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Resumo:
O enquadramento de corpos dgua um instrumento legal do arcabouo da legislao ambiental brasileira contemplado na Poltica Nacional de Recursos Hdricos, por meio da Lei 9.433/97. A presente dissertao apresenta um modelo de enquadramento participativo aplicado a bacias urbanas, com aplicao na Bacia Hidrogrfica do Igarap Tucunduba, em Belm/PA. A metodologia desenvolvida baseou-se em cinco etapas, que tiveram como base: a pesquisa bibliogrfica em fontes diversas; o resgate dos trabalhos j desenvolvidos na bacia que empregaram metodologias informacionais de suporte deciso; a elaborao do diagnstico do uso e da ocupao do solo e dos recursos hdricos na bacia hidrogrfica; a realizao das oficinas de enquadramento com os atores locais; a aplicao do sofware Decision Explore como um Sistema de Suporte a Deciso (SSD), utilizado para organizar os dados gerados nas oficinas; o resgate dos trabalhos sobre qualidade da gua realizados na bacia do Tucunduba, e por fim a definio da proposta de enquadramento participativo, com base na a classificao atual do corpo hdrico e nos usos futuros para a bacia do Tucunduba. Com base no reconhecimento de campo, nas discusses sobre os usos atuais e sobre as expectativas dos atores locais em relao ao futuro da qualidade ambiental da bacia e na avaliao dos dados de qualidade de gua na bacia obtidos, foi definida uma proposta de classificao dos corpos de gua segundo os usos preponderantes atuais e futuros identificados, onde foi estabelecido que esta bacia deveria ser enquadrada na Classe 2, que prioriza o abastecimento para consumo humano aps tratamento convencional, a proteo das comunidades aquticas, a recreao de contato primrio, a irrigao e a pesca.
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O vrus Morumbi membro do sorogrupo Phlebotomus fever (famlia Bunyavrdae: gnero Phlebovrus) nativo da Regio Amaznica. Seu vetor desconhecido, mas supem-se ser transmitido por flebotomneos. Foi isolado em 1988 de ser humano apresentando quadro febril agudo. Este arbovrus, quando inoculado em camundongo por via cerebral, demonstrou viscerotropismo, induzindo inclusive leses no fgado do animal inoculado. Com os objetivos de: i) estabelecer as caractersticas antomo-patolgicas e imuno-histoqumicas em fgado de camundongos albinos Swss recm-nascidos experimentalmente infectados pelo vrus Morumbi; ii) verificar se o vrus apresenta hepatotropismo diferenciado na dependncia de inoculao pelas vias cerebral, peritoneal ou subcutnea; iii) caracterizar detalhadamente os padres antomo-patolgicos sequenciais no fgado; iv) demonstrar a localizao do antgeno viral no tecido heptico ao longo da infeco experimental; v) estudar possveis inter-relaes entre os achados antomo-patolgicos e os imuno-histoqumicos. Foram estudados experimentalmente 71 camundongos Swss recm-nascidos (dois e trs dias), distribudos ao final do experimento como segue: 21 animais inoculados por via intracerebral (IC), 21 por via intraperitoneal (IP) e 29 animais inoculados por via subcutnea (SC). Utilizou-se a dose infectante 5,0DL 50 /0,02ml de suspenso de vrus. Outros trinta, animais que no receberam inculos, foram utilizados como grupo controle. Subgrupos de oito animais (seis inoculados e dois do grupo controle) foram sacrificados diariamente a intervalos de 24 em 24 horas, at 96 horas para os grupos IC e IP e at 120 horas para o grupo SC. Fragmentos de fgado de todos os animais foram fixados em soluo de formalina neutra a 10%, includos em parafina, de onde foram obtidos cortes de 5 mm que foram corados pela tcnica de hematoxilina-eosina para anlise morfolgica e, cortes adicionais, foram submetidos tcnica de imuno-histoqumica (Sistema Envision, DAKO, USA), utilizando a fosfatase alcalina e soro hiperimune do vrus Morumbi preparado em camundongos jovens, para deteco de