36 resultados para Língua portuguesa Palavras e expressões Teses

em Lume - Repositório Digital da Universidade Federal do Rio Grande do Sul


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Sabe-se que a fala a principal maneira de comunicao entre as pessoas. A Sntese de fala (gerao automtica da fala pelo computador) tem recebido ateno da comunidade acadmica e profissional por vrias dcadas. Ela envolve a converso de um texto de entrada em fala, usando algoritmos e algumas formas de fala codificada. O texto pode ser digitado pelo teclado ou obtido por reconhecimento de caracteres ou, ainda, obtido de um banco de dados. A sntese de fala pode ser usada em vrios domnios de aplicao, tais como: auxlio para deficientes visuais, telecomunicaes, multimdia, etc. Este trabalho apresenta um estudo sobre a produo da fala e da rea de sntese de fala visando servir de subsdio para dissertaes e pesquisas futuras, bem como para o Projeto Spoltech, um projeto de cooperao entre os Estados Unidos e o Brasil para o avano da tecnologia da língua falada no Brasil (Portugus Brasileiro). Dentro deste estudo sero apresentadas as principais tcnicas de sntese de fala, entre as quais destaca-se: Texto para Fala (TPF). Problemas de separao de slabas, determinao da slaba tnica, pronunciao das vogais e e o como um fonema aberto ou fechado, etc, so enfrentados dentro do contexto da rea de sntese de fala para o portugus falado no Brasil. Tendo conhecimento destes problemas, o principal objetivo deste trabalho ser criar regras para resolver o problema de pronunciao das vogais e e o de forma automtica, visando obter produo sonora mais inteligvel, por intermdio da implementao de um analisador estatstico, o qual verificar a letra anterior e posterior ao e ou o de uma palavra e, com isso, determinar a pronncia dos mesmos para aquela seqncia de letras. As mesmas podero tornar-se regras vlidas para a soluo do problema se atingirem 80% dos casos de ocorrncia no dicionrio com fonema e ou o aberto (limiar), sendo que elas sero lidas por um interpretador Scheme utilizado pelo programa Festival - ferramenta para a construo de sistemas de sntese de fala desenvolvida pelo Centre for Speech Technology Research (University of Edinburgh, Reino Unido), a qual utiliza TPF como mtodo de sntese. Sabendo-se que o Festival gera os fonemas e e o como fechados se no h uma regra para inferir o contrrio, sero consideradas apenas as regras encontradas para os fonemas abertos. Para possibilitar esta anlise ser utilizado um dicionrio eletrnico de pronunciao (com 19.156 palavras), o qual possui a palavra e a sua respectiva pronncia, conforme pode-se verificar no exemplo do Anexo 1.

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No portugus brasileiro (PB) h basicamente dois tipos de nasalidade: a nasalidade dita fonolgica a marca de nasalidade obrigatria que recebe a vogal quando seguida por uma consoante nasal na mesma slaba (como em campo); a nasalidade dita fontica a marca de nasalidade que recebe a vogal de uma rima vazia seguida de uma consoante nasal no onset da slaba seguinte (como em cama). Em língua espanhola (LEsp), considera-se que o trao [+ nasal] no tem relevncia fonolgica, apenas fontica. Entretanto, mesmo que ocorra alguma nasalizao, esta praticamente imperceptvel para um falante nativo e tambm no auditivamente relevante para os falantes no-nativos em geral. Devido proximidade entre portugus e espanhol e considerando a grande quantidade de brasileiros estudantes de LEsp que nasalizam a vogal oral /a/ em LEsp quando seguida de consoante nasal, desejamos verificar se o estudante de graduao tem dificuldade em perceber esse segmento. Para isso, os sujeitos da pesquisa estudantes do Curso de Graduao em Letras-Licenciatura da UFRGS de diferentes semestres e falantes nativos de LEsp (grupo de controle) foram submetidos a dois testes de percepo um constitudo por um texto e outro por uma lista de palavras -, nos quais deveriam identificar se um som voclico era nasal [] ou oral [a]. Com esses instrumentos e baseados nos estudos de Sampson (1999), Moraes (1997) e Beddor (1993) sobre nasalidade e percepo voclica, desejamos verificar se os estudantes percebem categoricamente a distino entre vogal nasal e no-nasal e tambm se os estudantes em nveis mdio e avanado mostram uma percepo melhor do que a dos estudantes dos nveis bsicos. Falantes nativos de LEsp foram submetidos aos testes para fins de controle da confiabilidade dos mesmos e para verificarmos at que ponto a nasalizao indevida das vogais pode prejudicar a comunicao.

