170 resultados para Educação e Estado Chile


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O MOBRAL se constituiu em uma das maiores iniciativas governamentais na rea da alfabetizaco de adultos,em nosso pas e no mundo. Apesar de ser uma instituio bastante conhecida em todo o territrio nacional e mesmo no exterior, muito pouco se sabe sobre suas origens. O presente trabalho pretende, ao mesmo tempo, resgatar a histria dessa instituio em seu incio e situ-la no contexto scio-econmico e poltico brasileiro dos anos ps 64. Procura-se identificar os elementos de terminante do nascimento do M0BRAL assim como de sua formatao inicial. As origens do MOBRAL foram, ento, buscadas na sequncia histrica de educação de adultos no Brasil. Este Movimento apresenta-se como uma das tantas iniciativas do governo militar instaurado no pas em 1964. Destina-se a preparar grandes contingentes de mo-de-obra seni-qualificada para integrao no mercado de trabalho em expanso e a assegurar a adeso das classes populares ao projeto governista. Inicialmente o MOBRAL foi organi zado seguindo o modelo das campanhas nacionais de alfabetizao coordenadas pelo Departamento Nacional de Educaao (DNE) do Ministrio de Educação e Cultura. Apresentava-se como um programa a ser executado sob a direo e com os recursos do prprio DNE. Porm, logo ficou patente a necessidade de lhe dar maior autonomia, desvinculando-o do DNE e dotando-o de uma Direo e de recursos prprios. Porm foi nomeado Presidente o prprio Diretor do DNE, Jorge Boaventura de Souza e Silva. Com a chegada do Miriistro Jarbas Passarinho ao MEC promoveu-se urna total reestruturao no MOBRAL, fazendo- o passar de um rgo meramente repassador de recursos para um rgo executor de seus prprios projetos. Como seu Presidente foi nomeado o Prof. Mrio Henrique Simonsen e como Secretrio executivo, o Pe. Felipe Spotorno. Essa reestruturao do MOBRAL se deu em um clima de ruptura entre o grupo que concebeu o MOBRAL no DNE e o grupo originrio da Secretaria Geral que reformulou sua poltica de aao. Esses conflitos, manifestos no mbito dessa instituio, revelam a luta travada em outros setores da educação brasileira entre os "pedagogos" e os "tecnocratas". Por sua vez, essa luta revela o embate existente no plano mais profundo da prpria infra:estrutura da sociedade. Os "pedagogos", portadores de urna ideologia liberal- humanista, vo sendo suplantados , pelos "tecnocratas", representantes da ideologia da modernizao, ao mesmo tempo em que vai se dando a passagem de um modo de produo capitalista concorrencial para um modo de produo capitalista monopolista. Na concluso procura-se mostrar a importncia da realizao de estudos de histria da educação de adultos,como uma condio indispensvel superao de graves problemas que afetam essa rea em nosso pas.

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A partir da prtica da Equipe Tcnica de Educação Especial (ETESP), rgo da Secretaria Estadual de Educação do Estado do Rio de Janeiro, representativa do sistema enquanto lugar de relaes de poder, desenvolve-se uma anlise crtica da educação especial. A fundamentao terica dessa anlise, em um primeiro momento, coloca em questo o problema da normalidade, dentro da viso de Canguilhem e, em um segundo momento, relaciona as teorias de Lacan e Marx, principalmente em relao ao problema da determinao e da permanncia da lgica scio-cultural em que vivemos. Definida as prticas institucionais, dentro de uma perspectiva foucauldiana, como processo gradual que tem como objetivo a produo de corpos dceis e submissos, coloca a ETESP, seus tcnicos e as professoras das classes especiais, no papel de garantir e perpetuar a hegemonia da classe que detem o poder, submetendo a uma prtica normatizadora todos os alunos que no se enquadram no funcionamento da escola. Aponta a necessidade de mudana no conceito de "excepcional" e a possibilidade de criao de espaos e metodologias novas, como formas de transformao do atual quadro da educação especial.