antgeno viral. Foram estudados seis parmetros de leso em reas portais e nove outros nos lbulos, que foram semiquantificados numa escala que variou de zero (0) a trs cruzes (+++), onde zero significou ausncia de leso e trs cruzes leso intensa. microscopia ptica, ficou evidente que o vrus Morumbi inoculado em camundongos por trs diferentes vias induz leses em reas portais e lobulares, caracterizando uma hepatite aguda com presena de corpsculos acidfilos, semelhantes aos corpsculos de Councilman -Rocha Lima, de distribuio irregular nos lbulos, cujo aparecimento foi observado 24 horas ps-inoculao (p.i.) e atingiu o mximo de intensidade s 72 horas p.i. em animais inoculados por via IP. O exame imuno-histoqumico mostrou presena leve de antgeno viral a partir de 24 horas p.i. no grupo IC e a partir de 48 horas p.i. nos grupos IP e SC, havendo certo paralelismo em relao a intensidade de leso morfolgica, tendo- se observado o mximo de deteco de antgeno viral em animais inoculados por via IP e sacrificados s 72 horas p.i. A distribuio geral de antgeno foi observada especificamente nos lbulos hepticos, no citoplasma de hepatcitos ntegros e necrosados e no interior de clulas de Kupffer, no havendo preferncia por nenhuma das trs zonas do lbulo. Concluiu-se que: i) o modelo de infeco experimental em camundongos foi excelente para o estudo das leses causadas pelo vrus Morumbi, podendo ser selecionada a via IP como referencial; ii) em todas as vias utilizadas (IP, IC e SC) se confirmou a infeco pelo vrus Morumbi com marcante deteco de seu antgeno, no tecido heptico de camundongos Swiss; iii) a presena de antgeno do vrus Morumbi no fgado desses camundongos associou-se ao aparecimento de hepatite aguda, com necrose focal; iv)hepatite intensa pde ser observada em fgado de camundongos sacrificados 72 h p.i. com o vrus Morumbi por via IP, o que no foi verificado com as outras duas vias; v) a hepatite aguda mostrou-se limitada, neste experimento, tendendo a desaparecer na maioria dos camundongos inoculados, com avanar das horas; vi) colestase no alterao freqente na hepatite experimental pelo vrus Morumbi, quando inoculada por via IC, IP e SC; vii) o antgeno do vrus Morumbi teve predominncia pela localizao intracitoplasmtica, padro granular, nos hepatcitos e clulas de Kupffer; viii) antgeno viral foi detectado em fragmento heptico de animais experimentalmente inoculados com o vrus Morumbi, a partir das 24 horas via IC e a partir de 48 horas nas vias IP e SC.
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Os vrus linfotrpicos de clulas T humanas tipo I (HTLV-I) e tipo II (HTLV-II) so membros de um grupo de retrovrus de mamferos com propriedades biolgicas similares que apresentam como uma das principais rotas de transmisso a transfuso sangnea. O HTLV-I endmico em diferentes reas geogrficas e est associado a vrios distrbios clnicos. O HTLV-II endmico em vrios grupos indgenas das Amricas e em usurios de drogas intravenosas na Amrica do Norte e do Sul, Europa e Sudeste da sia. Durante o ano de 1995, todos os doadores de sangue positivos para HTLV-I/II no Banco de Sangue do Estado (HEMOPA), foram direcionados a um mdico e ao Laboratrio de Virologia na Universidade Federal do Par, para consulta, aconselhamento e confirmao do diagnstico laboratorial. Trinta e cinco soros foram testados por um ensaio imunoenzimtico e confirmados por um Western blot que discrimina as infeces por HTLV-I e HTLV-II. Amostras soropositivas para HTLV-II foram submetidas reao em cadeia da polimerase (PCR) para as regies genmicas env e pX e confirmaram ser do subtipo IIa. Esta a primeira deteco, em Belm, da presena da infeco pelo HTLV-IIa em doadores de sangue. Estes resultados enfatizam que o HTLV-II est presente em reas urbanas da regio Amaznica e a necessidade de incluir testes de triagem capazes de detectar anticorpos para ambos os tipos de HTLV.
