274 resultados para Ephrata (Pa.). Bauman
Resumo:
A Amaznia brasileira detm cerca de 69% da gua doce disponvel no Brasil, quantidade que acaba criando a iluso de que no falta e nem faltar gua na regio, assim, a grande oferta deste recurso se torna um problema quando se trata da Gesto e Planejamento dos Recursos Hdricos na Amaznia, em funo do uso perdulrio e a falta de conservao dos mananciais, agravado pelo lanamento de resduos lquidos sem tratamento. Falar em programas de conservao de gua na Amaznia algumas dcadas atrs e ainda hoje, com menor intensidade, de certa forma estranha, devido grande quantidade de gua disponvel e a cultura da abundncia. Porm, com as mudanas climticas, ssociada crise da gua no sculo XXI e o crescimento da conscincia ambiental, surgiu um novo paradigma para o uso da gua. Assim, a presente pesquisa busca discutir a importncia do aproveitamento de gua de chuva para fins no potveis, visto o potencial de aproveitamento, ao longo de todo ano, devido o alto ndice pluviomtrico presente na regio amaznica, variando, em mdia, de 119,6mm no ms de novembro a 441,6mm no ms de maro. Foi verificado o potencial de aproveitamento de gua da chuva, a partir das reas dos telhados de alguns prdios, localizados na Universidade Federal do Par UFPA, Campus Guam, tambm conhecido como Cidade Universitria Professor Jos da Silveira Netto. Os mtodos utilizados para o dimensionamento do reservatrio foram os de Rippl e o Interativo, sendo a verificao da viabilidade econmica feita atravs dos mtodos do Valor Presente Lquido - VPL e payback descontado. Como resultado, obteve-se atravs do mtodo de Rippl um volume superior a 1000 m, enquanto que, pelo mtodo interativo foi de no mximo 75 m. A viabilidade econmica apresentou-se fragilizada em funo do tempo de retorno ser superior a vida til do sistema de aproveitamento de gua de chuva.
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O abastecimento de gua de suma importncia no s para a sobrevivncia humana, como tambm para o desenvolvimento de atividades econmicas e institucionais, ou seja, para vida orgnica/bitica e para a vida social. Com relao disponibilidade desse recurso, o Brasil um país com enormes reservas potencias para atender a esse fim. A Cidade Universitria Professor Jos da Silveira Netto, Campus da UFPA, atualmente produz sua gua, com a captao atravs de aquifero subterrneo, e, em pequena quantidade, tambm compra da Concessionria Local. Contudo, em relao produo na Universidade Federal do Par no h conhecimento quanto aos custos de manuteno da linha de produo, da mo-deobra envolvida, etc. A falta desse conhecimento no permite que o Gestor possa agir de forma estratgica, com relao a essa situao. Este trabalho visa levantar os custos diretos e indiretos da produo de 1m de gua tratada na Cidade Universitria Professor Jos da Silveira Netto, comparando-o com os valores cobrados pela Concessionria Local, a fim de demonstrar ao gestor qual a situao mais vantajosa Administrao com relao ao assunto a ser abordado. Ademais, foram criados cenrios futuros, tendo em vista que a atividade universitria dinmica e crescente, alm do que se incorporaram condies como custo de energia e valor da outorga para captao de gua, ainda no integrados nos custo atuais de produo. Os resultados demonstram claramente que a opo de produzir gua para consumo a mais vantajosa em termos econmicos para a Instituio, em qualquer cenrio proposto. Ressalta-se que o custo por m da gua produzida varia de R$ 0,31 a R$ 0,45, enquanto que a compra atravs da Concessionria Local, em torno de R$ 4,30/m para o ano de 2011, s se mostrar vivel se esse preo for de no mximo de R$ 0,50/m. Com essas informaes e anlises devidamente apresentadas de forma clara e tecnicamente consideradas, este trabalho poder ser utilizado como instrumento de gesto pblica capaz de permitir o melhor ou mais adequado sistema de Abastecimento de gua na Cidade Universitria Professor Jos da Silveira Netto.