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O objetivo deste trabalho foi investigar as palavras e expressões malsonantes em quatro dicionrios bilnges escolares, especificamente na macroestrutura espanhol-portugus, bem como apresentar uma proposta de marcao para indicar os contextos de uso dessas palavras e expressões na microestrutura de tais dicionrios. Para tanto, analisamos os verbetes que recebem a marca malsonante no Diccionario Electrnico de la Lengua Espaola (2003) e, com base nessa anlise, sugerimos uma forma de sistematizao de algumas marcas estilsticas importantes para especificar o uso do lxico malsonante em obras bilnges espanhol-portugus, utilizadas em contextos pedaggicos. Os resultados desta pesquisa apontam para a necessidade de se rever as informaes sobre o uso da língua na microestrutura de obras lexicogrficas, especialmente das obras bilnges escolares, as quais contrastam duas línguas e apresentam, pois, usos distintos aos aprendizes de língua estrangeira.

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Ao tratarmos da Educao para Surdos, a presente dissertao insere-se no plano de discusso que envolve duas vises diferentes: uma clnica-orgnica e outra scio cultural. Partindo destas vises, encaminhamos apontamentos da Proposta Educacional Bilnge postulando caractersticas que envolvem a alfabetizao do Surdo, quando inserido em padres prprios de sua cultura enfatizando a comunicao atravs da LIBRAS e da escrita de sua língua natural. Para tanto, buscamos embasamento em ambientes digitais concentrando nosso estudo no aprimoramento de um teclado padro, transformando-o em suporte para a escrita dos sinais. Assim sendo, o objetivo desta dissertao volta-se para a observao de como se d o processo de apropriao da escrita da língua de sinais e da língua portuguesa em atividades mediadas por ambientes digitais de aprendizagem. Mostramos que, a partir da abordagem de investigao qualitativa envolvendo trs (3) estudos de casos, sujeitos surdos construram pginas pessoais apropriando-se da escrita dos sinais utilizando o teclado especial na seleo dos smbolos, construindo sinais, frases e textos. Desenvolveram estratgias de escrita de acordo com a LIBRAS estruturando e organizando constituintes fonolgicos, morfolgicos, sintticos e semnticos em suas construes. Constatamos a produo de textos correspondentes com a estrutura de sua prpria língua e podemos ressaltar que houve aumento do vocabulrio para a língua portuguesa buscando modelos mais descritivos e explanatrios de comunicao escrita. Evidenciamos, ao final, que a pesquisa realizada proporcionou a abertura para novos campos de investigao, no que se refere a construo e transmisso da escrita dos sinais formalizando acervos culturais e abriram possibilidades de comunicao proporcionando interaes mais significativas entre todos desmistificando as diferenas.

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Este estudo diz respeito ao acento do latim e do portugus arcaico. Interpretado o acento luz da Fonologia Mtrica, admitimos, seguindo Jacobs (1990, 1997), que o troqueu irregular caracteriza melhor o latim clssico do que o troqueu mrico. Depois de discutir o acento do latim clssico e dar especial ateno s enclticas, que ampliam o domnio do acento e sobre as quais, com respeito a seu papel no acento, defendemos uma posio contrria de anlises mais recentes, citadas neste trabalho, passamos ao acento em latim vulgar e, aps, ao acento em portugus arcaico. Nessa trajetria, observa-se a perda das proparoxtonas por sncope em latim vulgar e, subseqentemente, a perda da vogal final por apcope em algumas palavras em portugus arcaico, resultando palavras terminadas em slaba pesada. A simplicidade conduz a evoluo do latim clssico ao vulgar, passando o sistema acentual do troqueu irregular ao troqueu silbico, mas, do latim vulgar ao portugus arcaico, h uma volta ao troqueu irregular, em virtude da ocorrncia de palavras terminadas em slaba pesada. Essas ltimas linhas encerram a tese que esta anlise sustenta.