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Esta Tese prope o desenvolvimento de uma estratgia de planejamento que combina: caracterizao de carga de uma aplicao tpica de TV Digital, extrao de vetor peso por meio de redes de crena e tomada de deciso multicriterio a partir da aplicao de mtodos analticos (TOPSIS e ELECTRE III), para fornecer suporte a deciso junto a provedores de servios, objetivando-se permitir optar-se por uma tecnologia para canal de retorno (ADSL2+, PLC, WiMAX e 3G), considerando a carga tpica de um cenrio de TV Digital interativo, padro ISDB-T. A estratgia proposta apresenta cinco etapas, sendo estas: definio dos canais de retorno e das mtricas de desempenho, realizao de medies das tecnologias de acesso em cenrios reais, simulao dos dados em ambientes simulados, aplicao de tcnicas de correlao de dados para gerao do vetor peso e aplicao de mtodos analticos de tomada de deciso para escolha da melhor tecnologia a ser implantada em determinado cenrio. Como resultado principal se obteve um modelo genrico e flexvel que foi validado atravs de um estudo de caso que ordenou a preferncia das tecnologias avaliadas.
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Na Amaznia Brasileira, o macaco Cebus apella (Primata: Cebidae) tem sido associado com o ciclo enzotico da Leishmania (V.) shawi, um parasito dermotrpico causador da Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA). Ele tem sido tambm empregado com sucesso como modelo experimental para estudo da leishmaniose tegumentar. Neste trabalho, foi investigada sua susceptibilidade infeco experimental por Leishmania (L.) infantum chagasi, o agente etiolgico da Leishmaniose Visceral Americana (LVA). Foram usados dez espcimes de C. apella oito adultos e dois jovens, quatro machos e seis fmeas, todos nascidos e criados em cativeiro. Dois protocolos de infeco experimental foram feitos: i) seis macacos foram inoculados por via intradrmica (ID), na base da cauda com 2x106 formas promastigotas em fase estacionria de crescimento; ii) outros quatro macacos foram inoculados com 3x107 formas amastigotas de infeco visceral de hamsteres por duas vias diferentes: a) dois por via intravenosa (IV) e, b) outros dois pela via intraperitoneal (IP). A avaliao da infeco incluiu parmetros: clnico: exame fsico do abdmen, peso e temperatura corporal; b) parasitolgico: aspirado de medula ssea por agulha para procura de amastigotas (esfregao corado por Giemsa) e formas promastigotas (meio de cultura); c) imunolgico: Reao de Imunofluorescncia Indireta (RIFI) e, resposta de hipersensibilidade tardia (DTH). Nos seis macacos inoculados ID (formas promastigotas) todos os parmetros de avaliao da infeco foram negativos durante o perodo de 12 meses. Entre os quatro macacos inoculados com formas amastigotas, dois inoculados IV mostraram parasitos na medula ssea do primeiro ao sexto ms p.i. e em seguida houve a resoluo da infeco, no entanto os outros dois inoculados IP foram totalmente negativos. Esses quatro macacos apresentaram resposta especfica de anticorpo IgG desde o terceiro ms p.i. (IP: 1/80 e IV: 1/320) at o dcimo segundo ms (IP: 1/160 e IV: 1/5120). A converso DTH ocorreu em apenas um macaco inoculado IV com uma forte reao na pele (30 mm). Considerando esses resultados, ns no recomendamos o uso do macaco C. apella como modelo animal para estudo da LVA.
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A diversidade tnica no Gro-Par, na poca da clera, est estampada nas categorias anotadas pelos profissionais de sade, pelos viajantes e pelos publicistas que registraram as nuanas relativas cor e etnia de cada uma das vtimas da epidemia. Arrolados como indgenas, as vtimas caboclas, ndias, e tapuias somam 205 almas; e, como negros, vtimas cafuzas, mamelucas, mulatas, pardas e pretas chegam a 646, enquanto os brancos somam 184. As gentes de cores abatidas pela epidemia constituem 82% dos mortos sepultados na Soledade. A clera "escolhe" ou no suas vtimas? cega em relao condio social, cor e etnia dos grupos que flagela? So as perguntas que se fazem tendo como campo emprico a epidemia ocorrida no sculo XIX, e o acesso aos socorros pblicos na Belm do Gro-Par, trabalhando documentos depositados no Arquivo Pblico do Estado do Par (APEP) e no Instituto Histrico e Geogrfico do Par (IHGP).