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Este trabalho teve como finalidade a avaliao da qualidade das guas de dois rios amaznicos denominados de Arapiranga e Murucupi localizados nos municpios de Abaetetuba e Barcarena respectivamente, no Estado do Par. Para esta avaliao, utilizou-se como principal ferramenta o ndice de Qualidade das guas (IQA) calculado a partir de nove (09) variveis analisadas. Os clculos do IQA foram realizados de acordo com os critrios da CETESB-SP, adaptados da National Foundation Sanitation-EUA. Este estudo foi realizado no ano de 2009 e contemplou quatro campanhas de amostragem trimentrais envolvendo o perodo chuvoso e seco, sendo as variveis determinadas em condies de mars baixa-mar e preamar. A partir dos dados das variveis e IQAs determinados, foi possvel realizar algumas comparaes sobre a qualidade das guas dos rios estudados e para isso, aplicou-se sobre estes dados, a estatstica descritiva, analtica e multivariada. Na estatstica descritiva determinaram-se no perodo chuvoso e no seco os valores de mdia, desvio padro, valores mximos e mnimos e coeficiente de variao. Para a verificao da distribuio amostral e nvel significncia dos dados gerados, realizou-se a partir da estatstica analtica os testes de normalidade e de hipteses respectivamente, comparando-se os dados das variveis e dos IQAs do perodo chuvoso e do seco. A anlise multivariada proporcionou uma melhor avaliao sobre a qualidade das guas destes dois rios atravs da anlise de grupos. O rio Arapiranga apresentou condies de qualidade regular e boa, registrando-se valores mdios dos IQAs no perodo chuvoso de 483,7 e 515,6 na mar baixa-mar e preamar respectivamente, no perodo seco esses valores foram de 484,6 (mar baixa-mar) e 555,7 (mar preamar). A partir dos valores dos IQAs determinados no rio Murucupi, observou-se condies de qualidade ruim, regular e boa nessas guas, sendo que, os valores mdios obtidos no perodo chuvoso foram de 449,4 e 5110,3 (mar baixa-mar e preamar), j no perodo seco esses valores foram de 518,3 na mar baixa-mar e de 528,6 na preamar. As ferramentas de avaliao utilizadas neste estudo proporcionaram uma boa visualizao sobre a qualidade das guas nos dois rios, observando-se no geral, que houve diferena signifitiva de qualidade para essas guas em relao comparao entre o perodo chuvoso e o seco. Percebe-se que o rio localizado no municpio de Barcarena/PA, sofre maior influncia antropognica em decorrncia da maior rea urbana em seu entorno, j no outro rio no municpio de Abaetetuba/PA, essa influncia menor.
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O enquadramento de corpos dgua um instrumento legal do arcabouo da legislao ambiental brasileira contemplado na Poltica Nacional de Recursos Hdricos, por meio da Lei 9.433/97. A presente dissertao apresenta um modelo de enquadramento participativo aplicado a bacias urbanas, com aplicao na Bacia Hidrogrfica do Igarap Tucunduba, em Belm/PA. A metodologia desenvolvida baseou-se em cinco etapas, que tiveram como base: a pesquisa bibliogrfica em fontes diversas; o resgate dos trabalhos j desenvolvidos na bacia que empregaram metodologias informacionais de suporte deciso; a elaborao do diagnstico do uso e da ocupaço do solo e dos recursos hdricos na bacia hidrogrfica; a realizao das oficinas de enquadramento com os atores locais; a aplicao do sofware Decision Explore como um Sistema de Suporte a Deciso (SSD), utilizado para organizar os dados gerados nas oficinas; o resgate dos trabalhos sobre qualidade da gua realizados na bacia do Tucunduba, e por fim a definio da proposta de enquadramento participativo, com base na a classificao atual do corpo hdrico e nos usos futuros para a bacia do Tucunduba. Com base no reconhecimento de campo, nas discusses sobre os usos atuais e sobre as expectativas dos atores locais em relao ao futuro da qualidade ambiental da bacia e na avaliao dos dados de qualidade de gua na bacia obtidos, foi definida uma proposta de classificao dos corpos de gua segundo os usos preponderantes atuais e futuros identificados, onde foi estabelecido que esta bacia deveria ser enquadrada na Classe 2, que prioriza o abastecimento para consumo humano aps tratamento convencional, a proteo das comunidades aquticas, a recreao de contato primrio, a irrigao e a pesca.
