58 resultados para Museu Nacional (Brasil) História 1818-1935
Resumo:
Estruturado sob a influncia dos modelos de vida e obra prprios da narrativa biogrfica, este trabalho assume uma abordagem metodolgica de compromisso entre a fixao da cronologia do percurso de Jos de Figueiredo e o desenvolvimento de uma reflexo sobre o seu papel nas reas em que se destacou. Numa primeira parte so contextualizados e analisados as suas origens familiares, o seu percurso formativo em Coimbra, os anos de formao artstica informal que teve em Paris no final de oitocentos e o seu processo de integrao na sociedade erudita lisboeta do incio do sculo XX. De seguida apresentada uma anlise das vrias reas da sua atuao no panorama cultural portugus: a sua integrao na Academia Real de Belas- Artes de Lisboa, num perodo de afirmao do seu nome enquanto especialista em assuntos de arte; o seu papel na campanha de estudo, restauro e divulgao dos painis de S. Vicente; as suas ideias e contribuies na definio da legislao artstica e patrimonial portuguesa, nos diversos contextos poltico-sociais que integrou; a sua atividade como crtico e historiador de arte, num perodo marcado pelas narrativas nacionalistas e pelo desenvolvimento da História da Arte enquanto rea disciplinar autnoma; o seu papel na divulgao da arte portuguesa, dentro e fora do pas; e a sua ao no mbito da museologia da arte em Portugal, destacando-se a identificao das suas ideias e influncias no contexto europeu e a leitura descritiva e crtica da atividade desenvolvida ao longo dos 26 anos em que dirigiu o Museu Nacional de Arte Antiga. Prope-se assim um balano crtico das aes e contribuies desta personalidade no panorama cultural portugus, bem como do seu enquadramento na cultura Europeia. ainda apresentada uma reflexo sobre a criao do mito Jos de Figueiredo, que se verifica ser fruto de trs fatores que se interrelacionam: a sua ambio pessoal, marcada por uma enrgica vontade de singrar e de deixar uma marca na cultura portuguesa; o seu forte carisma, alimentado estrategicamente atravs da gesto eficaz da sua imagem pblica; e os contextos que o acolheram e que simultaneamente estimularam o seu trabalho, proporcionando-lhe recursos materiais e humanos que geriu com sucesso, dentro e fora das instituies a que pertenceu.
Resumo:
A presente dissertao tem como objetivo analisar em que medida os grupos dos amigos dos museus podem ser um vetor estratgico para os museus. O espao museolgico encontra-se em profunda transformao e tem hoje novos desafios. Em muitos casos, os museus descobrem nas associaes de afiliao cultural a possibilidade de revitalizao. O presente trabalho dirige a sua ateno para os grupos dos amigos dos museus (GAM), pois torna-se essencial potenciar uma estrutura que deve ser considerada um vetor estratgico para o museu um piv indispensvel para os museus conseguirem dar resposta s expectativas e necessidades do pblico e dos stakeholders. Os grupos de amigos tm hoje novos desafios: s tarefas tradicionais de angariao de novas peas para os acervos, do restauro de obras ou da angariao de fundos e mecenas, junta-se a difcil tarefa de atrair pblico, que cada vez mais diversificado. A afiliao cultural pode assim ter um papel fundamental na democratizao do acesso cultura por vrios grupos do tecido social. Para tal, desenvolvemos um enquadramento terico sobre o papel do associativismo, a fim de perceber qual o seu impacto na vida cultural das pessoas, e a importncia da comunicao estratgica podem ter no contexto museolgico. Apesar de os museus utilizarem cada vez mais as ferramentas das relaes pblicas e do marketing, esta adoo revela-se complexa e morosa para a generalidade dos museus. No desenvolvimento da nossa dissertao, compreendemos que h uma nova rea de atuao por parte dos grupos de amigos, quer ao nvel do networking, quer ao nvel da responsabilidade social uma vez que estes podem tornar o museu mais inclusivo, mais integrador e mais influente. Para tal, fundamental que estes grupos sejam ativados de modo a que possam adaptar-se s mudanas j sentidas pelos museus. Fizemos uma correlao entre a necessidade de atualizao e as oportunidades que delas podem surgir. Na ltima parte da dissertao elabormos um estudo sobre o Grupo de Amigos do Museu de Arte Antiga, cuja história acompanha a evoluo da museologia em Portugal. Este estudo pretende demonstrar a importncia que o grupo tem na vida do museu e de que modo a adoo destas novas medidas podem permitir a sustentabilidade do museu e do grupo.
