silveira Netto.
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Este trabalho teve como finalidade a avaliao da qualidade das guas de dois rios amaznicos denominados de Arapiranga e Murucupi localizados nos municpios de Abaetetuba e Barcarena respectivamente, no Estado do Par. Para esta avaliao, utilizou-se como principal ferramenta o ndice de Qualidade das guas (IQA) calculado a partir de nove (09) variveis analisadas. Os clculos do IQA foram realizados de acordo com os critrios da CETESB-SP, adaptados da National Foundation Sanitation-EUA. Este estudo foi realizado no ano de 2009 e contemplou quatro campanhas de amostragem trimentrais envolvendo o perodo chuvoso e seco, sendo as variveis determinadas em condies de mars baixa-mar e preamar. A partir dos dados das variveis e IQAs determinados, foi possvel realizar algumas comparaes sobre a qualidade das guas dos rios estudados e para isso, aplicou-se sobre estes dados, a estatstica descritiva, analtica e multivariada. Na estatstica descritiva determinaram-se no perodo chuvoso e no seco os valores de mdia, desvio padro, valores mximos e mnimos e coeficiente de variao. Para a verificao da distribuio amostral e nvel significncia dos dados gerados, realizou-se a partir da estatstica analtica os testes de normalidade e de hipteses respectivamente, comparando-se os dados das variveis e dos IQAs do perodo chuvoso e do seco. A anlise multivariada proporcionou uma melhor avaliao sobre a qualidade das guas destes dois rios atravs da anlise de grupos. O rio Arapiranga apresentou condies de qualidade regular e boa, registrando-se valores mdios dos IQAs no perodo chuvoso de 483,7 e 515,6 na mar baixa-mar e preamar respectivamente, no perodo seco esses valores foram de 484,6 (mar baixa-mar) e 555,7 (mar preamar). A partir dos valores dos IQAs determinados no rio Murucupi, observou-se condies de qualidade ruim, regular e boa nessas guas, sendo que, os valores mdios obtidos no perodo chuvoso foram de 449,4 e 5110,3 (mar baixa-mar e preamar), j no perodo seco esses valores foram de 518,3 na mar baixa-mar e de 528,6 na preamar. As ferramentas de avaliao utilizadas neste estudo proporcionaram uma boa visualizao sobre a qualidade das guas nos dois rios, observando-se no geral, que houve diferena signifitiva de qualidade para essas guas em relao comparao entre o perodo chuvoso e o seco. Percebe-se que o rio localizado no municpio de Barcarena/PA, sofre maior influncia antropognica em decorrncia da maior rea urbana em seu entorno, j no outro rio no municpio de Abaetetuba/PA, essa influncia menor.
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O enquadramento de corpos dgua um instrumento legal do arcabouo da legislao ambiental brasileira contemplado na Poltica Nacional de Recursos Hdricos, por meio da Lei 9.433/97. A presente dissertao apresenta um modelo de enquadramento participativo aplicado a bacias urbanas, com aplicao na Bacia Hidrogrfica do Igarap Tucunduba, em Belm/PA. A metodologia desenvolvida baseou-se em cinco etapas, que tiveram como base: a pesquisa bibliogrfica em fontes diversas; o resgate dos trabalhos j desenvolvidos na bacia que empregaram metodologias informacionais de suporte deciso; a elaborao do diagnstico do uso e da ocupao do solo e dos recursos hdricos na bacia hidrogrfica; a realizao das oficinas de enquadramento com os atores locais; a aplicao do sofware Decision Explore como um Sistema de Suporte a Deciso (SSD), utilizado para organizar os dados gerados nas oficinas; o resgate dos trabalhos sobre qualidade da gua realizados na bacia do Tucunduba, e por fim a definio da proposta de enquadramento participativo, com base na a classificao atual do corpo hdrico e nos usos futuros para a bacia do Tucunduba. Com base no reconhecimento de campo, nas discusses sobre os usos atuais e sobre as expectativas dos atores locais em relao ao futuro da qualidade ambiental da bacia e na avaliao dos dados de qualidade de gua na bacia obtidos, foi definida uma proposta de classificao dos corpos de gua segundo os usos preponderantes atuais e futuros identificados, onde foi estabelecido que esta bacia deveria ser enquadrada na Classe 2, que prioriza o abastecimento para consumo humano aps tratamento convencional, a proteo das comunidades aquticas, a recreao de contato primrio, a irrigao e a pesca.