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Este trabalho faz uma reflexo sobre a coordenao de projetos na indstria da construo de edifcios, identifica as etapas do processo de projeto, aponta a participaço da equipe de projeto, durante as atividades de coordenao, apresenta a atuao do coordenador de projetos e sistematiza os procedimentos de controle e retroalimentao. Para desenvolver a pesquisa, foram realizados estudos bibliogrficos sobre a Gesto e Coordenao de Projetos, no desenvolvimento do processo de projeto na construo civil. Tambm foram feitos estudos de campo, envolvendo 10 empresas de construo civil na rea urbana da cidade de Belm-PA, com atuao nos mercados de incorporao e/ou construo de obras privadas ou pblicas, visando propor diretrizes da gesto de projetos, integrada ao processo de desenvolvimento e coordenao dos mesmos. Como resultado, vimos que 100% das empresas pesquisadas afirmou que o planejamento tcnico do projeto dividido por etapas, conforme apresentao de fluxogramas distintos. 77,77% das empresas em questo respondeu que realiza a coordenao de projetos atravs de reunies com as equipes responsveis. Tambm 100% das empresas aponta como funes do coordenador de projetos a compatibilizao entre os projetos e a manuteno do fluxo de informaes entre os projetistas. Em 88,88% das empresas, foi possvel observar que a retroalimentao do projeto acontece atravs do controle por meio de check list e planilhas. Por fim, so desenvolvidas e apresentadas diretrizes para aplicao da coordenao de projeto, como forma de melhorar o desempenho do desenvolvimento do processo de projeto e a execuo dos edifcios, com a valorizao do projeto e conseqente economia de recursos, tempo e dinheiro, evitando erros, desperdcio e trabalho nos empreendimentos.
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O presente trabalho tem o objetivo de criar uma metodologia para o Gerenciamento Integrado dos Resduos Slidos (GIRS) que associa a prtica pertinente ao tema, com programas que envolvam a comunidade, no sentido de manter o meio ambiente limpo e saudvel, tendo como cenrio o municpio de Belm, especificamente a Bacia Hidrogrfica da Estrada Nova (BHEN). Objetiva tambm identificar porqu, apesar da BHEN possuir coleta de resduos e servios de limpeza realizada pela Secretaria Municipal de Saneamento (SESAN), a mesma permanece, constantemente, suja, principalmente, de lixo e entulho lanados nas vias pblicas e canais de drenagem dessa bacia. A pesquisa de campo consistiu de entrevistas com os principais atores desse trabalho, a comunidade da BHEN. Inova no municpio um modelo de programas de participaço da populao com o nome de Cidadania e Participaço Ativa da Comunidade (CIPAC) propondo 20 programas: Mascote da educao ambiental; Boteco em boteco; Eu amo minha cidade; Al comunidade; TV SOS Meio ambiente; Rdio Desperta comunidade; Coral e teatro Reciclar; Educa mvel; Coleta seletiva nas escolas; O meio ambiente pede carona; Centro de memria; A escola do lixo; Conhecer o lixo; Comunidade nota 10; Futuro verde; Coleta seletiva porta a porta Implantao dos LEVs; Criao das unidades bsicas ecolgicas; Criao da central de reciclagem de entulho; Criao das unidades de triagem de materiais reciclveis; Criao das cooperativas de catadores e carroceiros. Faz uma previso de investimentos para implantao e manuteno desses programas assim como o retorno do investimento aplicado com a implantao. Como resultado, apresenta um novo modelo, baseado na prtica, como sustentao para o estabelecimento de uma poltica municipal, de acordo com a Lei da Poltica Nacional de Resduos Slidos (PNRS) que tramita no Congresso Nacional. Tambm foram identificados parmetros capazes de identificar a inadequao do processo atual de coleta de lixo e dos servios de limpeza nessa bacia. Esses resultados alcanados permitem concluir que grande parte da populao da BHEN no est preparada para aderir a um programa de Gesto de Resduos Slidos (GRS), que tenha como ponto de partida o GIRS. O grau de escolaridade e o nvel de conhecimento da comunidade no representam obstculos para isso, mas sim a falta de programas que envolvam a sua participaço, a coleta de resduos e servios de limpeza urbana corretamente prestados, pois, atualmente, na pesquisa de campo realizada, foram visivelmente reprovados. Finalmente, ainda conclui que somente com a implantao de um GIRS, com apoio do CIPAC o meio ambiente seria consideravelmente beneficiado, mas no resolveria os graves problemas ambientais da BHEN, ser necessria a melhoria de todos os sistemas de infra-estrutura urbana nessa importante bacia, para um efeito realmente mais saudvel. importante destacar que, no momento atual, as propostas apresentadas por este trabalho so consideradas bastante oportunas, pois com o inicio da implantao do Programa de Recuperao Urbano-Ambiental da Bacia da Estrada Nova (PROMABEM) pela Administrao Municipal financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), os problemas sanitrios e ambientais dessa importante bacia tm grande probabilidade de ser resolvidos.