Resumo:
Neste trabalho definimos e desenvolvemos algumas ideias centrais sobre a Galeria Nacional de Pintura da Academia de Belas Artes de Lisboa, da formao do seu acervo a partir de 1834, com a extino das ordens religiosas, at abertura do Museu Nacional de Belas Artes e Arqueologia, em 1884. Em anlise esto 50 anos de esforos empreendidos por vrios agentes, com destaque para o marqus de Sousa Holstein, vice-inspetor da Academia, em prol da organizao, conservao, exposio, estudo, promoo e divulgao do seu acervo, assim como do seu enriquecimento por meio de transferncias, aquisies ou doaes que esto na origem do mais relevante museu pblico de arte nacional.
Resumo:
O que a matria? Como alcanar a sua intimidade? Esta investigao parte de um questionamento e procura desenvolver uma reflexo luz de um duplo olhar indissocivel e humano, artstico e cientfico. Do ponto de vista pessoal/profissional, o processo de trabalho configurou-se como um contributo transversal e reflexivo que d visibilidade natureza constituinte da interaco sujeito-matria (matria do corpo, matria do mundo) e que se revela numa alteridade de caminho subjacente ao prprio fazerr tastico. Neste contexto, as investigaes cientfica e artstica decorrem em paralelo. Do ponto de vista epistemolgico e esttico, a temtica contextualiza-se no pensamento contemporneo e integra-se na ptica de Gaston Bachelard (com destaque para as obras O Materialismo Racional e A Potica do Espao). Em Bachelard, a raz de ser-se humano decorre da articulao entre a razo e a imaginao. Desta forma, partimos de uma dialctica que possibilita o aprofundamento do conceito. Entre o olhar que normaliza, que procura, que discerne e o que olhado e se deixa submergir pelo mundo, cria-se um movimento relacional e de abertura. Do ponto de vista cientfico, desenvolvem-se duas linhas de investigao (duas formas de aproximao da intimidade da matria): uma por aco da vida e a outra por aco do calor. No decorrer das investigaes, o aprofundamento do conceito possibilita uma articulao de sentido que coloca em causa o prprio fazer artstico. Entre o homem e a matria, d-se a inverso do sentido de habitar e o acto poitico que torna visvel esse indizvel. A srie de trabalhos artsticos que acompanha a dissertao advm de duas exposies que foram desenvolvidas no contexto da investigao e apresentadas no Museu Nacional da Cincia e História Natural da Universidade de Lisboa.
Resumo:
Este livro rene 15 artigos escritos em tempos diferentes, agora reunidos num nico volume publicado sob os auspcios do Centro de História de Alm-Mar. Econtram-se, contudo, unidos por um denominador comum, o Brasil colonial, e por uma poca predominante, o sculo XVIII. Partindo da noo de que o conhecimento uma forma de poder, a autora pretende entender como a utilizao do saber produzido ao longo de setecentos foi particularmente til na governao da Amrica Portuguesa, utilizado por governantes como meio de controlo do espao, da natureza e da humanidade. Este conhecimento permitiu tambm o descobrimento da colnia brasileira pelos europeus de setecentos, com repercusses evidentes na formao de uma conscincia europeia e na formulao de imagens sobre o Imprio Portugus e os portugueses, que acentuaram as diferenas culturais, polticas, econmicas e cientficas existentes, pondo em causa uma viso uniforme da Europa das Luzes.
Resumo:
A institucionalizao definitiva da Seco de Escultura do Museu Nacional de Arte Antiga deve-se ao conservador Srgio Guimares Andrade (1946-1999). Num encontro sinttico entre os conceitos pessoais do ofcio de muselogo e de objecto museolgico, os do entendimento da arte da escultura e as grandes transformaes da coleco provocadas pela incorporao da Coleco Ernesto Vilhena, geriu a Seco de Escultura e produziu a primeira exposio permanente de Escultura Portuguesa do MNAA, inaugurada em 1994, tambm legvel como história da imaginria esculpida em Portugal entre o sculo XIV e o incio do sculo XIX.
Resumo:
As tabelas nos museus servem para comunicar um conhecimento to sinttico e objectivo quanto supostamente slido acerca das peas que neles se expem. Da que a meno Autor desconhecido seja a maior decepo que o visitante, vido de saber quem foi o criador do que interessadamente v, pode enfrentar nesses sumrios registos de informao. Este artigo procura explorar, com base na experincia do Museu Nacional de Arte Antiga e sua coleco de pintura, o fogo cruzado a que se sujeita o conservador quando assume o anonimato autoral de algumas das peas que expe nas salas do museu: dum lado, a autoridade da connoisseurship, do erudito ou do acadmico que julga deter claras e definitivas solues sobre mistrios autorais; do outro, o pblico que, perante a meno a Mestre desconhecido, pode deduzir que o conservador ignorante ou preguioso. Atravs do caso de um pintor quinhentista que ter sido colaborador e continuador de Garcia Fernandes mas cuja identidade por enquanto se ignora, o texto procura ainda comprovar que, neste como noutros casos, o anonimato no prejudica o aprofundamento do conhecimento de um grupo de pinturas atribudas a um mestre desconhecido.
