69 resultados para Michaux, Henri, 1899-1984 Crítica e interpretação
Resumo:
Esta dissertao tem como objetivo geral investigar a recepo crítica americana de Grande serto: veredas (1956), logo aps a publicao desta, em 1963, e ler as opes tradutrias da primeira traduo de Harriet de Ons (1869-1968) e de James Taylor (1892-1982), e em seguida trechos da segunda traduo americana mais recente, Grand serto: veredas (2013), de Felipe W. Martinez. Como mtodo utilizado para analisar a recepo crítica americana, destacam-se os estudos hermenuticos literrios de Hans Robert Jauss (1921-1997). Dessa forma, prioriza-se uma discusso com a traduo americana de Grande serto: veredas, pois pontuam-se alguns trechos da traduo americana que serviro como objeto de anlise da traduo, tendo como critrio para as escolhas dos trechos relativos ao serto (backlands), e ao encontro de Riobaldo e Diadorim em O-de-janeiro. Os parmetros analisados na primeira traduo sero: a perda da poeticidade, os apagamentos, a alternncia de nomes e palavras e alguns neologismos. Aps a comparaes a partir dos parmetros entre Grande serto: veredas e The devil to pay in the backlands, visa-se constatar o distanciamento do projeto dos tradutores e do projeto potico de Joo Guimares Rosa. Com isso, embasamo-nos nos estudos de traduo de Antoine Berman (1942-1991), Lawrence Venuti (1953) e Andr Lefevere (1945-1996). Berman considera que a traduo uma relao, um dilogo e uma abertura para o estrangeiro. Alm dos parmetros que comprovam uma traduo americana etnocntrica, utilizam-se alguns recortes de peridicos cedidos pelo Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de So Paulo (IEB) num total de 10 textos sobre Guimares Rosa. Esses recortes de jornais foram escritos em 1963. Por fim, nesta dissertao abordar sobre os posicionamentos dos jornalistas americanos diante da publicao da traduo rosiana de 1963 e a recepo crítica atual da traduo americana segundo Perrone (2000), Armstrong (2001), e Krause (2013).
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No presente trabalho interpreta-se a poesia de Max Martins, focando, principalmente, a abertura que ela oferece para o acontecer do silncio da linguagem. Pensa-se, aqui, no silncio como uma questo que fala e se confunde com a questo da essncia da linguagem e, por conseguinte, tambm com a da essncia do potico. Sendo assim, a dissertao desdobra-se em discusses potico-filosficas, articulando essas duas esferas criativas nas vrias dimenses em que a obra martiniana manifesta o silncio: na linguagem, no dilogo com o pensamento e a poesia orientais, no erotismo e na verbivocovisualidade. Busca-se a escuta da voz do silncio, como aparece no ttulo do trabalho. Nessa travessia, importante dizer, as reflexes implementadas pelo filsofo alemo Martin Heidegger acerca da linguagem, assim como suas ideias sobre hermenutica potica, so de grande valia. Certamente, alm de Heidegger, h outros pensadores cujos nomes ecoam pelo trabalho, mas o do alemo merece destaque, pois a compreenso da essncia da linguagem como fala silenciosa encontra abrigo tanto em sua filosofia como na obra potica de Max Martins. Realizando um dilogo entre poesia e filosofia no que elas tm em comum o pensamento de questes , aqui no se aplicou uma teoria prvia ao acontecer da arte. Procurou-se, ao contrrio, empreender ao longo desta jornada interpretativa a escuta da potica que os prprios textos martinianos pe em obra.
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Esta dissertao tem como objetivo analisar o romance Cinzas do Norte (2005), de Milton Hatoum, verificando quais so as relaes das categorias estticas de melancolia e resistncia com o contexto histrico da Ditadura Militar, de 1964, no Brasil. Partindo da ideia de que a teoria com a qual estamos lidando marcada pela melancolia segundo Walter Benjamin. Nesse sentido, examinamos como a arte, que parte de composio da narrativa e, tambm as referncias memorialsticas, utilizadas como estratgias ficcionais de resistncia ao regime de represso, em particular, ao autoritarismo, servem de base para problematizar os regimes de imposio instaurados naquele perodo. Com base em algumas abordagens tericas, relacionadas resistncia, melancolia e memria. Mediante essas abordagens verificamos quais consequncias esto ligadas ao perodo ditatorial, e como elas fazem parte da compreenso do sujeito melanclico. Para dar conta da teoria relacionada melancolia utilizamos os textos de autores como: Sigmund Freud (1976), Maria Rita Kehl (2009), Julia Kristeva (1989), Walter Benjamin (1985), Susan Sontag (1976), Suzana Lages (2007). Para os estudos relacionados resistncia e a memria, utilizaremos os textos de Alfredo Bosi (2002), Jacques Le Goff (2003), Paul Ricoeur (2007) e Aleida Assmann (2011), serviro de base para nossas reflexes.