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Este trabalho faz uma reflexo sobre a coordenao de projetos na indstria da construo de edifcios, identifica as etapas do processo de projeto, aponta a participao da equipe de projeto, durante as atividades de coordenao, apresenta a atuao do coordenador de projetos e sistematiza os procedimentos de controle e retroalimentao. Para desenvolver a pesquisa, foram realizados estudos bibliogrficos sobre a Gesto e Coordenao de Projetos, no desenvolvimento do processo de projeto na construo civil. Tambm foram feitos estudos de campo, envolvendo 10 empresas de construo civil na rea urbana da cidade de Belm-PA, com atuao nos mercados de incorporao e/ou construo de obras privadas ou pblicas, visando propor diretrizes da gesto de projetos, integrada ao processo de desenvolvimento e coordenao dos mesmos. Como resultado, vimos que 100% das empresas pesquisadas afirmou que o planejamento tcnico do projeto dividido por etapas, conforme apresentao de fluxogramas distintos. 77,77% das empresas em questo respondeu que realiza a coordenao de projetos atravs de reunies com as equipes responsveis. Tambm 100% das empresas aponta como funes do coordenador de projetos a compatibilizao entre os projetos e a manuteno do fluxo de informaes entre os projetistas. Em 88,88% das empresas, foi possvel observar que a retroalimentao do projeto acontece atravs do controle por meio de check list e planilhas. Por fim, so desenvolvidas e apresentadas diretrizes para aplicao da coordenao de projeto, como forma de melhorar o desempenho do desenvolvimento do processo de projeto e a execuo dos edifcios, com a valorizao do projeto e conseqente economia de recursos, tempo e dinheiro, evitando erros, desperdcio e trabalho nos empreendimentos.
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Este estudo teve como objetivo analisar os efeitos dos mecanismos de injria celular que produzem leso no corao do macaco Cebus apella expostos durante 120 dias consecutivos com doses dirias de 1,5 mg de metilHg, atravs de alteraes detectadas no marcador bioqumico de leso miocrdica CK-MB, nos achados histopatolgicos assim como pela tcnica de imuno-marcao de clulas apoptticas. Para tanto foram relacionados os perfis sricos da CK-MB, CK total, AST, ALT, uria, creatinina e bilirrubina total com os achados histopatolgicos e imunohistoqumicos no processo de acometimento do msculo cardaco durante a exposio ao metilHg, comparando com o grupo controle. O mtodo utilizado para dosagem e anlise das substncias bioqumicas sricas e para a dosagem de mercrio no sangue foi o cintico ultravioleta e espectrometria de absoro atmica, respectivamente; para anlise histopatolgica utilizou-se a tcnica de Hematoxilina Eosina e para deteco dos perfis apoptticos o mtodo APOPTAG. Foram obtidas considerveis informaes que permitem correlacionar as alteraes bioqumicas, histopatolgicas e os perfis apoptticos ao mecanismo do acometimento cardaco nos trs animais expostos ao metilHg comparando-os com o grupo controle. Verificou-se que de todas as substncias bioqumicas analisadas, houve apenas acentuado aumento srico da enzima CK-MB, enquanto que na histopatologia observou-se leso celular reversvel por acmulo de gua nos trs rgos analisados (corao, fgado e rim). Destaca-se tambm a observao de uma ntida marcao clulas apoptticas no tecido cardaco, heptico e renal dos animais expostos, evidenciando-se maior nmero de clulas positivas nas clulas dos tbulos renais, ressaltando que no se observou infiltrado inflamatrio em torno destes elementos descritos em nenhum dos tecidos analisados e ausncia das referidas leses nos tecidos dos trs animais controle. Concluiu-se que a enzima CK-MB, a degenerao hidrpica e o mecanismo de apoptose podem ser indicadores de leso miocrdica na exposio aguda ao metilHg, cuja etiopatogenia pode estar relacionada a descompensao mitocondrial pelo comprometimento macio na bomba de Na+ / K+ e Ca++. Fazendo-se necessrio um maior aporte de estudos experimentais que venham esclarecer com preciso a etiopatogenia, o mecanismo de agresso e injria celular em indivduos expostos a doses txicas de metilHg.
