17 resultados para Occupational Health


Relevância:

60.00% 60.00%

Publicador:

Resumo:

Dissertao apresentada na Faculdade de Cincias e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa para obteno do Grau de Mestre em Engenharia e Gesto Industrial

Relevância:

60.00% 60.00%

Publicador:

Resumo:

Resumo Poltica(s) de sade no trabalho: um inqurito sociolgico s empresas portuguesas A literatura portuguesa sobre polticas, programas e actividades de Segurana, Higiene e Sade no Trabalho (abreviadamente, SH&ST) ainda escassa. Com este projecto de investigao pretende-se (i) colmatar essa lacuna, (ii) melhorar o conhecimento dos sistemas de gesto da sade e segurana no trabalho e (iii) contribuir para a proteco e a promoo da sade dos trabalhadores. Foi construda uma tipologia com cinco grupos principais de polticas, programas e actividades: A (Higiene & Segurana no Trabalho / Melhoria do ambiente fsico de trabalho); B (Avaliao de sade / Vigilncia mdica / Prestao de cuidados de sade); C (Preveno de comportamentos de risco/ Promoo de estilos de vida saudveis); D (Intervenes a nvel organizacional / Melhoria do ambiente psicossocial de trabalho); E (Actividades e programas sociais e de bem-estar). Havia uma lista de mais de 60 actividades possveis, correspondendo a um ndice de realizao de 100%. Foi concebido e desenhado, para ser auto-administrado, um questionrio sobre Poltica de Sade no Local de Trabalho. Foram efectuados dois mailings, e um follow-up telefnico. O trabalho de campo decorreu entre a primavera de 1997 e o vero de 1998. A amostra (n=259) considerada representativa das duas mil maiores empresas do pas. Uma em cada quatro uma multinacional. A taxa de sindicalizao rondava os 30% da populao trabalhadora, mas apenas 16% dos respondentes assinalou a existncia de representantes dos trabalhadores eleitos para a SH&ST. A hiptese de investigao principal era a de que as empresas com um sistema integrado de gesto da SH&ST seriam tambm as empresas com um (i) maior nmero de polticas, programas e actividades de sade; (ii) maior ndice de sade; (iii) maior ndice de realizao; e (iv) maior percentagem dos encargos com a SH&ST no total da massa salarial. As actividades de tipo A e B, tradicionalmente associadas SH&ST, representavam, s por si, mais de 57% do total. Os resultados, correspondentes s respostas da Seco C do questionrio, apontam, para (i) a hipervalorizao dos exames de medicina do trabalho; e por outro para (ii) o subaproveitamento de um vasto conjunto de actividades (nomeadamente as de tipo D e E), que so correntemente levadas a cabo pelas empresas e que nunca ou raramente so pensadas em termos de proteco e promoo da sade dos trabalhadores. As actividades e os programas de tipo C (Preveno de comportamentos de risco/Promoo de estilos de vida saudveis), ainda eram as menos frequentes entre ns, a seguir aos Programas sociais e de bem-estar (E). a existncia de sistemas de gesto integrados de SH&ST, e no o tamanho da empresa ou outra caracterstica sociodemogrfica ou tcnico-organizacional, que permite predizer a frequncia de polticas de sade mais activas e mais inovadores. Os trs principais motivos ou razes que levam as empresas portuguesas a investir na proteco e promoo da sade dos seus trabalhadores eram, por ordem de frequncia, (i) o absentismo em geral; (ii) a produtividade, qualidade e/ou competitividade, e (iii) a filosofia de gesto ou cultura organizacional. Quanto aos trs principais benefcios que so reportados, surge em primeiro lugar (i) a melhoria da sade dos trabalhadores, seguida da (ii) melhoria do ambiente do ambiente de trabalho e, por fim, (iii) a melhoria da produtividade, qualidade e/ou competitividade.Quanto aos trs principais obstculos que se pem, em geral, ao desenvolvimento das iniciativas de sade, eles seriam os seguintes, na percepo dos respondentes: (i) a falta de empenho dos trabalhadores; (ii) a falta de tempo; e (iii) os problemas de articulao/ comunicao a nvel interno. Por fim, (i) o empenho das estruturas hierrquicas; (ii) a cultura organizacional propcia; e (iii) o sentido de responsabilidade social surgem, destacadamente, como os trs principais factores facilitadores do desenvolvimento da poltica de sade no trabalho. Tantos estes factores como os obstculos so de natureza endgena, susceptveis portanto de controlo por parte dos gestores. Na sua generalidade, os resultados deste trabalho pem em evidncia a fraqueza tericometodolgica de grande parte das iniciativas de sade, realizadas na dcada de 1990. Muitas delas seriam medidas avulsas, que se inserem na gesto corrente das nossas empresas, e que dificilmente podero ser tomadas como expresso de uma poltica de sade no local de trabalho, (i) definida e assumida pela gesto de topo, (ii) socialmente concertada, (iii) coerente, (iv) baseada na avaliao de necessidades e expectativas de sade dos trabalhadores, (v) divulgada, conhecida e partilhada por todos, (vi) contingencial, flexvel e integrada, e, por fim, (vii) orientada por custos e resultados. Segundo a Declarao do Luxemburgo (1997), a promoo da sade engloba o esforo conjunto dos empregadores, dos trabalhadores, do Estado e da sociedade civil para melhorar a segurana, a sade e o bem-estar no trabalho, objectivo isso que pode ser conseguido atravs da (i) melhoria da organizao e das demais condies de trabalho, da (ii) participao efectiva e concreta dos trabalhadores bem como do seu (iii) desenvolvimento pessoal. Abstract Health at work policies: a sociological inquiry into Portuguese corporations Portuguese literature on workplace health policies, programs and activities is still scarce. With this research project the author intends (i) to improve knowledge on the Occupational Health and Safety (shortly thereafter, OSH) management systems and (ii) contribute to the development of health promotion initiatives at a corporate level. Five categories of workplace health initiatives have been identified: (i) Occupational Hygiene and Safety / Improvement of Physical Working Environment (type A programs); (ii) Health Screening, Medical Surveillance and Other Occupational Health Care Provision (type B programs); (iii) Preventing Risk Behaviours / Promoting Healthy Life Styles (type C programs); (iv) Organisational Change / Improvement of Psycho-Social Working Environment (type D programs); and (v) Industrial and Social Welfare (type E programs). A mail questionnaire was sent to the Chief Executive Officer of the 1500 largest Portuguese companies, operating in the primary and secondary sectors ( 100 employees) or tertiary sector ( 75 employees). Response rate has reached about 20% (259 respondents, representing about 300 companies). Carried out between Spring 1997 and Summer 1998, the fieldwork has encompassed two direct mailings and one phone follow-up. Sample is considered to be representative of the two thousand largest companies. One in four is a multinational. Union membership rate is about 30%, but only 16% has reported the existence of a workers health and safety representative. The most frequent workplace health initiatives were those under the traditional scope of the OSH field (type A and B programs) (57% of total) (e.g., Periodical Medical Examinations; Individual Protective Equipment; Assessment of Working Ability). In SMEs (< 250) it was less likely to find out some time-consuming and expensive activities (e.g., Training on OSH knowledge and skills, Improvement of environmental parameters as ventilation, lighting, heating).There were significant differences in SMEs, when compared with the larger ones ( 250) concerning type B programs such as Periodical medical examinations, GP consultation, Nursing care, Other medical and non-medical specialities (e.g., psychiatrist, psychologist, ergonomist, physiotherapist, occupational social worker). With regard to type C programs, there were a greater percentage of programs centred on Substance abuse (tobacco, alcohol, and drug) than on Other health risk behaviours. SMEs representatives reported very few prevention- oriented programs in the field of Drug abuse, Nutrition, Physical activity, Off- job accidents, Blood pressure or Weight control. Frequency of type D programs included Training on Human Resources Management, Training on Organisational Behaviour, Total Quality Management, Job Design/Ergonomics, and Workplace rehabilitation. In general, implementation of this type of programs (Organisational Change / Improvement of Psychosocial Working Environment) is not largely driven by health considerations. Concerning Industrial and Social Welfare (Type E programs), the larger employers are in a better position than SMEs to offer to their employees a large spectrum of health resources and facilities (e.g., Restaurant, Canteen, Resting room, Transport, Infra-structures for physical activity, Surgery, Complementary social protection, Support to recreational and cultural activities, Magazine or newsletter, Intranet). Other workplace health promotion programs like Training on Stress Management, Employee Assistance Programs, or Self-help groups are uncommon in the Portuguese worksites. The existence of integrated OSH management systems, not the company size, is the main variable explaining the implementation of more active and innovative workplace health policies in Portugal. The three main prompting factors reported by employers for health protection and promotion initiatives are: (i) Employee absenteeism; (ii) Productivity, quality and/or competitiveness; and (iii) Corporate culture/management philosophy. On the other hand, (i) Improved staffs health, (ii) Improved working environment and (iii) Improved productivity, quality and/or competitiveness were the three main benefits reported by companies representatives, as a result of successful implementation of workplace health initiatives. (i) Lack of staff commitment; (ii) Lack of time; and (iii) Problems of co-operation and communication within company or establishment (iii) are perceived to be the main barriers companies must cope with. Asked about the main facilitating factors, these companies have pointed out the following ones: (i) Top management commitment; (ii) Corporate culture; and (iii) Sense of social responsibility. This sociological research report shows the methodological weaknesses of workplace health initiatives, carried out by Portuguese companies during the last 90s. In many cases, these programs and actions were not part of a corporate health strategy and policy, (i) based on the assessment of workers health needs and expectancies, (ii) advocated by the employer or the chief executive officer, (ii) planned and implemented with the staff consultation and participation or (iv) evaluated according to a cost-benefit analysis. In short, corporate health policy and action were still rather based on more traditional OSH approaches and should be reoriented towards Workplace Health Promotion (WHP) approach. According to the Luxembourg Declaration of Workplace Health Promotion in the European Union (1997), WHP is a combination of: (i) improving the work organisation and environment; (ii) promoting active participation; (iii) encouraging personal development.Rsume Politique(s) de sant au travail: une enqute sociologique aux entreprises portugaises Au Portugal on ne sait presque rien des politiques de sant au travail, adopts par les entreprises. Avec ce projet de recherche, on veut (i) amliorer la connaissance sur les systmes de gestion de la sant et de la scurit au travail et, au mme temps, (ii) contribuer au dveloppement de la promotion de la sant des travailleurs. Une typologie a t use pour identifier les politiques, programmes et actions de sant au travail: A. Amlioration des conditions de travail / Scurit au travail; B. Mdecine du travail /Sant au travail; C. Prvention des comportements de risque / Promotion de styles de vie sains; D. Interventions organisationnelles / Amlioration des facteurs psychosociaux au travail; E. Gestion de personnel et bien-tre social. Un questionnaire postal a t envoy au reprsentant maximum des grandes entreprises portugaises, industrielles ( 100 employs) ou des services ( 75 employs). Le taux de rponse a t environ 20% (259 rpondants, concernant trois centaines dentreprises et dtablissements). La recherche de champ, conduite du printemps 1997 lt 1998, a compris deux enqutes postales et un follow-up tlphonique. Lchantillon est reprsentatif de la population des deux miles plus grandes entreprises. Un quart sont des multinationales. Le taux de syndicalisation est denviron 30%. Toutefois, il y a seulement 16% de lieux de travail avec des reprsentants du personnel pour la sant et scurit au travail. Les initiatives de sant au travail les plus communes sont celles concernant le domaine plus traditionnel (types A et B) (57% du total): par exemple, les examens de mdecine du travail, lquipement de protection individuelle, les tests daptitude au travail. En ce qui concerne les programmes de type C, les plus frquents sont le contrle et la prvention des addictions (tabac, alcool, drogue). Les interventions dans le domaine de du systme technique et organisationnelle du travail peuvent comprendre les courses de formation en gestion de ressources humaines ou en psychosociologie des organisations, lergonomie, le travail post ou la gestion de la qualit totale. En gnral, la protection et la promotion de la sant des travailleurs ne sont pas prises en considration dans limplmentation des initiatives de type D. Il y a des diffrences quand on compare les grandes entreprises et les moyennes en matire de politique de gestion du personnel e du bien-tre (programmes de type E, y compris lallocation de ressources humaines ou logistiques comme, par exemple, restaurant, journal dentreprise, transports, installations et quipements sportifs). Dautres activits de promotion de la sant au travail comme la formation en gestion du stress, les programmes d assistance aux employs, ou les groupes de soutien et dauto-aide sont encore trs peu frquents dans les entreprises portugaises. Cest le systme intgr de gestion de la sant et de la scurit au travail, et non pas la taille de lentreprise, qui aide prdire lexistence de politiques actives et innovatrices dans ce domaine. Les trois facteurs principaux qui encouragent les actions de sant (prompting factors, en anglais) sont (i) labsentisme (y compris la maladie), (ii) les problmes lis la productivit, qualit et/ou la comptitivit, et aussi (iii) la culture de lentreprise/philosophie de gestion. Du cot des bnfices, on a obtenu surtout lamlioration (i) de la sant du personnel, (ii) des conditions de travail, et (iii) de la productivit, qualit et/ou comptitivit.Les facteurs qui facilitent les actions de sant au travail sont (i) lengagement de la direction, (ii) la culture de lentreprise, et (iii) le sens de responsabilit sociale. Par contre, les obstacles surmonter, selon les organisations qui ont rpondu au questionnaire, seraient surtout (i) le manque dengagement des travailleurs et de leur reprsentants, (ii) le temps insuffisant, et (iii) les problmes de articulation/communication au niveau interne de lentreprise/tablissement. Ce travail de recherche sociologique montre la faiblesse mthodologique des services et activits de sant et scurit au travail, mis en place par les entreprises portugaises dans les annes de 1990, la suite des accords de concertation sociale de 1991. Dans beaucoup de cas, (i) ces politiques de sant ne font pas partie encore dun systme intgr de gestion, (ii) il na pas dvaluation des besoins et des expectatives des travailleurs, (iii) cest trs bas ou inexistant le niveau de participation du personnel, (iv) on ne fait pas danalyse cot-bnfice. On peut conclure que les politiques de sant au travail sont plus proches de la mdecine du travail et de la scurit au travail que de la promotion de la sant des travailleurs. Selon la Dclaration du Luxembourg sur la Promotion de la Sant au Lieu de Travail dans la Communaut Europenne (1997), celle-ci comprend toutes les mesures des employeurs, des employs et de la socit pour amliorer l'tat de sant et le bien tre des travailleurs e ceci peut tre obtenu par la concentration des efforts dans les domaines suivants: (i) amlioration de l'organisation du travail et des conditions de travail ; (ii) promotion d'une participation active des collaborateurs ; (iii) renforcement des comptences personnelles .