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Constata-se, com freqncia, que planos e projetos bem elaborados, com recursos suficiente e adequados, no conseguem ser implementados com sucesso, ainda que tenha havido uma previa e cuidadosa identificao dos elementos que poderiam ter influncia no processo de implementao. Isto decorre do fato de que qualquer implementao seria afetada por inumeros eventos imprevisveis, o que" a torna uma tarefa imensamente difcil, mesmo sob as melhores condies. Nesta dissertao, um estudo de caso, abordamos a implementao da Poltica de Terminalidade Antecipada no Estado do Rio de Janeiro. H alguns anos atrs, o Rio de Janeiro lanou-se implementao da Poltica de Terminalidade Antecipada buscando adequar currculos, metodos e durao da educação bsica sociedade agrcola do interior do Estado. Tal Poltica foi iniciada em condies aparentemente as mais auspiciosas e parecia no envolver nenhum elemento dramtico. Prudentemente, decidiu-se concentrar a implementao, num primeiro momento, em Cordeiro e municpios vizinhos. Com base no experimento, a Poltica seria extendida a outras reas do Estado. Previa-se, no decorrer da implementao, uma ao integrada das Secretarias de Estado de Agricultura, de Educaao e Cultura, e de Saude. O processo de implementao desenvolveu-se durante dois Governos Estaduais sucessivos e est entrando em um terceiro.

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Este trabalho pretende mostrar que o setor educação inserido no "Projeto de Desenvolvimento Rural Integrado da Ibiapaba" (Cear) - que se constitui em um sub-projeto do POLONORDESTE - serve quase apenas para justificar a caE tao de recursos financeiros. A educação formal alI transmi tida pelo "aparelho e~. colar", assim o como os demais segmentos que compoem o social, como a safid~ as vrias modalidades de cultura, saneamento bsico, etc, sao pouco relevantes, no sendo considerados em si, mas enquanto meio para que o setor econmico cresa cada vez mais. A "educação" que a "filosofia" daquele projeto prJ:. vilegia aquela que inserida no seu conjunto como um todo, est voltada para a formao Ode novos hbitos de consumo e uma nova mentalidade onde o.capitalismo possa ter o seu res peIdo e conseqentemente se acumular. of; uma educação que visa urbanisar o homem, "moder nis-Io". Esta educação objetiva formar o homem no para o meio rural e sim para a cidade em coerncia com o capitali~ mo brasileiro onde o setor industrial-urbano tem sido o ele menta propulsor de seu desenvolvimento.

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As tentativas de reformulao do Curso de Formaao de Professores (CFP) tm acontecido de forma fragmentada e independente da contribuio dos professores que atuam neste curso. No houve at agora, por parte dos responsaveis pela educação no Estado do Rio de Janeiro, a inteno de valorizar este profissional incorporando suas sugestes nas propostas de reformulao deste curso. O descaso com o CFP no um fato isolado, consequncia da inexistncia de uma poltica de educação que atinja toda a rede de ensino. O propsito de encontrar explicaes para o nao atendimento s contribuies dos professores por parte do governo evidencia a existncia de uma poltica que se ampara no discurso democrtico ao chamar os professores para participao das discusses em torno das mudanas no CFP, mas se configura autoritria pela nao adoo das propostas destes profissionais e imposio s escolas de um currculo oriundo de equipe da Secretaria de Estado de Educação (SEE). Repensar a formao do educador torna-se necessrio a partir da ampliao das oportunidades reais de discussao entre os professores, considerando-se sua participao na construo conjunta do conhecimento e nao apenas como executor de propostas originadas do nvel central. Neste caso, faz-se necessrio a existncia de uma poltica educacional comprometida constantemente com a educação pblica, com sua democratizao, como forma de consolidar uma sociedade democrtica.