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Avaliou-se o perfil da creatinoquinase-MB em pacientes com leptospirose internados no Hospital Universitrio Joo de Barros Barreto, na cidade de Belm-PA, no perodo de janeiro de 2002 a junho de 2003, atravs de um estudo transversal, no qual foi caracterizado os achados clnicos e o perfil do referido marcador bioqumico de leso miocrdica. Foram relacionados os perfis sricos de creatinoquinase-MB, creatinoquinase, potssio, aspartatoaminotransferase e alaninaaminotransferase com os achados clnicos do processo inflamatrio do msculo cardaco. Os resultados demonstraram que, apesar da maioria dos pacientes serem sintomticos, apenas 12,76% apresentaram elevao da creatinoquinase-MB. Portanto, o referido marcador bioqumico no pode ser utilizado com indicador de leso miocrdica na leptospirose humana.
Resumo:
Os vrus linfotrpicos de clulas T humanas tipo I (HTLV-I) e tipo II (HTLV-II) so membros de um grupo de retrovrus de mamferos com propriedades biolgicas similares que apresentam como uma das principais rotas de transmisso a transfuso sangnea. O HTLV-I endmico em diferentes reas geogrficas e est associado a vrios distrbios clnicos. O HTLV-II endmico em vrios grupos indgenas das Amricas e em usurios de drogas intravenosas na Amrica do Norte e do Sul, Europa e Sudeste da sia. Durante o ano de 1995, todos os doadores de sangue positivos para HTLV-I/II no Banco de Sangue do Estado (HEMOPA), foram direcionados a um mdico e ao Laboratrio de Virologia na Universidade Federal do Par, para consulta, aconselhamento e confirmao do diagnstico laboratorial. Trinta e cinco soros foram testados por um ensaio imunoenzimtico e confirmados por um Western blot que discrimina as infeces por HTLV-I e HTLV-II. Amostras soropositivas para HTLV-II foram submetidas reao em cadeia da polimerase (PCR) para as regies genmicas env e pX e confirmaram ser do subtipo IIa. Esta a primeira deteco, em Belm, da presena da infeco pelo HTLV-IIa em doadores de sangue. Estes resultados enfatizam que o HTLV-II est presente em reas urbanas da regio Amaznica e a necessidade de incluir testes de triagem capazes de detectar anticorpos para ambos os tipos de HTLV.
Resumo:
Estudiosos apontam a escola como local estratgico para o fortalecimento da ao de enfrentamento ao abuso sexual de crianas e adolescentes. A partir de 2000, com a elaborao do Plano Nacional de Enfrentamento Violncia Sexual Contra Crianas e Adolescentes, a poltica pblica destinada ao tratamento desse problema ganhou maior visibilidade e organicidade no Brasil. O abuso sexual de crianas e adolescentes a principal ocorrncia registrada pelo Disque Direitos Humanos (2011) e pelos Conselhos Tutelares de Belm (2010). O bairro do Guam Belm/PA apresenta o maior ndice de denncias dessa natureza e as meninas so a maioria das vtimas. Esse contexto revela a relevncia social do problema. A presente tese tem como objeto de estudo da avaliao da implementao da poltica pblica de enfrentamento violncia sexual de crianas e adolescentes em escolas pblicas de ensino fundamental do Guam. Para conseguir imprimir uma anlise contextual a pesquisa foi desenvolvida por meio de uma abordagem qualitativa apoiada nas tcnicas de anlise documental e entrevistas semiestruturadas. Os dados de pesquisa so documentos relativos aos planos, programas e projetos governamentais que tem em seu escopo o enfrentamento a esse tipo de violncia e so voltados s escolas. Tambm foram realizadas entrevistas nas treze escolas pblicas de ensino fundamental do bairro com diretores ou funcionrios indicados por eles. A anlise do material se deu por meio da tcnica de anlise de contedo dividida nas etapas da pr-anlise, descrio analtica e a interpretao inferencial. A anlise dos dados apontaram que: 1) as polticas formuladas em mbito federal na rea da formao dos profissionais da educao e dos materiais didticos pedaggicos elaborados com a finalidade de subsidi-los na apropriao da temtica no chegaram s escolas pesquisadas; 2) planos/projetos que tm entre os seus objetivos o enfrentamento a esse tipo de violao devido a problemas de infraestrutura e de pessoal no foram executados como planejados; 3) nove entrevistados consideram que h a abordagem da temtica no currculo das escolas, porm, no como contedo especfico, mas como uma discusso pontual em meio a outras questes. Conclui-se dessa maneira, que pelas debilidades apresentadas a poltica pblica de enfrentamento violncia sexual contra crianas e adolescentes no foi implementada nas escolas pblicas de ensino fundamental do Guam Belm/PA. Crianas e adolescentes, em idade escolar obrigatria, so as principais vtimas de violncia sexual. Por isso, a importncia da insero efetiva da escola na rede de enfrentamento com condies para identificar e notificar casos dessa natureza. Mas, para isso, preciso fazer com que s polticas elaboradas com essa finalidade cheguem s unidades escolares, sobretudo a poltica de formao e que tenha interseco com a poltica educacional.