Resumo:
O Museu Nacional do Azulejo (MNAz) comemorou em 2009 o quinto centenrio da fundao do Mosteiro da Madre de Deus atravs de uma exposio que se intitulou Casa Perfeitssima. 500 Anos da fundao do Mosteiro da Madre de Deus. Este texto visa apresentar uma reflexo sobre o plano das comemoraes que assinalaram esta data, partindo do colquio que antecedeu a exposio e que foi fundamental para os contedos do respectivo catlogo, como a concepo do projecto expositivo, solues museogrficas encontradas e o contedo dos diferentes ncleos.
Resumo:
Em 2009, a Universidade do Porto e o Museu Nacional de Soares dos Reis comemoraram o 150 aniversrio de Henrique Pouso (1859-1884), estudante da Academia Portuense de Belas Artes, de que a Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto herdeira, e um dos artistas mais representados na coleco e exposio permanente do MNSR. Dos programas de comemoraes fizeram parte as exposies, Esperando o Sucesso. Impasse acadmico e despertar do modernismo e Dirio de um Estudante de Belas Artes. Henrique Pouso (1859-1884) apresentadas no MNSR. Os projectos expositivos surgiram a partir de investigaes desenvolvidas pelos respectivos comissrios e utilizaram, em larga medida as coleces da FBAUP, FAUP e do MNSR. Neste texto, apresenta-se o contexto de produo de ambas as exposies e examina-se as opes curadoriais e estratgias expositivas adoptadas avanando, por fim, com uma primeira avaliao dos resultados. Esta reflexo e anlise de dois modelos distintos de exposio, em torno de um mesmo artista, pretende contribuir para uma emergente rea de estudo e crtica desse dispositivo de apresentao e disseminao de conhecimento que a exposio em contexto museolgico.
Resumo:
Neste artigo procuramos analisar a Mantearia da Casa de Aveiro em 1752. Atravs do inventrio mandado realizar pelo 8. Duque de Aveiro, logo no seu primeiro ano frente da casa, permitese reflectir sobre a importao de obras de luxo dos grandes centros produtores da Europa para Portugal, ao longo do sculo XVIII: Augsburgo, Roma, Londres e Paris. As obras em prata pertencentes ao Museu Nacional de Arte Antiga, tomadas pela Casa Real na sequncia do processo dos Tvoras em 1759, apenas foram encomendadas aps a realizao deste inventrio. Todavia podemos aferir a grande importncia da Mantearia dos Duques de Aveiro, pela importncia das obras de aparato, de que destacamos o conjunto de centros de mesa, e pelo coleccionismo de ourivesaria antiga, nomeadamente do perodo da renascena, que gozou de grande prestgio no Portugal de setecentos.
Resumo:
A progressiva descoberta de um vasto nmero de painis com aspectos iconogrficos similares, nas reservas do Museu Nacional do Azulejo, permitia supor estarmos perante um conjunto coerente para revestimento de um espao religioso. O conjunto, pintado a azul de cobalto sobre branco, possui a invulgar particularidade de integrar grandes flores com ptalas coloridas a violeta de mangans e apoiadas em ps verdes, obtidos pela mistura de amarelo de antimnio com a dominante azul. O estudo do conjunto j conhecido, a que se associam novos elementos recentemente descobertos ao abrigo do projecto Devolver ao olhar, permitiu compreender a articulao de todos os elementos e revelar um notvel e original programa iconogrfico, nico nas intenes e representaes que encerra.
Resumo:
O Grande panorama de Lisboa, obra maior da azulejaria nacional e hoje guarda do Museu Nacional do Azulejo, pertenceu outrora a um palcio situado na freguesia de Santiago, propriedade da famlia Ferreira de Macedo no final do sculo XVII. A investigao apresentada procura esclarecer alguns aspectos relacionados com a execuo do grandioso painel e com o perfil scio-cultural do encomendador. luz de novos elementos documentais, o artigo discute ainda a questo da autoria do painel, dada h muito ao pintor barroco Gabriel del Barco.
Resumo:
Artigo escrito no mbito da realizao de tese de doutoramento em História da Arte financiado por bolsa FCT (SFRH/BD/63763/2009)
Resumo:
Dissertao apresentada na Faculdade de Cincias e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa para obteno do grau de Mestre em Conservao e Restauro
Resumo:
Dissertao apresentada na Faculdade de Cincias e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa para a obteno do grau de Mestre em Conservao e Restauro rea de especializao: Cermica e Vidro