Relevância:

60.00% 60.00%

Publicador:

Resumo:

Aims: The main aims of this work were the study of cork slabs moulds colonization and the evaluation of the moulds diversity during cork processing steps, in different cork stoppers factories. Simultaneously, it was envisaged to perform an evaluation of the air quality. Methods and Results: Moulds were isolated and identified from cork slabs and cork samples in four cork stoppers factories. The identification was based on morphological characters and microscopic observation of the reproductive structures. Airborne spore dispersion was assessed using a two stage Andersen sampler. It was observed that Chrysonilia sitophila was always present on cork slabs during the maturing period, but mould diversity appeared to be associated to the different factory configurations and processing steps. Conclusions: Spatial separation of the different steps of the process, including physical separation of the maturation step, is essential to guarantee high air quality and appropriate cork slabs colonization, i.e. C. sitophila dominance. The sorting and cutting of the edges of cork slabs after boiling and before the maturing step is also recommended. Significance and Impact of the Study: This study is very important for the cork stopper industry as it gives clear indications on how to keep high quality manufacturing standards and how to avoid occupational health problems.

Relevância:

60.00% 60.00%

Publicador:

Resumo:

Aims: The main aims of this work were the study of cork slabs moulds colonization and the evaluation of the moulds diversity during cork processing steps, in different cork stoppers factories. Simultaneously, it was envisaged to perform an evaluation of the air quality. Methods and Results: Moulds were isolated and identified from cork slabs and cork samples in four cork stoppers factories. The identification was based on morphological characters and microscopic observation of the reproductive structures. Airborne spore dispersion was assessed using a two stage Andersen sampler. It was observed that Chrysonilia sitophila was always present on cork slabs during the maturing period, but mould diversity appeared to be associated to the different factory configurations and processing steps. Conclusions: Spatial separation of the different steps of the process, including physical separation of the maturation step, is essential to guarantee high air quality and appropriate cork slabs colonization, i.e. C. sitophila dominance. The sorting and cutting of the edges of cork slabs after boiling and before the maturing step is also recommended. Significance and Impact of the Study: This study is very important for the cork stopper industry as it gives clear indications on how to keep high quality manufacturing standards and how to avoid occupational health problems.

Relevância:

60.00% 60.00%

Publicador:

Resumo:

RESUMO - Os trabalhadores dos ginsios com piscinas apresentam maior prevalncia de leses fngicas, como a Tinea pedis e a onicomicose, devido s caractersticas intrnsecas da sua actividade profissional, pois apresentam mais horas por dia de exposio contaminao fngica das superfcies. Esta situao verifica-se no s por serem os que mais frequentam os locais possveis de estarem contaminados, como o caso de balnerios, vestirios e zona envolvente s piscinas, mas tambm porque algumas das actividades desenvolvidas so realizadas com os ps descalos. Alm disso, a utilizao de roupa sinttica e de calado ocluso, que retm a sudao excessiva, favorece o desenvolvimento fngico. Constituiu objectivo deste trabalho conhecer o risco de infeco e/ou leso (Tinea pedis e onicomicose) nos trabalhadores dos ginsios com piscina e a sua eventual relao com a exposio contaminao fngica (ar e superfcies) dos locais de trabalho. Foram descritas as variveis ambientais e biolgicas que influenciam a infeco e/ou leso fngica em ambiente profissional e exploradas eventuais associaes entre essas mesmas variveis. Foram tambm conhecidas as diferenas da contaminao fngica das superfcies entre as duas principais estaes do ano (Vero e Inverno) e entre antes e depois da lavagem e desinfeco. O estudo realizado possui uma componente transversal, em que se pretendeu descrever os fenmenos ambientais e biolgicos da contaminao fngica em ambiente profissional e explorar eventuais associaes entre variveis; uma componente longitudinal, em que foram conhecidas as diferenas sazonais da contaminao fngica das superfcies; e, ainda, uma componente quase experimental, em que foi analisada a distribuio fngica nas superfcies antes e depois da lavagem e desinfeco. Na vertente transversal foi considerada uma amostra de 10 ginsios com piscina e outra amostra de, pelo menos, 10 profissionais de cada estabelecimento, perfazendo um total de 124 trabalhadores (75 Homens - 60,48% e 49 Mulheres - 39,52%). Foram realizadas 258 colheitas biolgicas aos ps dos trabalhadores, efectuada a avaliao ambiental da contaminao fngica dos estabelecimentos atravs de 50 colheitas de amostras de ar e 120 colheitas de amostras de superfcies (60 antes e 60 depois da lavagem e desinfeco) e efectuados os respectivos processamento laboratorial e identificao fngica. Foram tambm avaliadas as variveis ambientais temperatura, humidade relativa e velocidade do ar, preenchidas 10 grelhas de observao, com o objectivo de efectuar o registo de informao sobre as variveis que xx influenciam a exposio ocupacional s espcies fngicas e, ainda, completadas 124 grelhas de observao inerentes colheita de material biolgico, de modo a realizar o registo dos profissionais com leso e outras informaes pertinentes para a anlise laboratorial. Todos os 124 trabalhadores responderam a um questionrio, em simultneo realizao das colheitas biolgicas, de modo a conhecer algumas das variveis individuais e profissionais com pertinncia para o presente estudo. Num dos estabelecimentos, foram tambm estudadas as diferenas da contaminao fngica das superfcies entre antes e depois da lavagem e desinfeco e, ainda, entre as duas estaes do ano (Vero e Inverno). Nesse estabelecimento, foram realizadas 36 colheitas de superfcies antes e 36 colheitas depois da lavagem e desinfeco, em 6 dias diferentes da semana, durante 6 semanas sequenciais em cada estao do ano, completando um total de 72 colheitas de superfcies. Foi ainda criado e aplicado um mtodo para estabelecer um padro de exposio profissional a fungos nas superfcies, de modo a permitir definir nveis semi-quantitativos de estimao do risco de infeco fngica dos trabalhadores dos ginsios com piscinas. Para o critrio da Gravidade, considerou-se que a gravidade da contaminao e, consequentemente, da possvel leso, est intimamente relacionada com a espcie fngica envolvida. Foram calculadas as mdias da contaminao fngica por cada estabelecimento antes da lavagem e desinfeco, de modo a estabelecer os nveis de Frequncia e, em relao Exposio, foram estabelecidos intervalos para agrupar as horas semanais de trabalho. Dos 124 trabalhadores que participaram no estudo, 58 (46,8%) possuam leses visveis. Nesses 58, as Leveduras foram as mais isoladas (41,4%), seguidas dos Dermatfitos (24,1%) e de Fungos Filamentosos No Dermatfitos (6,9%). Candida parapsilosis e Rhodotorula sp. foram as Leveduras mais frequentemente isoladas (20,2%); no caso dos Dermatfitos, Trichophyton rubrum foi a espcie mais frequente (55,5%) e, relativamente aos Fungos Filamentosos No Dermatfitos, Penicillium sp. foi o mais isolado (15,6%), seguido do gnero Fusarium (12,5%). No que concerne contaminao fngica das superfcies, 37 fungos filamentosos foram isolados. Fusarium foi o gnero mais frequente, antes e depois da lavagem e desinfeco (19,1% - 17,2%). Em relao aos fungos leveduriformes, 12 leveduras diferentes foram identificadas, tendo sido os gneros Cryptococcus (40,6%) e Candida (49,3%) os mais frequentes antes e depois da lavagem e desinfeco, respectivamente. Em relao contaminao fngica do ar, foram identificados 25 fungos filamentosos diferentes, em que os 3 gneros mais frequentemente isolados foram Cladosporium (36,6%), Penicillium (19,0%) e Aspergillus (10,2%). Relativamente s leveduras, foi identificado o gnero xxi Rhodotorula (87,5%) e as espcies Trichosporon mucoides e Cryptococcus unigutulattus (12,5%). Verificou-se associao, ao nvel de significncia de 5%, entre leso visvel e horas semanais e entre leso visvel e tempo de profisso, comprovando a influncia da durao da exposio ao factor de risco (contaminao fngica do ambiente profissional), para a presena de leso visvel nos trabalhadores expostos (Tinea pedis e onicomicose), ficando demonstrada a relao entre a exposio ao factor de risco em estudo exposio profissional a fungos com os efeitos para a sade. As variveis ambientais avaliadas (temperatura, humidade relativa e velocidade do ar) no influenciaram a contaminao fngica do ar e das superfcies, no tendo sido evidenciada nenhuma relao estatisticamente significativa (p>0,05). Contudo, verificou-se influncia do nmero de ocupantes que frequentaram cada um dos estabelecimentos nas mdias das unidades formadoras de colnias por metro quadrado nas superfcies antes da lavagem e desinfeco. No se verificou correlao entre os resultados quantitativos da contaminao fngica do ar e a das superfcies dos 10 estabelecimentos monitorizados. No entanto, verificaram-se diferenas significativas, ao nvel de significncia de 10%, entre a contaminao fngica das superfcies e a contaminao fngica do ar (p<0,1), tendo-se constatado que apesar de 50% dos valores mais baixos terem sido superiores na contaminao fngica do ar, a contaminao fngica das superfcies apresentou-se com maior variabilidade quantitativa. Em relao s diferenas significativas na contaminao fngica das superfcies nos 10 estabelecimentos entre antes e depois da lavagem e desinfeco, apenas se verificou reduo significativa (p<0,05) da contaminao fngica depois da lavagem e desinfeco nos balnerios e vestirios masculinos em relao aos fungos leveduriformes. No estabelecimento seleccionado, verificou-se que a relao entre a contaminao fngica e a temperatura e humidade relativa no foi significativa (p>0,05) em ambas as estaes do ano e tambm no se constatou influncia dos ocupantes nos valores mdios das unidades formadoras de colnias por metro quadrado das superfcies antes da lavagem e desinfeco em ambas as estaes de ano. Em quase todas as situaes em que se verificaram diferenas significativas entre as duas estaes do ano, verificou-se um aumento das unidades formadoras de colnias por metro quadrado no Inverno, com excepo do total das unidades formadoras de colnias por metro quadrado antes da lavagem e desinfeco nos balnerios e vestirios masculinos em que se verificou aumento no Vero. Constatou-se tambm que apenas ocorreu reduo da xxii contaminao fngica depois da lavagem e desinfeco nas escadas de acesso no Inverno e nos balnerios e vestirios masculinos no Vero. Com a aplicao do mtodo para estabelecer um padro de exposio profissional a fungos nas superfcies obteve-se, nos 10 estabelecimentos, com Nvel de Risco Mnimo 65 locais (54,2%), com Nvel de Risco Mdio 23 locais (19,2%) e com Nvel de Risco Elevado 32 locais (26,6%). Prximo do jacuzzi e junto ao tanque foram os locais com mais classificaes de Nvel de Risco Elevado. No estabelecimento seleccionado verificou-se que, no Vero, depois da lavagem e desinfeco, ocorreu um maior nmero de locais classificados no Nvel de Risco Elevado e, no Inverno, constatou-se a situao inversa, tendo sido observado maior nmero de locais com Nvel de Risco Elevado antes da lavagem e desinfeco. Junto ao tanque e nas escadas de acesso zona envolvente ao jacuzzi e tanque foram os locais com mais classificaes de Nvel de Risco Elevado, no Vero e no Inverno. Foram isolados nas superfcies fungos comuns aos isolados nos trabalhadores. Antes da lavagem e desinfeco, 30,3% dos fungos foram isolados nas superfcies e nos trabalhadores e depois desses procedimentos 45,5% dos fungos foram tambm isolados comummente. As Leveduras foram as mais isoladas comummente e as que se verificaram mais frequentes antes e depois da lavagem e desinfeco da superfcies e, tambm, nos resultados das colheitas biolgicas realizadas aos trabalhadores, foram o gnero Rhodotorula e a espcie Candida parapsilosis, permitindo confirmar que a infeco fngica dos trabalhadores est relacionada com a contaminao fngica das superfcies. Concluiu-se que necessria a interveno em Sade Ocupacional no mbito da vigilncia ambiental e da vigilncia da sade, com o intuito de diminuir a prevalncia das infeces fngicas. Para a prossecuo desse objectivo, sugere-se a implementao de medidas preventivas, nomeadamente: o controlo da contaminao fngica das superfcies mediante procedimentos de lavagem e desinfeco eficazes, de modo a minimizar a contaminao fngica das superfcies; a identificao precoce da infeco atravs da realizao de colheitas biolgicas peridicas aos trabalhadores, inseridas num protocolo de vigilncia da sade; e, ainda, a sensibilizao para a aplicao de medidas de higiene pessoal e o tratamento das patologias. A aplicao do mtodo criado para estabelecer um padro de exposio profissional a fungos nas superfcies servir no s para a estimao do risco de infeco fngica dos trabalhadores de ginsios com piscinas, mas tambm para facilitar o estabelecimento de valores fngicos de referncia, a implementao de medidas correctivas