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Falar sobre as interrupes constantes no abastecimento de gua populao dos municpios que compem a Regio Metropolitana de Belm, no Estado do Par, que , sem dvida, agraciado por uma rica rede de grandes bacias hidrogrficas (Bacia Amaznica, Bacia do Tocantins-Araguaia e Costeira do Nordeste Ocidental), parece ser uma grande contradio. Se o problema no est na baixa disponibilidade hdrica como ocorre em algumas regies metropolitanas do país (So Paulo, Recife e Rio de Janeiro), por que as demandas urbanas da populao residente na rea de expanso da metrpole no esto sendo atendidas satisfatoriamente? Que fatores estariam comprometendo a qualidade do sistema de abastecimento de gua da RMB? E como o Governo do Estado do Par e a Prefeitura Municipal de Belm implementaram polticas voltadas para a proteo dos mananciais do Utinga, principal responsvel pelo abastecimento dessa populao? Essas questes, ora levantadas, refletem o ponto central desta tese que entendermos como numa metrpole amazonida, localizada numa regio rica em disponibilidade hdrica superficial e subterrnea, o sistema pblico de abastecimento de gua potvel dos mananciais do Utinga tem desafiado a cidade para sobreviver. Para tanto, foi preciso avaliar a importncia de seus recursos hdricos, o grau de desenvolvimento na adoo de sua legislao ambiental e hdrica, como tambm na necessidade de se traarem metas e prticas de planejamento e manejo nas bacias hidrogrficas, entre elas as que so utilizadas como mananciais voltados ao abastecimento de gua potvel da Regio Metropolitana de Belm. A questo que envolve a gesto dos recursos hdricos nas bacias hidrogrficas paraenses, em particular as que so destinadas ao abastecimento da populao das cidades da RMB, requer o desenvolvimento de um estudo com base na ecologia poltica capaz de fornecer um referencial terico-metodolgico referente ao uso das bacias hidrogrficas como unidades de gesto integrada entre estado e prefeituras, bem como atravs da participaço dos moradores e demais usurios locais da gua. Portanto, o nosso objetivo fundamenta-se na necessidade de identificarmos e avaliarmos os vinte anos de polticas implementadas pelo Governo do Estado do Par e pela Prefeitura Municipal de Belm, para proteo e gesto dos mananciais do Utinga (bacias hidrogrficas dos Igaraps Murutucum e gua Preta) responsvel pelo abastecimento de 70% da populao da Regio Metropolitana de Belm RMB.