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O presente trabalho tem como objetivo geral analisar como ocorre a intertextualidade dos escritores T. S. Eliot, James Joyce, Robert Stock, Emily Dickinson, Walt Whitman e Ezra Pound, na obra de Mrio Faustino. De acordo com autores como Bosi (1994) e Benedito Nunes (1985), a poesia de Faustino resulta da soma de poetas que ele leu, em diferentes momentos, tais como: Mallarm, Yeats, Rilke, cummings, Joyce e Pound, deste ltimo se utilizou do lema repetir para aprender, criar para renovar. O lema de Pound remete direta ou indiretamente presena de outros autores em alguns poemas de Faustino. Mas este fato sempre foi tratado com poucas comprovaes prticas. Assim, estabelecemos alguns parmetros para escolher quais autores seriam analisados: utilizaremos somente autores anglfonos e, dentre eles, apenas autores que Faustino traduziu em suplementos literrios e em uma revista. Partindo desse princpio, os autores foram distribudos em dois momentos que definimos como ciclos: o ciclo-norte, o qual abrangeu o suplemento Arte-Literatura e a revista Norte; e o ciclo-sudeste, o qual abrangeu o suplemento Poesia-Experincia. Em ambos os ciclos, procuramos meios que nos permitissem mostrar que determinados autores esto presentes na obra de Faustino, seja por meio da criao de novos poemas com base em um poema de um autor anglfono ou por meio da incorporao de elementos caractersticos de determinado escritor tambm anglfono. Para esta pesquisa utilizamos alguns autores como: Chaves (1986) Kristeva (1974) e Bakhtin (2003; 2006), Santiago (1978), Nunes (1985; 1986; 1997; 2009) e Campos (1977; 1992). Percebemos, de acordo com Compagnon (2007), como ocorre o trabalho de reconstruo da escrita, neste caso na anlise entre as tradues realizadas por Mrio Faustino e os poemas dele, no qual cada etapa um liame de uma imensa trama que liga este texto a outros lidos e recortados, que manipulado por um indivduo, ao mesmo tempo, autor e leitor (Faustino). Assim, o autor/leitor, possuiu como prtica a tarefa de citar, ou seja, redizer o que j havia sido dito por outros.
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Esta dissertao objetiva pensar os desdobramentos que as tradues da poesia de Rainer Maria Rilke alcanaram no cenrio do Suplemento Literrio da Folha do Norte - SL/FN e em outros peridicos das dcadas de 1940 e 1950, em que foram publicadas. Consideramos que estas tradues foram um indcio de intensificao da abertura universalizante das letras paraenses s novidades modernistas iniciadas na Semana de Arte Moderna de 1922. Tais tradues foram cruciais para a formao do Grupo dos Novos, composto principalmente de nomes como Benedito Nunes, Mrio Faustino e Paulo Plinio Abreu, alm do antroplogo alemo Peter Paul Hilbert. O suporte terico-metodolgico ser a utilizao dos conceitos de Weltliteratur (Literatura universal) de Goethe e Reflexionsmedium (Mdium-de-reflexo) de Benjamin. Estas matrizes interligaro os campos da histria, da filosofia da linguagem e da traduo para refletirmos sobre o impacto dessas tradues na Amaznia brasileira da poca. Outro conceito importante nesta dissertao o de Bildung (formao), pensado a partir da leitura de Antoine Berman quando ele o relaciona traduo, incluindo vrios fenmenos que envolvem as relaes tradutrias entre culturas e lnguas. Ao final, por meio da reflexo tradutolgica de Haroldo de Campos, visamos observar possveis confluncias nas produes poticas e críticas de Mrio Faustino, Manuel Bandeira e Paulo Plnio Abreu, como resultante do processo relacional promovido por estas tradues.