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O desenvolvimento desse trabalho trata da construo discursiva do imigrante hispano-americano no Brasil, principalmente na regio sul do pas. O marco terico que orienta esse estudo inclui-se na Anlise da Discurso de linha francesa. Destacam-se aspectos importantes do trajeto discursivo que os imigrantes hispano-americanos produziram a partir da dcada de 60 e que se estende at a dcada de 90. Grande parte desse perodo coincide com o aparecimento das ditaduras militares em Amrica Latina, demarcando, assim, um espao histrico-discursivo especfico. Da mesma forma, ressaltam-se implicaes desse percurso imigrante quando discutimos a insero na língua portuguesa, o que exige uma negociao com a língua materna espanhol. Podemos identificar esse movimento quando encontramos resistncias expostas no mbito enunciativo. Quando assinalamos esses dois pontos: insero histrico-discursiva e insero na língua portuguesa, nos apoiamos em dois conceitos desenvolvidos por Pcheux em sua teoria discursiva, sendo eles: real da histria e real da língua, os quais comportam aspectos de um indecifrvel que tanto na histria como na língua produzem fendas, que traduzidas enquanto falhas permitem oxigenao e deslocamento de significaes. Finalmente e, conforme o quadro aqui exposto, cabe dizer que o fio que orienta nossa pesquisa procura elucidao sobre o processo que o imigrante hispano-americano realiza nesse acontecimento migratrio e nele identificar os elementos num discurso que o represente.

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A presente pesquisa investiga o acento secundrio (AS) no portugus brasileiro (PB), especialmente na variedade falada na cidade de Porto Alegre, com base na anlise fonolgica de Collischonn (1994) e na anlise acstica/perceptual de Moraes (2003 a). Adotamos a metodologia de anlise de Moraes (2003 a), que consiste na gravao de frases lidas por locutores e posterior audio por falantes do portugus. Tendo por base o julgamento destes falantes, procuramos determinar a localizao do acento secundrio e verificar se ele se manifesta mais de uma vez num mesmo vocbulo. Nossos resultados apontam que, em geral, um acento secundrio percebido de forma consistente na 1a slaba pretnica e que h manifestao de um acento secundrio na 2a slaba pretnica apenas em um nmero muito reduzido de palavras. Percebemos tambm indicativos para a incidncia de mais de uma proeminncia secundria por vocbulo.

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Os aprendizes de portugus como segunda língua ou língua estrangeira mostram dificuldades no processo de aquisio por vrios motivos. Para coreanos, o sistema de artigos, entre outros fatores gramaticais, um dos fatores que causam dificuldade porque no h artigos na língua coreana. O presente estudo tem como objetivos principais investigar o processo de aquisio do artigo definido em portugus como segunda língua por aprendizes coreanos e comparar a realizao do artigo definido por brasileiros e por coreanos no caso de uso opcional. Para isso, discutimos o uso do artigo definido, observamos estudos anteriores sobre a aquisio de artigos e buscamos apoio terico nos conceitos de transferncia, interlíngua e variao. Os dados foram gerados longitudinalmente atravs de entrevistas com 6 falantes de coreano aprendendo portugus como segunda língua em Porto Alegre. Categorizamos as funes do artigo definido em: uso em primeira meno, uso em segunda meno e uso genrico. Em seguida, analisamos as caractersticas e as inadequaes do processo de aquisio e comparamos o uso diante de possessivos e de antropnimos com dados de 2 brasileiros. Os resultados mostram um domnio do artigo zero () por aprendizes coreanos, o que pode estar refletindo uma transferncia do sistema da língua materna ou a esquiva devido diferena entre o coreano e o portugus e complexidade do prprio sistema. Os resultados tambm sugerem que os participantes ainda estavam na fase inicial de desenvolvimento do sistema de artigos, sendo que o uso mais produtivo do artigo definido ocorreu na contrao com preposies. So discutidas algumas implicaes do estudo para o ensino de portugus como segunda língua, especificamente, para alunos coreanos.