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No presente trabalho foram avaliados alguns elementos micrometeorolgicos e o conforto trmico na cidade de Belm, juntamente com uma anlise das questes da segregao social deste espaço urbano, contribuindo com as pesquisas de climatologia urbana em regies tropicais que possuem uma especificidade climtica, com um forte efeito da sazonalidade durante o ano. Foram empregados na pesquisa informaes micrometeorolgicas obtidas atravs de estaes meteorolgicas e microloggers distribudos pela cidade, questionrios, informaes de cobertura do solo oriundas de imagens de satlite e as tipologias sociais por meio de levantamento bibliogrfico. As informaes quantitativas foram analisadas atravs de interpolaes e correlaes numricas e relacionadas de forma qualitativa s informaes adquiridas em campo. Os resultados mostraram que as reas menos confortveis termicamente foram as que possuam menor cobertura vegetal e maior quantidade de reas edificadas e pavimentadas, enquanto que as reas mais confortveis foram as que apresentaram caractersticas contrrias a anterior. No foi detectada a existncia de um padro bem definido entre as tipologias socioespaciais das habitaes com as condies de conforto. Foi encontrada uma ilha de calor de baixa intensidade sobre a cidade, assim como uma forte sazonalidade da precipitao pluvial, da temperatura do ar e da umidade relativa do ar. Na cidade de Belm, grande parte do perodo diurno foi desconfortvel termicamente, e a intensidade desse desconforto variou de acordo com as caractersticas de uso e ocupaço do solo urbano.
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Estudo referente a avaliao do Programa de HIV/aids em um hospital de referncia, na concepo dos usurios. O objetivo geral da pesquisa foi descrever a concepo dos usurios na unidade de internao e ambulatorial, sobre o programa de HIV/aids em um hospital universitrio de referncia na cidade de Belm-PA. Para o estudo foram traados como objetivos especficos: apresentar as sugestes dos usurios do programa para a melhoria no desenvolvimento das atividades do programa e fornecer as ferramentas mnimas para a construo de um modelo de avaliao para o programa. No referencial foi utilizado o panorama da epidemia de HIV/AIDS, polticas de sade no Brasil e a aids, e a avaliao de programas e servios em sade. O mtodo e a abordagem foram qualitativo, descritivo do tipo estudo de caso. Foi utilizado um roteiro de entrevistas semi-estruturado sobre a temtica. A pesquisa foi desenvolvida nas dependncias do HUJBB, mais especificamente nos servios do Programa de HIV/aids, em que foram entrevistados usurios do SAE e os internados na clnica de doenas infecto-parasitrias. Atravs da anlise dos dados, foram divididas as falas em quatro categorias: caracterizao do usurio quanto ao acesso ao servio; a motivao do usurio pela qualidade do servio; dificuldades frente s atividades e orientaes do servio; expectativas para a melhoria do programa. O resultado da pesquisa esclarece as restries e qualidades do programa; a insatisfao do usurio no acesso ao servio; o alto grau de motivao bem como a ausncia da mesma; as principias dificuldades dos usurios em aderir as orientaes e atividades do programa, como o medo de encarar a morte, a falta de recurso para chegar ao servio, o preconceito vivido pelas pessoas com HIV/aids e a promiscuidade sexual; e as expectativas dos usurios para o programa: rapidez no atendimento, melhor infraestrutura. Conclui-se com as melhorias que podem contribuir para a qualidade de vida dos usurios, subsidiar demanda suficiente de profissionais para atender no programa e oferecer tratamento completo s pessoas que vivem com HIV/aids atendidas no programa do HUJBB.
Resumo:
Os enteroparasitas constituem-se em importante problema de sade para a populao humana no mundo inteiro. O consumo de hortalias uma das grandes vias de transmisso desses patgenos. Este trabalho buscou determinar a frequncia e a diversidade de enteroparasitos veiculados por hortalias comercializadas, na regio metropolitana de Belm-PA, e sua relao com a sazonalidade climtica da regio. Foram usadas 252 amostras de trs espcies de hortalias, sendo 84 de alface (Lactuca sativa- variedade crespa), 84 de agrio (Nasturtium officinale) e 84 de coentro (Coriandrum sativum) adquiridas em feiras, hortas e em um supermercado, no perodo de dezembro de 2008 a novembro de 2009. Cada amostra foi lavada com 500 ml de PBS, permitindo a sedimentao espontnea e posterior centrifugao dos 30 ml finais do sedimento. O sedimento final foi analisado microscopia ptica comum. Os nveis de contaminao das trs espcies de hortalias foram obtidos pelas mdias mensais de estruturas enteroparasitrias identificadas em cada uma delas, e pelo nmero total de parasitos identificados, nas amostras de cada feira, horta e supermercado. Aos resultados obtidos, na anlise microscpica das amostras, foi aplicado o Teste do Quiquadrado e o Teste Exato de Fisher, para determinar a existncia ou no de diferenas estatisticamente significativas entre esses resultados. Foi usado o nvel de significncia 0,05. A anlise microscpica revelou uma contaminao de 100% das amostras obtidas nas feiras, nas hortas e no supermercado includos na pesquisa, no havendo diferena estatstica na frequncia total de parasitos entre elas. O Strongyloides stercoralis foi o parasito mais prevalente, seguido pelo complexo Entamoeba histolytica/dispar e pelos ancilostomdeos, tanto nas amostras das hortas, quanto nas amostras das feiras e do supermercado. O agrio e a alface apresentaram maior ndice de contaminao parasitria que o coentro. Foi caracterizada a influncia sazonal sobre a intensidade de parasitos nas hortalias pesquisadas, pois houve diferena estatstica entre os resultados obtidos com uma prevalncia maior de parasitos nas amostras de vero, em relao as amostras de inverno. No houve diferena estatisticamente significativa entre as mdias mensais de contaminao das hortalias comercializadas nas feiras, nas hortas e no supermercado, indicando que, as condies de higiene sob as quais so comercializadas as hortalias, apesar de importantes para manter suas caractersticas organolpticas, tem menor influncia sobre os nveis de contaminao parasitria, que parece estar mais associada ao local e condies de cultivo desses vegetais. Esses dados permitem um bom grau de comparao para futuros trabalhos.