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As dcadas de 1940 e 1950 so significativas quanto ao processo de difuso cultural nos jornais brasileiros, com destaque para atuaes de escritores, poetas e literatos nos diversos peridicos dessa poca, o que fez do jornal um ambiente moderno e criativo em prol da cultura e da literatura. Em Belm, nesse perodo, h dois jornais que contribuem para o movimento cultural na cidade paraense, por meio dos respectivos suplementos literrios: Arte Literatura, da Folha do Norte e Arte e Literatura, de A Provncia do Par. Nesse ambiente, Mrio Faustino inicia a vida literria publicando crnicas em jornais e, sobretudo, atua como tradutor de poesia. Com apenas 16 anos, Faustino comea a traduzir um grande rol de escritores da literatura internacional, do espanhol, francs e ingls. Este trabalho de anlise pretende mapear o percurso de formao de Mrio Faustino enquanto tradutor, a partir de seus primeiros poemas traduzidos. Para tanto, abordaremos a noo de traduo vinculada como processo de formao e desdobramento crtico.
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Temos como principal objetivo nesse estudo analisar, enquanto narrativas de resistncia, os romances Tristessa do escritor norte americano Jack Kerouac e Nove Noites do brasileiro Bernardo Carvalho. Partimos da hiptese que ambos constituem narrativas de resistncia inerente escrita (BOSI, 2012), quando a resistncia no tema da obra, mas manifesta-se na construo das personagens e no desenrolar da trama. Neste caso, o elemento utilizado como meio de manifestar a resistncia a melancolia. Pretendeu-se verificar por meio de um estudo de caso, como ambos os romances trabalham representaes do sujeito em sua relao com a morte com base em processos melanclicos e como a melancolia se encontra ligada a uma atitude de resistncia predominante na escrita. Assim, examina-se a melancolia enquanto patologia (FREUD, 2005) e elemento esttico, assim como o processo da narrativa de resistncia ao mesclar tica e esttica. Para tanto foram considerados os contextos sociais nos quais as narrativas foram escritas, e como estes indicam que cada romance faz uma crítica social a uma fora opressora contempornea a sua publicao. Durante nosso estudo, por meio de anlise comparativa, constatamos que temas com a perda, a morte, a runa, o afastamento melanclico, a marginalizao social e a transitoriedade do real so comuns aos dois romances.
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Trabalho pela pluralidade do texto de Dalcdio Jurandir, Chove nos campos de Cachoeira (1941). O trabalho uma prtica semiolgica, principalmente com R. B. par lui-mme (1975) de Roland Barthes, a sua teoria do texto plural. Assim, persigo a teoria do texto de Dalcdio Jurandir, a que a sua prpria, a que nasce da sua prpria prtica significante, Dalcdio Jurandir por Dalcdio Jurandir. Nesse passo, Dalcdio Jurandir com Augusto e Haroldo de Campos, com Roman Jakobson, Dalcdio Jurandir um poeta na prosa; com Maurice Blanchot, com a tradio de inveno, Dalcdio Jurandir produtor de metalinguagem; com a antropologia e a geopotica, Dalcdio Jurandir das paisagens do arquiplago do Maraj. Tudo em funo da abertura dos sentidos do seu texto. O texto de Dalcdio Jurandir contradiz todo empreendimento ledor que o submete determinao referencial e ao fechamento dos seus sentidos. O texto de Dalcdio Jurandir est sempre para ganhar novos campos de experincia. O texto de Dalcdio Jurandir solicita que se continue a escrev-lo.
