8 resultados para Nationalism
em Repositório digital da Fundação Getúlio Vargas - FGV
Resumo:
Globalizao e Estado-Nao no se Contradizem; Globalizao e o Estgio Atual do Desenvolvimento Capitalista, e Estado Nao a Unidade Poltica Territorial que Organiza o Espao e a Populao no Sistema Capitalista. Desde os Anos 1980, o Capitalismo Global Constitui o Sistema Econmico Caracterizado Pela Abertura de Todos os Mercados Nacionais e a Violenta Competio entre os Estados-Nao. os Pases em Desenvolvimento Tendem ao Catch Up Enquanto os Pases Ricos Tentam Neutralizar Tais Esforos de Competio, Usando o Globalismo como Ideologia, e a Ortodoxia Convencional como Estratgia. Enquanto a Globalizao Comercial Favorece Pases de Renda Mdia, a Globalizao Financeira Controle seu Crescimento. o Nacionalismo Permanece a Ideologia com que Eles Contam para Enfrentar o Globalismo. no mbito Poltico, um Sistema Poltico Global Est Emergindo para Corrigir as Injustias e Desequilbrios que so Inerentes Globalizao
Resumo:
Nos anos 1960 e 1970 a Amrica Latina foi palco de golpes militares modernizadores e da transio de seus intelectuais do nacionalismo para a dependncia associada. Nos anos 1950 dois grupos de intelectuais pblicos, organizados entre a Cepal, em Santiago, Chile, e o ISEB, no Rio de Janeiro, Brasil, abriram caminho para o pensamento das sociedades e economias latino-americanas (inclusive do Brasil) a partir de uma viso nacionalista. A Cepal criticava principalmente a lei das vantagens comparativas e suas essenciais implicaes imperialistas; o ISEB se focava na definio poltica de uma estratgia nacional-desenvolvimentista. A idia de uma burguesia nacional era a resposta para esta interpretao da Amrica Latina. A Revoluo Cubana, a crise econmica dos anos 1960 e os golpes militares nos pases do Cone Sul, entretanto, criaram espao para a crtica a essas idias com uma nova interpretao: a da dependncia. Ao rejeitar totalmente a possibilidade de uma burguesia nacional, duas verses da interpretao da dependncia (a interpretao associada e a superexplorao) tambm rejeitaram a possibilidade de uma estratgia nacional-desenvolvimentista. Apenas uma terceira interpretao, a nacional-dependente continuava a afirmar a necessidade e a possibilidade de uma burguesia nacional e de uma estratgia nacional. Entretanto, foi a interpretao da dependncia associada que foi dominante na Amrica Latina nos anos 1970 e 1980.
Resumo:
Getulio Vargas foi o grande estadista do Brasil do sculo vinte. Vindo de uma famlia de senhores de terra, Getulio Vargas comandou a transio do Brasil de uma economia agrria para uma economia industrial. Um nacionalista, ele foi capaz de chamar os empresrios industriais, a burocracia pblica e os trabalhadores urbanos para um pacto poltico e uma estratgia nacionaldesenvolvimentista. Com um governo autoritrio entre 1930 e 1945, ele quebrou a hegemonia das oligarquias agrria e mercantilista que dominavam o Brasil at ento. Um populista, ele foi o primeiro poltico a estabelecer uma relao com o povo ao invs de apenas com suas elites. Em seu segundo governo, entre 1951 e 1954, ele completou seu projeto nacional. Depois dele e do governo Kubitschek, a revoluo industrial e a capitalista do Brasil iniciada em 1940 podia ser considerada completa o que abriu espao para uma democracia mais consolidada no pas.
Resumo:
Os empresrios industriais e a burocracia pblica formaram um pacto poltico que foi dominante no Brasil desde os anos 1930 at os anos 1980. O nacional-desenvolvimento era a estratgia de desenvolvimento que esse grupo adotou. Entretanto, o desastre econmico e poltico que o Plano Cruzado (1986) representou e a hegemonia mundial do neoliberalismo desde os anos 1980 foram determinantes na sua perda de poder desde o incio dos anos 1990. Nessa dcada, a FIESP e o IEDI no foram capazes de apresentar um discurso alternativo ao discurso ento dominante neoliberal. Desde os anos 2000, porm, e particularmente desde o governo Lula, existem sinais de que esto reorganizando seu discurso e dando um contedo macroeconmico mais consistente com o controle da inflao e o crescimento econmico.