adequadas e imediatas e, ainda, a preveno de infeces fngicas, no s nos ginsios com piscina, mas tambm noutros contextos profissionais. ------------ SUMMARY - Gyms with swimming pools workers have higher prevalence of fungal injuries, such as Tinea pedis and onychomycosis. This is due to their work intrinsic characteristics, since they have more hours per day of exposure to surfaces fungal contamination. This occurs not only because they attend sites most likely to be contaminated, such as showers, changing rooms and pool surrounding area, but also because some of the activities are done barefoot. Furthermore, synthetic clothing and occluded footwear use, which retain the excessive sweating, promotes fungal development. The aim of this study was to know gymnasiums with swimming pool workers infection and/or injury (Tinea pedis and onychomycosis) risk, and its possible relationship with exposure to workplace fungal contamination (air and surfaces). This study describes environmental and biological variables that influence infection and/or fungal injury in a professional setting and explored possible associations between these variables. Differences in surfaces fungal contamination between the two main seasons (summer and winter), as well between before and after cleaning and disinfection were known. It was developed a study with an cross-sectional perspective, that aimed to describe the biological and environmental phenomena of fungal contamination in a professional environment and explore possible associations between variables; an longitudinal perspective in which were known surfaces fungal contamination seasonal differences; and also with an almost experimental perspective that analyzed surfaces fungal distribution before and after cleaning and disinfection. The cross-sectional perspective comprised 10 gyms with swimming pool sample, and another sample of, at least, 10 professionals in each establishment totalling 124 workers (75 men 60,48%, and 49 women 39,52%). Were performed 258 biological samples at workers feet, environmental fungal contamination evaluation from the establishments through 50 air samples and 120 surfaces samples (60 before and 60 after cleaning and disinfection) and conducted their laboratory processing and fungal identification. Were also evaluated environmental variables, such as temperature, relative humidity and air velocity completed 10 observation grids, in order to obtain data about variables that affect occupational exposure to fungal species, and also completed 124 observation grids inherent to biological material collection, in order to know the professionals with injury and other relevant information for laboratory analysis. All 124 workers answered to a questionnaire at the same time that occur biological samples collection, in order to xxv obtain information about some of the individual and professional variables with relevance to this study. In one of the establishments were also studied differences concerning surfaces fungal contamination between before and after cleaning and disinfection, and also between two main seasons (summer and winter). In this setting, there were performed 36 surfaces samples before and 36 surfaces samples after cleaning and disinfection on 6 different week days for 6 sequential weeks in each season, totalling 72 surfaces samples. It was also created and implemented a method to establish a pattern for surfaces fungal occupational exposure, in order to help define semi-quantitative levels estimation to fungal infection risk in gyms with swimming pools workers. For Gravity criterion it was considered that contamination severity and, thus, the possible injury are closely related to implicate fungal species. Was calculated fungal contamination average by each establishment prior cleaning and disinfection, in order to establish Frequency levels. Regarding Exposure, were established weekly hours group intervals spent in professional activity. From the 124 professionals tested, 58 (46,8%) had visible injuries. In the 58 workers, Yeasts were the most isolated (41,4%), followed by Dermatophytes (24,1%) and Other Filamentous Fungi Besides Dermatophytes (6,9%). Candida parapsilosis and Rhodotorula sp. were the most frequently isolated Yeasts (20,2% for each), from Dermatophytes, Trichophyton rubrum was the most frequently isolated species (55,5%) and from Other Filamentous Fungi Besides Dermatophytes, Penicillium sp. was the most frequent (15,6%), followed by Fusarium genera (12,5%). Regarding surfaces fungal contamination, 37 filamentous fungi were isolated. Fusarium genera was the most frequent, before and after cleaning and disinfection (19,1% - 17,2%). Considering yeasts, 12 different yeasts were identified, being Cryptococcus (40,6%) and Candida (49,3%) genera the more frequent before and after cleaning and disinfection, respectively. In relation to air fungal contamination, 25 different filamentous fungi were identified and the 3 most frequently isolated genera were Cladosporium (36,6%), Penicillium (19,0%) and Aspergillus (10,2%). For yeasts, were identified Rhodotorula genera (87,5%), and also the species Trichosporon mucoides and Cryptococcus unigutulattus (12,5%). Was found association with 5% significance level, between visible injury and weekly hours and between visible injury and occupation time, confirming exposure duration influence to risk factor (work environment fungal contamination) for the visible injury presence in exposed workers (Tinea pedis and onychomycosis), being confirmed the relation between the study exposure risk - occupational exposure to fungi - with health effects. xxvi Environmental variables evaluated (temperature, relative humidity and air velocity) did not affect air and surfaces fungal contamination and wasnt found no statistically significant relation (p>0,05). However, there was evidence that occupants number influence surfaces colony forming units mean per square meter before cleaning and disinfection. There was no correlation between quantitative data from air fungal contamination and surfaces fungal contamination from the 10 establishments monitored. However, there were significant differences with 10% significance level, between surfaces and air fungal contamination (p<0,1), and despite 50% of the lowest rates were higher in air fungal contamination, it was found that surfaces fungal contamination had more quantitative variability. Regarding differences from the 10 establishments surfaces fungal contamination, between before and after cleaning and disinfection, there was only a significant reduction (p<0,05) in fungal contamination after cleaning and disinfection in male changing rooms for yeasts. In the selected establishment, it was found that relation between fungal contamination and temperature and relative humidity was not significant (p>0,05) in both seasons, and also there wasnt no influence observed from occupants in surfaces colony forming units mean per square meters before cleaning and disinfection in both seasons. In almost all situations where significant differences between the two seasons were shown, there was a colony-forming units per square meter increase in winter. There was an exception in total colony forming units per square meter before cleaning and disinfection in male changing rooms exception, where there was an increase in summer. Furthermore, was found that only occur a reduction in fungal contamination after cleaning and disinfection, on access stairs in winter, as well as in male changing rooms in summer. With application from the method to establish pattern for surfaces fungal occupational exposure, it was obtained, in the 10 establishments, 65 sites with Low Risk Level (54,2%), 23 sites with Average Risk Level (19,2%) and 32 sites with High Risk Level (26,6%). Near swimming pool and jacuzzi were the places with more High Risk Level classifications. In the selected establishment, was found that in the summer, after cleaning and disinfection, there were a greater number of sites classified as High Risk Level, and in winter it was found the opposite situation, being noted more places with High Risk Level before cleaning and disinfection. Next to swimming pool and access stairs to swimming pool and jacuzzi were the places with more High Risk Level classifications in Summer and Winter. Were isolated common fungi in surfaces and in workers. Prior to cleaning and disinfection 30,3% of fungi were isolated on surfaces and workers, and after 45,5% of fungi were also xxvii commonly isolated. The Yeasts were the most commonly isolated and the most frequent before and after surfaces cleaning and disinfection, and also in workers biological samples, were Rhodotorula genera and Candida parapsilosis, allowing confirming that workers fungal infection is related with surfaces fungal contamination. It was concluded that Occupational Health intervention it is necessary, in environmental monitoring and health surveillance perspective, in order to reduce fungal infections prevalence. To achieve this objective, preventive measures implementation its recommended, including: surfaces fungal contamination control, through effective cleaning and disinfecting in order to minimize surfaces fungal contamination; early infection identification by performing periodic biological sampling from workers, included in a health surveillance protocol; and also personal hygiene and diseases treatment awareness. Application of the created method to establish pattern for surfaces fungal occupational exposure, will be useful not only for estimating workers from gymnasiums with swimming pools fungal infection risk, but also to facilitate fungal reference values stipulation, effective and corrective measures implementation, and also, fungal infections prevention, not only in gymnasiums with swimming pool, but also in other professional settings.