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A pesquisa busca uma abertura para compreender o sentido da obra literria imbricada no mistrio da criao artstica a partir das suas figuraes em Avalovara (1973), de Osman Lins. Em meio interpretação do romance, pretende-se percorrer questes fundamentais que subjazem no revestimento conceitual instaurado ao longo da modernidade literria. Em Avalovara, o leitor encaminhado a um pensamento originrio que resgata a instncia potica da narrativa, projetando o fazer artstico em uma dimenso mtica que Linguagem acontecendo em seu silncio. Isso s possvel pela elaborao de uma narrativa que j no representa, mas encena questes, realizando-as na tessitura de seus elementos. O romance se pe procura de sentido para realidade, questionando a tradio mimtica corolrio de uma metafsica essencialista e subjetivista , e, em seu procurar desvela-se o seu sentido de ser, o seu ser-obra de arte. Neste sentido, reaviva-se a referncia essencial entre arte e verdade, em que esta, a prpria dinmica de re-velao do real retraindo sua realidade em tudo o que se manifesta. A obra de arte corresponde a essa dinmica de ser das coisas. Nelas e por elas a procura se d, passo a passo, revelando-se aos poucos em cada palavra, obra e verdade. Procurando pela verdade, o homem, coisas entre coisas, pode se reintegrar com a realidade de ser; Abel, o humano, o artista, o escritor pode reingressar no paraso pelo exerccio do amor pleno que h no cuidado para com as coisas em seu silncio, silncio da Linguagem que acolhe no s o poder criativo da literatura, mas tambm da prpria existncia humana.
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Este estudo tem por finalidade apresentar as imagens de leituras praticadas por personagens-leitores, no livro Chove nos campos de Cachoeira (1941), de Dalcdio Jurandir (1909-1979). O intuito da pesquisa trazer um novo olhar sobre a produo ficcional do escritor, a partir das leituras de personagens e conhecer, por meio da fico, o complexo cultural existente na regio marajoara. A obra que abre o ciclo do Extremo Norte apresenta vrios personagens que representam diferentes tipos de leitores: desde o leitor de obras eruditas ao leitor intensivo de folhetins. Dessa forma, o escritor paraense, ao lado da denncia social, prpria desse romance e de todo o ciclo, figura no complexo processo de aquisio da cultura letrada na regio. Assim, a pesquisa foi dividida em cinco captulos: o primeiro captulo compreende a parte introdutria da pesquisa; o segundo, aborda A fico dalcidiana no espao amaznico, composto pelos tpicos Dalcdio: o leitor da Amaznia e O espao amaznico redimensionado, que tratam da leitura do escritor e da projeo do cenrio marajoara de maneira real e imaginria, apontando os problemas sociais, comuns ao Brasil e ao resto do mundo. No terceiro, ser focalizada a teoria sobre leitura, leitor e personagem, apontando os principais tericos utilizados na pesquisa. O quarto captulo tratar dos leitores da famlia do Major Alberto, com os tpicos O gabinete de leitura do Major Alberto, Eutanzio: a falncia do ser e a eternizao da palavra e Alfredo: um menino leitor. O quinto e ltimo captulo abordar as diferenas paradoxais entre leituras e leitores, mostrando um leitor comum ao lado de um erudito, nos tpicos Os contrassensos do Dr. Campos e Salu, leitor e contador de histrias.
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Esta dissertao analisa a presena da moralidade no conto "Cinco Mulheres", de Machado de Assis, publicado no Jornal das Famlias em agosto e setembro de 1865, para tanto considera a perspiccia do narrador na composio da personagem feminina e na construo do enredo. Objetivou-se ressaltar como Marcelina, Antnia, Carolina, Carlota e Hortncia, mesmo delineadas para figurar em um jornal moralizante, revelam muito sutilmente a ruptura com a submisso que se esperava da mulher da poca. Para isso, foram observados, no peridico, as sees, os expedientes, os editorias, as ilustraes, a fim de perceber cintilaes da representao de subordinao alegrica da mulher do sculo XIX. A escassez de textos crticos sobre os primeiros escritos do autor revela o desinteresse com que essas obras tm sido tratadas e a leitura do conto em tela uma maneira de resistir compreenso de que somente os textos depois da dcada de 80 merecem complexidade, o que tambm objetivo deste estudo. Com isso, o levantamento da fortuna crítica dos textos iniciais de Machado, em especial os direcionados aos seus contos, oportuniza discutir sobre a composio da figura feminina e como ela era apresentada leitora do jornal casamenteiro. Ao invs de apresentar o casamento como sustentculo da sociedade, o "Bruxo do Cosme Velho" apresenta as incongruncias possveis de ocorrer nos matrimnios: enlaces sem amor, infelicidade do casal, traio do marido e da esposa, o que possibilita leitora da poca refletir sobre sua condio subalterna diante da sociedade patriarcal e do cerceamento vivido.