Resumo:
o tema pesquisado: "O trabalhador do Setor Tercirio - sua representao do cotidiano, do trabalho e da sociedade" - uma forma de explicitao de minha prtica concreta. Compreender o tercirio, a partir da tica das relaes de produo, para desvendar, ao nvel da representao, como funciona o fetiche, ao nvel atravs das explicaes produzidas e do prprio discurso do trabalhador ligado a esta rea de produo no material. Inicia-se por discutir as conjunturas brasileiras de trinta (1930) a oitenta (1980), para entender a oscilao entre o nacionalismo e o liberalismo econmico, entre o desenvolvimento nacional e o desenvolvimento associado ao capital estrangeiro. Estudam-se, neste contexto, diferentes explicaes para a expanso do tercirio, passando pela estrutura de ocupaes, pelos seus efeitos marginais e pela diviso social do trabalho, onde o desenvolvimento e o subdesenvolvimento encontram sua funcionalidade no capitalismo em escala mundial. O estudo nos leva a compreender que todos estes acontecimentos de natureza scio-econmica se refletem, no como relao mecnica, mas enquanto ntima articulao entre o scio-poltico e o econmico. E esta indissociabilidade est viva na representao que o trabalhador faz do seu cotidiano, do trabalho e da sociedade, ainda que no se d conta e que no possa desvendar o fetiche, o qual, no seu discurso e na sua conscincia, revela e encobre a realidade ao mesmo tempo.
Resumo:
The history of independent Brazil may be divided in three major political cycles, and, since 1930, we can distinguish five political pacts or class coalitions. Since 1930 these pacts have been nationalist. Only in the 1990s the Brazilian elites surrendered to the neoliberal hegemony. Yet, since the mid 2000s, they are recovering their idea of nation. In fact, the main claim of the essay is that Brazilian elites and the Brazilian society are national-dependent, i.e., they are ambiguous and contradictory, requiring an oxymoron to define them. The elite is dependent because it often sees itself as European and its people as inferior. But Brazil is big enough and around its domestic market there are enough common interests to make the Brazilian nation less ambiguous. Today, it searches for a synthesis between the two last political cycles between social justice and economic development in the framework of democracy.
Resumo:
O presente trabalho tem como objetivo analisar a atuao de intelectuais entendidos como mediadores culturais, ou seja, aqueles que tm como objetivo a divulgao de conhecimento histrico para o grande pblico. Para tanto, escolhemos como objeto de estudo o intelectual Viriato Corra (1884-1967), que entendemos ser exemplar nesse tipo de atuao intelectual. Mais especificamente, buscaremos nos ater s suas peas teatrais, escritas entre as dcadas de 1910 e 1940, que, como todo o resto de sua obra, so marcadas por um intenso discurso de valorizao do nacional. preciso lembrar que o perodo em questo estratgico no que concerne construo de uma identidade nacional republicana. Assim, buscaremos demonstrar como o escritor contribuiu e esteve engajado no projeto de construo de uma histria e memria nacionais atravs de suas produes teatrais, utilizando-as como vetores culturais de difuso de uma histria de cunho cvico-patritico.
Resumo:
Os primeiros anos da poltica nuclear brasileira, entre os anos de 1945 e 1956, o assunto tratado no presente trabalho. Aqui procuramos compreender as razes por trs da vitria de lvaro Alberto na CPI da Questo Nuclear de 1956, na qual as suas propostas para o setor foram valorizadas e restabelecidas, mesmo aps o Almirante ter sofrido derrotas durante o governo Caf Filho (1954-55), quando foi exonerado da presidncia do CNPq e teve a sua poltica atmica suspensa. O trabalho conclui que a vitria foi possvel graas ao fato de as suas diretrizes para a rea nuclear terem ressonncia junto a diversos setores da sociedade brasileira adeptos do monoplio estatal sobre os recursos naturais e de um desenvolvimento cientfico e tecnolgico em bases autnomas; alm de uma conjuntura poltica excepcional no incio do governo de Juscelino Kubitschek, marcado por forte polarizao poltica, na qual o assunto nuclear ganhou projeo nacional. Com a sua vitria na CPI de 1956, lvaro Alberto logrou definir os termos debate sobre a poltica a ser adotada na rea atmica pelos anos e dcadas seguintes.