----------------- RSUM - Les travailleurs des gymnases avec des piscines prsentent souvent des infections fongiques, telles que Tinea pedis et aussi des onychomycoses, dues leur activit professionnel, parce quils restent plus longtemps tout prs des surfaces avec une certaine contamination fongique. Toute cette situation est due non seulement parce quils sont ceux qui frquentent plus souvent les places plus contamines: des balnaires, des vestiaires et des zones autour des piscines, mais aussi ils ralisent des activits aux pieds nus ou avec des chaussures trs ferms et encore quelques fois avec des vtements synthtiques. Tout cela emmne une grande sudation ce qui aidera au dveloppement fongique. Un objective de ce travaille a t connatre le risque dinfection et/ou prsence de lsion (Tinea pedis et des onychomycoses) dans les travailleurs des gymnases avec des piscines et leur ventuel rapport avec lexposition la contamination fongique (de lair et des surfaces) dans leurs locaux de travaille. On a dcrit aussi des variables denvironnement et biologiques qui ont une certaine influence dans les infections fongiques dans tout lenvironnement professionnel et aussi approfondir des ventuels associations entre ces mme variables. On a encore reconnu des diffrences de la contamination fongique avant et aprs des lavages et dsinfection de ces surfaces. Aussi on a trouv des diffrences de contamination en t et en Hiver. Cet tude a un composante transversale, en visant la description des phnomnes de contamination fongique biologique et de l'environnement dans un environnement professionnel et ltude des associations possibles entre les variables; une composante longitudinale dans laquelle ils taient connus comme des variations saisonnires de la contamination fongique des surfaces, et mme; un quasi-composante exprimentale, o elle a examin la rpartition des champignons surfaces avant et aprs le lavage et la dsinfection. Dans la composante transversale on t considrs 1 chantillons de 10 gymnases avec des piscines et un autre chantillon de au moins 10 professionnels de chaque tablissement dans un total 124 travailleurs (75 hommes - 60,48% et 49 femmes - 39,52%). On a ralis 258 prlvements aux pieds des travailleurs et on a effectu en simultan la validation par contamination fongique de lenvironnement par 50 prlvements de lair et par 120 prlvements de surfaces (60 avant et 60 aprs des lavages et des dsinfections) et on a effectu leur traitement en laboratoire et lidentification fongique. On a fait aussi lvaluation des variables de lenvironnement, la temprature, lhumidit relative et la vitesse de lair. On a remplie 10 tableaux xxix dobservation, avec lobjective dobtenir des informations sur les variables quinfluenceront lexposition occupationnel aux souches fongiques, et encore 124 tableaux dobservation lie au prlvement du matriel biologique, pour raliser le registre des professionnels avec des lsions et des autres informations pertinentes pour une analyse laboratoire. Tous ces 124 travailleurs ont rempli un questionnaire au mme temps que les prlvements biologiques, afin de connatre quelques variables individuels et professionnels importants pour cet tude. Dans un des tablissements on a aussi tudi les diffrences fongiques des surfaces parmi avant et aprs les lavages et de la dsinfection et encore parmi lt et lHiver. Dans ce mme tablissement on a ralis 36 prlvements des surfaces avant et 36 aprs des lavages et de la dsinfection, pendant 6 jours diffrents de la semaine, pendant 6 semaines en chaque saison de lanne, dans un total de 72 prlvements des surfaces. On a encore cri et appliqu une mthode pour tablir un standard dexposition professionnelle au fungi sur les surfaces, afin de permettre la dfinition des niveaux semi quantitative destimation des risques dinfection fongique des travailleurs des gymnases avec des piscines. Pour le critre de Gravit, il a t considr que la gravit de la contamination, et donc les possibles dommages, est troitement lie aux espces fongiques impliques. Nous avons calcul la moyenne de la contamination fongique par chaque tablissement avant le lavage et la dsinfection afin d'tablir les niveaux de Frquence et, par rapport l'Exposition, ont t cres pour regrouper les intervalles d'heures hebdomadaires consacres l'activit professionnelle en question. Sur les 124 travailleurs qui ont particip l'tude, 58 (46,8%) avaient des lsions visibles. Parmi ces 58, les Levures ont t les plus isoles (41,4%), suivis par des Dermatophytes (24,1%) et des Filamenteux Non Dermatophytes (6,9%). Candida parapsilosis and Rhodotorula sp. ont t les Levures les plus frquemment isoles (20,2%); dans le cas des Dermatophytes, Trichophyton rubrum est le plus frquent (55,5%) et pour les Filamenteux Non Dermatophytes, Penicillium sp. a t le plus isol (15,6%), suivi par Fusarium sp. (12,5%). En ce qui concerne la contamination fongique des surfaces, 37 champignons filamenteux ont t isols. Le genre Fusarium est le plus frquent avant et aprs le lavage et la dsinfection (19,1% - 17,2%). Pour la levure, 12 levures diffrentes ont t identifies, ayant t Cryptococcus sp. (40,6%) et Candida sp. (49,3%) les plus frquents avant et aprs le lavage et la dsinfection, respectivement. En ce qui concerne la contamination fongique de l'air, on a identifi 25 diffrents champignons filamenteux, o les 3 genres les plus frquemment isols taient Cladosporium (36,6%), Penicillium (19,0%) et Aspergillus (10,2%). Pour les levures, il a t identifi le genre xxx Rhodotorula (87,5%) et les espces Trichosporon mucoides et Cryptococcus unigutulattus (12,5%). On a vrifi une association, au niveau de signification de 5%, entre les lsions visibles et les heures hebdomadaires et entre les lsions visibles et la dure doccupation, ce qui confirme l'influence de la dure de l'exposition aux facteurs de risque (contamination fongique dans le milieu de travail) pour la prsence des lsions visibles chez les travailleurs exposs (Tinea pedis et onychomycose), en dmontrant une relation entre l'exposition au facteur de risque dans ces tudes - l'exposition professionnelle aux champignons - avec les effets sur la sant. Les variables environnementales valu (temprature, humidit relative et la vitesse de l'air) ne modifient pas la contamination fongique de l'air et des surfaces; donc, n'a pas t dmontr aucune relation statistiquement significative (p>0,05). Cependant, il y a une influence du nombre d'occupants qui ont particip chacun des tablissements en moyenne des units formant colonie par mtre carr sur la surface avant le lavage et la dsinfection. Il n'y avait pas de corrlation entre les rsultats quantitatifs de la contamination fongique de l'air et des surfaces des 10 tablissements surveills, cependant il existe des diffrences importantes, au niveau de signification de 10% entre la contamination fongique des surfaces et de la contamination fongique de l'air (p <0,1), on a constat que malgr 50% des niveaux les plus bas taient plus levs dans la contamination fongique de l'air, la contamination fongique des surfaces prsente une plus grande variabilit quantitativement. En ce qui concerne les diffrences de la contamination fongique des surfaces dans les 10 tablissements entre avant et aprs le lavage et la dsinfection, il y avait seulement une rduction significative (p<0,05) de la contamination fongique aprs le lavage et la dsinfection dans les balnaires et vestiaires pour les hommes par rapport aux levures. Lors de l'tablissement choisi, on a constat que le rapport entre la contamination fongique et la temprature et l'humidit relative n'tait pas significatif (p>0,05) dans les deux saisons et aussi on na pas observ l'influence des occupants en moyenne des units formant colonie par mtres carrs de surfaces avant le lavage et la dsinfection dans les deux saisons de l'anne. Dans presque toutes les situations ou on a vrifi des diffrences significatives entre les deux saisons, il ya eu une augmentation des units formant des colonies par mtre carr en Hiver, l'exception du total des units formant des colonies par mtre carr avant le lavage et dsinfection dans les balnaires et vestiaires des hommes o il y a eu une augmentation en t. On a galement t constat que seulement a eu une rduction de la contamination des xxxi champignons aprs la dsinfection de l'escalier d'accs en Hiver et dans les balnaires et vestiaires des hommes en t. Avec la mthode pour tablir standard dexposition professionnelle au fungi sur les surfaces on a obtenu dans les 10 tablissements, avec le Niveau de Risque Faible de 65 places (54,2%), avec le Niveau de Risque Moyen 23 places (19,2%) et 32 places avec le Niveau de Risque lev (26,6%). Prs du jacuzzi et prs de la piscine sont les lieux avec des plus valuations de Niveau de Risque lev. Lors de l'tablissement choisi, il a t constat que, dans l't, aprs le lavage et la dsinfection, un plus grand nombre de places values comme prsentant un Niveau de Risque lev et en Hiver on a constat la situation inverse avec de nombreux points de Niveau de Risque lev avant le lavage et la dsinfection. A ct de la piscine et les escaliers ont t les lieux avec plus grands classifications de Niveau de Risque lev en t et en Hiver. On a isol, chez les travailleurs, des champignons communs aux isols sur les surfaces. Avant le lavage et la dsinfection, 30,3% des champignons ont t isols sur les travailleurs et sur les surfaces et, aprs ces procdures, 45,5% des champignons ont t isols frquemment. Les levures les plus souvent isoles et les plus frquentes avant et aprs le lavage et la dsinfection des surfaces, et aussi dans les rsultats d'chantillons biologiques prlevs sur les travailleurs, taient du genre Rhodotorula et les espces de Candida parapsilosis, ce qui permet confirmer que l'infection fongique des travailleurs est lie la contamination fongique des surfaces. On a conclu quil est ncessaire l'intervention en Sant Occupationnelle sous la surveillance de l'environnement et sous la surveillance de la sant, afin de rduire la prvalence des infections fongiques. Pour atteindre cet objectif, nous suggrons la mise en oeuvre de mesures prventives, y compris: le contrle de la contamination fongique des surfaces par des mthodes de lavage et de dsinfection afin de minimiser la contamination fongique des surfaces, l'identification prcoce de l'infection avec des prlvements biologiques priodiques, notamment un protocole pour la surveillance de la sant, et aussi la conscience du sens de l'hygine personnelle et le traitement des pathologies. La mthode mise en place pour ltablissement dun standard dexposition professionnelle au fungi sur les surfaces, servira estimer non seulement le risque d'infection fongique des travailleurs dans les gymnases avec des piscines, mais aussi pour faciliter l'tablissement de valeurs de rfrence de champignons, l'application des mesures correctives immdiates et appropries, et aussi la prvention des infections fongiques, non seulement dans les gymnases avec piscine, mais aussi dans d'autres contextes professionnels.