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Neste trabalho, investiga-se qual a relao entre arte, formao e poltica na obra Repblica, de Plato, e estuda-se de que modo os pressupostos gnosiolgicos platnicos esclarecem as tenses nessa relao. Busca-se reconstruir os argumentos centrais de Plato que sustentam a sua crítica educao mitopotica. Defende-se a hiptese de que Plato, na Repblica, reconhece o potencial formativo da arte, especialmente da poesia, embora, por razes de fundamentao ontolgica e gnosiolgica, tenha de subordin- -lo filosofia. A natureza dos questionamentos e os objetivos da pesquisa exigiram a consulta de fontes bibliogrficas, sendo que para anlise e interpretação foram utilizadas tcnicas hermenuticas de leitura de textos, com destaque para a apreenso dos sentidos dos conceitos essenciais na sua provenincia grega. Procedeu-se explicao e ao comentrio da obra Repblica, mas tambm de on e Hpias Maior e da literatura crítica, que foram selecionadas como mais significativas entre as fontes levantadas, tendo em vista o problema de pesquisa. A anlise conceitual e reflexiva mostrou ser a cultura mitopotica um componente indispensvel formao na obra platnica analisada, embora insuficiente, por si, para atingir o ideal de educao que se expressa pelos conceitos de verdade, bondade e beleza. Conclui-se que somente a filosofia, por superar os encantos da linguagem, da sensibilidade e do mundo sensvel, poder entender os limites e possibilidades da arte, especialmente daquela que usa a palavra. Assim como a cidade justa s seria possvel pelo equacionamento do rei e do filsofo, no admissvel um verdadeiro poeta que no seja filsofo.
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Este artigo vincula-se aos estudos sobre o pensamento educacional no Brasil. Abordamos as interpretaes de Jos Verssimo sobre os problemas nacionais da educao brasileira no final do sculo XIX e incio do sculo XX. Nossa inteno apresentar e analisar estas interpretaes, realizadas na Primeira Repblica. Jos Verssimo nasceu em bidos, no Par, em 1857, e faleceu no Rio de Janeiro, em 1916, passando parte de sua vida intelectual no Par e parte na capital da Repblica, onde fundou e participou ativamente da Academia Brasileira de Letras (ABL) e da Revista Brasileira. O autor foi estudioso importante nas discusses sobre as consequncias do colonialismo portugus e as tentativas frustradas de uma poltica republicana de educao no Brasil. Para Jos Verssimo, a educao pblica deveria estrategicamente superar as degenerescncias raciais, especialmente localizadas nos sertes do Brasil, promovidas pela colonizao. Os "Brasis" que sociologicamente constituam o territrio nacional quela poca so pensados por Verssimo como um entrave a ser superado pela Repblica para a insero do Pas na ordem moderna que, para ele, significava civilizao. Mas esta civilizao almejada se efetivaria, na sua perspectiva, na medida em que todos os brasileiros fossem includos em um projeto de unidade nacional.
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A primeira parte deste trabalho apresenta um estudo dos ensaios Introduo aos escritos estticos de Marx e Engels, de Georg Lukcs, e Posio do narrador no romance contemporneo, de Theodor W. Adorno, em que procuramos analisar suas respectivas concepes de realismo em literatura, considerando seus critrios de valorao esttica da obra literria. A segunda parte corresponde anlise do romance Em cmara lenta (1977), de Renato Tapajs, em que examinamos de sua constitui-o formal luz das noes de realismo em questo, procurando apontar uma plausvel base terica para leitura de romances que, a exemplo do de Tapajs, so elaborados a partir de uma negatividade constitutiva.
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Este trabalho tem por objetivo explorar as relaes entre diferentes linguagens artsticas literatura, cinema, artes plsticas e desenho , investigando o funcionamento das tcnicas de colagem (termo originrio das artes plsticas) e montagem (tcnica cinematogrfica) e de que forma foram transpostas para a literatura. Para tal, tomaremos como objeto de anlise os romances Galvez imperador do Acre ([1977] 1983) e A resistvel ascenso do Boto Tucuxi (1982), do escritor amazonense Mrcio Souza.