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Avaliar proficincia oral em uma língua estrangeira um processo que requer um criterioso treinamento dos avaliadores e grades de avaliao precisas o suficiente para abarcar as caractersticas da proficincia dos candidatos. O processo de avaliao oral pode tornar-se mais complexo quando se trata de avaliar línguas prximas, como o portugus e o espanhol, pois a semelhana entre as línguas traz particularidades que podem no estar previstas na grade de avaliao. O exame de proficincia em Portugus para Estrangeiros Celpe-Bras, desenvolvido pelo Ministrio da Educao do Brasil, testa a capacidade do candidato de compreender e de produzir a língua de forma adequada em situaes reais de comunicao. Para tanto, a grade de avaliao do exame expressa em descritores de desempenho do candidato. Esses descritores, no entanto, nem sempre contemplam toda a variao no desempenho dos candidatos e, por serem ainda bastante amplos, dificultam a determinao do nvel de proficincia, principalmente quando os candidatos so falantes de línguas prximas ao portugus. Este trabalho tem como objetivo fazer uma descrio detalhada do desempenho de candidatos falantes de espanhol no exame Celpe-Bras, apontando as caractersticas da sua proficincia. O corpus para essa anlise constitudo de doze entrevistas de candidatos falantes de espanhol, dos quais quatro obtiveram Certificado Avanado, quatro Certificado Intermedirio e quatro no receberam certificao. A partir da anlise dos dados, foram selecionadas categorias relevantes para a avaliao dos candidatos e, de acordo com a adequao ou inadequao apresentadas nessas categorias, pudemos descrever o desempenho dos candidatos em cada um dos nveis de certificao e explicitar melhor qual a diferena entre um nvel de certificao e outro. Os resultados deste trabalho pretendem contribuir para que os avaliadores possam se basear em descries mais detalhadas de desempenho para avaliar a proficincia oral de falantes de espanhol, aperfeioando assim o processo de avaliao.

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Nosso trabalho discute a realizao das fricativas /s/ e /z/ na borda direita de morfemas no portugus brasileiro, especialmente no dialeto gacho, luz do modelo standard da Teoria da Otimidade. Os dados que consideramos referem-se principalmente a prefixos, no entanto, as afirmaes feitas no se limitam apenas a essa fronteira morfolgica, mas tambm s fronteiras de outros morfemas, inclusive a de palavras, estendendo-se a qualquer coda. Nossa proposta toma como base a hiptese de que a representao subjacente da fricativa /z/. Do conta da realizao distinta dessa fricativa na superfcie as restries de marcao contextual *[s] [+cons + voz] e *voicedcoda e a restrio de fidelidade Ident-IO ranqueadas nessa ordem. A anlise mostra que possvel observar esse aspecto da fonologia do PB pela Teoria da Otimidade standard.

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Nesta dissertao, faz-se um estudo do gnero artigo cientfico, em especial de expressões tpicas de seu desenvolvimento e organizao. Essas expressões foram denominadas marcadores textuais, e os objetivos deste trabalho foram identific-las e verificar seus padres de uso em textos em portugus e ingls, em um estudo permeado pelos interesses e pelas perspectivas da traduo e apoiado pelos pressupostos da Retrica Contrastiva. Para esse fim, foram utilizados dois corpora: um em portugus, composto de 333 artigos, e outro em ingls, composto de 111 artigos. Os mesmos foram analisados utilizandose a ferramenta WordSmith Tools, empregada pelos estudos em Lingstica de Corpus. Os marcadores selecionados a partir dos corpora foram classificados com base nas metafunes da linguagem propostas por Halliday. Aps essa classificao, comparamos as ocorrncias das unidades em ingls e portugus, observando padres de uso, freqncia e colocao.

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Este trabalho observa e descreve o processo de composio de termos em textos de Medicina em língua alem e sua traduo para o portugus. Ao buscar o reconhecimento de padres de construo da terminologia e da sua traduo, a pesquisa faz uma reviso da literatura que inclui o tratamento gramatical e lexicogrfico dos compostos em alemo, de trabalhos que tratam da traduo de Komposita, alm de revisar fundamentos tericos de Terminologia e de Traduo e sua relao com a composio de termos. A perspectiva adotada pela pesquisa vincula Lingstica de Corpus e enfoques de perspectiva textual de Terminologia, alm de relacionar padres de traduo de compostos a uma maior ou menor insero cultural do texto traduzido. O trabalho apresenta um levantamento quantitativo e qualitativo de ocorrncias de compostos e de suas tradues em um corpus formado por textos didticos de Medicina nas subreas Fisiologia e Gentica. O corpus alinhado alemo-portugus composto por 99 pargrafos de texto. A diversidade de escolhas de traduo verificada e a concentrao de escolhas no padro substantivo+preposio+substantivo apontam uma baixa insero cultural da traduo produzida para o portugus