Relevância:

60.00% 60.00%

Publicador:

Resumo:

RESUMO - El autor aborda algunos aspectos relativos a la Salud y Seguridad del Trabajo (SST) en Portugal llamando la atencin para, esencialmente, intentar sostener la tesis de que, desde mediados de la dcada de los 90, se observaron importantes avances en la mejora de las condiciones del trabajo en la perspectiva de la SST, aunque se mantuvieron algunos problemas en la prctica concreta de las normativas legales. Incluso con estas mejoras, las tasas de frecuencia de accidentes de trabajo y de enfermedades profesionales en Portugal todava se mantienen muy elevadas necesitando, por tanto, estrategias ms agresivas para concienciar la sociedad portuguesa en torno a las polticas pblicas de SST efectivamente promotoras de prevencin de riesgos profesionales y de la promocin de la salud de quien trabaja. Es por tanto indispensable que la proteccin de la salud y de la seguridad de los trabajadores en los puestos de trabajo sea encarada como un conjunto de actividades de indiscutible utilidad para todos los representantes del mundo del trabajo e que la agenda poltica pase a valorizar, an ms, la promocin de espacios de trabajo saludables y seguros, con la consecuente valorizacin de las variables individuales en la estrategia nacional de salud y seguridad.--------------------------ABSTRACT In the present work, the author analyzes several aspects of Occupational Health and Safety (OHS) in Portugal. He provides evidence sustaining the assumption of an important progress, since the mid-nineties, in the improvement of the working conditions from an OHS perspective. Nevertheless, several problems still remain in the practical application of legal regulations. In addition, despite of these improvements, the frequency rates of working accidents and occupational diseases remain very high. Hence, more aggressive strategies are required to increase the awareness of the Portuguese society relative to the OHS public policies, whose effectiveness has been demonstrated either in terms of occupational risks prevention and workers health promotion. The protection of workers health and safety at the workplace must then be assumed as an activity of indisputable utility by all stakeholders. The political agenda must thus promote even more the promotion of healthy and safe workplaces. As a consequence, there would be also a higher development of individual aspects, and not only environmental data, in the national strategy of occ

Relevância:

60.00% 60.00%

Publicador:

Resumo:

RESUMO - Na radiologia de interveno, e concretamente em ortopedia, os raios X so intensamente utilizados permitindo a visualizao de diversas tcnicas de interveno cirrgica. Do ponto de vista mdico as vantagens dessa prtica so enormes, contudo, os profissionais de sade envolvidos so susceptveis de estarem expostos a valores de dose de radiao que significam a sua classificao como trabalhadores expostos. O presente estudo realizou-se num hospital e teve como objectivo obter uma estimativa das doses envolvidas em ortopedia de interveno, utilizando vrias metodologias experimentais para caracterizao do campo de radiao primrio e secundrio. Observaram-se distintos nveis de dose de acordo com a zona anatmica exposta radiao X: (i) gnadas 0,02 a 3 mGy/h; (ii) cristalino 0,06 a 1 mGy/h e (iii) mos 0,6 mGy/h. Tais resultados evidenciam uma clara necessidade de utilizao de equipamentos de proteco e de vigilncia dosimtrica pelos profissionais de sade envolvidos no acto cirrgico.--------------------------ABSTRACT - In intervention radiology, and more specifically in orthopaedics, X-rays are intensely used allowing the visualization of many acts of clinical intervention. From a clinical perspective, the advantages of that practice are significant; however, involved health care professionals are susceptible of being exposed to radiation dose values that mean their classification as exposed workers. The present study, performed in a hospital, aimed to obtain an estimation of the doses involved in intervention orthopaedics through several experimental methodologies in order to characterise the primary and the secondary radiation fields. Different levels of dose were observed according to the anatomic area exposed to X radiation: (i) gonads 0.02 a 3 mGy/h; (ii) crystalline lens 0.06 a 1 mGy/h e (iii) hands 0.6 mGy/h. Such results denote a clear need of protection equipment use and of dosimetric surveillance by the health