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O presente trabalho resulta de questionamentos sucessivos que, durante o desempenho da funo de professora, foram-se avolumando. Entre os problemas destacam-se o da evaso e da repetncia, responsveis pela excluso de um contingente elevado de alunos do sistema escolar. Esta problemtica converteu-se em ob jeto de estudo desta dissertao. O estudo realizado baseou-se na reflexo sobre a posio terica dos seguintes autores: Gramsci, Bourdieu, Passeron, Baudelot e Establet. A razo da escolha destes tericos prende-se ao fato de que, apesar de diferirem em muitos aspectos, aproximam-se em outros. Assim, entre os pontos que convergem, est o fato de remeterem seus estudos a um tipo de sociedade, cujas relaes entre as classes sociais existentes, so relaes de oposio. Foi utilizada a metodologia dialtica para tratar os acontecimentos sociais, buscando explicit-los no como se apresentam aos homens primeira vista, em seu aparente, mas atravs de uma movimentao profunda que se oculta sob a movimentao superficial, onde as partes se relacionam internamente, estando em conexo entre si e com o todo. A pesquisa realizou-se em duas etapas: a primeira constou de leitura critica de vrios documentos elaborados pela Secretaria de Educação com vistas a estudar a normatividade que deles decorre e como norteiam as prticas educativas; a segunda etapa desenvolveu-se em duas escolas pblicas da rede estadual na cidade de so Lus, com vistas a analisar como essas prticas so viabilizadas nas escolas. Para tanto, foram utilizadas tcnicas de observao participante e entrevistas, a fim de se estudar o problema numa abordagem qualitativa. Foram aplicados questionrios aos seguintes profissionai s: ao corpo docente, com o objetivo de verificar como as prticas educativas se desenvolvem na sala de aula; s diretoras, com vistas a detectar como as escolas se relacionam com a instncia superior qual esto ligadas; s supervisoras, com o objetivo de verificar como desenvolvem seu trabalho junto s escolas e aos pais dos alunos, com o intuito de inferir suas espectativas, ou seja, o que eles esperam que a escola propicie a seus filhos. Conclui-se que o processo educacional desenvolvido nessas escolas nao se realiza no vazio, e nem isoladamente. Sua ao um reflexo da realidade social mais ampla, razo por que determinada pelo contexto scio-poltico do qual faz parte. A inexistncia de uma proposta de currculo pleno , de uma avaliao em nvel de realidade regional e de uma reflexo crtica sobre a pedagogia aplicada, faz da lnstituio escolar uma estrutura de poder que est a servio, sobretudo , de determinados interesses. Nesse contexto, as igualdades de na legislao entrechocam-se com as oportunidades desigualdades scio-econmicas e culturais da maioria desses alunos , resultando num ensino anti-democrtico. As sugestes propostas visam minorar a situao de precariedade com que se desenvolve o processo educacional nas escolas pblicas da cidade de so Lus , ligadas a Secretaria de Educação do Estado do Maranho.

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O objetivo deste trabalho foi analisar a proposta educacional das Escolas Metodistas a partir do relacionamento destas com a prpria estrutura eclesistica da Igreja Metodista e com a sociedade brasileira como um todo, na oportunidade em que o Brasil se definia como um pas capitalista dependente. Atravs da pesquisa e anlise dos estatutos, prospectos, anurios, programas de ensino, organizao curricular, revistas educacionais, artigos, discursos, documentos de arquivo, etc, provenientes do Instituto Porto Alegre (IPA), tomado como referencial para interpretar a proposta educacional das Escolas Metodistas, detectaram-se os princpios bsicos-da referida proposta desde a fundao da Escola (1919) at os dias atuais. Procedeu-se anlise da evoluo histrica da Igreja e das Escolas Metodistas sempre considerando a vinculao existente inicialmente com os Estados Unidos (nao hegemnica, externa) e posteriormente com o Estado Brasileiro (dominao interna). Concluiu-se que, na medida em que a sociedade brasileira ia sendo estruturada conforme os principios e propsitos definidos por uma nao hegemnica (Estados Unidos) e que o Estado Brasileiro se organizava como agente de uma dominao interna, as Escolas Metodistas passaram do nivel de dependncia externa para um nvel de dependncia interna, e o relativo xito de sua proposta educacional diluiu-se com a implantao do sistema oficial de ensino no pas.