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O presente estudo foca a temtica do acesso das populaes do campo universidade pblica, com base na anlise do PRONERA Programa Nacional de Educao na Reforma Agrria, do PROCAMPO Programa de Apoio Formao Superior em Licenciatura em Educao do Campo e do PARFOR Plano Nacional Formao de Professores da Educao Bsica, tomando como referncia a Universidade Federal do Par. A pesquisa analisa o cenrio da Educao Superior e as modificaes no sistema de acesso universidade, apresenta um panorama sobre as iniciativas de acesso das populaes do campo, analisando cursos, recursos financeiros, dados estatsticos e apresentando uma cartografia dos programas no Brasil e no Estado do Par. Para alcanar o objetivo geral, que foi de analisar as formas de acesso pela populao do campo Educao Superior, no perodo ps Lei 9.394/96, optou-se por uma metodologia de abordagem dialtica, buscamos analisar fatores sociais, polticos, econmicos e as relaes estabelecidas, no contexto do acesso das populaes do campo educao superior. Convm esclarecer que no tomamos o mtodo dialtico por excelncia, pois consideramos que existem muitos elementos dele que no podero ser aplicados por ns no tempo que a pesquisa prope, uma vez que somente essa perspectiva nos permitiria a anlise da realidade em questo, buscando o apoio na explorao de bibliografias e na tcnica de anlises de documentos, para posterior sistematizao, organizao e anlise dos dados estatsticos e das informaes coletadas ao longo da pesquisa. Os resultados da investigao apontam para um novo eixo de anlise dentro da temtica Educao Superior a Educao Superior do Campo, uma vez que o acesso das populaes do campo, com metodologias diferenciadas e pautadas no referencial da Educao do Campo passou a ser uma realidade em nosso Pas. A pesquisa aponta ainda a ampliao do acesso s universidades pblicas, com base nos princpios conquistados pela luta dos movimentos sociais e do movimento por uma educao do campo, assim como identificou outras particularidades que no condizem, a princpio, com o que seria uma poltica educacional voltada para o campo, como o caso do PARFOR, que, embora no seja criado propriamente a atender estudantes do campo, tem, no Par, contemplado uma significativa parcela de estudantes/ educadores atuantes em escolas do campo.
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Esta dissertao tem a preocupao em estudar as moradias urbanas de Belm na primeira metade do sculo XIX. Identificar as relaes sociais construdas nestes ambientes domsticos, investigados atravs do uso e consumo de objetos encontrados nos inventrios post mortem, jornais, relatos de viajantes e outras documentaes. Apontar a trajetria das influncias que sofreram os ambientes domsticos, incorporando ou produzindo suas prprias relaes com o espao de habitao uma tarefa que procuro discutir. Os sentidos de domesticidade permeados pela relativa noo de privacidade e ao limitado acesso ao consumo de bens materiais so possibilidades que emergem ao longo do estudo. neste conjunto que investigo o significado que as noes de conforto, praticidade so projetados nos mobilirios domsticos, e com isto, ler como o habitante urbano representava essas sensibilidades diante do local de residncia nesta capital paraense em meados do sculo XIX.
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Paisagens Urbanas: fotografia e modernidade na cidade de Belm (1846-1908) prope uma discusso sobre os documentos fotogrficos que serviam de instrumentos de propaganda dos governantes na ltima dcada do sculo XIX e no incio do sculo XX. A linguagem visual desta dissertao permite mostrar a forma como os indivduos se fizeram representar nos cenrios urbanos, dando visibilidade aos tipos sociais que foram flagrados sutilmente pelas cmeras fotogrficas a servio da propaganda do governo que tinha por objetivo divulgar uma cidade moderna, revelando a intensidade e a rapidez com que desejava alcanar a modernidade, ao mesmo tempo em que traz a luz uma cidade de acordo com os modelos provenientes da Europa, percebe-se o registro de uma outra cidade que nos remete a espaos de convivncia de diferentes realidades. A imagem fotogrfica, assim como outras fontes e objetos visuais, constitui-se em importantes instrumentos de investigao histrica para identificar novos objetos e novos problemas. A contribuio deste estudo se ancora no uso da fotografia como principal documento de anlise para produo historiogrfica, entendendo que a fotografia representa um testemunho que fala do passado na intensidade que o historiador a questiona. Este estudo busca analisar a relao entre fotografia e cidade a partir da narrativa visual dos lbuns e relatrios de Belm que foram produzidos no perodo de 1898 a 1908. A interpretao dos lbuns, enquanto narrativa que visualiza uma cidade moderna, constitu-se em uma das estratgias metodolgicas para abordagem do uso da fotografia como documento para o historiador, considerando que nesse tipo de documentao pode mostrar dados dispersos ou mesmo silenciados por outras fontes de pesquisas.