Resumo:
Avaliou-se o perfil da creatinoquinase-MB em pacientes com leptospirose internados no Hospital Universitrio Joo de Barros Barreto, na cidade de Belm-PA, no perodo de janeiro de 2002 a junho de 2003, atravs de um estudo transversal, no qual foi caracterizado os achados clnicos e o perfil do referido marcador bioqumico de leso miocrdica. Foram relacionados os perfis sricos de creatinoquinase-MB, creatinoquinase, potssio, aspartatoaminotransferase e alaninaaminotransferase com os achados clnicos do processo inflamatrio do msculo cardaco. Os resultados demonstraram que, apesar da maioria dos pacientes serem sintomticos, apenas 12,76% apresentaram elevao da creatinoquinase-MB. Portanto, o referido marcador bioqumico no pode ser utilizado com indicador de leso miocrdica na leptospirose humana.
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Os vrus linfotrpicos de clulas T humanas tipo I (HTLV-I) e tipo II (HTLV-II) so membros de um grupo de retrovrus de mamferos com propriedades biolgicas similares que apresentam como uma das principais rotas de transmisso a transfuso sangnea. O HTLV-I endmico em diferentes reas geogrficas e est associado a vrios distrbios clnicos. O HTLV-II endmico em vrios grupos indgenas das Amricas e em usurios de drogas intravenosas na Amrica do Norte e do Sul, Europa e Sudeste da sia. Durante o ano de 1995, todos os doadores de sangue positivos para HTLV-I/II no Banco de Sangue do Estado (HEMOPA), foram direcionados a um mdico e ao Laboratrio de Virologia na Universidade Federal do Par, para consulta, aconselhamento e confirmao do diagnstico laboratorial. Trinta e cinco soros foram testados por um ensaio imunoenzimtico e confirmados por um Western blot que discrimina as infeces por HTLV-I e HTLV-II. Amostras soropositivas para HTLV-II foram submetidas reao em cadeia da polimerase (PCR) para as regies genmicas env e pX e confirmaram ser do subtipo IIa. Esta a primeira deteco, em Belm, da presena da infeco pelo HTLV-IIa em doadores de sangue. Estes resultados enfatizam que o HTLV-II est presente em reas urbanas da regio Amaznica e a necessidade de incluir testes de triagem capazes de detectar anticorpos para ambos os tipos de HTLV.
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Estudiosos apontam a escola como local estratgico para o fortalecimento da ao de enfrentamento ao abuso sexual de crianas e adolescentes. A partir de 2000, com a elaborao do Plano Nacional de Enfrentamento Violncia Sexual Contra Crianas e Adolescentes, a poltica pblica destinada ao tratamento desse problema ganhou maior visibilidade e organicidade no Brasil. O abuso sexual de crianas e adolescentes a principal ocorrncia registrada pelo Disque Direitos Humanos (2011) e pelos Conselhos Tutelares de Belm (2010). O bairro do Guam Belm/PA apresenta o maior ndice de denncias dessa natureza e as meninas so a maioria das vtimas. Esse contexto revela a relevncia social do problema. A presente tese tem como objeto de estudo da avaliao da implementao da poltica pblica de enfrentamento violncia sexual de crianas e adolescentes em escolas pblicas de ensino fundamental do Guam. Para conseguir imprimir uma anlise contextual a pesquisa foi desenvolvida por meio de uma abordagem qualitativa apoiada nas tcnicas de anlise documental e entrevistas semiestruturadas. Os dados de pesquisa so documentos relativos aos planos, programas e projetos governamentais que tem em seu escopo o enfrentamento a esse tipo de violncia e so voltados s escolas. Tambm foram realizadas entrevistas nas treze escolas pblicas de ensino fundamental do bairro com diretores ou funcionrios indicados por eles. A anlise do material se deu por meio da tcnica de anlise de contedo dividida nas etapas da pr-anlise, descrio analtica e a interpretao inferencial. A anlise dos dados apontaram que: 1) as polticas formuladas em mbito federal na rea da formao dos profissionais da educao e dos materiais didticos pedaggicos elaborados com a finalidade de subsidi-los na apropriao da temtica no chegaram s escolas pesquisadas; 2) planos/projetos que tm entre os seus objetivos o enfrentamento a esse tipo de violao devido a problemas de infraestrutura e de pessoal no foram executados como planejados; 3) nove entrevistados consideram que h a abordagem da temtica no currculo das escolas, porm, no como contedo especfico, mas como uma discusso pontual em meio a outras questes. Conclui-se dessa maneira, que pelas debilidades apresentadas a poltica pblica de enfrentamento violncia sexual contra crianas e adolescentes no foi implementada nas escolas pblicas de ensino fundamental do Guam Belm/PA. Crianas e adolescentes, em idade escolar obrigatria, so as principais vtimas de violncia sexual. Por isso, a importncia da insero efetiva da escola na rede de enfrentamento com condies para identificar e notificar casos dessa natureza. Mas, para isso, preciso fazer com que s polticas elaboradas com essa finalidade cheguem s unidades escolares, sobretudo a poltica de formao e que tenha interseco com a poltica educacional.