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Este trabalho originou-se de uma preocupaao maior de contribuir, com algo realmente significativo, para a Universidade Federal do Maranho. Para tant, estabelecemos parmetros, que nos fornecessem subsdios na elaborao do objeto proposto. Inicialmente, procuramos definir uma postura terica metodolgica que melhor se adaptasse, na compreenso dos interesses de uma classe hegemnica. No segundo captulo fizemos uma retrospectiva histrica dos acontecimentos que marcaram o Ensino Superior no Brasil, com o cuidado de deixar bem claro o predomnio de uma classe dominante, interferindo na constituio da Universidade brasileira. No temos a pretenso de esgotar todas as variveis que atingiram direta ou ind1retamente o ensino, mas acreditamos fornecer alguns elementos que, no futuro, serviro de base para uma maior reflexo em torno de problemas to significativos. No terceiro captulo, procuramos analisar a Poltica Edu cacional Brasileira, selecionando alguns tpicos por considerarmos mais adaptados ao nosso estudo. Esta escolha foi bastante criterio sa, pelo volume de publicao existente, aliada a um contedo subs tancioso. No quarto captulo, haja vista o nosso objetivo, utiliza mos, tambm, como parmetro, a poltica Nacional de Sade, direcio nada como tem sido at hoje, a atender uma populao que a fortale a como classe dominante, ao mesmo tempo, selecionando mecanismos _falaciosos para a manuteno do seu mercado de trabalho. No quinto captulo, procuramos reconstruir o surgimento dos Cursos da rea de Sade, da Universidade do Maranho, tomando como pano de fundo as contradies de uma instituio que busca en contrar sua identidade, mas limitada, a nvel Nacional, a uma Po ltica de Educação e Sade e, a nvel regional, a disputa pela hegemonia, tendo em vista os interesses de grupos e no de uma socie dade Na ltima parte, a ttulo de concluso, procuramos responder as questes por ns levantadas no primeiro captulo, aps a anlise de todo contedo desenvolvido.No nos esquecemos, tambm, de caracterizar, em cada captulo, as condies do contexto scio-poltico-econmico do Pas, em cada perodo analisado, proporcionando-nos uma viso dialtica dos acontecimentos em pauta .

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Este trabalho se prope constituir uma sistematizao sobre o princpio da gesto democrtica do ensino pblico contemplado na nova Constituio brasileira de 1988 e remetido a lei ordinria para sua regulamentao. Trata-se de um estudo sobre as vrias percepes - o que as entidades da sociedade organizada na rea de educação possuem sobre gesto dernocrtica - e de uma anlise desse princpio no projeto de Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. da Comisso de Educação, Cultura e Desporto da Cmara dos Deputados, aprovado em junho de 1990.

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A Escola Pblica de Macap possui uma qualidade que justifica sua prevalncia sobre a Particular. Alm disso, ela tem sido o tipo de instituio predominante no atendimento da populao em idade escolar. O presente estudo analisa a concepo dos educadores macapaenses sobre a importncia da preservao da Escola Pblica. Procurou-se verificar, tambm, o grau de conscincia destes profissionais sobre o privilgio de usufruir do ensino pblico. Trata-se de uma pesquisa que visa chamar a ateno dos educadores para a importncia de sua participao no resgate da credibilidade da Escola Pblica em Macap.

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Relato de experincia ocorrida na Escola de Lajes, em Pira, Rio de Janeiro, patrocinada pela Light Servios de Eletricidade S.A., atravs de convnio com a Prefeitura. Analisada do ponto de vista financeiro e pedaggico, a experincia destaca-se como um exemplo de melhoria da qualidade do ensino pblico sustentado por recursos empresariais, remetendo necessidade de reviso da legislao sobre salrio-educação para viabilizar iniciativas semelhantes.

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Esta pesquisa, a partir do pressuposto de que na sociedade maranhense da Primeira Repblica j existia uma diviso social de trabalho definida, em que as classes dominantes detinham o conhecimento, criando uma distribuio de saber que legitimava a distribuio na esfera do poder, empreende a reconstituio histrica da sociedade da poca bem como do seu sistema educacional, no sentido de contextualizar a anlise do discurso de alguns intelectuais maranhenses, procurando mostrar o seu carter eminentemente conservador e o seu comprometimento com o poder de Estado, na medida em que veiculavam a ideologia oficial e provocavam a alienao das massas. Este estudo tenta mostrar ainda como a educação foi se tornando, com o advento da Repblica, cada vez mais importante em sua funo adicional de reprodutora das estruturas de poder e como a escola j objetivava, naquela poca, inculcar a ideologia das classes dominantes e reproduzir as diferenas sociais entre os indivduos.