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O presente trabalho discute a construo/marcao de mltiplas identidades urbanas no contexto da cidade de Belm (PA), tendo em vista os trajetos de diferentes sujeitos sociais que se realizam atravs do Porto da Palha, localizado na poro sul da orla fluvial dessa cidade. Considera-se a identidade urbana como um processo contnuo em que so construdas mltiplas experincias de pertencimento urbe, que ocorre ao lado da marcao de uma diferena material e simblica na produo de uma imagem especfica de cidade. O Porto da Palha se torna um locus expressivo para mltiplas construes identitrias e um espao atravs do qual se torna possvel visualizar uma imagem marginal de Belm. So enfatizados os aspectos territoriais e comunitrios deste processo, pois o mesmo sustentado por uma dinmica subalternizada, responsvel por envolver um conjunto de networks voltadas para o abastecimento de um consumo local, produtoras de um territrio precarizado. Alm disso, as interaes e trocas de experincias desenvolvidas entre diferentes grupos sociais como feirantes, moradores do porto, quilombolas e ribeirinhos configuram nesse espao uma espcie de comunidade de sobrevivncia. Desses laos territoriais e comunitrios, assim como do uso material e simblico do rio realizados com base nos trajetos urbanos definidos por estes grupos sociais, desponta uma outra imagem de cidade, uma cidade ribeirinha margem.
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Este trabalho um estudo que trata de duas aldeias Munduruk, Praia do ndio e Praia do Mangue, que esto situadas na rea urbana de Itaituba PA, Brasil. O contato entre a sociedade indgena e a sociedade nacional fez surgir muitos problemas que prejudicam a prpria reproduo desse grupo social. Entretanto essas aldeias esforam-se para resgatar sua identidade Munduruk atravs do ensino de seu idioma nativo nas escolas indgenas de suas aldeias. Este estudo foi realizado durante o curso de mestrado em Antropologia, do Programa de Ps-Graduao em Cincias Sociais da Universidade Federal do Par, de maro de 2006 a maro de 2008. A pesquisa foi dividida em duas partes. Uma delas foi atravs de pesquisas de textos especficos de antropologia em bibliotecas, livrarias e internet. A segunda parte foi no trabalho de campo em Itaituba, onde se situam as aldeias. Fui duas vezes ao campo no intervalo das aulas (frias) do Programa. Porm eu estive por quatro meses em campo, antes do inicio do curso de Mestrado. Ocasio onde foram entrevistados membros de doze famlias de um total de duzentas e cinqenta e oito pessoas. O resultado da pesquisa mostrou que nestes grupos em situao urbana possvel perceber a adaptao das instituies tradicionais Munduruk. E que a interao e contato com a sociedade nacional fez surgir uma nova ordem social. Essa nova ordem social formada, guarda tanto elementos da sociedade nacional quanto caractersticas tradicionais Munduruk. E nesse contexto urbano verificamos que as instituies tradicionais Munduruk, apesar de tudo, continuam marcando bem os espaos sobretudo de poder que ainda so regulados pelo parentesco, pelos cls e pelo cacicado.