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OBJETIVO: determinar as angulaes mesiodistais das coroas dos caninos em indivduos portadores de m ocluso de Classe III, comparando-os a indivduos Classe I. MTODOS: foram empregadas medidas tomadas em fotografias digitalizadas de modelos de gesso e transportadas para um programa grfico para leitura das medidas (Image Tool). Tais procedimentos foram repetidos para avaliao do erro do mtodo casual (frmula de Dahlberg) e para a anlise da reprodutibilidade atravs da Correlao intraclasse. A amostra constituiu-se de 57 pacientes com dentio permanente completa e no tratados ortodonticamente, dividida em dois grupos, de acordo com a m ocluso apresentada: o grupo I foi constitudo por 33 pacientes portadores de m ocluso de Classe I, sendo 16 do sexo masculino e 17 do feminino, com mdia de idades de 27 anos; o grupo II era representado por 24 pacientes portadores de m ocluso de Classe III, 20 do sexo masculino e 4 do feminino, com mdia de idades de 22 anos. RESULTADOS: o erro casual mostrou-se com uma variao de 1,54 a 1,96 graus para a angulao dos caninos. A anlise estatstica revelou que o mtodo apresenta uma excelente reprodutibilidade (p<0,01). Os resultados obtidos na angulao da coroa dos caninos no mostraram diferena estatisticamente significativa entre os caninos superiores nos grupos Classe I e Classe III, embora esse dente mostrasse, em mdia, uma angulao 2 graus maior nos indivduos Classe III. Entretanto, para os caninos inferiores, foi observada uma diferena estatisticamente significativa em ambos os lados (p=0,0009 e p=0,0074) entre os grupos Classe I e Classe III. Os pacientes Classe III apresentaram uma menor angulao nos caninos inferiores em comparao aos pacientes Classe I, tendendo a acompanhar a compensao natural dos incisivos, descrita rotineiramente na literatura. CONCLUSO: os resultados permitem concluir que as compensaes dentrias, frequentemente observadas na literatura para a regio de incisivos, se estendem tambm angulao dos caninos, principalmente no que se refere arcada inferior.
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O vrus Jurua (AN 401933) foi isolado a partir de um lote de vsceras de um morcego capturado na regio de Porto Trombetas, municpio de Oriximin, Estado do Par, em 1982, sendo considerado um vrus no grupado/ no classificado. O objetivo deste trabalho foi classificar o vrus Jurua em um txon viral, baseando-se nas suas propriedades morfolgicas, fsico-qumicas, antignicas e moleculares, bem como descrever as alteraes anatomo-patolgicas associadas infeco experimental. Camundongos recm-nascidos mostraram suscetibilidade infeco pelo vrus Jurua por inoculao i.c., iniciando os sintomas com quatro dias p.i. e culminando com morte dos animais oito dias p.i.. O vrus no sensvel ao do DCA e consegue aglutinar hemcias de ganso em pH 5,75. Pelos testes de IH e FC, o vrus no se relaciona com nenhum arbovrus ou outros vrus de vertebrados conhecidos testados, reagindo apenas com o seu soro homlogo. O vrus no causa ECP em linhagens de clulas Vero e C6/36, e IFI destas clulas tambm foi negativa. Entretanto, o vrus Jurua replica em cultivo primrio de clulas do SNC de camundongo (astrcitos e microglias), confirmada por IFI com dupla marcao. Cultivos de neurnios no se mostraram susceptveis infeco pelo vrus Jurua, porm a presena do antgeno viral nestas clulas foi confirmada por imunohistoqumica. A microscopia eletrnica de transmisso revelou a presena de partculas esfricas, com um dimetro mdio de 23-30nm. Alteraes anatomo-patolgicas foram observadas principalmente no SNC de camundongos infectados experimentalmente com o vrus Jurua. O resultado do RT-PCR sugere que o vrus Jurua pode ser um novo vrus pertencente famlia Picornaviridae, gnero Enterovirus.