Relevância:

60.00% 60.00%

Publicador:

Resumo:

RESUMO - Objectivo: As leses msculo-esquelticas ligadas ao trabalho (LMELT) so doenas profissionais frequentes. Neste estudo ensaiou-se uma estratgia de diagnstico do risco e de vigilncia da sade dos trabalhadores numa empresa de abate e desmancha de carne. Mtodos: Utilizou-se uma estratgia de obteno de informao em todos os postos de trabalho e trabalhadores da empresa. Utilizaram-se: (i) adaptao do Questionrio Nrdico Msculo-Esqueltico, incluindo caracterizao da exposio biomecnica; (ii) protocolo de avaliao clnica de LMELT; (iii) filtro RSI e mtodo Strain Index; (iv) instrumentao, como electrogoniometria e sensores de fora em postos de risco elevado. Resultados: Identificou-se a presena de sintomas e sinais de LMELT principalmente nos punhos/mos (n=27) e regio lombo-sagrada (n=32), uma importante prevalncia de casos relacionados com a actividade de trabalho (30%) e nveis de risco elevados com base nas classificaes do Strain Index (n=26 MSDto e n=7 MSEsq). A utilizao da instrumentao permitiu obter detalhes da repetitividade, das posturas e dos momentos de aplicao de fora, teis para a interveno. Concluses: A preveno s possvel atravs da aplicao de programas/estratgias integradas de diagnstico e gesto do risco de LMELT que sejam eficazes no sentido da interveno sobre a actividade e as condies de trabalho.--------------------------ABSTRACT Background: Work-related Musculoskeletal Disorders (WRMSD) are common occupational diseases. The present study aims at examining an integrated perspective of risk assessment and health surveillance at a meatpacking plant. Methods: The strategy adopted was of obtaining information about WRMSDs awareness at all workstations and from all their workers. This was based on: (i) questionnaire application - an adaptation of the Nordic musculoskeletal questionnaire, including a biomechanical item, (ii) WRMSDs clinical protocol (iii) RSI risk filter and Strain Index application, (iv) instrumentation with electrogoniometry and force sensors at previously classified as high risk workstations. Results: WRMSDs signs and symptoms mainly in wrist/hands (n=27) and in lumbar region (n=32) were identified. Results revealed an important prevalence of WRULMSDs associated to meatpacking industry activities (30%) and high risk scores based on Strain Index (n=26 Right UL; n=7 Left UL). Instrumentation showed details of recurrency, of postures and of force, which can be used for intervention. Conclusions: Its necessary to develop ergonomic strategies and approaches on WRMSDs prevention (risk assessment and manage

Relevância:

60.00% 60.00%

Publicador:

Resumo:

RESUMO - O presente projecto enquadra-se no paradigma salutognico e visa apurar alguns dos factores que determinam que algumas pessoas se apresentem mais saudveis que a populao em geral. Foi seleccionado um estudo, quantitativo, analtico tipo caso-controlo (1 caso para 3 controlos), em que os casos so constitudos por indivduos integrando a Funo Pblica que se encontram acima do percentil 95 de assiduidade ao trabalho nos ltimos dois anos e com uma auto-percepo de Sade classificada como muito boa, os controlos so indivduos que no obedecem definio de caso. Os indivduos sero emparelhados por idade, gnero, estado civil, carreira, categoria profissional e unidade funcional que integram. A assiduidade ser calculada com recurso aos certificados de incapacidade temporria entregues nos respectivos servios. Os factores a estudar so os mais citados na literatura como factores salutognicos ou factores de proteco, so eles: - Sentido de Coerncia de Antonowsky - Locus de controlo - Auto conceito -Auto Eficcia - Aptido fsica nas trs vertentes clssicas: Capacidade aerbia, Composio corporal, Aptido muscular. Todos estes factores sero estudados com recurso a questionrios auto preenchidos devidamente testados e validados para o portugus de Portugal sendo a aptido fsica apurada com recurso bateria de testes "Fitness Gram" adoptada para Portugal pelo Instituto do Desporto de Portugal e pelo Ministrio da Educao. Os resultados sero apurados com recurso ao software de anlise epidemiolgica EPIDAT. 3.1. ---------------- ABSTRACT - The present project follows the salutognic paradigm and intends to identify some of the factors that determine why some people are healthier than the general population. It was selected a quantitative, analytic, case-control study type (1 case to 3 controls), in which the cases are constituted by individuals who are integrated in Public Services and find themselves above 95 percentile of assiduity in work in the last two years, and with a self-perception of Health classified as very good, the controls are individuals who dont obey to the case definition. The individuals will be matched by age, gender, civil state, career, professional category and Functional Unity in the Health services. The assiduity will be calculated with the help of temporary incapacity certificates delivered in the respective services. The currently studying factors are the most cited in literature, like salutogenic factors or protection factors, are those: - Antonowskys Sense of Coherence - Locus Control - Self-concept - Self-Efficacy - The three classic strands of Physical Fitness: Aerobic Capacity, Corporal Composition, Muscular Fitness. All these factors will be studied with the resource of properly tested and validated self-filled questionnaires for Portugal Portuguese (language), with the Physical Fitness being determined with the resource of Fitness Gram test battery, adopted for Portugal by the Portuguese Sports Institute and the Education Ministry. The results will be determined with the resource of the epidemiologic analysis software EPIDAT. 3.1.

Relevância:

60.00% 60.00%

Publicador:

Resumo:

RESUMO - Estudos anteriores nos Cuidados de Sade Primrios (CSP) apontam para um incremento da Deteo Precoce (DP) e Intervenes Breves (IB) em pacientes com Problemas Ligados ao lcool (PLA) aps formao apropriada dos profissionais de sade (com melhoria das suas atitudes). Este estudo quasi experimental, exploratrio, pioneiro no mbito da Sade Ocupacional (SO) para a implementao de Rastreio/DP e IB nos PLA. O objetivo principal foi avaliar se uma formao sobre Rastreio/DP e IB pode melhorar as atitudes dos profissionais de SO ao lidar com os PLA em Meio Laboral (PLAML). Foi aplicado um questionrio em duas partes: Q1/pr-formao (variveis sociodemogrficas, profissionais, competncias em alcoologia, experincia pessoal com lcool/familiares com PLA, dificuldades em lidar com trabalhadores com PLA, AUDIT-C e SAAPPQ) e Q2/ps-formao (avaliao da formao e das atitudes SAAPPQ - Adequao, Legitimidade, Motivao, Autoestima e Satisfao). Os resultados na amostra (N=39) revelaram um aumento sobretudo na Adequao e Satisfao. No entanto, naqueles com nveis baixos das atitudes pr-formao constou-se melhoria das atitudes excepo da Autoestima e foram encontradas algumas associaes com as caractersticas do perfil inicial dos participantes. Sugerem-se estudos posteriores para identificao de pacotes formativos mais efetivos e propostas para um Plano integrador de RIB para PLAML

Relevância:

60.00% 60.00%

Publicador:

Resumo:

RESUMO - A dor, incmodo ou desconforto ao nvel msculo-esqueltico, sobretudo devido a situaes e/ou postos de trabalho com elevadas exigncias ao nvel postural, de aplicao de fora, de repetitividade ou por incorrecta distribuio das pausas, aceite como um indicador de situaes de risco passveis de se encontrarem na gnese de leses msculo- -esquelticas ligadas ao trabalho (LMELT) (Stuart-Buttle, 1994). No sentido de avaliar a prevalncia de sintomas de LME, efectuou-se um estudo numa grande empresa da indstria de componentes para automveis na regio de Lisboa durante o ano de 2001. Utilizou-se um instrumento de recolha de informao construdo a partir de uma adaptao do questionrio nrdico msculo-esqueltico (QNM) (Kuorinka et al., 1987). Com o apoio do servio de sade ocupacional da referida empresa, o questionrio foi entregue a todos os trabalhadores, obtendo-se uma taxa de respondentes de 63,2% (n = 574). A populao em estudo maioritariamente do sexo feminino (83,9%), tem idades compreendidas entre os 18 e os 65 anos e a classe modal situa-se entre os 26 e os 33 anos (23,3%). Os resultados evidenciam uma alta prevalncia de sintomatologia de LME e diferenas significativas de sintomas entre as categorias profissionais (1) operadores de mquina de costura, (2) trabalhadores dos armazns e de transporte de mercadorias e (3) trabalhadores da logstica, qualidade e escritrios. Os operadores apresentam ndices superiores e diferentes (p < 0,05) de sintomatologia nos ltimos doze meses ao nvel da regio cervical, ombros, cotovelos, ancas/coxas, pernas/joelhos e tornozelos/ps e nos punhos nos ltimos sete dias. No presente estudo, a anlise dos dados obtidos parece indicar que a natureza e as caractersticas da actividade de trabalho do grupo profissional operadores de mquina de costura (flexo cervical > 20, trabalho muscular predominantemente esttico ao nvel da articulao dos ombros, elevao dos membros superiores > 45, ortostatismo e exigncias elevadas ao nvel dos punhos/mos) esto implicadas no desencadear da sintomatologia auto- -referida.

Relevância:

60.00% 60.00%

Publicador:

Resumo:

RESUMO - O presente trabalho um contributo para uma interveno mais eficaz na preveno dos riscos profissionais. As diversas reas de conhecimento e metodologias de avaliao e controlo dos riscos profissionais tendentes a identificar, caracterizar e avaliar situaes de risco profissional, permitem o desenvolvimento de programas de preveno dos riscos profissionais. Nesse contexto devem ser valorizadas as variveis individuais (trabalhadores) para alm das variveis ambientais.

Relevância:

60.00% 60.00%

Publicador:

Resumo:

RESUMO - As leses musculoesquelticas ligadas ao trabalho (LMELT) so frequentes em contexto hospitalar e particularmente entre os enfermeiros (Estryn-Bhar, 1991; NIOSH, 1997). Em meio ocupacional o diagnstico destas patologias , com frequncia, realizado com recurso a questionrios de sintomas. A aplicao de questionrios de auto-referncia de sintomas de LMELT tem permitido recolher informao sobre a prevalncia europeia destas leses, registando-se valores que oscilam entre os 17 e os 44% (Buckle, 1999) e entre ns, designadamente numa indstria de componentes automveis, os valores apresentam dimenso semelhante ou superior (Serranheira et al., 2003). O presente estudo pretendeu identificar a sintomatologia musculoesqueltica auto-referida pelos enfermeiros em meio hospitalar, procurando relaes com a actividade de enfermagem. Utilizou-se um instrumento de recolha de informao construdo a partir de uma adaptao do questionrio nrdico musculoesqueltico (QNM) (Kuorinka et al., 1987) que se aplicou a 899 enfermeiros de diferentes servios em cinco hospitais da regio do grande Porto, no ano de 2004 (responderam 507 enfermeiros). Os resultados evidenciam uma prevalncia elevada de sintomas musculoesquelticos em diferentes zonas anatmicas nos ltimos 12 meses (84%), particularmente atingindo a regio lombar (65%), cervical (55%), dorsal (37%), ombros (34%) e punhos/mos (30%). No se encontram associaes significativas entre algumas actividades que os enfermeiros realizam e a presena de nveis de desconforto, incmodo ou dor com origem no sistema musculoesqueltico, eventualmente devido ao elevado nmero de subactividades desempenhadas pelos enfermeiros. Apesar disso, existem algumas relaes: (1) com a tipologia de actividades realizadas (por exemplo levantamento e transporte de cargas) nos diferentes servios (destaca-se a Medicina e a Neonatologia), (2) com o aumento do nmero de horas de trabalho semanais. Desse modo, observa-se que a prevalncia de sintomas de LMELT neste grupo profissional elevada o que pode condicionar a actividade dos enfermeiros e, por consequncia, o bem-estar dos utentes. Sugere-se que a actividade de enfermagem e a organizao do trabalho deste grupo profissional sejam objecto de uma anlise mais detalhada no sentido da identificao dos elementos determinantes da sintomatologia musculoesqueltica e sua consequente preveno.

Relevância:

60.00% 60.00%

Publicador:

Resumo:

RESUMO - A utilizao de indicadores biolgicos em programas de preveno dos efeitos decorrentes da exposio profissional a agentes qumicos vem, cada vez mais, a ser objecto da investigao cientfica, no sentido de proporcionar mais e melhores instrumentos de efectiva vigilncia da sade dos trabalhadores expostos. Tendo em conta as mais recentes reflexes a este propsito, os autores apresentam uma reviso conceptual no que diz respeito monitorizao biolgica e s suas pertinncia, vantagens e limitaes, concluindo pela necessidade de tais programas preverem, sempre que disponveis e de acordo com fundamentos cientficos e tcnicos validados, um mais frequente recurso aos indicadores biolgicos designadamente de dose e de efeito.

Relevância:

60.00% 60.00%

Publicador:

Resumo:

RESUMO - A monitorizao individual dos trabalhadores (dosimetria individual) obrigatria (Decreto Regulamentar n.o 9/90, de 19 de Abril) para os profissionais de sade que desempenham funes com risco de exposio radiao X, quando classificados como categoria A. Apesar disso, a exposio a radiaes ionizantes frequentemente pouco, ou mesmo nada, valorizada pelos profissionais de sade. O presente estudo, realizado no contexto de intervenes cirrgicas de ortopedia, teve por objectivos: avaliar a dose de radiao em diferentes zonas durante as cirurgias ortopdicas; estimar a dose de exposio a radiaes ionizantes dos profissionais de sade, em funo das suas posies, predominantemente adoptadas durante o acto cirrgico; sensibilizar os profissionais de sade para a utilizao correcta da dosimetria individual e para a adopo das medidas de proteco radiolgica. A avaliao do risco foi efectuada atravs de: 1) medies preliminares com recurso a um fantoma colocado a 50 cm e a 100 cm do eixo central do feixe de radiao e em direces de 45, 90 e 135; 2) medies durante uma cirurgia ortopdica em localizaes correspondentes s gnadas, ao cristalino e s mos dos profissionais de sade intervenientes na cirurgia (ortopedistas, enfermeiros instrumentistas); 3) medies ao nvel do topo da mesa (posio do anestesista) e ao nvel do comando do equipamento emissor de raios X (tcnico de radiologia); 4) determinao do tempo de utilizao dos raios X durante as cirurgias ortopdicas; 5) clculo da estimativa do nmero anual de cirurgias ortopdicas realizadas, com base nos registos existentes. Assumindo a no utilizao de aventais plmbeos os valores mximos medidos foram de 2,5 mSv/h (ao nvel das gnadas), de 0,6 mSv/h ao nvel do cristalino e de 1 mSv/ h ao nvel das mos dos ortopedistas e dos enfermeiros instrumentistas (que se situavam prximo do feixe de raios X, a 50 cm do feixe de radiao). A estimativa de exposio anual (dose equivalente) para os profissionais que operam junto ao feixe de radiao X foi de: Ortopedistas 20,63 a 68,75 mSv (gnadas), 4,95 a 16,50 mSv (cristalino) e 8,25 a 27,50 mSv (mos); Enfermeiros instrumentistas 130,63 a 151,25 mSv (gnadas), 31,35 a 36,30 mSv (cristalino) e 52,25 a Os profissionais que ocupam posies mais afastadas do feixe (por exemplo: anestesistas) tero doses de radiao mais reduzidas, embora estas possam ainda ser importantes ao nvel das gnadas na zona do topo da mesa (anestesista). Conclui-se que a exposio profissional em blocos operatrios pode implicar, em cirurgia ortopdica, a sujeio a nveis de exposio considerveis, o que permite classificar estes profissionais de categoria A, justificando a utilizao obrigatria (e correcta de acordo com as recomendaes) da dosimetria individual e a adopo de medidas de proteco radiolgica, tantas vezes negligenciadas.