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A urbanizao tem provocado variaes locais em diversos elementos climticos, dentre eles o aumento da temperatura do ar, provocando o aparecimento de pores do espao com temperaturas maiores do que as reas ao seu entorno, o que se chama de ilhas de calor urbanas. Dentre as causas do surgimento das ilhas de calor, a retirada da cobertura vegetal o mais relevante. A finalidade deste trabalho foi identificar, atravs da tcnica de sensoriamento remoto, as ilhas de calor urbanas e as ilhas de frescor urbanas na rea continental do Municpio de Belm, assim como a variao da cobertura vegetal, comparando os resultados dos anos de 1997 e 2008, a fim de revelar uma possvel relao entre a variao da cobertura vegetal e as ilhas de calor e ilhas de frescor urbanas. Para desenvolver esta pesquisa, recorreuse a imagens termais do sensor TM para determinao dos valores de temperatura, assim como dados de temperatura do ar observados nas estaes: climatolgica convencional de Belm (2o. DISME/INMET), meteorolgica sintica de Val-de-Cans e meteorolgica sintica automtica de Belm (2o. DISME/INMET). A cobertura vegetal foi determinada tambm com uso das imagens do sensor TM, com as bandas 3,4 e 5. De acordo com os resultados obtidos, concluiu-se que em 2008 houve um aumento das ilhas de calor urbanas, principalmente nos bairros localizados nas reas da Avenida Augusto Montenegro e Rodovia Arthur Bernardes, e reduo das ilhas de frescor em diversas partes da rea continental de Belm, em decorrncia da ausncia da cobertura vegetal, em relao ao ano de 1997. Tambm foi possvel identificar que na rea de estudo, houve uma reduo da cobertura vegetal existente em 2008 em comparao a 1997, reduo essa que ocorreu principalmente na rea que est alm da 1 Lgua Patrimonial do municpio de Belm, no eixo compreendido entre a Avenida Augusto Montenegro e a Rodovia Arthur Bernardes, ampliando a rea urbana e o aumento da temperatura, que favoreceu a expanso de ilhas de calor.
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As mucopolissacaridoses (MPS) so doenas genticas raras causadas pela deficincia de enzimas lisossmicas especficas que afetam o catabolismo de glicosaminoglicanos (GAG). O acmulo de GAG em vrios rgos e tecidos nos pacientes afetados pelas MPS resulta em uma srie de sinais e sintomas, integrantes de um quadro clnico multissistmico que compromete ossos e articulaes, vias respiratrias, sistema cardiovascular e muitos outros rgos e tecidos, incluindo, em alguns casos, as funes cognitivas. J foram identificados 11 defeitos enzimticos que causam sete tipos diferentes de MPS. Antes do advento de terapias dirigidas para a restaurao da atividade da enzima deficiente, o tratamento das MPS tinha como principal foco a preveno e o cuidado das complicaes, aspecto ainda bastante importante no manejo desses pacientes. Na dcada de 80 foi proposto o tratamento das MPS com transplante de medula ssea/transplante de clulas tronco hematopoiticas (TMO/TCTH) e na dcada de 90 comeou o desenvolvimento da Terapia de Reposio Enzimtica (TRE), que se tornou uma realidade aprovada para uso clnico nas MPS I, II e VI na primeira dcada do sculo 21. Os autores deste trabalho tm a convico de que um melhor futuro para os pacientes afetados pelas MPS depende da identificao, compreenso e manejo adequado das manifestaes multissistmicas dessas doenas, incluindo medidas de suporte (que devem fazer parte da assistncia multidisciplinar regular destes pacientes) e terapias especficas. Embora a inibio da sntese de GAG e o resgate da atividade enzimtica com molculas pequenas tambm possam vir a ter um papel no manejo das MPS, o grande avano disponvel no momento a TRE intravenosa. A TRE permitiu modificar radicalmente o panorama do tratamento das mucopolissacaridoses I, II e VI na ltima dcada, sendo que ainda pode estender seus benefcios em breve para a MPS IV A (cuja TRE j est em desenvolvimento clnico), com perspectivas para o tratamento da MPS III A e do dficit cognitivo na MPS II atravs de administrao da enzima diretamente no sistema nervoso central (SNC). Um grande nmero de centros brasileiros, incluindo servios de todas as regies do pas, j tm experincia com TRE para MPS I, II e VI. Essa experincia foi adquirida no s com o tratamento de pacientes como tambm com a participao de alguns grupos em ensaios clnicos envolvendo TRE para essas condies. Somados os trs tipos de MPS, mais de 250 pacientes j foram tratados com TRE em nosso pas. A experincia dos profissionais brasileiros, somada aos dados disponveis na literatura internacional, permitiu elaborar este documento, produzido com o objetivo de reunir e harmonizar as informaes disponveis sobre o tratamento destas doenas graves e progressivas, mas que, felizmente, so hoje tratveis, uma realidade que traz novas perspectivas para os pacientes brasileiros afetados por essas condies.