Resumo:
Falar sobre as interrupes constantes no abastecimento de gua populao dos municpios que compem a Regio Metropolitana de Belm, no Estado do Par, que , sem dvida, agraciado por uma rica rede de grandes bacias hidrogrficas (Bacia Amaznica, Bacia do Tocantins-Araguaia e Costeira do Nordeste Ocidental), parece ser uma grande contradio. Se o problema no est na baixa disponibilidade hdrica como ocorre em algumas regies metropolitanas do pas (So Paulo, Recife e Rio de Janeiro), por que as demandas urbanas da populao residente na rea de expanso da metrpole no esto sendo atendidas satisfatoriamente? Que fatores estariam comprometendo a qualidade do sistema de abastecimento de gua da RMB? E como o Governo do Estado do Par e a Prefeitura Municipal de Belm implementaram polticas voltadas para a proteo dos mananciais do Utinga, principal responsvel pelo abastecimento dessa populao? Essas questes, ora levantadas, refletem o ponto central desta tese que entendermos como numa metrpole amazonida, localizada numa regio rica em disponibilidade hdrica superficial e subterrnea, o sistema pblico de abastecimento de gua potvel dos mananciais do Utinga tem desafiado a cidade para sobreviver. Para tanto, foi preciso avaliar a importncia de seus recursos hdricos, o grau de desenvolvimento na adoo de sua legislao ambiental e hdrica, como tambm na necessidade de se traarem metas e prticas de planejamento e manejo nas bacias hidrogrficas, entre elas as que so utilizadas como mananciais voltados ao abastecimento de gua potvel da Regio Metropolitana de Belm. A questo que envolve a gesto dos recursos hdricos nas bacias hidrogrficas paraenses, em particular as que so destinadas ao abastecimento da populao das cidades da RMB, requer o desenvolvimento de um estudo com base na ecologia poltica capaz de fornecer um referencial terico-metodolgico referente ao uso das bacias hidrogrficas como unidades de gesto integrada entre estado e prefeituras, bem como atravs da participao dos moradores e demais usurios locais da gua. Portanto, o nosso objetivo fundamenta-se na necessidade de identificarmos e avaliarmos os vinte anos de polticas implementadas pelo Governo do Estado do Par e pela Prefeitura Municipal de Belm, para proteo e gesto dos mananciais do Utinga (bacias hidrogrficas dos Igaraps Murutucum e gua Preta) responsvel pelo abastecimento de 70% da populao da Regio Metropolitana de Belm RMB.
Resumo:
No presente trabalho foram avaliados alguns elementos micrometeorolgicos e o conforto trmico na cidade de Belm, juntamente com uma anlise das questes da segregao social deste espao urbano, contribuindo com as pesquisas de climatologia urbana em regies tropicais que possuem uma especificidade climtica, com um forte efeito da sazonalidade durante o ano. Foram empregados na pesquisa informaes micrometeorolgicas obtidas atravs de estaes meteorolgicas e microloggers distribudos pela cidade, questionrios, informaes de cobertura do solo oriundas de imagens de satlite e as tipologias sociais por meio de levantamento bibliogrfico. As informaes quantitativas foram analisadas atravs de interpolaes e correlaes numricas e relacionadas de forma qualitativa s informaes adquiridas em campo. Os resultados mostraram que as reas menos confortveis termicamente foram as que possuam menor cobertura vegetal e maior quantidade de reas edificadas e pavimentadas, enquanto que as reas mais confortveis foram as que apresentaram caractersticas contrrias a anterior. No foi detectada a existncia de um padro bem definido entre as tipologias socioespaciais das habitaes com as condies de conforto. Foi encontrada uma ilha de calor de baixa intensidade sobre a cidade, assim como uma forte sazonalidade da precipitao pluvial, da temperatura do ar e da umidade relativa do ar. Na cidade de Belm, grande parte do perodo diurno foi desconfortvel termicamente, e a intensidade desse desconforto variou de acordo com as caractersticas de uso e ocupao do solo urbano.