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O presente trabalho tenta reconstruir a trajetria do Projeto de Educação Bsica para Jovens e Adultos na Baixada Fluminense - Projeto Baixada, a partir da anlise da parceria estabelecida entre o poder pblico (Fundao Educar) e diversas entidades representativas dos movimentos populares da Baixada Fluminense, periferia da cidade do Rio de Janeiro. Para tanto, optou-se por uma abordagem terica que, valorizando as falas dos atores-autores envolvidos no processo, resgata e registra a histria que precisa ser interpretadas em suas diferentes dimenses. Desenvolvido de fevereiro de 1986 at maro de 1990, em pleno processo de redemocratizao no Brasil, o Projeto Baixada ocorreu num perodo poltico marcado pelo fortalecimento dos movimentos sociais organizados, e, conseqentemente, seu reconhecimento. Nesta conjuntura, pretendia-se com a parceria poder pblico/entidades dos movimentos populares formar e profissionalizar educadores originrios da Baixada para a alfabetizao de jovens e adultos, luz de metodologias que estimulassem a emergncia de cidados conscientes, com autonomia o bastante para enfrentar as dificuldades impostas pelas sociedades modernas e complexas. Para a construo de referenciais tericos que pudessem interpretar tais registros, optou-se em ir alm das anlises pautadas em perspectivas macroestruturais, na tentativa de realizar uma nova abordagem na sistematizao e anlise de uma experincia social vivida entre parceiros no mbito da educação, cujas relaes revelam-se complexas, tensas e repletas de contradies.

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A partir do estudo do sistema de administrao do ensino de 1 grau de Minas Gerais, o trabalho constata hipteses anteriormente formuladas: 1) a administrao pblica da Educação comandada por interesses dos setores dirigentes da classe dominante; 2) a dominao que se realiza atravs dos rgos administrativos da Educação sobretudo ideolgica. Para melhor fundamentar as questes levantadas, a introduo explicita o pensamento do Guillermo ODonnell sobre o Estado como o terceiro neutro que se apresenta com uma certa exterioridade junto s duas classes antagnicas, mascarando, assim, a dominao; e o de Gramsci, que, a partir da concepo ampliada de Estado, vislumbra a possibilidade de uma contra-ideologia, destacando-se a o papel dos intelectuais. O captulo 1, elaborado com apoio em pesquisa bibliogrfica, legislao pertinente e entrevistas, aborda a histria da administrao do ensino de 1 grau no estado de Minas Gerais no perodo 1930-74, com breve referncia fase antecedente, situando cada etapa em seu contexto poltico, econmico e social. Procurou-se com isso demonstrar como a administrao educacional comandada basicamente por critrios polticos que refletem os interesses da classe dirigente. Discutem-se principalmente as questes da modernizao e da descentralizao administrativas no setor educacional, motivadoras das grandes reformas que, apesar de aparentemente transformadoras, mantiveram seu carter conservador. Constituindo as Delegacias Regionais de Ensino expresso fiel dessa modernizao e descentralizao, foi dada nfase criao desses rgos. No captulo 2, aps delimitar o universo da pesquisa de campo realizada em Caratinga MG foram entrevistados 27 tcnicos e 34 usurios e situar histrica, poltica e economicamente este municpio, deixa-se espao para depoimentos de tcnicos e de usurios para depois analisa-los de modo a detectar a submisso de ambos ideologia dominante, bem como os indcios de recusa/superao dessa ideologia, resultantes da participao desses agentes sociais em outras instncias organizativas da sociedade civil. Tal reflexo abordada a partir de quatro temas recorrentes: eficincia, participao da comunidade, descentralizao administrativa e interferncia poltico-partidria na administrao do ensino de 1 grau. Em concluso, primeiramente ressaltam-se algumas questes bsicas, a saber: a irrelevncia da Educação como geradora de uma conscincia crtica e via de acesso universal ao saber; o fato de o sistema de administrao educacional garantir um espao para a participao dos setores polticos tradicionais, e ainda como a quase-totalidade dos entrevistados acredita na neutralidade e racionalidade do sistema de administrao. A seguir salienta-se a importncia do I Congresso Mineiro de Educação (1983) como elemento questionador, com uma breve apresentao e anlise desse evento restrita aos temas centrais desta dissertao enfocando os colegiados, que parecem indicar uma mudana real de postura na nova poltica educacional, embora sua dinmica ainda apresente srias limitaes. Objetivando a superao dessas limitaes, o presente trabalho faz algumas recomendaes voltadas para os tcnicos e os mecanismos do sistema de administrao, tendo em vista o fortalecimento de organizaes da sociedade civil e maior articulao destas com o sistema.