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The purpose of this study was to compare contrast sensitivity estimated from transient visual evoked potentials (VEPs) elicited by achromatic pattern-reversal and pattern-onset/offset modes. The stimuli were 2-cpd, achromatic horizontal gratings presented either as a 1 Hz pattern reversal or a 300 ms onset/700 ms offset stimulus. Contrast thresholds were estimated by linear regression to amplitudes of VEP components vs. the logarithm of the stimulus contrasts, and these regressions were extrapolated to the zero amplitude level. Contrast sensitivity was defined as the inverse of contrast threshold. For pattern reversal, the relation between the P100 amplitude and log of the stimulus contrast was best described by two separate linear regressions. For the N135 component, a single straight line was sufficient. In the case of pattern onset/offset for both the C1 and C2 components, single straight lines described their amplitude vs. log contrast relations in the medium-to-low contrast range. Some saturation was observed for C2 components. The contrast sensitivity estimated from the low-contrast limb of the P100, from the N135, and from the C2 were all similar but higher than those obtained from the high-contrast limb of the P100 and C1 data, which were also similar to each other. With 2 cpd stimuli, a mechanism possibly driven by the M pathway appeared to contribute to the P100 component at medium-to-low contrasts and to the N135 and C2 components at all contrast levels, whereas another mechanism, possibly driven by the P and M pathways, appeared to contribute to the P100 component at high contrast and C1 component at all contrast levels.
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O cncer do trato gastrointestinal tem sua importncia no perfil de mortalidade do Brasil, estando entre os dez mais incidentes do pas. A deteco precoce garante uma melhor qualidade de vida para os doentes oncolgicos, porm frequentemente estes chegam aos centros de tratamento em fase avanada da doena. O estudo objetiva investigar as dificuldades de acesso ao diagnstico e tratamento para os pacientes com cncer gastrointestinal atendidos pelo Sistema nico de Sade. Com este intuito, realizou-se uma pesquisa observacional descritiva e sob a forma de um questionrio foram coletados dados de pacientes em tratamento em dois hospitais pblicos de Belm, no perodo de maro a junho de 2013. Preencheram os critrios de incluso 122 pacientes que foram agrupados em diferentes trajetrias de atendimento. Alm disso, foram tambm obtidas informaes registradas nos pronturios desses pacientes. A anlise dos dados demonstrou que o diagnstico da doena em 68,1% foi realizado pelo mdico generalista; a maior dificuldade, nessa fase, foi o acesso ao diagnstico gerando gastos com exames, pois a maioria dos pacientes (68,9%) no realizou exames especializados atravs do Sistema nico de Sade, mas com recursos prprios. Nos centros/ unidades de referncia em oncologia, as dificuldades relatadas por 56 pacientes comeam com a marcao da consulta mdica, ocorrendo demora do agendamento pela instituio para 94,6% desses doentes. A falta de leito para internao foi apontada como o maior entrave (54.4%) para iniciar a teraputica cirrgica, particularmente para o cncer gstrico e de clon e reto. A anlise das trajetrias percorridas pelos doentes, desde o inicio dos sintomas at o atendimento na unidade de referncia, revela que o diagnstico da doena em 50% dos pacientes ocorreu somente aps 10 meses do inicio dos sintomas, e o tratamento iniciou s depois de 90 dias do diagnstico. O tempo que os pacientes permanecem sintomticos sem um diagnstico impacta negativamente no prognstico. Nesta pesquisa, os casos de cncer gstrico e de clon e reto foram diagnosticados tardiamente (estdio IV e IIIB) e, por conseguinte o tratamento no ocorreu no prazo desejvel.