Resumo:
O Papilomavirus humano infecta as clulas basais do epitlio estratificado, induzindo a leses proliferativas benignas na pele ou mucosas. As infeces apresentam distribuio universal, no entanto muitos estudos tm demonstrado a forte associao da infeco por espcies de alto risco com casos de cncer cervical. No Brasil, esse tipo de cncer o segundo tipo mais comum entre as mulheres, sendo que as regies norte e nordeste do país apresentam a maior incidncia. O presente estudo visou determinar a prevalncia da infeco em um grupo de mulheres rastreadas para o cncer cervical. No perodo de julho de 2008 a maro de 2009 foram coletadas amostras cervicais de 144 mulheres atendidas no Laboratrio de Citopatologia do Hospital Amaznia de Quatro Bocas, Tom Au, estado do Par. Os dados obtidos foram correlacionados com a infeco atravs do teste do qui-quadrado. A Prevalncia do HPV foi de 6,94%, a idade variou em 18 -28 anos, 76 pacientes apresentaram quadro inflamatrio, ou seja, 52,05%, enquanto que 60 pacientes no apresentaram alterao, com 41,09% do total. Dentre os esfregaos com alteraes citolgicas, ASC-US foi encontrado na maioria dos casos, (6/10), seguido de LSIL (2/10), e ASC-H (1/10), e HSIL (1/10). A infeco pelo HPV mostrou associao estatisticamente significativa com a PCR, faixa etria e citomorfologia. A prevalncia encontrada no estudo corrobora com outros achados descritos na literatura. A predominncia da infeco em mulheres com citologia anormal refora a ideia de que a infeco , em sua maioria, assintomtica e que o mtodo de Papanicolau menos eficiente na deteco da infeco em relao s tcnicas de biologia molecular.
Resumo:
O presente estudo, baseado na metodologia da Sociolinguistica Variacionista, tem como objetivo investigar a variao das vogais mdias pretnicas /e/ e /o/ no portugus falado na rea urbana da cidade de Belm (PA). A amostra constitui-se de 48 (quarenta e oito) entrevistas coletadas de informantes pertencentes a uma amostra estratificada em que se controlam as variveis sociais, como faixa etria (15 a 25 anos, 26 a 45 anos e 46 anos em diante), sexo e grau de escolaridade (no-escolarizado, fundamental, mdio e superior). Foram selecionadas as ocorrncias de vogais pretnicas segundo os moldes silbicos V, VC (exceto travamento em /N/ e /S/), CV, CVC, CCV e CCVC. Na anlise final, 1.434 dados foram submetidos ao programa Varbrul: 776 das variantes de /e/ e 658 das variantes de /o/. Para o objetivo do presente trabalho, a anlise tomou como base 10 (dez) grupos de fatores lingsticos e 03 (trs) grupos de fatores sociais que possivelmente pudessem explicar a variao das vogais. Os resultados mostraram que no dialeto em questo predomina a manuteno das vogais mdias pretnicas (.819), sendo esta favorecida por 06 (seis) grupos de fatores lingsticos e 02 (dois) grupos de fatores sociais.