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A presente pesquisa, filiada Anlise de Discurso de linha francesa, trata dos processos de determinao na regulamentao das questes de ensino de língua portuguesa no Brasil no perodo histrico compreendido entre a 1 e a 2 Repblicas (1889-1945). Por estar filiado referida teoria, este trabalho no busca esgotar o recorte cronolgico e nem tampouco abarcar a totalidade das enunciaes que foram feitas, nessa poca, em torno da questo selecionada para estudo. Os gestos de anlise ora desenhados recortaram as enunciaes em torno das questes de ensino e de língua, tecidas a partir de quatro formaes discursivas diferentes, desdobradas em suas contradies, atravs: a) da posio-sujeito dos operrios-anarquistas, identificada Formao Discursiva Libertria (FDL); b)da posio-sujeito das enunciaes das propostas de Reforma do Ensino na 1 Repblica, identificada Formao Discursiva Estatal (FDE); c) de enunciaes da posio sujeito situada no mago das formulaes jurdicas elaboradas no Governo Vargas, identificada Formao Discursiva Ministerial (FDM); d) e por ltimo as enunciaes constantes em gramticas, identificadas a Formao Discursiva Pedaggica (FDP). As anlises deste trabalho de investigao esto articuladas de modo que os saberes das FDs em questo so olhados de formas diferentes, no sentido de que se situando em lugares de antagonismo e de contradio, em muitos momentos faz-se possvel observar essas relaes que, no interior de uma dada FD, remetem aos saberes do discursooutro. No recorte especfico dos saberes sobre a língua privilegiamos a constituio de um imaginrio de língua derivado do imaginrio de nao, buscando investigar em que medida e de que formas eles (re) produziram posturas xenofobistas que ressoaram nos modos como foi tipificado o sujeito imigrante operrio, a partir de sua língua e de sua prtica poltica. Assim, recorremos ao interdiscurso, lugar onde os enunciados se articularam, descrevendo os diferentes modos como esses foram linearizados e, assim, produziram sentidos, no embate tenso entre os jogos de aliana e refutao. Para proceder fundamentao terica que deu suporte s anlises, tecemos dilogos com outras regies do conhecimento, desde o campo da filosofia, nas discusses envolvendo as questes de designao e determinao, passando pelo olhar das gramticas (cartesiana, filosfica, histrica e normativa) sobre a língua, para ento chegarmos ordem do discurso, lugar onde conceitos foram ressignificados, para podermos tratar da língua, enquanto objeto nunca imune s condies de produo dos discursos por ela materializados.

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O que ora apresentamos um questionamento sobre o papel da interpretao na traduo literria e suas implicaes para as questes de recepo. Analisamos diversas tradues em língua portuguesa brasileira de The Tell-Tale Heart, um conto do escritor norteamericano Edgar Allan Poe que apresenta obstculos tidos como intransponveis na traduo. A partir da anlise comparativa entre o texto em ingls e suas respectivas tradues, analisamos as escolhas de palavras dos tradutores e suas solues para os itens mais complexos do texto, bem como as diferenas de interpretao de itens lexicais simples. Para fins de embasamento terico, recorremos a postulados crticos e tericos diversos tais como os da Literatura Comparada, Teoria Literria, teorias de traduo e interpretao. Inicialmente, fazemos uma anlise das contribuies de cada uma dessas reas, para depois partirmos para as anlises propriamente ditas. Com isso, tentamos deixar claro que a traduo de uma obra literria pode ser vista como uma manifestao aculturada de seu texto de partida.

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Esta pesquisa procurou demonstrar que o aspecto progressivo representa a opo disponibilizada pela língua portuguesa para que o falante, diante de determinadas situaes, possa se referir apenas ao fragmento manifesto, revelando, assim, o seu desejo de se comprometer somente com a parte da verdade evidenciada pela situao. Quando uma situao apresentada com um verbo de estado, os falantes de língua inglesa, para atingir o mesmo objetivo, utilizam perfrases dos verbos de estado. Foram selecionados verbos de estado que expressam estados mentais/cognitivos para testar as hipteses, porque a mitigao de comprometimento revelou ser mais claramente observvel em enunciados com este tipo de verbos. Os resultados obtidos evidenciaram que os falantes de ambas as línguas distinguem situaes completas de incompletas e que optam por mais de uma forma para expressar menor comprometimento, e no somente pela forma do aspecto progressivo quando, aps interpretar uma situao como incompleta, desejam manifestar-se a respeito dela. Os falantes de ambas as línguas tambm utilizaram formas no perfectivo + perfrase modalizadora e perfrases dos verbos de estado no progressivo. A opo pelo uso destas formas, para ser fiel verdade de sua interpretao da situao como no-completa, indiciou que h uma avaliao de grau de comprometimento por parte do falante. Os resultados apontam para a possibilidade de que o aspecto progressivo atue como um modal epistmico, no obstante o fato de o falante poder expressar comprometimento parcial tambm atravs de outras formas.